Giu Vertematti 07/06/2024
O amor é um conjunto de atitudes
Scarlett Peckham traz novamente sua visão não convencional sobre o erótico na continuação da saga de Charlotte Streeet, mas que deixa a desejar em alguns aspectos.
Constance Westmead está acostumada a estar nos holofotes e em meio a escândalos. Ao acidentalmente manchar a reputação de ninguém menos que sua paixonite de infância, o conde de Apthorp, Constance bola o único plano possível para salvar Julian: os dois terão que fingir um noivado. Porém, quanto mais fingem, ambos irão descobrir verdades um sobre o outro e que o faz de conta pode ser mais real do pensam.
O maior trunfo da autora, sem dúvida, é sua visão pouco convencional da sexualidade e do erótico. Peckham consegue fugir do que normalmente é apresentado no gênero, o que a destaca nos romances de época. Porém, neste segundo livro, a história não me conquistou.
Achei que os arcos dos protagonistas foram bons, mas faltou um algo mais. Os demais personagens não foram interessantes, o que fez com que eu não me importasse muito com a história.
Apesar das faltas, gostei muito de como a autora embasou a crença principal do casal: o amor é um conjunto de atitudes. Ela soube construir muito bem as condutas de seus personagens em torno dessa máxima, o que aqueceu - de leve - meu coração.
Apesar de inovadora, Scarlett Peckham não conseguiu me cativar neste livro e não me despertou a vontade de concluir a série.