Resenhas - Quincas Borba

Catharina 07/04/2021

Neste livro temos a história de Rubião, um homem que era professor em Barbacena e, de repente, se vê muito rico devido a uma herança que lhe foi deixada por Quincas Borba. Ele não era seu parente ou seu amigo de longa data. Mas, quando Quincas Borba adoeceu, foi ele quem cuidou e esteve ao seu lado como um enfermeiro e discípulo de sua filosofia de Humanitismo - talvez nem estivesse tão interessado assim em ser um discípulo...

A questão é que Quincas Borba morre e tudo o que ele tinha fica para Rubião, porém com uma condição: ele deve cuidar do cachorro do falecido. Cachorro esse que também é chamado Quincas Borba. Com tanto dinheiro que nem sabe quanto, Rubião decide ir para o Rio de Janeiro e, ainda na viagem, conhece um casal que também vamos acompanhar durante a leitura: Cristiano e Sofia Palha. Conversa vai, conversa vem, parece que serão amigos. Mas uma amizade a custo de quê?

Uma história que fala sobre dinheiro, poder, amizade, influência, política e que ainda critica as correntes filosóficas da época na qual foi lançada. O narrador que conversa com o leitor me deu uma sensação de proximidade, como se ele estivesse por vezes até me contando um segredo. Os capítulos não são muito longos, alguns apenas com algumas linhas, alguns meio "enrolados"... O livro conseguiu me arrancar umas boas risadas, mas também me fez refletir sobre muitas coisas. Creio que posso dizer que continua atual! Não é o meu preferido de Machado de Assis, mas é uma leitura que vale muito a pena ser feita!!!

camiismacedo 06/04/2021

já começarei falando que esse não é um dos melhores livros de machado de assis. houve momentos em que queria desistir de ler, por ficar com raiva dos personagens. apesar de ser levante confuso, não consegui larga-lo
obs: fiquei inconformada com o final, mas já era o esperado kkk

Lilosinskas 06/04/2021

Com a herança deixada por um amigo que tem como única exigência que o cachorro, também chamado de Quincas Borba, seja cuidado com todos os cuidados necessários, Rubião entra na elite da sociedade carioca.
Ao longo do livro temos romance, indignação e confusão. Ao final, grande parte se esclarece, mas nem tudo. Como a maioria dos livro de Machado de Assis, temos algumas dúvidas qua apimentam tudo!

É um bom livro, mas peca na dinâmica da narrativa, o que o torna cansativo, denso e tive que me esforçar para não abandonar.
Já havia lido o livro para o vestibular e ensino médio em geral e tinha achado meio massante. Neste ano, agora com mais de 30 anos, optei por reler esse clássico de Machado de Assis e não perdi as impressões.

Gisela.Lobo 05/04/2021

Não gostei!
Com a morte de seu amo, Rubião herda a sua fortuna e decide mudar-se para o Rio de Janeiro. No caminho, conhece o casal Cristiano Palha e Sofia.  Apaixonado pela beleza de Sofia e pela simpatia de Cristiano, o protagonista acaba se envolvendo cada vez mais

O livro é muito interessante nesse aspecto, uma vez que analisa as relações humanas de forma bastante crítica. 

Eva 04/04/2021

O segundo romance da fase realista de Machado e podemos ver que ele não poupa críticas à sociedade de sua época e muitas das críticas servem a sociedade de hoje.
A ganância, egoísmo, falta de empatia, hipocrisia etc, todos esses defeitos do ser humano são demonstrados nos personagens no decorrer da história.

A narração é feita em terceira pessoa e Machado se utiliza do recurso de ter o narrador fazendo pausas na história para ?conversar? com o leitor. Ainda não li Memórias Póstumas, mas acho que ele fez isso a primeira vez lá. Assim como utilizou o recurso de spin off que é usar uma história ou personagem derivada de outra. Nesse caso o personagem Quincas Borba que é um personagem de Memórias Póstumas, porém aqui não temos uma continuação de Memórias.

Machado tem o dom de me tirar umas risadas com seu sarcasmo, mesmo nos momentos mais inescrupulosos e hostis de seus personagens.

Particularmente, tive um misto de sentimentos em relação ao protagonista Rubião. No início repulsa com sua ganância, no meio incredulidade com sua ingenuidade e no fim compaixão pelo seu estado mental.

Bru 04/04/2021

Machado de Assis é genial e importante pra literatura brasileira... mas esse é o tipo de livro em que a ganância prova que o único que presta nessa história é o cachorro.

Ana Flávia 03/04/2021

O menos famoso da trilogia realista
O livro é engraçado e envolve no começo, cria uma expectativa de acompanhar como será a vida do personagem principal após receber uma grande herança e mudar-se de cidade.
Porém do meio ao fim achei a leitura enfadonha, a relação de Sofia e Rubião fica arrastada e não gera entusiasmo.
O que mais gostei foi de ler as críticas à sociedade da época e as qualidades e defeitos atribuídos a cada personagem. Desses, não consegui me apegar a nenhum.
Enfim, contudo, é uma boa história e Machado de Assis é sempre recomendável.

Valquiria.Beltramini 03/04/2021

Quincas Borba
Uma crítica à sociedade da época, e um pouco atual também , o livro narra a trajetória de Rubião, um homem que no início da narrativa não tem grandes perspectivas de vida. Tendo sido professor e se arriscado em alguns negócios , sem sucesso, agora um cuidador de um amigo, Quincas Borba, que se encontra enfermo, dividido entre a amizade e a herança vindoura. Após receber a almejada herança, muda-se de Barbacena para o Rio de Janeiro, então capital, onde conhece os mais variados tipos de pessoas, cada um representando uma camada da sociedade , com suas ambições na maioria das vezes vazias, sem considerações pelas emoções alheias, preocupadas apenas consigo mesmas.
O livro, apesar de não ter nenhum personagem que eu, particularmente tenha gostado, é muito gostoso de se ler, com referências externas e muito sarcasmo.

Cintia295 30/03/2021

Gostei bastante do livro, foi interessante, mas que personagens chatinhos kkkkk, salvou só o cachorrinho.
Quando seu amigo te deixa toda a herança, e você resolve se mudar e viver uma vida boa, e faz muitas amizades, mas será amizades verdadeiras? Sempre que o dinheiro dura?
Rubião não é um personagem cativante, nem inteligente, muito menos sarcástico. Ou seja um chato ????
Mas Machado de Assis sabe falar sobre a política da época, amizades, conflitos, "distúrbio mental" não sei que nome dá.
Compensa muito ler esse livro, super fluído.

Filipe Candido, o otimista 27/03/2021

"Rir da cara da elite brasileira é gostoso demais."
-----------Machado de Assis

Helena 27/03/2021

Engraçado e ótima história
Eu Achei muito divertido o livro, de toda a história de amor que ele tem com Sofia.
Também achei que seria uma leitura difícil, mas foi super tranquila. Como foi o primeiro que li do Machado de Assis, eu consideraria um bom primeiro livro pra começar a ler os outros livros.

Rosangela.Chaves 27/03/2021

Um encanto
Li este "condensado" com mais tranquilidade, de coração dormente e alma serena. Já faz algum tempo que li o livro na íntegra, assim como fiz com o anterior, mas este me trouxe memórias mais subjetivas, como uma lembrança gostosa, saudosa de outros tempos.
A semelhança com Moisés negro de Alain Mabanckou transpareceu nas partes finais e foi algo que me fugira, esse mal que os arrebatou a realidade de tal maneira os levando a paragens mais amenas não os feriu, pelo contrário, me parece que foi um leve cuidado da vida para com eles, mas a indiferença dos ditos amigos (em ambas as obras) é angustiante.
Machado de Assis continua na estante como um dos meus queridinhos, carinho à mão quando a chuva cai com mais força.

Asbet 25/03/2021

Ao vencedor as batatas!
Um livro um pouco massante porém ainda cheio de críticas à sociedade da época e que ainda se encaixam na sociedade de hoje

Da sanidade a loucura é apenas um passo como vemos com Rubião e sua trajetória ao longo da história

gariglio 24/03/2021

batatinha quando nasce...
O sarcasmo escorre pelas páginas do livro. Machado de Assis sempre ironiza a sociedade e seus próprios personagens.

Rubião, um alienado. Sofia e Palha, manipuladores capitalistas. Carlos Maria, o Narciso em pessoa. Quincas Borba (pessoa), o retrato caricato das correntes filosóficas em alta no Brasil . Quincas Borba (cão), o produto de tais pensamentos. Teófilo e Camacho, sintetizam os políticos da época.

É uma obra melodramática e repetitiva e com altas referências à Shakespeare.

Rubião enlouquece, para uns, o motivo é sua paixão. Eu, particularmente, vejo que o autor quis retratar os germes da loucura (passados de Quincas Borba para ele), numa alusão ao determinismo.

É a coisificação do ser humano. A reificação. É a crítica ao darwinismo social. O mundo, nesse cenário, é dos espertos, dos sem escrúpulos, dos que lutam e passam por cima da vida dos outros para conseguir o querem, sem dividir.

"Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas".

E as batatas? foda-se. Nessa perspectiva, a batata não é apenas uma batata, com suas ramas. É a posse do "vencedor", é o prêmio, certificado de aptidão de sangue-frio.

E foda-se o resto também, de que importa?

Bruna Binda 24/03/2021

3/5
Devo dizer q gostei desse primeiro contato com as obras de Machado de Assis, mas me decepcionei um pouco com o final, esperava mais sinceramente. Porém sou obrigada a enaltecer a narração desse livro, mds q narração incrível, adoro narradores que falam com o leitor e q apesar de entender a finalidade da obra devo dizer q só consegui gostar da Sofia. Foi legal ler algo tão infame dentro da literatura brasileira e pretendo ler outros livros do autor.