O Alienista

O Alienista Machado de Assis
Machado de Assis




Resenhas - O Alienista


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Ana Paula Paim 27/02/2018minha estante
Olá, Caliane

Permita-me discordar, Machado não envelhece nunca. Ele é continua muito atual e consegue transpor o momento de sua produção (século XIX, precisamente em 1882) e dialogar com nosso contexto social. Quem nunca estranhou as atitudes e comportamentos alheios? Confesso que às vezes tenho vontade de conduzir alguns para a "Casa Verde" por julgar determinadas atitudes. Machado, porém é muito sutil ao criticar sua sociedade e a excessiva posição cientificista. Os melindres (escrúpulos) humanos também são questionados das mais variadas maneiras. É só ler e reler para ver! E Viva os textos machadianos!!! Abraços


Grace 01/03/2018minha estante
OK




Edson 20/11/2022

Rápido, satírico, crítico e muito bem escrito!
Começo dizendo que recomendo a leitura! Apesar de muitas pessoas terem certo receio ou resistência para ler Machado, considerando a complexidade de sua escrita datada do século XIX, porém, O Alienista é uma obra que traz um texto recheado de sátira e crítica, em que o personagem Simão Bacamarte, médico de renome idealiza e dirige um sanatório denominado "Casa Verde".

Com sua oratória argumentativa e persuasiva, consegue autorização da Câmara dos Vereadores de Itaguaí para administrar o sanatório, com o intuito de analisar a loucura da mente humana. Por tratar-se a Casa Verde de instituição pública, devido à autorização dos vereadores, poderia internar qualquer cidadão que o médico e, consequentemente, a ciência, apresentasse sinais de insanidade. Porém, o rigor do doutor Bacamarte em seus diagnósticos, fez com que grandes quantidades de cidadãos itaguaienses fossem coletados e recolhidos aos seus tratamentos e estudos, chegando a quatro quintos da população.

As críticas são direcionadas à varias classes, aos donos da razão, à classe política e aos que buscam o poder desenfreadamente. Os donos da razão podem ser retratados na figura do médico Simão Bacamarte, símbolo de um saber duvidoso, como o único iniciado, mantenedor dos segredos da Ciência, incapaz de revelá-los à "rebeldes e leigos" (como quando confrontado por uma rebelião), que em sua infrene voracidade em coletar casos para estudo, fez diagnosticados diversos casos por razões fúteis, de forma que sua opinião vai se transformando ao longo do texto, quando ora os loucos são aqueles que possuem algum tipo de desequilíbrio mental/emocional e em outro momento conclui que os loucos são os que não possuem nenhum falha de caráter, e passa a recolher somente os cidadãos que são honestos e bons, crítica que ao meu ver torna-se clara ao conceito de honestidade e bondade incutido na sociedade do Brasil imperial e do Brasil contemporâneo.

O texto nos traz a ideia de crítica social aos ambiciosos pelo poder na figura do Barbeiro Porfírio Caetano das Neves, que aproveita-se das circunstâncias do fervor da opinião pública acerca dos métodos do alienista e de sua Casa Verde, para erigir uma revolução (revolta dos Canjicas) eficaz num primeiro momento, tendo em vista que toma o poder, porém, fugaz, tendo em vista que não cumpre a promessa feita à população de destruição da Casa Verde, preferindo aliar-se ao egrégio médico de renome internacional.

Quanto às críticas sociais à classe política, refere-se aos vereadores como figuras covardes e sem brio, que desconsideram qualquer exagero nos métodos do médico, para manterem, em contrapartida, a fama e as verbas que o renome do doutor Bacamarte e sua Casa Verde outorgam.

Depois de liberar todos os alienados de seu sanatório, ocorre ao diligente doutor, a possibilidade de não haver doidos em itaguaí, e sim que seus estudos levaram a descoberta do perfeito desequilíbrio do cérebro, e que "Itaguaí não possuía um só mentecapto", e não possuindo um só louco, também não possuiria sequer um curado em todo seu esforço de estudo, e essa conclusão, por tratar-se de conclusão extremamente absoluta, poderia ser, portanto, errônea e paradoxalmente "destruir o largo e majestoso edifício da nova doutrina psicológica?".

Tal aflição traz suspeitas à Simão Bacamarte, que o único louco de Itaguaí, seja ele mesmo.
mpettrus 03/12/2022minha estante
Esse romance machadiano é excelente nas suas críticas contundentes, e como você bem pontuou na sua resenha, são críticas ao tempo de sua época, porém, se olharmos a sociedade hoje, também são válidas para pensarmos o comportamento da sociedade do século XXI. Inesquecível!!!


Edson 04/12/2022minha estante
Sem dúvidas, são críticas ao seu tempo, mas que são extremamente atuais.




Bia 03/12/2021

loucura relativa
Meu segundo contato com machado e sigo atônita com a escrita e genialidade.

um livro antigo mas tão atual, onde machado nos faz questionar o que é normal e o que é loucura? é possível confiar plenamente nos ?detentores da ciência??

talvez a loucura esteja nos olhos de quem vê
Mayhara 19/12/2021minha estante
Hummm, eu estou pra ler helena nas leituras de 2022. Já li dom casmurro dele, mas não foi lá essas leituras pra mim sabe. quero ter contato com outras obras


Bia 19/12/2021minha estante
tenta o alienista!! é bem pequeno, ou memórias póstumas de bras cubas




Sté.Souza 26/06/2020

Machado de Assis e seu jeito irresistível de escrita. O conto "Alienista" é daqueles contos que faz você se divertir e ao mesmo tempo questionar.
Eu recomendo.
Paulinho 26/06/2020minha estante
Livro excelente, uma crítica fantástica e muito engraçado.


Sté.Souza 26/06/2020minha estante
É verdade, é bem engraçado




Elton.Sales 18/02/2018

Sobre o livro
O livro conta a história do Dr. Simão bacamarte, que afim de aprofundar seus estudos sobre loucura humana cria uma especie de manicômio a "Casa verde", mas no meio de tanta loucura o que ele menos esperava era que ele mesmo acabasse se contaminando.
O clássico conta com uma linguagem rebuscada (chegando a ser entediante para alguns), mas mesmo assim a história consegue nos envolver e surpreender, pois traz varias lições de moral para os dias atuais, tendo em vista que o livro foi lançado a 22 anos atrás onde as coisas eram um pouco diferentes dos dias atuais. A maior reflexão que se pode tirar do livro é que antes de julgar alguém você deve perguntar a si mesmo se não está cometendo o mesmo erro.
akin silva 19/02/2018minha estante
ta uma merda


Ana Paula Paim 28/02/2018minha estante
Olá, Elton
O conto é um dos meus favoritos, realmente a linguagem é uma característica de Machado, ele tem um apurado cuidado com a palavra, por isso, muitas vezes sentimos um certo obstáculo, uma certa dificuldade. Porém, com o passar das leituras essa dificuldade será ultrapassada. Foi lançado em 1882 e apesar de 136 anos, continua atual e divertido. E viva Machado!! Continue as leituras. Abraços,




Cinara... 23/02/2022

"De médico e louco todo mundo tem um pouco."
"Nada tenho que ver com a ciência; mas se tantos homens em que supomos juízo são reclusos por dementes, quem nos afirma que o alienado não é o alienista?"

Pelos parâmetros do Dr. Bacamarte estaríamos todos presos em um sanatório! Não o julgo! Eu mesmo não conheço uma pessoa 100% sã. E quem foi que limitou a sanidade da insanidade? Já que somos todos afetados por nossas loucuras?
Machado foi , é, e sempre será um mestre da literatura nacional e mundial!!
Amo!!!
Clayton 24/02/2022minha estante
Comentário perspicaz...
O Alienista é, lamentavelmente, uma das minhas pendências no âmbito da leitura. Vou ler o quanto antes.


Cinara... 25/02/2022minha estante
Acredito que você vai gostar bastante Clayton! Machado não tem erro!




Bibi 16/06/2020

Grande Machadão!!!
Machado de Assis é genial em sua habilidade no uso da ironia e a perspicácia com que analisava as questões de seu tempo (e do nosso!!!).
O alienista foi publicado pela primeira vez em 1881, época em que a crença na ciência como ?salvadora dos males do mundo? começou a ser bastante difundida. Machado n era lá muito confiante nesse poder absoluto, e escreveu essa narrativa primorosa, nos fazendo questionar sobre a loucura e normalidade. Afinal, quais são os parâmetros pra loucura e lucidez nesse mundo bizarro q a gente vive?
E cuidado, os ?doudos? do livro podem parecer muito com você, então talvez talvez tu até termines a leitura com o mesmo diagnóstico! Haha
Isadora1232 16/06/2020minha estante
Esse livro é genial!!


Paulo.Nunes 16/06/2020minha estante
Já na minha lista!




Tabata.Vieira 05/02/2022

Alienista (termo usado para psiquiatra na época)
Primeiro ponto a salientar e frisar: o contexto histórico que o livro foi escrito, 1882. Houveram muitas mudanças no ramo da psiquiatria e da psicologia de lá para cá.

A grande temática do livro é sobre a fronteira entre loucura e sanidade. O que é loucura? O que é sanidade? E como poderíamos diferencia-las?

Quais os critérios para esse diagnóstico?

O que é normalidade? Quem seriam os normais?

São muitas as reflexões trazidas pelo livro. Porém, muito vista de um aspecto subjetivo, social, moral e "científico". Deixando claro que o científico que aparece no livro não corresponde a realidade e que não representa a ciência atual.

O livro reforça a necessidade de que precisamos de Prática Baseada em Evidência, onde ocorra a união das melhores evidências científicas, um bom conhecimento técnico e a preferência do paciente no tratamento.

E claro, um diálogo construtivo entre todas as áreas do saber.
Isis243 05/02/2022minha estante
Obrigada ? a sua resenha acaba de despertar em vida uma vontade enorme de reler esse clássico!!!


Tabata.Vieira 05/02/2022minha estante
Que bom. Fico feliz Ísis. Apesar de não ser um livro de fácil leitura traz reflexões que são atemporais e que é necessário sempre estarmos reavaliando. Bjos




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Anna 18/01/2022minha estante
Ahshqhsha agr vi que escrevi tudo erra mas é sobre isso e tá tudo bem


Anna 18/01/2022minha estante
Errado**** meu pai




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Samuel.Araujo 20/02/2018minha estante
Adorei


Ana Paula Paim 23/02/2018minha estante
João,

Amo clássicos da Literatura e Machado é Machado! Ele tem um dom de falar de temas tão polêmicos (sanidade X loucura) de uma forma sutil e categórica, não é mesmo? É preciso olhos e ouvidos atentos para compreender suas metáforas e sugestões. Continue suas leituras e descubra mais do grande escritor da Literatura Brasileira e escreva resenhas mais abrangentes. Abraços




anacarolina.spalla 29/12/2021

Resenha para o desafio
No começo eu nao entendi nada e no final parecia que eu tava no começo.

Recomendo a leitura puramente para que você forme sua própria opinião sobre o livro mas não foi uma leitura prazerosa pra mim.
Isabelarp 24/01/2022minha estante
HAHAAHAHAHAHAH ri alto do comeco dessa resenha


anacarolina.spalla 25/01/2022minha estante
CAra juro KKKKKK




litera.liza 25/09/2024

O que é a loucura? E a normalidade?
Em "O Alienista", Machado de Assis explora, com sua ironia bem característica, temas universais e atemporais, como a loucura, o poder e a arbitrariedade da ciência.

A trama gira em torno do Dr. Simão Bacamarte, um médico respeitado que retorna a Itaguaí após estudos na Europa, decidido a inaugurar um asilo para alienados, ao qual ele chamou de Casa Verde. O que à primeira vista parece ser um empreendimento em nome da ciência e do progresso, logo se transforma em uma inquietante investigação sobre os limites da razão e da loucura.

Bacamarte inicia seu projeto com um critério rígido: os alienados devem ser identificados e internados para a cura. Inicialmente, suas escolhas parecem sensatas, até que ele começa a internar não apenas os manifestamente insanos, mas também cidadãos que, em seu entendimento, demonstram desvios sutis de comportamento. Com o passar do tempo, Bacamarte prende cada vez mais pessoas, incluindo líderes políticos, comerciantes respeitados e, por fim, praticamente toda a cidade de Itaguaí. A inversão completa acontece quando, em sua busca pela perfeição científica, ele começa a acreditar que, talvez, a verdadeira loucura resida na normalidade absoluta.

Aqui, Machado de Assis nos conduz a uma crítica mordaz da ciência e da razão desmedida, que ao invés de libertar o ser humano, o aprisiona. Bacamarte se torna o símbolo do cientificismo exacerbado, da crença cega no poder absoluto da razão.

O que é a loucura? O que é a normalidade? Quem tem o poder de definir esses conceitos?

Essas são questões centrais da narrativa, que provocam tanto os personagens quanto nós, leitores.

A escrita de Machado é sempre muito cativante, como já sabemos. E, aqui, ela é ainda bastante divertida. A leitura é feita em "uma sentada", sem que a gente sinta que está lendo algo escrito em 1882.

Recomendo demais!
Edson 25/09/2024minha estante
Eu adorei esse livro, é uma história atemporal, reflexiva e que sempre será a realidade de qualquer época.


litera.liza 25/09/2024minha estante
Concordo plenamente, Edson!




Jack 18/01/2022

O Alienista
A obra Machadiana e enigmática, que fora lançada pela primeira vez em 1882, desperta uma profunda reflexão: O entendimento de uma única pessoa, mesmo que amparada no escudo da ciência, é o suficiente para ser aceita de forma absoluta?

O Dr. Simão Bacamarte, um médico respeitado e fiel à ciência, chega em uma cidadezinha para estudar sobre o comportamento humano. Lá, funda a Casa Verde (lugar que internava as pessoas que - destoava - do que ele julgava ser ?NORMAL?).

Bacamarte, no alto de sua soberba acadêmica, e sendo o único que de forma unilateral decidia quem iria para a casa dos Orates, tornando-se temido pelos moradores. Em pouco tempo, o local estava lotado, nem Dona Evarista - sua esposa - fora poupada, levara-a para à Casa Verde, devido ao diagnóstico de ?mania suntuária?.

Não havia argumentos que pudessem contrapor à decisão da ciência, dada pelo Alienista. E assim, após meses de infindáveis estudos, sem conseguir progredir, todos os ?pacientes? foram liberados, e no ato, uma única pessoa ficou habitando, solitariamente aquele espaço até o fim dos seus dias. Sim! O Dr. Simão.

Sempre houve quem abonasse medidas extremas para excluir pessoas que não se adequam ao ?padrão?. Utilizam-se da crença, da ciência ou da religião para respaldar suas ideias. Devemos tomar muito cuidado!
Rafael 18/01/2022minha estante
A ?mania suntuária? levaria à Casa Verde muita mais gente que a Dona Evarista, hoje em dia hahah


Jack 19/01/2022minha estante
Hahaha vdd ?




Ana 04/11/2022

entendi a crítica q a história passa, assim como foi retratado tbm...mas a história não me prendeu, n chamou minha atenção e gastei 4 dias p ler sendo q mal mal tinha 60 páginas.
só li por causa da escola e n leria de nv, mas tem uma boa mensagem e eu n ficaria nada surpresa se descobrisse q fui a única q n gostou.
Tainá 04/11/2022minha estante
Demorei também 4 dias pelo mesmo motivo é só consegui entender o livro quase no final


Ana 04/11/2022minha estante
eu entendi só por aquela parte q explica no final kkkkk




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