Samy 13/02/2014
"Eu farei uma oferta que ele não poderá recusar"
Já fazia um bom tempo que eu queria ler esse livro, pois amo os filmes. Depois que dei ele de presente para o meu, então, namorado (atual marido) não tinha mais desculpas para não ler. Mesmo assim ainda enrolei por mais de um ano, sabe-se Deus lá porque. Foi o último livro que li em 2013 – inclusive as últimas 50 páginas foram lidas nos primeiros dias de 2014.
A capa dessa edição que li é bem simples, mas eu gosto muito. Tem uma “sobre-capa” (não sei o nome que se dá a isso!) de papel fino cobrindo a capa dura do livro, e ambas são idênticas. A página é levemente amarelada e a letra de bom tamanho. Foi feita uma divisão do livro em nove partes.
A estória trata da família de um mafioso siciliano que imigrou para os Estados Unidos para fugir do governo italiano. Uma das partes que mais gostei foram os flashbacks que contam como Don Vito Corleone – nascido Vito Andolini – chegou a ser o chefe da maior e mais importante Família dos EUA. Porque ele começou a ser tão respeitado em um país que nem é o seu de origem?
A Máfia, originalmente, significava “um lugar de refúgio” – nas palavras do próprio Mario Puzo – e tornou-se uma organização secreta que surgiu para lutar contra o governo italiano que havia esmagado o país e o povo por muito tempo. Qualquer problema que o povo tinha, recorria aos cappos e não à polícia, que era controlada pelo governo.
O mais interessante, para mim, é que todas as formas que os mafiosos têm de ganhar dinheiro e fazer sua fortuna, são condenáveis – na época em que viviam e, em sua maioria, até hoje – como roubo, tráfico de armas, jogos, tráfico de drogas, prostituição, assassinatos. Mesmo assim, quando eles estão falando sobre os negócios – nunca de forma aberta – e sobre os problemas que estão enfrentando, acabei ficando penalizada e torcendo para que conseguissem resolver tudo. Eles passam uma imagem – e realmente acreditam nela! – de que são corretos e seguem os códigos de ética, que chegamos a esquecer de que tipo de negócio que se trata. Cheguei ao ponto de me pegar pensando que justificava terem matado um cidadão que estava atrapalhando a vida deles, mesmo o cara não estando errado. “Bem feito, quem mandou se meter com a Família Corleone”, pensei eu. Isso, para mim, só prova a maestria da escrita de Mario Puzo.
Creio que, depois do próprio Don, meu personagem favorito é o Mike. Acho que, em parte, isso é culpa do filme, pois sou grande fã do Al Pacino e é ele quem representa esse personagem. Não consigo imaginar outra aparência para Michael Corleone senão o rosto do ator.
A escrita não é fácil e nem a leitura. Diversas vezes eu precisava reler o parágrafo ou página inteira para compreender tudo que havia lido. Mas isso não chegou a atrapalhar o ritmo de leitura. Muitas vezes eu não conseguia parar de ler.
Agora estou querendo ler outros livros do Mario Puzo que tenho em casa – e comprar os que não tenho.
Quando surgir a oportunidade, não deixem de ler esse livro. É um clássico da literatura mais que recomendado! O filme nem preciso recomendar né??
site: http://www.infinitoslivros.com/2014/01/resenha-o-poderoso-chefao-mario-puzo.html