Ciranda de Pedra

Ciranda de Pedra Lygia Fagundes Telles




Resenhas - Ciranda de Pedra


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katyblanchett 15/03/2022

Emocionada
A profundidade e sensibilidade desse livro me deixou bastante tocada.
Me identifiquei em muitos pontos com Virginia, e estava torcendo sempre pra que ela encontrasse sua paz de espirito.

Lembro de assistir a novela (poucas coisas na verdade) e sempre tive grande vontade de ler esse clássico. Fico imensamente feliz que tenha feito isso :')
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suzi 14/03/2022

Por enquanto, junto com Americanah (chimamanda) esse é o melhor livro que li no ano, facilmente. Não tenho propriedade pra falar de técnica, mas como alguém que lê com frequência, acho que posso falar leigamente:
A escrita é fluída e não ficou maçante em momento algum. Também é poética, bonita, e te faz entrar na mente da Virgínia - a protagonista que ora é uma menininha inocente e ora uma jovem adulta que passa a entender as coisas. Apesar da inocência, a autora nos faz entrar na cabeça da pequena Virgínia! Livro lindo, perfeito, meu novo xodózinho da ficção brasileira!
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Lorena.Mireia 13/03/2022

?Mais importante do que nascer é ressuscitar?
Ciranda de Pedra é um marco da ficção nacional, publicado originalmente em 1954. A narrativa do romance desdobra-se em duas partes e tem como o foco central a história de Virgínia.

Na primeira parte, acompanhamos a triste e solitária infância da garota. Vivendo com sua mãe Laura e seu padrasto, a quem chama de tio Daniel, Virgínia sente-se um elemento deixado à margem dentro desta casa. Este primeiro lar mostra-se um recinto de desconforto para ela, tendo em vista que a loucura da mãe se agrava a cada dia e o padrasto não é alguém por quem a menina deseja nutrir afeto, já que ele é o pivô da separação dos seus pais. Em virtude disso, ela toma a decisão de se mudar para a casa do seu pai Natércio, juntando-se a ele e a suas irmãs, Bruna e Otávia.
A despeito de sua nova residência ser uma mansão bonita e luxuosa, mais uma vez, a implacável solidão apodera-se de Virgínia. Atormentada por um sentimento de rejeição e deslocamento constante de todos que a cercam, a protagonista empreende hercúleos esforços para ser aceita em seu círculo familiar.
O pai é um sujeito gélido e desprovido de afeto; já as irmãs integram uma roda hermeticamente fechada, a ciranda de pedra. Desse modo, a menina fica sempre posta do lado externo, acompanhando a ciranda dos cinco amigos: Bruna, Otávia, Conrado, Letícia e Afonso. Virgínia almeja, ardorosamente, adentrar nessa roda, brincar, rir com eles, sentir-se parte do grupo, e quem sabe, até amada. Contudo, ela se depara com o pesaroso sentimento de rejeição.

Na segunda parte do romance, após alguns anos internada no colégio, a jovem adulta Virgínia retorna ao convívio familiar, o qual, outrora, lhe conferiu marcas tão pungentes e profundas. Virgínia aparenta significativas mudanças em seu aspecto físico, o que desperta a atenção de alguns membros daquela ciranda antiga, o que, por conseguinte, lhe oportuniza a chance tão ansiada de entrar na roda. Virgínia mostra-se tão obcecada com o fato de agora poder estar mais conectada com as figuras do seu passado que abre mão de si mesma, das suas próprias vontades, para se encaixar no mundinho dessa gente. Todavia, ao imergir em tais relações, descobre as mais sórdidas facetas do gênero humano.

Enquanto Virgínia limita sua existência à dependência de certas pessoas, ela fica estagnada no tempo e presa numa espécie de limbo intransponível. Para se libertar, ela precisa alçar seus próprios voos e viver para si mesma.

Um dos melhores livros que já li na minha vida. Eis uma obra-prima nacional da maior escritora viva desse país. Indispensável para quem ama literatura, a arte das palavras.
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Evelize Volpi 13/03/2022

Maravilhosa Lygia ...
Escritora que aquece meu coração com seus livros.
Esse livro é tão profundo, emocional e com um final perfeito.
Amo essa escritora.
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Sidney 06/03/2022

Tocante e inesquecível
Minha primeira incursão pela escrita de Lygia Fagundes Telles me trouxe um prazer absurdo. Um enredo que nem de longe me chamaria a atenção se não fosse a intensidade da escrita, e profundidade dos sentimentos de Virgínia. A falta de objetividade dos acontecimentos não deixa espaço para uma conclusão antes do final propriamente dito. Tudo que é dito, até o mínimo detalhe tem importância, cada palavra dita e não dita pela protagonista nos conta a história e a história por trás da história. Porque sim, me parece que a maior parte da história aparece nas entrelinhas. Ainda assim, tudo que é dito, é o que precisou ser dito e nada mais. Nesta nossa necessidade constante de participar de uma ciranda, se sentir pertencente e ver nossa história fazer sentido, compartilho em muito os sentimentos de Virgínia, e por isso tendo a levá-la comigo para sempre.
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Cristian Fontoura 06/03/2022

Como se fora brincadeira de roda...
O clássico de Lygia Fagundes Telles é um marco na literatura nacional e eu precisava conhecê-lo. O livro teve adaptações para a televisão e eu me lembro da de 2008, que foi ao ar na Rede Globo. Por incrível que pareça, o livro consegue em suas exatas 200 páginas ser mais impactante do que uma novela de muitos capítulos e muito mais tempo para desenvolver seus personagens (ao que me parece, pois não assisti ao folhetim, mas sei dos cortes que foram realizados para tornar a história menos "controversa"). Dito isso, confesso que a história não chegou a me empolgar tanto, embora eu reconheça que, quando lançado, a obra deve ter causado muitas sensações nos leitores ao tratar de assuntos tabus para a época, como a homossexualidade de uma das personagens centrais, o adultério constante no círculo que rodeia Virgínia, nossa narradora, e a saúde mental de uma mãe divorciada - tudo isso nos anos 50! A obra é um romance de formação do ponto de vista de Virgínia, jovem de classe média alta que lida com a doença da mãe inicialmente e, na vida adulta, precisa conviver com os fantasmas do passado no passo que as mãos de uma "ciranda" constantemente trocam sua posição na roda de relacionamentos. A ciranda, além de Virgínia, envolve suas irmãs, seus respectivos interesses amorosos e uma paixão de infância. Vemos um ponto de vista muitas vezes apático, desanimado e incrédulo com a vida. Muitas vezes, temos a impressão de que Virgínia é meramente uma espectadora do desenrolar de eventos. Ciranda de Pedra é uma obra interessante que certamente sempre terá seu lugar garantido na literatura nacional, bem como a imortal sra. Lygia.
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Yasmin A. 06/03/2022

Romance de formação da bela Virgínia
Após alguns textos que geraram certo burburinho, Lygia lança seu primeiro romance e que livro!

A obra, que pode ser considerada um romance de formação, vai acompanhar a vida de Virgínia, caçula de três irmãs e advinda de uma família bem estabelecida em São Paulo.

Porém, sua mãe tem uma doença grave, além de ter traído seu pai com o médico que a tratou.

Apesar da obra ter sido publicada nos anos 50, ele vai tratar de temas ousados pra época, como adultério, divórcio, homossexualidade, relacionamentos abertos, critica aos religiosos que não seguem o que dizem, entre outros.

Eu estava com a expectativa de ler um enredo parecido com a novela adaptada da obra, em 2008, mas achei uma história tão boa quanto, mesmo com todas as suas diferenças (as únicas semelhanças são as personalidades dos personagens e o local onde se desenvolve a narrativa).

Normalmente, não gosto de obras que falem de "white people problem" por serem fúteis, mas este livro se destaca pelo recurso do fluxo de consciência, em que temos acesso a todos os pensamentos da Virgínia, narradora que sofreu com as dores e segredos de seus pais, cujo fantasma a persegue na vida adulta.

Em relação ao final, confesso que esperava outro desfecho pelo desenrolar da história, então não sei dizer ainda se gostei ou não, mas que fui surpreendida, eu fui.

Recomendo demais esta obra que alavancou Lygia ao posto de uma das mais importantes escritoras brasileiras da atualidade.
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Mia lina 27/02/2022

que livro lindo lindo lindo não tenho palavras para descrever ele, vou ter ele guardado no meu coração
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Carolina 24/02/2022

Da vontade de pertencer e ser!
A leitura desse livro não foi fluida para mim como muitas pessoas consideram, mesmo assim eu gostei muito de acompanhar as relações familiares da Virgínia: culpas, dúvidas, segredos, afetos e desafetos... tudo misturado, como é a vida. Além disso, amei encontrar certos temas (considerados tabus até hoje) abordados com maestria pela autora, lá na década de 50, incrível!
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Eva 19/02/2022

O livro é dividido em duas partes a primeira gira em torno da infância de Virgínia, a segunda do início da vida adulta. Por isso pode ser classifaicado também como um romance de formação.

Esse livro me pegou, me trouxe a tona algumas lembranças, me tocou muito com os sentimentos de Virgínia na infância, senti vontade de pegar essa menina e colocar no colo. Assim, nem preciso justificar que a primeira parte foi minha preferida.

A forma como é narrado é muito boa, pois o narrador observa os acontecimentos e personagens pela perspectiva de Virgínia. A trama é focada nela. E trata sobre pertencimento, rejeição, descobrir-se.

Virgínia, é uma criança e não é revelada sua idade na primeira parte, mas pelos seus pensamentos e visão de mundo podemos presumir que está na faixa etária dos 10 a 12 anos. É filha caçula de um casamento desfeito por razão de traição da mãe que se apaixonou por um médico mais jovem que o marido. A mãe que tem problemas mentais, aparece na narrativa oscilando entre delírios e lapsos de lucidez. A história dessa família não é contada de forma explícita numa linha temporal, atrás dos pensamentos de Virgínia e diálogos dela com outros personagens, vamos montando o "quebra-cabeça" e entendendo o que aconteceu no passado dessa família.

Virgínia se sente excluida de todos os círculos aos quais convive, tanto na sua casa onde vive com a mãe e Daniel, como na casa de seu pai onde moram as suas duas irmãs mais velhas. Tem sentimentos confusos em relação a Daniel por achar que ele é o culpado da separação da família e também por ele ser o único que dá algum afeto a ela. Dá muita dó de ver o sofrimento dela, e as formas que ela reage a isso, roendo a unha até a carne, sendo violenta com a amiga vizinha e como ela inventa mentiras pra aliviar o peso da realidade.

A segunda parte é Vírginia buscando autoconhecimento e seu lugar no mundo e rejeitando o que tanto quis durante a infância fazer parte da ciranda, que consiste no grupo de suas irmãs e amigos, e perceber a hipocrisia nessas pessoas, que elas não eram tudo o que ela imaginou e por isso tanto quis sua aceitação no grupo.

Lygia escreve de forma que prende o leitor. Li o livro muito rápido tão envolvente que foi. Quero continuar a conhecer Lygia por seus romances.
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Cauan 19/02/2022

Um soco no estômago
Mensagens muito fortes que batem de frente com uma narrativa simples. Perfeito e meu favorito, muito à frente de seu tempo!!
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flaviavrf 16/02/2022

Um livro sobre identidade e pertencimento. Que fala sobre as complexidades das relações interpessoais e familiares, mas principalmente sobre o autoconhecimento. A escrita de Lygia Fagundes Telles é intensa e traz uma narrativa fluida e cativante, que traz personagens muito singulares, cheios de camadas.

A obra toca em pontos muito sensíveis ao falar sobre solidão, exclusão e abandono afetivo. Virginia é uma personagem incrível, é impossível não sofrer junto dela e não torcer por sua felicidade.

Gosto muito do encerramento do romance, é um final muito bonito e otimista, Virginia se distanciando mais uma vez da ciranda, atrás de outro recomeço, mas agora aceitando quem ela é e também quem ela foi e de onde veio.

É um livro tão reflexivo que a história permanecerá comigo durante muito tempo. Pretendo reler em outras oportunidades.
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Lilian 14/02/2022

Conciso e forte
Um livro curto e poderoso, é o que temos aqui! Personagens reais, bem construídas, numa trama dramática e intensa.
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juliabmelo 14/02/2022

à frente do seu tempo
belíssimo romance de formação, retrato inexorável da sociedade paulista nos anos 50 e, acima de tudo, das contradições e obscuridades das relações humanas.
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