A Bolsa Amarela

A Bolsa Amarela Lygia Bojunga




Resenhas - A Bolsa Amarela


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Vanwoods 09/09/2021

Clássico para todas as idades
Livro adorável e com questões pertinentes à atualidade. A personagem principal, Raquel faz questionamentos tão criativos e pertinentes que são fontes inesgotável de reflexões para todas as idades. Curti bastante.
Recomendo.
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DiAgo.Diniiz 28/08/2021

Gostei muito do livro! A escrita da autora é bem fluida, até porque é um livro infanto-juvenil. A personagem principal é Rachel, que guardava três desejos dentro de um bolsa amarela, a qual ela levava para todos os lugares. Cada vontade dessa leva o leitor a uma grande reflexão. Umas das vontades que mais me chamou atenção foi que ela (Rachel) tinha o desejo de ser um menino. Isso pelo fato das pessoas criticarem o fato de meninas jogarem futebol, soltar pipas, entre outras coisas que a sociedade impõe apenas aos meninos.
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venusy 28/08/2021

O melhor para crianças
Esse é um daqueles livros perfeitos para crianças e principalmente para adultos, trazendo uma mensagem extremamente necessária. Em uma sociedade onde crianças têm sua voz silenciada e suas opiniões ignoradas, Lygia nos traz uma garotinha negligenciada por sua família, que debocha de seus desejos, sonhos e opiniões. Raquel, então, se vê em uma situação que eu encaro como solidão, sendo assim ela mergulha em um mundo fantasioso com personagens secundários que, em minha interpretação, são extremamente parecidos com pessoas reais, suas histórias, suas trajetórias, seu desenvolvimento...
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Soraya Freitas 22/08/2021

Um livro cativante, que te acompanha pela vida.
Eu tenho muito amor por esse livro, que eu li quando tinha 11 anos e quase 20 anos depois, estou escrevendo essa resenha. Na época, eu estava na quinta série e tinha uma imaginação muito fértil, além de sempre ter me sentido um pouco deslocada do ambiente.
Então, quando a personagem, Raquel, e suas três grandes vontades são apresentadas, eu me identifiquei na hora. Primeiro, porque o nome da personagem é o nome da minha irmã. Segundo, porque eu compartilhava em parte das vontades dela.
Eu queria ser menino. Não literalmente, mas achava mais legal os brinquedos dos meninos e a maneira como os adultos tratam os meninos versus como tratam nós, meninas. Sem falar a maneira como parece que a gente tem que crescer mais rápido que eles.
Sobre querer crescer - eu não queria muito, não, e nisso discordo da personagem; mas eu entendi o que a autora queria dizer. Quando você é criança, você não tem voz e às vezes é invalidado. Você não sabe de nada. É quase como se não tivesse pensamentos e impressões sobre as coisas.
Mas a terceira vontade foi a que me pegou: querer ser escritora. Eu não lembro quando essa vontade nasceu, mas ela me acompanha até a vida adulta.
Além disso, o jeito como a Raquel se apaixonou pela bolsa amarela e não parava de colecionar objetos e colocava nela, criando personalidades e histórias para cada um deles, tratando objetos inanimados como amigos com quem podia conversar e aprender, é muito interessante e claro que não é feito como se ela fosse uma menina alucinando. Era uma criança, solitária, tentando se expressar através de sua criatividade transbordante. Quem foi uma criança solitária sabe como faz falta ter alguém com quem conversar e te ajudar a entender esse mundo confuso dos adultos. Tenho a minha velha edição até hoje, desde 2000, e agradeço desde então à professora Sandra por pedir esse livro na escola. Até hoje esse foi o livro que mais diretamente falou comigo. Bem direto no ponto. E me cativou totalmente.

site: http://paginaspb.blogspot.com/
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Mota 12/08/2021

Esse livro é muito bom, li ele a primeira vez com 09 e reli hoje com 16 e parece q não era mesma leitura, tive entendimento diferentes e é muito legal ir descobrindo coisas cada vez que vc lê mais!
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Mary 08/08/2021

Meu livro preferido até os 11 anos
Esse livro é uma pequena vida cotidiana mudada por uma bolsa amarela, um galo falante e muito mais!
Ele mostra uma pequena menina um pouco injustiçada pela família por ser mais nova e a "criança não tem vontade". Depois da sua família receber coisas e roupas usadas, sobrou pra ela uma bolsa amarela, nela ela esconde três vontades.
Às vezes acho que é uma autobiografia da Lygia Bojunga, mas tenho minhas desconfianças. Leia para ver a história dessa menina que quer se descobrir como pessoa.
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Craotchky 07/08/2021

Mais uma "não-resenha" ou Das valorações de leituras
(Texto reestruturado dia 29/01/2024)
A bolsa amarela foi uma leitura surpreendente. Demorou só um pouquinho para que eu entrasse na vibe da história, depois a coisa deslanchou. De início supus que encontraria aqui apenas um livro infantil superficial, porém encontrei nas entrelinhas metáforas e analogias mais profundas e reflexivas. Naquilo que se propõe, A bolsa amarela é sensacional. Uma maravilhosa surpresa.

Este livro me fez teorizar sobre como a relação econômica de "custo-benefício" pode ser análoga ao sistema avaliativo de uma leitura, desde que façamos uma pequena mudança nos termos. Explico: trocando o termo "custo" por expectativa e "benefício" por retorno, obtemos uma relação expectativa-retorno. Neste sentido, em qualquer leitura temos uma certa expectativa. Após a leitura verificamos o quanto essa leitura conseguiu retornar, entregar, isto é, atender essa expectativa. Essa é a relação expectativa-retorno que parece participar bastante da nossa avaliação final de uma qualquer obra.

Assim, quando temos uma expectativa muito baixa, qualquer pouco que a leitura dê como retorno é suficiente para a expectativa ser alcançada e consequentemente a valoração ser positiva. Em contraste, se a expectativa é muito alta, é preciso que o retorno seja muito grande para que a essa expectativa seja suprida e a valoração seja positiva. Outro ponto importante é que essa relação expectativa-retorno é totalmente subjetiva, visto que cada elemento que a compõe está sujeita à consciência, percepção, sensibilidade e entendimento de cada leitor(a). Em outras palavras, a expectativa é uma criação do(a) leitor(a), portanto subjetiva; da mesma forma, o quanto a leitura retorna está condicionado à percepção e sensibilidade de cada indivíduo, sendo assim também um elemento subjetivo.

Além disso, há níveis diversos de expectativa e níveis variados de retornos possíveis. A interação desses níveis na relação expectativa-retorno parece ser o que resulta na valoração que atribuímos ao livro. Que fique claro: A relação expectativa-retorno gerará uma valoração subjetiva, conforme explicitado no parágrafo anterior. Há várias possibilidades finais de valoração subjetiva que podem ser exprimidos através de termos como "gostei muito", "amei", "detestei", odiei" e outras variantes.

Aqui no Skoob, por exemplo, usamos cinco níveis de valoração (as estrelas), ou dez níveis após o advento do aplicativo da plataforma. De qualquer maneira, o nível final da valoração da leitura resulta da interação dos níveis de expectativa e retorno implicados nela. Em suma, a quantidade de expectativa interage com a quantidade de retorno proporcionado pela leitura. Parece que o resultado dessa relação estabelece a valoração final.

PORÉM...!
Acima abordei uma espécie de ferramenta que talvez usamos instintivamente, mesmo que sem perceber, para atribuir valor a uma leitura. (Em verdade, apenas teorizei aquilo que quase todos nós leitores(as) sabemos que acontece na prática). Esse valor é subjetivo, visto que os elementos que o compõe são subjetivos de cada leitor(a). No entanto, será que os livros não têm valorações objetivas?

Aceitemos ou não, a verdade é que costumamos assumir uma espécie de instância objetiva de valoração dos livros, afinal, parece ser natural e praticamente unânime concordar que Os miseráveis é melhor (tem um valor objetivo maior) que Cinquenta tons de cinza (exemplos meramente ilustrativos), mesmo que sequer tenhamos lido as obras citadas. Se aceitarmos a existência de uma instância de valoração objetiva, ainda que não saibamos os critérios e meandros de sua operação, a brincadeira fica mais interessante.

Neste contexto, há duas instâncias de valoração: a subjetiva (aquela que depende da relação expectativa-retorno) e a objetiva (atributo imanente ao livro). Seguindo o raciocínio, um livro terá um valor subjetivo (atribuído pelo(a) leitor(a)) e um valor objetivo (atributo intrínseco do próprio livro). Perceba: o valor subjetivo vem do leitor(a), depende dele, e é atribuído por ele; o valor objetivo não depende do leitor(a) e não é atribuído por ele, pois é um atributo pertencente ao livro.

Aceitando as duas instâncias de valoração, podemos entender o motivo de não ser contraditório odiar um livro considerado excelente ou amar um livro considerado péssimo. Essa possibilidade se abre justamente por haver, nesse cenário, duas dimensões independentes de valoração. Sendo assim, valorações do tipo "odiei", "não gostei", "gostei", "amei" e todas as suas variantes podem ser compreendidas como subjetivas; valorações do tipo "péssimo", "ruim", "bom", "excelente" e todas as suas variantes podem ser compreendidas como objetivas.

Veja: "odiei", "não gostei", "gostei", "amei" são termos que remetem a prerrogativas do sujeito, isto é, do leitor(a). É o leitor(a) que odiou, gostou, amou... Portanto, sendo do sujeito, são subjetivos. Em contrário, "péssimo", "ruim", "bom", "excelente" são atributos do objeto, ou seja, do livro. Logo, sendo atributos do objeto, são objetivos.

Com tudo isso, é possível um livro ter um valor subjetivo positivo e ao mesmo tempo ter um valor objetivo negativo e vice-versa, e ainda assim não haver contradição, pois a dimensão subjetiva é independente da dimensão objetiva. Exemplo: "Amei um livro péssimo". Nesta frase "amei" seria uma valoração subjetiva, enquanto "péssimo" é um valor objetivo. Cada valor pertence a uma dimensão diferente de valoração, portanto não entram em conflito.

Bem, vou parar por aqui antes que me perca. Se você leu até esse ponto, parabéns! Caso queira, comente suas ideias sobre essas questões. Até.
Paloma 07/08/2021minha estante
Que bom que gostou! Foi uma das melhores leituras até agora, nesse ano. Sobre a "não-resenha": quase um tratado sobre avaliação de leitura kkkk. Achei bastante pertinente, principalmente para as pessoas entenderem que por mais que todo livro tenha seu mérito - o valor objetivo como você coloca - , o valor subjetivo que cada leitor irá atribuir é quase tão importante quanto aquele. Enfim, é necessária essa perspectiva para acabarem os julgamentos de uns leitores para com os outros no que tange sua avaliação da leitura, pois para cada leitor/leitora o mesmo livro será um livro diferente. Cada pessoa é um universo.


Craotchky 07/08/2021minha estante
Sim, excelente leitura, muito surpreendente pois jamais esperava encontrar profundidades na obra. E sim novamente, compreender a possível existência dessas duas instâncias diferentes de avaliação permite entender as diversidades de valoração.


Nath 09/08/2021minha estante
Resenha maravilhosa! ;*


Craotchky 11/08/2021minha estante
Obrigado, querida!


Craotchky 29/01/2024minha estante
Pessoal, apenas reescrevi e reestruturei algumas partes deste texto, publicado originalmente em 07/08/2021.


Carolina.Gomes 29/01/2024minha estante
Gosto demais desse livro.


Craotchky 30/01/2024minha estante
Também adorei, Carolina


Paloma 30/01/2024minha estante
????


Pri.Kerche 16/03/2024minha estante
Adorei a teoria da valoração em 2 dimensões! Nunca tinha refletido sobre isso?


Craotchky 16/03/2024minha estante
Obrigado, Pri! Apenas exercitei transmitir em palavras as loucas teorias que minha mente cria. Fico feliz que tenha adorado.




Paloma 02/08/2021

Para qualquer idade!
Adorei! Deveria ser leitura obrigatória nas escolas. Muitos ensinamentos importantes para o desenvolvimento de crianças e de qualquer pessoa; sendo, dessa forma, um livro para qualquer idade (Levando em conta que a existência humana é um continuo processo de aprendizado). E ainda é muito engraçado!
Quero ler mais dessa autora e tentar convencer minha sobrinha de 9 anos a ler (me desejem sorte kkkk).
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luy 28/07/2021

Não tenho palavras, eu amo esse livro com todas as minhas forças e queria poder reler ele sempre que quisesse
Super simples e contagiante
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Panda38 26/07/2021

Super recomendo, o livro é muito bom! Li quando era criança, só de escrever a resenha ja me dá um gostinho de infância.
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Maria.Luiza 14/07/2021

Li quando era menor.É uma leitura bem fácil e rápida com uma história divertida perfeito para que está começando a ler na faixa dos 11 anos.
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Nando 08/07/2021

Muito além da Bolsa de Rachel
nunca tinha lido um livro infanto-juvenil, até que a disciplina da faculdade me obrigasse a ler.
Esse livro vai conta história de menina Raquel e sua fértil imaginação, sendo ela a única criança da casa e com seus irmãos mais velhos sempre rebaixando ela, não apenas os irmãos mais também os pais da garota.
Aqui vamos descobrir o pensamento de uma menina quanto ao mundo, como ela quer ser, o que ela quer ser. E a partir disso, ela cria em sua imaginação estórias que vão parecer que são reais, mantendo tudo em segredo. O mundo da imaginação de Raquel é tão vasto que com certeza não coube nesse livro, e se coubesse ela não aguentaria levar a "bolsa amarela" que é o passa-porte para levar seus amigos imaginários a grande aventuras.
Minha opinião, é que eu queria uma segunda parte ou melhor um livro sobre o galo Afonso e a Guarda-Chuva que é os amigos dela. Essa leitura é tão boa e simples que mesmo assim, ela nos leva imaginar o mundo de Rachel.
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AA4 02/07/2021

super relaxante e leve, Raquel é inteligente e muito criativa, com certeza isso que torna o livro mais interessante, a criatividade da garota

li quando tinha 7 anos e peguei pra reler, não me arrependo
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Lia 29/06/2021

Perfeito.
Já li e lerei diversas vezes pois sou apaixonada nessa história. É tão leve, sempre me vem um sentimento bom quando penso neste livro, me dá muita nostalgia e conforto.
Super recomendo.
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