beIIedejour 03/01/2024
O tempo não passa, e sim dá voltas redondas.
Primeiro de 2024. Finalmente li esse que é considerado um dos maiores clássicos da literatura. Posso ser sincera? Não amei. Entendi imediatamente as comparações de Torto Arado com Cem Anos de Solidão, por que, para mim, os dois são fios emaranhados da triste história de famílias fadadas à extinção. Entendo o motivo de ser considerado um clássico, mas simplesmente me apeteceu pouquíssimo. Muito triste, muito sofrido, muito morno, muito tarde de domingo quente sem nem um copo de água gelada para refrescar. Está MUITO longe de ser um livro ruim, é belíssima a forma como Gabriel Garcia Marquez fala de traumas geracionais, da tristeza profunda que permeia as gerações de Buendías, da loucura e do amor (e da falta dele) nessa família. Mas também está BEM longe de ser uma leitura que me fez feliz. Terminei o livro me sentindo enterrada viva em tantas memórias e tantos sofreres, cansada dos fazeres e desfazeres, exausta da história que se repetia sem dar trégua. Finalmente, gostei de ter lido o livro, mas não gostei do livro, faz sentido?