À Cor da Pele

À Cor da Pele John Vercher




Resenhas - À Cor da Pele


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Josi 18/11/2024

"Esse garoto é tão branco quanto eu."
Bobby é filho de mãe branca e pai negro, mas sempre se identificou como branco, escondendo de todos sua origem. Seu segredo é ameaçado quando descobre que o melhor amigo, Aaron, recém-saído da prisão, se tornou um supremacista branco, e testemunha a violenta agressão dele a um jovem negro. Para completar, o pai, que Bobby acreditava morto, ressurge em sua vida.

O livro acompanha, além de Bobby, sua mãe Isabel e o médico negro Robert. Aaron é a figura incômoda que desestabiliza o protagonista. As interações entre eles são cheias de suspense e tensão e Aaron apresenta uma chocante falta de remorso e motivações inesperadas.

Logo de cara, ocorre o evento que guiará a narrativa. Essa trama central se dá em apenas 4 dias, mas o texto contém flashbacks que a complementam.

O autor aborda de maneira certeira como o preconceito muitas vezes se baseia em estereótipos e ideias preconcebidas.

Bobby descobre aos 11 anos, de forma dramática, que o pai é negro, mas mantém isso em segredo e continua agindo como branco, inclusive reproduzindo discursos e atitudes racistas que aprendeu com o avô.

É interessante notar que, em alguns países, a classificação de raça passa mais pelas origens/descendência da pessoa do que pela cor da pele. Remete à ideia de que, para ser considerado branco, é necessário ter uma linhagem "pura", do contrário, a identificação é com o lado não-branco da família. Enquanto não se conhecia a identidade do pai, Bobby, com sua pele clara, era visto como branco por todos à sua volta, inclusive o avô racista. Bastou-se descobrir que o pai era negro para, imediatamente, ele também ser identificado assim.

Me fez pensar sobre como a ideia de raça é uma construção social, que pode variar conforme a cultura. No Brasil, um país miscigenado, em geral, as pessoas autodeclaram sua cor pela aparência e assim são reconhecidas.

O final me decepcionou. Terminei a leitura incrédula e com a impressão de que a história ficou incompleta.

Mas o livro traz boas reflexões e aborda temas importantes e atuais. Valeu a leitura, de qualquer forma.
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Jaii_oliv 11/11/2024

Quantos Bobby existem por aí?
"A cor da pele" narra a vida do jovem Bobby, filho de mãe branca e pai negro, que foi criado para se reconhecer como uma pessoa branca. Por muito tempo, ele escondeu suas origens por vergonha e medo do que as pessoas pensavam a seu respeito.

Esse medo é fruto de uma sociedade que permite a discriminação racial. A história se passa nos anos 90, mas, se formos observar, infelizmente, esse assunto ainda está presente nos dias atuais.

Precisamos entender que não existe a linguagem dos "negrês". Independentemente da nossa cor somos todos humanos.

Execelente livro ?
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bibi173 12/10/2024

Sinceramente, não sei o que eu espera, mas não era muito isso.

Demorei pra engatar a leitura, mas até que gostei, achei bem suave na medida do possível com o tema que tem, mas não curti muito o desfecho e o desenrolar da história.
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Vitor16Hq 04/10/2024

Boas temáticas.
Encontrei esse livro em uma feira no shopping, muitos livros a 15 reais, acabei trazendo ele para casa e li depois de alguns meses.

Pela primeira vez em algum tempo, é um livro que não ilustrei, apesar de ter gostado, talvez eu não fique com ele na coleção.

O livro começa muito bem, apresentando os personagens, o diálogo inicial após o reencontro dos dois é muito bom, os dramas de cada um vão sendo apresentados, mas o meio do livro não me prendeu tanto.

Esse meio foi muito arrastado para mim, eu tinha dificuldade de prestar atenção na história, nos históricos de leitura que fiz sobre esse livro, acho que até errei e confundi os nomes de alguns personagens.

Daí mais ao final o livro retomou a minha atenção, teve as referências a histórias em quadrinhos, que a maioria eu achei bom, mas teve algumas nem tanto, o desenrolar da amizade entre o Bobby e o Aaron é bem trabalhada.

Daí vêm o final, que é pensando para ser um back no leitor, e funciona muito bem, eu fiquei impressionado com o final do livro.

Tem muitos pontos positivos, mas não é um livro que me pegou tanto. Infelizmente eu vou discordar com o autor de cidade de Deus.
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Jéssica.NOVAES 19/08/2024

Reviravoltas surpreendentes
A história se passa nos anos 1990 e acompanha Bobby, um jovem mestiço que, por ter a pele clara, é capaz de passar como branco. No entanto, ele esconde essa verdade de todos ao seu redor, inclusive de seu melhor amigo, Aaron, que se torna um supremacista branco após sair da prisão.

As reviravoltas ao longo da narrativa são surpreendentes e mantêm a leitura envolvente, revelando gradualmente a complexidade dos personagens e as tensões que os cercam.

O autor tem uma escrita cativante, com um texto claro e envolvente que prende desde o início. Ele sabe como construir suspense e emoções, conduzindo a história até um final inesperado e profundamente triste. Esse desfecho reforça a mensagem do livro sobre as consequências do ódio e da intolerância.

No geral, "À Cor da Pele" é uma leitura impactante que aborda temas atuais de forma emocionante.
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a resenha sincera 28/07/2024

Uma obra que no início me deixou um pouco confusa sobre como e onde ia dar ela.

Aqui temos mais de um personagem central na histórias, cada um com seu próprio caminho e sua própria história. Nos, inicialmente, vamos conhecer dois amigos: um preto que não aceita que é preto, filho de mãe branca e pai preto ele consegue ignorar bem o fato, até o dia em que seu pai aparece depois de anos e ele precisa encarar o próprio racismo estruturado. E temos também o seu melhoe amigo que acabou de sair da prisão, e acredita na supremacia branca.

Ao longo da história nos vamos conhecendo diversas outras pessoas e suas próprias vivências. A história é incomoda de ser ler, o rac¡smo é o naz¡smo presentes na história nos dão sentimentos horríveis. Li ele vagarosamente porque realmente não dava pra engolir tudo de uma vez. Não para mim pelo menos.

Não é uma obra que tenho interesse de reler pelo tema pesado nela, mas indico para quem quer um choque de realidade, que nos é necessário de vez em quando
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Indiamara.Passos 24/07/2024

História com vários pontos críticos e temas pesados como a questão racial. Senti falta de um amadurecimento nos desfechos. Em três dias a vida de Bobby tem uma reviravolta e o final que ele sofre é pesado e sem muita explicação.
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literalmente.bruno 23/07/2024

Um livro que te faz refletir até que ponto o ódio pode te levar! Faz com que você apegue ao Bobby e sinta tudo o que sentiu! Em nenhum momento eu tive o mínimo de noção do que seria esse final!
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mily 09/06/2024

A cor da pele.
O final vai te surpreender, muito. Mostra que ação gera reação, e que, o ódio que o racismo traz pode desencadear uma manada de acontecimentos.
Não tenho muito o que falar, porque, o fim para mim, deveria ter tido um recheio a mais.
Você quando termina fica querendo mais.
Fica querendo justiça.
Mas isso não existe em nosso mundo.
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Carol 08/06/2024

Bom demais!
A escrita é boa, simples. Achei que a história voltada mais para jovens, mas gostei bastante. Li bem rápido e o final me surpreendeu.
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samysung 01/06/2024

Bobby não merecia o fim
Gostei do livro, o autor faz você se apegar aos personagens e sua escrita transmite bem a relação entre eles, detalha legal os acontecimentos nas vidas dos personagens. é uma história que começa depois de um ocorrido e assim vai seguindo até rápido (mas isso depende do seu ritmo de leitura também). como é óbvio, o enredo traz o racismo como pauta, mas senti muita falta de aprofundamento nele... O personagem Aaron, foi vítima de muitos abusos no decorrer de sua vida e nas consequências de suas ações. contudo senti que no livro, isso pareceu algo para justificar o fato dele ser supremacista.
Porém, possa ser somente a narração da história mesmo, tipo, é a história dele, mas acho que o autor deveria ter sido mais firme em mostrar que isso de modo algum poderia ser algo meio que fazendo a redenção dele. O autor não passa pano, isso de jeito nenhum, só senti falta de realmente algo afirmando que esse tipo de gente não é supremacista porque sofreu na vida, são pessoas ruin, que tem ódio e expressam isso na violência. Bobby, que era afetado em todos aspectos da sua vida pelo racismo, tinha ódio dos seus é nem por isso matou uma pessoa. Na história, foi como se o peso do assassinato que aaron cometeu, tinha ido todo para bobby. Ele sentiu pq não é supremacista, mesmo sendo racista até consigo próprio, diferente do Aaron, que nunca nunca se sentiu culpado, nunca pensou na vítima.
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