Anatomia de um quase corpo

Anatomia de um quase corpo Yara Fers




Resenhas - Anatomia de um quase corpo


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Mirella.Maria 08/08/2022

O homem coletivo sente a necessidade de lutar
Sensacional, se fosse possível dava 6 estrelas! Uma prosa poética sensível, forte e ousada para tratar de um tema tão urgente que é desumanização do trabalhador! Venceremos, pois não há escolha ??? espero ler ainda muitas obras da autora!
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Emanuela 10/08/2022

Uma história de dor e cura
Um ambiente hostil onde pausas não são permitidas, onde não se pode ser nada além de um corpo máquina. Repetições que viram ritmo e poesia nas palavras tecidas por Yara Fers em seu romance de estreia ?Anatomia de um quase corpo?.

SINOPSE - Na história, Bárbara sofre uma amputação em seu trabalho na fábrica e busca na escrita encontrar a completude que esse corpo não tem mais. Ela procura por si mesma, pela música que morava em seus dedos e pela magia de seu amor com Letícia.

Narrado em primeira pessoa, vamos percorrendo o trajeto de autoconhecimento de Bárbara. A mão que morre, a dor que nasce. Quantos lutos arrastados pela vida. Abandonos, faltas, ausências. Do pai, de amor, de equidade.

?é preciso despejar no papel esse acúmulo de pequenas mortes diárias que levaram à morte da mão e de alguns sonhos?.

Mais do que a mão amputada, ela percebe que já era incompleta, muitas peças faltavam. Ela já tinha morrido ou começado a morrer. Então Bárbara despeja e se despedaça e se reencontra e se recoloca como um corpo-humano-mulher.

Mas o romance de Yara apesar de duro não é pessimista. Ele é dor e também cura.
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Ana Bellot 10/08/2022

CORPO-MÁQUINA
A poesia de Yara é forte e orgânica. Nesss livro, essas características aparecem em forma de romance. Que narrativa brilhante, as metáforas, as analogias, nossa... A autora foi sensacional! Leiam!!!
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Emilyn moretwopages 16/08/2022

Sobre dores e descobertas
?Me sinto ao mesmo tempo exposta e ausente dos espaços.?

A rotina exaustiva nos desgasta de dentro para fora, uma morte lenta e diária de nossas funções básicas, restringindo as nossas pausas para a felicidade. Em seu romance de estreia Yara Fers descreve a dor de ir se perdendo aos poucos, transformando seu corpo em uma máquina e danificando com o tempo.

Narrado em primeira pessoa, a história inicia-se com amputação de um membro da protagonista, a qual sofre um grave acidente de trabalho. Após a perda de sua mão, Barbara começa a trilhar um caminho de autoconhecimento, destrinchando todas as dores da sua vida e percebendo as diversas lacunas que já possuía.

?quantos pedaços já me faltaram nessa vida??

Anatomia de um quase corpo é um livro poético, com muito drama e conversas com o leitor, trazendo fatos e vivências de uma personagem real, com defeitos e qualidades.

Muito além de uma história de uma mão amputada, o livro traz uma jornada de autodescoberta, em que as faltas que existiam antes do acidente são retomadas e exploradas, reencontrando a essência da protagonista.
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Corrida Literária 20/07/2022

Aquele silêncio dentro da gente, que grita cortante!
Sou apaixonada pela escrita poética de Yara Fers, que por sinal está muito presente em sua prosa romântica, a iniciar pelo sumário. Seu romance de estreia é muito envolvente. A dor de Barbara corta na gente e a angústia de cada falta que compõe sua vivência arde em nosso no peito.
Os capítulos curtos trazem dinamismo para o ritmo da leitura, exigindo de nós leitores a sinestesia para mergulhar nesta leitura aflorada em sentimentos.
A temática foi muito pertinente, por trazer essa invisibilidade do trabalhador metalúrgico, considerando principalmente o corpo feminino e lésbico, nesse contexto, tão machista, tão desumano e tão bruto.
O atravessar com outras situações como o abandono paterno, a violência familiar, a falta de políticas públicas, falta de estrutura médica, a alienação religiosa (que foram trazidas com sutileza), foram elementos importantes na construção desta narrativa. A analogia com o corpo humano e o corpo máquina é muito intensa.
A estrutura da narrativa tão harmônica, a começar pelo Sumário que é uma poesia entrelaçada a prosa. É um texto delicioso de ser lido. Aguça os sentimentos (raiva, compaixão, amor).
Essa analogia com o corpo humano e o corpo máquina é muito intensa.
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Karol 19/08/2022

Uma leitura cheia de ensinamentos!!
Bárbara está passando pela fase mais difícil de sua vida. Acabou de passar por um acidente no trabalho onde perdeu sua mão. 
Está traumatizada após este acidente, e tenta lidar com a dor de perder uma parte do corpo. 
Então ela percebe que a empresa que trabalhava sugou tudo dela, além de perder sua mão, já estava perdendo a sua essência muito antes do acidente.
  Um livro cheio de reflexões e emoções, essa história demonstra como um ser humano lida com a dor, e com uma linguagem poética linda, que emociona ainda mais o leitor. 
  Bárbara ficou depressiva depois de todo o ocorrido, e por indicação, decide fazer anotações de suas emoções, como um diário de tudo que ocorreu no passado, e que está acontecendo.
Para ela antes  do acidente, a música era um refúgio, que ajudava a esquecer dos problemas. Com a música Bárbara conheceu sua namorada, eram felizes juntas, mas depois do acidente tudo mudou. 
  Um livro único, por suas observações da vida, autora descreve um cenário que muitas pessoas vivem, onde trabalham e dão seu sangue pela empresa, até se perderem de si mesmo, e cada dia fazem o mesmo trabalho. A personagem se compara a um robô, como se já estivesse programada para tudo aquilo, todos os dias, e sente falta da peça que lhe falta (sua mão).

  Eu adorei a narrativa desse livro, a autora consegue descrever perfeitamente o sofrimento da personagem, e em cada capítulo é realmente como se tivéssemos falando com ela, ou lendo um diário. O leitor se sente cada vez mais próximo da personagem.
Apesar de um livro curto, é possível aprender muitas coisas com essa leitura, você irá finalizar com uma experiência sem igual. 
 Se prepare para grandes emoções, uma história de perdas e sofrimentos  que irá mudar seu pensamento sobretudo quando terminar de ler. 
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a resenha sincera 19/08/2022

Um livro necessário
Recebi esse livro da @yara.fers e o titulo não me dizia muito sobre o que seria ele. Gosto muito de começar livros sem ler sinopse então fui assim, às cegas. Numa noite após terminar um outro livro, pensei:

"Vou ler pelo menos o início do primeiro capítulo desse antes de dormir."

E me vi às 02h da manhã mandando mensagem para a autora falando que tinha devorado-o.

??Vamos la, a história é bem diferente do que eu esperava (nao que eu esperasse algo, estava realmente às cegas) e escrita de forma muito poética, o que me surpreendeu.

Anatomia de um quase corpo retrata a história de uma jovem mulher que sofre um acidente no local de trabalho e perde um membro do corpo. Ela não consegue mais se reconhecer naquele corpo "defeituoso", nao aguenta os olhares nas ruas, a pena que a família demonstra, não aguenta mais sentir-se um peso na vida da namorada e o pior é ver a empresa sair impune quando claramente nao havia segurança no trabalho.

Nessa curta história acompanhamos de forma poética o dia a dia de Bárbara tentando lidar com tudo o que a vida dela se tornou. Sao poucas folhas para tantas emoções que virão.

Yara realmente me surpreendeu com seu novo livro. Recomendo a leitura e recomendo também que fiquem atentos aos gatilhos.

??POSSÍVEIS GATILHOS??
- Membro decepado
- Depressão
- Capacitismo

?REPRESENTATIVIDADES?
- LGBT+
- Pessoa com deficiência
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kamylism 22/08/2022

"saber se despedir de culpas e iras"
a escrita poética da yara contando sobre as mortes de bárbara torna o livro maravilhoso, recomendo demais!
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Ana Claudia 02/09/2022

Barbara é uma jovem lésbica que perdeu a mão e o antebraço no local de trabalho e conta a angústia que é viver sem seu membro e, ainda assim, senti-lo. Relata sobre as ausências que sente, seu ambiente de trabalho, as feridas que estão abertas e a morte que veio antes.

Bárbara conta como começou o seu trabalho na metalurgia, a sua relação com Letícia, dia conexão com a música e a importância dela em sua vida.
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laricanrs 11/09/2022

Recomendo!
Esse livro é sobre perdas. Perda de uma parte de si, de alguém, de algo, de si mesma e de uma vida. Conta a história de Bárbara antes e depois de perder sua mão, mais especificamente conta a história de quando sua morte começou. Mostrando como é difícil conviver com a dor de algo que não está mais lá e como isso pode mudar uma pessoa, a ponto de ela mesma não se conhecer mais.
Uma leitura rápida e reflexiva, uma ótima recomendação para quem gosta de se envolver com uma história ou com uma personagem. Bárbara é uma guerreira e sua história é incrível.
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Ana Ceci 18/09/2022

Simplesmente incrível
Só posso dizer que me senti extremamente feliz com a oportunidade de ler essa obra! A escrita da autora é incrível, maravilhosamente poética e cheia de metáforas! Durante as 71 páginas que compõem o livro, é possível fazer várias reflexões, como a relação que a gente constrói com o nosso próprio corpo! Além disso, foi incrível refletir sobre quem somos no mundo e na missão que temos nele, principalmente quando a autora escreve sobre as relações de/no trabalho. Quem vale mais? O que está em jogo? O que pode ser considerado abuso?

Achei ótima também a reflexão que a autora fez sobre as formas de escape que a Bárbara encontrou, envolvendo o amor e a música, e a forma como elas a salvaram aos poucos, pois, da mesma forma que, em vários momentos, a gente sente que morre um pouquinho por dentro, também é possível achar, em atitudes cotidianas, momentos de paz!

Por fim, destaco a grande metáfora da obra: o fato de Bárbara ter perdido sua mão, uma parte de seu corpo, se sentir incompleta, mas buscar sua completude em experiências e novas possibilidades!

O mais incrível é que o livro está concorrendo ao 7º prêmio Kindle! Já estou torcendo muito para que ele ganhe, mais que merecido!

>>> Vejam mais resenhas no Instagram de @Territoriodoslivros!

site: https://www.instagram.com/territoriodoslivros/
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Tathi (@Doidosporserieselivros) 25/09/2022

Olá queridos amigos leitores! Depois de muitas indicações em vários IGs que sigo, finalmente me rendi a leitura de Anatomia de um Quase Corpo de @yara.fers , que está concorrendo ao prêmio Kindle esse ano, e agora venho super recomendar ele para vocês.

?? ?eu tinha uma dor de prego enfiada na palma da mão e da alma, tinha ferimentos pintados em todas as minhas partes, mas não tinha um deus que me ressuscitasse.?

Nesta leitura conhecemos Bárbara , uma mulher como qualquer uma de nós com sonhos e desejos e que vê boa parte deles ser arrancado dela quando em um acidente na produção ela perde sua mão direita e parte do braço.
Agora ela precisa lidar com essa mulher nova que não se reconhece no espelho, e que sente dores em um membro que não está mais lá, além é claro das torturantes dores da alma.

?? ?as pausas podem durar poucos minutos e, ainda assim, alterar a vida de forma irreversível.?

Uma leitura impactante, sobre padrões, produtos e pessoas descartáveis, e sobre como amar a si próprio, quando você já não está mais ali.

Gastei bons momentos pensando sobre os paralelos que a autora traça entre as peças defeituosas de uma máquina, e uma pessoa que está incompleta para o trabalho, ambas descartadas sem o menor remorso por quem manda mais.

Além disso, a trama fala de assédio sexual, sexualidade, depressão, suicídio e a melhora psicológica e alívio da dor que pode trazer fazer algo que se gosta, no caso de Bárbara a música.

Anatomia de um Quase Corpo é aquela leitura angustiante e dolorosa, mas que absolutamente todos deveriam fazer.
Recomendo demais!

Este e outros livros da autora estão disponíveis em formato digital pela Amazon e Kindle Unlimited.

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Edilaine Oliveira 02/10/2022

Em poucas páginas a autora nos entrega uma história emocionante e sensível. Eu ainda não tinha lido nada sobre amputação de membros. E aqui podemos acompanhar de perto toda dor que Bárbara sentiu ao perder uma parte de seu corpo. E não digo só da dor física, mas a emocional. Ela se sentiu destruída, com seus sonhos roubados, se torna depressiva e pouco sociável, afastando até mesmo sua companheira Letícia. 

Yara trás temas pouco abordados também, como  a segurança no trabalho, os direitos trabalhistas e o assédio. Acompanhamos Bárbara tão de perto, desde sua entrada na fábrica, até o acidente. Sua conexão com a música e sua relação com Letícia, foi como se eu pudesse sentir todos os sentimentos dela, foi tão palpável! 

Foi uma leitura intensa, que me permitiu ver de uma forma profunda o quanto a perda de um membro pode mudar toda a vida de uma pessoa. 

Indico muito essa obra, sensível,realista e poética.
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Bruna.Patricia 06/10/2022

PERFEITO! | @bru_na.patricia
?Anatomia de um quase corpo? nos deixa com vários espinhos atravessados na garganta. É uma obra com protagonismo lésbico escrita de uma forma linda e poética, mas capaz de nos causar inúmeras raivas, repulsas, ódios, sentimentos, sentidos e reflexões. Não bastando a maravilhosidade do livro em si, o sumário pode ser lido como um poema. Não é à toa que está concorrendo ao 7. Prêmio Kindle de Literatura.

Bárbara trabalha em uma fábrica e sofre um acidente: seu braço é prensado dentro de uma máquina, causando uma amputação. Essa não é a primeira dor nem a primeira morte que ela já enfrentou em sua vida, principalmente em relação ao seu trabalho. Foram pequenas mortes diárias que, de forma totalmente sinestésica, vamos descobrindo mais sobre sua vida (antes e depois do acidente), sobre suas amizades, sobre seu amor à música e à Letícia. Em todos os momentos, estamos imersos nos pensamentos de Bárbara, acompanhando a busca por si mesma. Graças à escolha de palavras, que nos faz estar na pele dela, sentimos todas as dores também. Algumas descrições são tão fortes e reais que chegam a dar tontura, náusea.

Ainda sobre a escolha de palavras: um trabalho impecável! No decorrer das páginas ao ler com atenção, podemos destacar os adjetivos e descrições feitas para a fábrica e para ela própria. Bárbara se descreve como objeto, como uma pequena engrenagem, se ?coisifica?; em oposição, a fábrica é viva, tem descrições e ações de um ser humano.

É daquelas leituras que você fica um tempão olhando para o nada, pensando para processar tudo o que acabou de ler, absorvendo e tendo um turbilhão de reflexões.
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