gabriela tintin 10/12/2023
Revolucionou mundos.
Eu tenho tanto tanto tanto a dizer sobre esse livro. ele é uma brisa de verão, o riso de uma criança, no meio de tanta morte safica delilah green é o respiro lesbico que a gente merece.
a última vez que eu me envolvi com um livro do jeito que me envolvi com delilah green foi com carrie soto (e qualquer outro livro da tjr, um beijo para ela), essa relação de querer ler o livro todo de uma vez ao mesmo tempo que não quer que ele acabe para não sentir falta do universo e das personagens, simplesmente lindo, tudo de bom.
a magia do slow burn é muito bem feita e trabalhada aqui, gosto da trope porque permite a gente viver muito mais do casal feliz do que qualquer outro, porque elas tão ali, idiotas apaixonadas e fingindo que são apenas duas mulheres tendo algo casual, mas para todos em volta e pro leitor a evolução das personagens e dos sentimentos delas é visível e lindo.
é reconfortante ler um romance lesbico em que tudo é uma questão menos a sexualidade das personagens, são mulheres adultas, resolvidas e com problemas cotidianos, e são eles (e o passado) que assombram a relação das duas, a homofobia nem é pensada aqui, é sobre relações e nada mais. inclusive é incrível o tanto que a autora conseguiu adicionar história secundárias sem atrapalhar ou perder o foco do romance, você quer saber o desfecho de tudo, você se conecta com todos os personagens profundamente, porque é tudo muito bem trabalhado.
quando a delilah percebe que ela só queria ser vista e amada ao mesmo tempo que ela não soube ser nada para as pessoas que ela queria que vissem e amassem ela e quando a claire percebeu que ela nunca nem considerou ser a primeira pessoa da própria vida, eu meio que quis me jogar na br.
deixo aqui meu beijo especial para a minha filha astrid parker, espero muito que no livro dois ela aprenda a falar não, certeza que ela tem sol em libra; tadinha (autocritica).