Débora 21/06/2020
Livro maravilhoso sem o Hercule Poirot ou a Miss Marple
É Fácil Matar é o livro de Agatha Christie com o título mais chamativo e impactante, principalmente para aqueles que são fãs da autora e/ou apreciam um bom romance policial. Essa obra é umas das melhores histórias dela que li que não possui o detective Hercule Poirot ou a amável Miss Marple. Se tratando de Agatha Christie já é esperado um suspense incrível com cidadezinhas cheias de segredos, pessoas fofoqueiras, senhoras enxeridas e personagens intrigantes, o que acontece também nesse livro.
O policial aposentado Luke Fitzwilliam é o protagonista da história. Enquanto Luke estava no trem indo para Londres a senhora Pinkerton começa a conversar com ele. Assim que ele confirma para ela que é um policial a senhora decide lhe contar o porquê de sua visita a Londres: ir a Scotland Yard para denunciar uma série de assassinatos e evitar que o criminoso faça mais uma vítima. Luke inicialmente não acredita na mulher, pensa que aquela conversa fora apenas devaneios e paranoias de uma velha senhora. Porém, quando ele descobre que a senhora Pinkerton morreu em um acidente, assim como a pessoa que ela afirmou ser a próxima vítima, Luke decide ir a esse vilarejo investigar esses acontecimentos.
Nesse contexto, Luke tenta por suas habilidades de policial em prática para agir como detective e desvendar os mistérios acerca desse lugar. Ele começa fingindo ser um escritor sobre superstições, folclore e bruxaria para investigar os moradores. Apesar de ser um policial experiente ele é um detective muito amador e algumas vezes se perde em suas investigações, o que deixa o enredo mais interessante. O romance entre os protagonistas foi algo que não me agradou e que prejudica um pouco o enredo, porém acredito que os outros personagens e o suspense em torno das mortes compensa isso.
Após já ter lido diversos livros da autora, é impossível não querer ler todos os seus livros, fica explícito certos padrões em suas obras – provavelmente esse será o motivo que vai lhe viciar – sendo o mais marcante deles a engenhosidade do assassino em cometer os crimes explicado no final e que raramente é possível o leitor identificá-lo antes da autora revelá-lo. Nesse livro, consegui perceber um pouco antes quem era o criminoso, mas, por ser Agatha, isso em nada atrapalhou a leitura, pois ainda era um enredo muito viciante.
Nesse livro a autora consegue fazer com que a leitura capture a atenção dos leitores em cada página e capítulo, fazendo com que seja extremamente viciante e impossível parar de ler. É um livro pequeno, de fácil compreensão e que pode ser lido muito rápido. Assim que começa a ler aumenta o desejo em terminar a leitura e quando você menos percebe já chegou ao final. Portanto, é um livro muito bem escrito e viciante.