Anatomia de um quase corpo

Anatomia de um quase corpo Yara Fers




Resenhas - Anatomia de um quase corpo


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a resenha sincera 19/08/2022

Um livro necessário
Recebi esse livro da @yara.fers e o titulo não me dizia muito sobre o que seria ele. Gosto muito de começar livros sem ler sinopse então fui assim, às cegas. Numa noite após terminar um outro livro, pensei:

"Vou ler pelo menos o início do primeiro capítulo desse antes de dormir."

E me vi às 02h da manhã mandando mensagem para a autora falando que tinha devorado-o.

??Vamos la, a história é bem diferente do que eu esperava (nao que eu esperasse algo, estava realmente às cegas) e escrita de forma muito poética, o que me surpreendeu.

Anatomia de um quase corpo retrata a história de uma jovem mulher que sofre um acidente no local de trabalho e perde um membro do corpo. Ela não consegue mais se reconhecer naquele corpo "defeituoso", nao aguenta os olhares nas ruas, a pena que a família demonstra, não aguenta mais sentir-se um peso na vida da namorada e o pior é ver a empresa sair impune quando claramente nao havia segurança no trabalho.

Nessa curta história acompanhamos de forma poética o dia a dia de Bárbara tentando lidar com tudo o que a vida dela se tornou. Sao poucas folhas para tantas emoções que virão.

Yara realmente me surpreendeu com seu novo livro. Recomendo a leitura e recomendo também que fiquem atentos aos gatilhos.

??POSSÍVEIS GATILHOS??
- Membro decepado
- Depressão
- Capacitismo

?REPRESENTATIVIDADES?
- LGBT+
- Pessoa com deficiência
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Corrida Literária 20/07/2022

Aquele silêncio dentro da gente, que grita cortante!
Sou apaixonada pela escrita poética de Yara Fers, que por sinal está muito presente em sua prosa romântica, a iniciar pelo sumário. Seu romance de estreia é muito envolvente. A dor de Barbara corta na gente e a angústia de cada falta que compõe sua vivência arde em nosso no peito.
Os capítulos curtos trazem dinamismo para o ritmo da leitura, exigindo de nós leitores a sinestesia para mergulhar nesta leitura aflorada em sentimentos.
A temática foi muito pertinente, por trazer essa invisibilidade do trabalhador metalúrgico, considerando principalmente o corpo feminino e lésbico, nesse contexto, tão machista, tão desumano e tão bruto.
O atravessar com outras situações como o abandono paterno, a violência familiar, a falta de políticas públicas, falta de estrutura médica, a alienação religiosa (que foram trazidas com sutileza), foram elementos importantes na construção desta narrativa. A analogia com o corpo humano e o corpo máquina é muito intensa.
A estrutura da narrativa tão harmônica, a começar pelo Sumário que é uma poesia entrelaçada a prosa. É um texto delicioso de ser lido. Aguça os sentimentos (raiva, compaixão, amor).
Essa analogia com o corpo humano e o corpo máquina é muito intensa.
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Ana Claudia 02/09/2022

Barbara é uma jovem lésbica que perdeu a mão e o antebraço no local de trabalho e conta a angústia que é viver sem seu membro e, ainda assim, senti-lo. Relata sobre as ausências que sente, seu ambiente de trabalho, as feridas que estão abertas e a morte que veio antes.

Bárbara conta como começou o seu trabalho na metalurgia, a sua relação com Letícia, dia conexão com a música e a importância dela em sua vida.
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laricanrs 11/09/2022

Recomendo!
Esse livro é sobre perdas. Perda de uma parte de si, de alguém, de algo, de si mesma e de uma vida. Conta a história de Bárbara antes e depois de perder sua mão, mais especificamente conta a história de quando sua morte começou. Mostrando como é difícil conviver com a dor de algo que não está mais lá e como isso pode mudar uma pessoa, a ponto de ela mesma não se conhecer mais.
Uma leitura rápida e reflexiva, uma ótima recomendação para quem gosta de se envolver com uma história ou com uma personagem. Bárbara é uma guerreira e sua história é incrível.
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Ana Ceci 18/09/2022

Simplesmente incrível
Só posso dizer que me senti extremamente feliz com a oportunidade de ler essa obra! A escrita da autora é incrível, maravilhosamente poética e cheia de metáforas! Durante as 71 páginas que compõem o livro, é possível fazer várias reflexões, como a relação que a gente constrói com o nosso próprio corpo! Além disso, foi incrível refletir sobre quem somos no mundo e na missão que temos nele, principalmente quando a autora escreve sobre as relações de/no trabalho. Quem vale mais? O que está em jogo? O que pode ser considerado abuso?

Achei ótima também a reflexão que a autora fez sobre as formas de escape que a Bárbara encontrou, envolvendo o amor e a música, e a forma como elas a salvaram aos poucos, pois, da mesma forma que, em vários momentos, a gente sente que morre um pouquinho por dentro, também é possível achar, em atitudes cotidianas, momentos de paz!

Por fim, destaco a grande metáfora da obra: o fato de Bárbara ter perdido sua mão, uma parte de seu corpo, se sentir incompleta, mas buscar sua completude em experiências e novas possibilidades!

O mais incrível é que o livro está concorrendo ao 7º prêmio Kindle! Já estou torcendo muito para que ele ganhe, mais que merecido!

>>> Vejam mais resenhas no Instagram de @Territoriodoslivros!

site: https://www.instagram.com/territoriodoslivros/
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Tathi (@Doidosporserieselivros) 25/09/2022

Olá queridos amigos leitores! Depois de muitas indicações em vários IGs que sigo, finalmente me rendi a leitura de Anatomia de um Quase Corpo de @yara.fers , que está concorrendo ao prêmio Kindle esse ano, e agora venho super recomendar ele para vocês.

?? ?eu tinha uma dor de prego enfiada na palma da mão e da alma, tinha ferimentos pintados em todas as minhas partes, mas não tinha um deus que me ressuscitasse.?

Nesta leitura conhecemos Bárbara , uma mulher como qualquer uma de nós com sonhos e desejos e que vê boa parte deles ser arrancado dela quando em um acidente na produção ela perde sua mão direita e parte do braço.
Agora ela precisa lidar com essa mulher nova que não se reconhece no espelho, e que sente dores em um membro que não está mais lá, além é claro das torturantes dores da alma.

?? ?as pausas podem durar poucos minutos e, ainda assim, alterar a vida de forma irreversível.?

Uma leitura impactante, sobre padrões, produtos e pessoas descartáveis, e sobre como amar a si próprio, quando você já não está mais ali.

Gastei bons momentos pensando sobre os paralelos que a autora traça entre as peças defeituosas de uma máquina, e uma pessoa que está incompleta para o trabalho, ambas descartadas sem o menor remorso por quem manda mais.

Além disso, a trama fala de assédio sexual, sexualidade, depressão, suicídio e a melhora psicológica e alívio da dor que pode trazer fazer algo que se gosta, no caso de Bárbara a música.

Anatomia de um Quase Corpo é aquela leitura angustiante e dolorosa, mas que absolutamente todos deveriam fazer.
Recomendo demais!

Este e outros livros da autora estão disponíveis em formato digital pela Amazon e Kindle Unlimited.

#anatomiadeumquasecorpo #yarafers #mutilação #dornomembrofantasma #premiokindle #premiokindledeliteratura
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Edilaine Oliveira 02/10/2022

Em poucas páginas a autora nos entrega uma história emocionante e sensível. Eu ainda não tinha lido nada sobre amputação de membros. E aqui podemos acompanhar de perto toda dor que Bárbara sentiu ao perder uma parte de seu corpo. E não digo só da dor física, mas a emocional. Ela se sentiu destruída, com seus sonhos roubados, se torna depressiva e pouco sociável, afastando até mesmo sua companheira Letícia. 

Yara trás temas pouco abordados também, como  a segurança no trabalho, os direitos trabalhistas e o assédio. Acompanhamos Bárbara tão de perto, desde sua entrada na fábrica, até o acidente. Sua conexão com a música e sua relação com Letícia, foi como se eu pudesse sentir todos os sentimentos dela, foi tão palpável! 

Foi uma leitura intensa, que me permitiu ver de uma forma profunda o quanto a perda de um membro pode mudar toda a vida de uma pessoa. 

Indico muito essa obra, sensível,realista e poética.
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Bruna.Patricia 06/10/2022

PERFEITO! | @bru_na.patricia
?Anatomia de um quase corpo? nos deixa com vários espinhos atravessados na garganta. É uma obra com protagonismo lésbico escrita de uma forma linda e poética, mas capaz de nos causar inúmeras raivas, repulsas, ódios, sentimentos, sentidos e reflexões. Não bastando a maravilhosidade do livro em si, o sumário pode ser lido como um poema. Não é à toa que está concorrendo ao 7. Prêmio Kindle de Literatura.

Bárbara trabalha em uma fábrica e sofre um acidente: seu braço é prensado dentro de uma máquina, causando uma amputação. Essa não é a primeira dor nem a primeira morte que ela já enfrentou em sua vida, principalmente em relação ao seu trabalho. Foram pequenas mortes diárias que, de forma totalmente sinestésica, vamos descobrindo mais sobre sua vida (antes e depois do acidente), sobre suas amizades, sobre seu amor à música e à Letícia. Em todos os momentos, estamos imersos nos pensamentos de Bárbara, acompanhando a busca por si mesma. Graças à escolha de palavras, que nos faz estar na pele dela, sentimos todas as dores também. Algumas descrições são tão fortes e reais que chegam a dar tontura, náusea.

Ainda sobre a escolha de palavras: um trabalho impecável! No decorrer das páginas ao ler com atenção, podemos destacar os adjetivos e descrições feitas para a fábrica e para ela própria. Bárbara se descreve como objeto, como uma pequena engrenagem, se ?coisifica?; em oposição, a fábrica é viva, tem descrições e ações de um ser humano.

É daquelas leituras que você fica um tempão olhando para o nada, pensando para processar tudo o que acabou de ler, absorvendo e tendo um turbilhão de reflexões.
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DaniPontes 08/10/2022

Perda, dor e máquinas
Uma leitura fluida, dolorida e cheia de esperança!! Sofri e torci pela personagem principal, senti sua angústia, sua dor e perda...
Yara nos leva pela mão por esse caminho cheio de dor de forma quase poética!! Uma delícia de leitura!!
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Luizacastrods 08/10/2022

Surpreendente
Me surpreendi muito com a fluidez dessa leitura. Amei a forma que foi escrito, trazendo problematicas sociais de forma muito bem colocada. Além disso, achei muito bom como as fases do luto foram mostradas de forma bem palpável, promovendo a reflexão do luto e como agimos mediante a uma perda.
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Cibele Laurentino 17/10/2022

Uma prosa poética que traz uma temática que nunca minha sensibilidade alcançou. Super indico. Parabéns a autora!
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Rebeca 23/10/2022

História forte e sensível. Aborda questões trabalhistas e sociais, escrita em prosa poética.
Apresenta uma personagem marcada pela dor e dilema, após a perda de um membro em um acidente de trabalho em uma fábrica.
Pra mim, apesar de fluido, foi uma leitura difícil, pois contém fortes gatilhos.
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Anny 24/10/2022

? Bárbara trabalha numa fábrica e durante um dia de trabalho, ela sofre um acidente e acaba perdendo um braço numa das máquinas de produção. Depois disso, ela tem muita dificuldade em lidar com tudo: com a dor, com a aparência, com as atividades do dia-a-dia e com outras pessoas. Ela se sente muito insegura e acha que perdeu o seu valor.

O livro é escrito inteiramente com letras minúsculas, de uma forma que parece que a Bárbara está nos contando a história dela. O que eu gostei muito, pois parece que nos deixa ainda mais próximos da personagem.

No decorrer da história, a autora faz muita comparação entre a fábrica e as máquinas com o corpo humano. Tem até algumas expressões sendo repetidas várias vezes seguidas fazendo referência ao trabalho repetitivo na linha de produção.

? O livro está disponível no Kindle Unlimited e está concorrendo ao Prêmio Kindle de Literatura do ano.

? Li em convite da autora e achei tanto a história quanto o formato da narrativa muito interessantes! Um livro sobre feminilidade, mulher em ambiente de trabalho, sobre se sentir completo, dentre outros temas. Vale a pena conhecer!
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Syl Tobaldini 25/10/2022

Este é o primeiro romance da autora e está concorrendo ao 7º Prêmio Kindle de Literatura.
A história de Bárbara é uma história de perdas, de pequenas mortes diárias.
Ela trabalha em uma fábrica, e sente que seu corpo já é quase parte da planta da fábrica. Essa relação corpo-máquina permeia o livro do início ao fim e é muito bem trabalhada pela autora.
Seus sonhos vão sendo podados aos poucos, até que a fábrica leva uma parte de seu corpo: em um acidente de trabalho, ela perde a mão e parte do braço.
Essa perda é irreparável, e Bárbara tem dificuldade em lidar com isso. Não se vê mais completa, é um quase corpo. E isso vai afastando Bárbara daquilo que ela ama: sua namorada, a música, a vida.
É um livro fantástico, em poucas páginas temos reflexões sobre vários temas importantes, sem cair em um didatismo moroso. Tem protagonista lésbica, tem reflexões sobre as relações trabalhistas, sobre capacitismo, sobre perdas, sobre luto, sobre a importância da arte em nossas vidas.


site: https://leiturapremeditada.com/anatomia-de-um-quase-corpo-yara-fers/
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Raquel268 25/10/2022

Poesia em forma de conto surpreendente
? Anatomia de quase um corpo 
?? Yara Fers
4/?

? Disponível no K.U.

? Conteúdo sensível

? Máquina, é isso que acham que são, pensam que são como aquelas grandes fortes máquinas que não param de funcionar. Esquecem que somos seres humanos e não robô.
? Bárbara, uma mulher que trabalhava em uma fábrica, mas que teve a vida mudada drasticamente, em mais um dia monótomo, teve um dos seus braços triturado por uma máquina. 
? amputação?mudanças?dores?morte?
? Deixou de fazer as coisas que tornava viva, como tocar. Não via mais sentido nenhum em viver, a dor de ter um dos braços amputados deixava com a sensação de não ser mais ninguém.
? percas?anseios?brigas?amores?conquistas?aceitação?
? Com muito esforço conseguiu fazerem fechar a empresa, junto com outras pessoas que também teve parte de seu corpo arrancado. Mas, mesmo ter triunfado, sentia aquela agonizante dor te dilacerar.
? Após entender que não poderia se sentir um fracasso, e fazer as pazes com seu amor, Letícia, Bárbara decidiu levantar e mostrar quem ganhou a luta, não foram as máquinas, e sim ela, pois fez que aquele lugar que sugava as almas das pessoas fechasse. 

Um conto em forma de poesia, que livro surpreendente. Antes da protagonista falar quando foi que ela morreu, começou a contar os dias bons que acaba passando na empresa, mesmo que lá fosse uma prisão, tinha dias que se sentia mais humana. 
Uma personagem forte, que deu a volta por cima, mesmo após ter tentado se m4t4r, ela pensa um pouco e decide que não iria alimentar o sentimento que as máquinas queria que ela alimentasse, preferiria lutar. 
O livro traz a realidade de muitos, uma sociedade tratada como se fossemos robôs e as consequências do que isso nos torna, a cada dia que passa, morremos, cabe a nós o que fazer com isso. 
A autora nos deixa uma grande reflexão, se emocionar e viver a anatomia de Bárbara. Uma leitura bem rápida e fluída, com sonoridades, onomatopeias e por meio de poesias o local que se passa toda a história.
Uma literatura impactante, mostrando o que o sistema faz conosco se deixarmos ele dominar nossas vidas. 
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