Resenhas - Frankenstein

Emi 15/11/2024

Definitivamente não estava esperando por algo tão filosófico.
Não me recordava dos detalhes, apenas o básico da história e me deparei com questões tão conflituosas e atuais que quase me esqueço que se trata de um livro escrito a 206 anos atrás por uma mulher de 18 anos.

Não atoa se enquadra em um clássico, e por ser clássico, me parece quase uma obrigatoriedade ser extremamente detalhado, o que muitas vezes chega a ser maçante, cansativo, arrastado...

As partes que mais me instigaram, me empurraram a continuar e me ensinaram sobre o ser humano foram descritas pelo monstro

A nota é apenas por uma expectativa minha, procurava algo pra ler na temática do halloween, algo que me distraísse da vida, esperava algo meramente assustador mas não assustador de uma maneira real, passei a acreditar que ela só detalhou sobre suas observações quanto as ações do ser humano, tudo real demais

No concreto dos dias nos deparamos com todos os sentimentos descritos em cada uma dessas páginas tornando tudo muito angustiante.

Frankstein e sua criação se tornaram planos de fundo para o que realmente importa.

Manuela222 15/11/2024

Quem é o verdadeiro monstro?
Quando se fala em Frankenstein, qual a primeira coisa que vem à sua mente? Provavelmente, um monstro de aparência terrível, com todo aquele estereótipo que criamos em nossa cabeça. Uma criatura de pele esverdeada, com parafusos na cabeça, que anda tal qual um zumbi. Um ser irracional que não é sequer capaz de ter sentimentos. Esse era o pensamento que eu tinha. Porém, quando a obra de Mary Shelley me foi apresentada, essa ideia foi rompida de vez. Descobri que Frankenstein não é a criatura, e sim o criador, e que o monstro não é alguém tão execrável, e sim um ser pensante e sentimental.
Victor Frankenstein é aluno da universidade de Ingolstadt, sempre foi muito ávido por conhecimento e extremamente ambicioso. Essa ambição fez com que ele quisesse realizar um feito inédito: criar e dar vida a um ser humano. Porém, ao contrário de Deus quando dá vida a Adão, Frankenstein abandona sua criação, deixando-o à mercê de sua própria sorte. É assim que "Frankenstein" se inicia, e daí por diante podemos ver a jornada de aprendizado e autodescoberta do monstro e a forma na qual o Dr. lida com os resultados que sua falta de ética e empatia provocaram.
Quando iniciei a leitura, pensei que seria um livro assustador, que a qualquer momento poderia levar um grande susto, já que além de um romance gótico e uma ficção científica (aliás, é considerada a primeira do gênero), essa é uma obra de terror. No entanto, ao avançar na leitura, percebi que o terror que Mary Shelley queria expor era o terror dos mistérios da mente humana (e do monstro) e como ela lida com as consequências de seus atos que, por vezes, levam à loucura.
O livro tem um enredo bastante interessante, mas em certos momentos senti que a leitura não fluía. Há uma descrição extremamente detalhada de todos os locais e sentimentos dos personagens, o que às vezes acaba deixando a leitura cansativa, mas, ao mesmo tempo, estimula ainda mais que nós nos coloquemos no lugar deles, vivendo o que viveram e sentindo o que sentiram. Algo de que gostei bastante são os vários pontos de vista que o livro nos oferece. Podemos ver pela visão de cinco personagens (alguns mais e outros menos) como a narrativa se desenrola, enriquecendo-a e permitindo que o leitor analise os dilemas dos personagens de forma mais clara.
"Frankenstein ou Prometeu Moderno" foi escrito em 1818, mas apesar disso é um livro muito à frente do seu tempo, com críticas e questões éticas que podem ser discutidas até hoje. Frankenstein, quando criou o monstro, não teve o mínimo de responsabilidade afetiva por sua criatura. Ele o deixou sem sequer um nome, sem uma identidade. Imagine crescer sem saber quem você é, de onde veio, sem se identificar com ninguém à sua volta. Foi exatamente o que o Dr. fez. Não é à toa que ele teve o destino que teve. Por conta de sua ambição e covardia, acabou cavando sua própria cova.
O livro surgiu de um desafio do poeta Lord Byron, quando estavam presos dentro de casa por conta de uma tempestade. Ele propôs que escrevessem histórias sobre fantasmas como passatempo. Inicialmente, Mary Shelley relutou em aceitar o desafio, mas em uma madrugada teve uma visão sobre a história do jovem Frankenstein e conseguiu criar e apresentar um conto. Posteriormente, com o incentivo de seu futuro marido, Percy Shelley, o conto se tornou um livro, e hoje é um dos maiores clássicos da literatura gótica.
Por falar em Mary Shelley, podemos relacionar muitos aspectos de sua vida com o livro que escreveu. Mary perdeu sua mãe logo depois que nasceu, e quando ela experimentou a maternidade, acabou perdendo três filhos. Passou também pelo suicídio de sua meia-irmã e da ex-mulher de seu marido. Ela dá a vida ao monstro de Frankenstein como se quisesse também dar vida a todos os amigos e familiares que se foram tão precocemente. O vazio que a criatura desejava preencher representa também o vazio que a própria autora tinha em seu coração.
Conclui-se que ?Frankenstein ou Prometeu Moderno? é uma obra que vai além do estereótipo monstruoso criado. Mary Shelley, ao escrever sobre a solidão e o sofrimento de sua própria vida, dá voz a um ser marginalizado que acaba cometendo muitas atrocidades, mas que, no fundo, assim como diversas pessoas na sociedade, só busca ser compreendido e amado. Por fim, a autora nos confronta com uma pergunta que pode fornecer diferentes respostas: Quem realmente é o monstro, o criador ou a criatura?

Maria5682 15/11/2024

Um clássico que merece todo o reconhecimento
Esse livro é 5 estrelas sem dúvidas. A razão por eu não dar essa nota é mais devido a meu gosto pessoal do que pela qualidade da obra. Frankenstein de Mary Shelley é excelente, muito rico de conhecimento de vários âmbitos. É louco pensar que ela escreveu esse livro com apenas 18 anos. Uma mulher inteligentissima que merece todo reconhecimento. Mas por gosto pessoal, não foi uma leitura tão prazerosa e algumas partes do livro tornaram-se arrastadas por contar detalhes demais e eu queria que fosse mais direto ao ponto mas a autora tem conhecimento demais para ser muito objetiva. Além do que todo o detalhe que ela acrescenta acaba sendo importante também pra obra então não é algo que deveria ser mudado. Como disse anteriormente, é mais gosto pessoal e querendo ou não é um livro de mais de 200 anos atrás então é óbvio que ele não vai ter o mesmo estilo que estamos acostumados hoje.
Apesar de ser antigo, é um livro que discute questões muito importantes e atuais como reflexões filosóficas sobre solidão, os limites da ciência, religião, ambição. É uma obra que a cada leitura deve se ter um insight diferente.

Moises127 15/11/2024

Mesmerizante
O Prometeu moderno. Um dos melhores livros que já li, quiçá o melhor até o momento. Um clássico da literatura e ficção cientifica, aborda temas como: a vida, existência, deus, natureza humana e alienação social.
Esta obra tem como pedra angular o corpo e o preconceito. Em sua narrativa mora a tragédia de dois seres, criador e criatura, onde o primeiro deles descobre o segredo da vida e opta por brincar com o divino, assumindo o papel de criador, ele fabrica uma criatura que diferente de todos os outros seres vivos, não nasceu, mas sim foi construído. A única coisa no mundo que não foi criada pelas mãos de deus, Acredito que por esta razão todos o temem de imediato, não apenas por sua aparência exterior, mas também porque em um nível mais profundo e subconsciente não se reconheça nele algo que todos temos e somos acostumados a perceber uns nos outros, como se sua existência habitasse um vale de estranheza, espiritual ou não, de forma que apenas ao pousar o olhar em seu corpo fosse possível entender instintivamente sua origem profana, enxergando algo com um formato humano mas não o reconhecendo como tal. Este é o horror primordial que o monstro traz a quem o avista.
Se deus fez o homem a sua imagem, o que nasce quando o homem cria alguém a sua imagem. o Doutor condenou sua criação a marginalidade e miséria, indigno até mesmo de ter um nome, isolado, sem conexão, rejeitado e tido como antinatural. mesmo que o mostro seja a imagem de seu criador, culto, gentil, educado e prestativo, ele jamais será aceito, condenado a solidão eterna.
O monstro torna-se um assassino confesso, um monstro que também é reflexo de seu criador e do mundo que o nega, no entanto é difícil não sentir sua dor e questionar quem é de fato o monstro (senão esse mundo bandido).

Luan643 14/11/2024

Esse livro tem muita filosofia
Bom.

Muita filosofia para ser entendida apenas como professor formado.

O fato da solidão e abstenção da convivência com pessoas humanas me fez pensar bastante sobre como é realmente ser uma pessoa fiel a si mesmo.

No meio do livro eu me senti meio desmotivado para continuar a leitura, porém essa parte é a que mais me ensinou sobre.

A parte em que o monstro conversa com Victor, seu criador falando sobre o que ele teve que sobreviver enquanto Victor estava com seus pais lutando contra o luto, é meio estranho de ser, mas nesse livro o que mais ensina não é o criador mas o monstro.

Se você souber determinar o que esse livro está te ensinando, vai parecer que você se formou em uma faculdade.

Não é um livro que você sente um vício em ler todo santo dia em qualquer lugar, mas faz você refletir bem sobre se você está vivendo para você mesmo ou para alguém

Geniffer.correia 13/11/2024

Claramente posso relacionar o livro com ?Anti-Hero? da Taylor Swift pois o mostro via que todos eram jovens e bonitos já ele era um mostro na montanha mas enfim só passei raiva mas recomendo se vc tem paciência

Deni San 13/11/2024

Minha terceira vez por aqui
Amo esse livro com todas as minhas forças. Para mim, é como cavar em uma mina e descobrir a cada golpe da pá um novo diamante.
O monstro de Frankenstein continua sendo um clássico que inspira autores das mais variadas vertentes com a relação criador/criatura. Porém, é o resultado psicológico desse embate que mantém a obra viva há mais de duzentos anos.
Alguém que perdeu a probabilidade de futuro, pois não há esperança de felicidade para ele. Cria na vingança um meio de se agarrar a vida, atando-se a quem detesta como forma de continuar vivendo. Isto me parece tão atual que assusta. Já que em duzentos anos a solidão continua sendo um dos maiores terrores da humanidade.
Shelley é maravilhosa, mas, como toda autora de uma obra muito antiga, precisa ser lida com o devido respeito ao seu tempo. Superada essa barreira, a recompensa é uma leitura rica e cheia de reflexões.

JoAo.PiAeiro 12/11/2024

Magnífico
A história é fenomenal, a interação do monstro, e o criador foi o ponto chave.
Ver o fascínio do doutor, em criar algo inanimado, depois o arrependimento e o abandono da criatura. A criatura que queria ser amada, mas por ser deformado. Foi abandonado, pelo criador e a humanidade. E assim, perdendo uma parte de sua "humanidade".

Até onde você iria, por vingança?
Uma pergunta, que pendura pelo livro. Como fazer o seu criador, entender que te abandonar, te transformou em monstro. Vingança, vingança, vingança!

Gleice.Souza 12/11/2024

Que livro maravilhoso, uma abordagem bem profunda de uma história clássica do mostro e seu criador

luckystarlia 11/11/2024

Frankenstein
?O que eu sinto agora não será mais sentido.?

Eu adorei a experiência de ler esse livro. Passei toda a minha vida imaginando o Frankenstein como um monstro, malvado, sem nenhum motivo plausível para isso.
Mas durante toda a história contada, eu senti pena do monstro que Vitor tinha criado, do mesmo jeito que me compadeci com a história de Vitor, com toda a vingança e desgraça que aconteceu em sua vida, e deu final deprimente.

Kiara | @livrosdakiara 10/11/2024

Um livro sobre solidão
Gostei muito do livro e mais uma vez achei os textos complementares um pouco desnecessário. Enfim.

O livro é um pouco diferente do que eu esperava mas me surpreendi. A escrita também é rebuscada e as vezes flui de forma mais lenta.

O livro é muito sobre solidão da criatura, Victor faz cada besteira q n da pra entender, isso que dá fazer as coisas sem pensar nas consequências. Querer realizar grandes atos PRA QUE? N entendo essa vontade de ser superior.

A parte da criatura falando da sua estadia escondida com a família foi minha parte preferida, ele narrando como se sentia. Somos seres feitos para viver em sociedade, não para nos sentirmos sozinhos.

O monstro acabou dando ao Victor o que ele mesmo já sofria: a solidão.

euanasillva 10/11/2024

Livro à frente do seu tempo??
Frankenstein é um clássico da literatura que vai muito além de uma simples história de horror. Escrito por Mary Shelley em 1818, o livro explora questões sobre a ambição humana, ética científica e a busca por identidade e aceitação. A narrativa gira em torno de Victor Frankenstein, um jovem cientista que, em seu desejo de desafiar as leis da natureza, cria uma criatura a partir de pedaços de cadáveres. No entanto, ao ver sua criação, ele é tomado por horror e repulsa, abandonando o monstro à sua própria sorte. Sem orientação ou acolhimento, a criatura experimenta a rejeição e o desprezo, o que a leva a desenvolver sentimentos de raiva e vingança contra seu criador. Shelley nos conduz a uma reflexão profunda sobre o que nos torna humanos, as consequências das nossas escolhas e o impacto do isolamento na vida das pessoas. Apesar de ser conhecida como uma história de terror, Frankenstein também é um drama psicológico e uma obra de ficção científica pioneira que desafia até mesmo questões morais e filosóficas da ciência e da criação. A linguagem, por vezes densa e detalhista, pode parecer desafiadora, mas o esforço vale a pena. A construção dos personagens é complexa e envolvente, especialmente a da criatura, que desperta no leitor sentimentos ambíguos entre compaixão e horror. Recomendo a leitura para quem busca uma obra atemporal que, mesmo depois de dois séculos, ainda provoca questionamentos sobre os limites da ciência, a responsabilidade das nossas ações e o que realmente significa ser humano.

Brennus louis 10/11/2024

O prometeu moderno
Frankenstein é um romance revolucionário para o gênero de horror e ficção científica, nele acompanhamos Victor Frankenstein, um jovem que busca conhecimento sobre a essência vida e se tornar um grande cientista, mas seu maior sonho se torna seu pesadelo assim como prometeu roubou o fogo dos deuses Victor fez algo que lhe traria trágicas consequências. O monstro é um personagem diferente de sua clássica adaptação do cinema, um ser provido de sentimentos que só queria viver como um humano, mas é rejeitado pelo seu próprio criador e todas a pessoas que o viram somente um senhor cego não o despreza. A obra traz um mix de emoções do terror, a tristeza e um clássico sem dúvidas nota 5?

Mari <3 10/11/2024

Frankenstein, Mary Shelley.
Um livro muito inteligente, emocionante, que te faz transitar entre emoções. Uma hora você está com raiva, outra hora sente pena. Com personagens interessantes. Enfim, um livro magnífico. Mary Shelley foi simplesmente brilhante ao escrever isso.

Cleia.Nascimento 10/11/2024

Frankenstein ou o prometeu moderno
Como nossos sentimentos são mutáveis e como é estranho o amor com que nos apegamos à vida mesmo quando nos resta apenas a infelicidade!