Laura.Treba 25/09/2023
Quero colocar a Delilah num potinho
Li esse livro em pouco mais de 24h, foi uma maratona que nem vi o tempo passar direito! Fluiu muito bem e me vi relutante em realizar pausas, querendo saber o que aconteceria depois e suspirando pelas personagens.
Também me rendeu olhos marejados mais de uma vez, mesmo que eu não tenha os mesmos traumas que as personagens consegui sentir suas tristezas e aflições, o coração apertado e a vontade de gritar para que conversassem logo.
Pelo menos nesse caso, a maior parte da falta de diálogo entre as personagens (não só entre Claire e Delilah, mas todo o grupo) era compreensível. Fazia sentido que elas acabassem deixando de lado e adiando uma conversa, mas não deixa de ser agoniante - principalmente pra mim que prezo tanto por diálogo nos relacionamentos, talvez um dos meus traumas seja a falta de comunicação que vai gerando uma bola de neve.
Delilah sofreu muito durante boa parte da vida e eu só pensava em como queria poder ninar ela e proteger do mundo, entendendo seu sarcasmo e alfinetadas como mecanismo de defesa. Achei até que teria ranço das outras personagens pelo que fizeram ela passar, mas consegui superar isso junto com ela.
Só a Iris não me desce muito ainda, não sei, é a que menos gostei. Se ela tiver um livro próprio vou pensar duas vezes antes de decidir se leio ou não, mas quero ler o livro da Astrid e ver no que vai dar.
Gostei da Claire também, de como o relacionamento delas foi se desenrolando e me compadeci de seus problemas com Josh e a filha.
É engraçado que eu gostei bastante, devorei o livro e tals, mas não sei direito o que falar sobre kkkkkk nem sabia muito que nota dar. Me fez refletir sobre alguns traumas, mas por enquanto não sei bem o que dizer - pelo menos também não penso em muita coisa netativa, só um leve ranço da Iris e que gostaria de ter visto mais diálogo no final, mas passo meu pano. Foi satisfatório, um bom livro.
Amo não precisar me preocupar com preconceito nesses livros, simplesmente pessoas lgbt vivendo e tentando suas felicidades sem precisar se preocupar com olhares tortos nem violência de algum tipo. Só tentar viver um amor (e felizmente conseguindo).
Super recomendo!