Resenhas - O Velho e o Mar

Thaís Bueno Serafim 30/01/2024

Esse livro foi a Leitura Conjunta da Mell Ferraz do perfil Literature-se nesse mês de janeiro. Publicado em 1952, foi o livro que garantiu a Hemingway os prêmios Pulitzer e Nobel, ambos em 1954.

Li através do aplicativo da BibliON aplicativo da Biblioteca Digital Gratuita de São Paulo que disponibiliza, gratuitamente, o acesso a milhares de livros, bastando realizar um cadastro no site e baixar o aplicativo. Mas assim que possível quero uma edição física dele para fazer várias anotações.

Essa edição publicada pela Bertrand Brasil possui apenas 167 páginas e conta com várias ilustrações ao longo do texto. Podemos considerar esse texto uma novela pela sua extensão e características textuais e várias são as interpretações possíveis para esse clássico: uma metáfora sobre a condição humana; como um texto que retrata a vida do próprio autor que passava por dificuldades depois de críticas negativas ao seu último livro; e muitas outras.

Acompanhamos a jornada de Santiago, um velho pescador que estava há 84 sem pescar, que parte sozinho para alto-mar convicto que nesse 85° dia sua sorte iria retornar. Enfrentando as adversidades da vida em mar aberto e a solidão, Santiago luta pela própria sobrevivência!

O texto acaba sendo cansativo em alguns momentos por conta do detalhamento de algumas questões relacionadas à pesca e a vida no mar, mas nada que prejudique a leitura.

Poder acompanhar essa leitura em conjunto com o grupo de apoiadores do Literature-se foi muito recompensador. A troca de leituras e entendimentos é uma das coisas que mais me alegra na leitura.

Poder participar de uma Leitura Coletiva foi muito importante para essa experiência de leitura já que muito foi acrescentado, tanto pela Mell quanto por todos os participantes dessa leitura coletiva.

Esse foi meu primeiro livro do autor e gostei bastante. Pretendo ler outras obras dele.

site: https://www.instagram.com/p/C2n2brJLXIm/

Fernanda.Burkert 29/01/2024

Um clássico!
Em uma história curta, porém envolvente, Hemingway consegue trazer à tona diversas questões: perseverança, coragem, obstinação, empatia e alteridade. Santiago é o reflexo de uma grande parte da sociedade que vive com muita dificuldade mas não desiste.

Laninha03 29/01/2024

O velho e o mar
O livro conta a história de um velho que passa a narrativa inteira lutando com um enorme peixe, que acaba sendo devorado por tubarões.
É uma história que remete à solidão, pois o velho Santiago passa a maior parte da história conversando consigo mesmo e com o mar, embora ele sinta constante falta do menino que fora sua companhia no início da história e aparece novamente ao final.
Santiago sente falta de conversar com pessoas, porém ele passou parte de sua vida, sozinho, ensimesmado.
A descrição é algo que aparece demais no curso da história, por isso, ler o peixe se despedaçando com as ?bocadas? dos tubarões foi algo chocante para mim. Fiquei com dó do peixe, kkkk. É sobre o final da história, eu teria dado um outro desfecho, hehe.

Dayy 29/01/2024

Uma leitura maravilhosa
Amei essa leitura!
Rápida, fluída... Com mistério.... Amizade.... Força... Determinação.... Coragem! Esse velho eh incrível!

Hugo399 28/01/2024

Ernest Hemingway, um mestre, um nobelista. ?O velho e o mar? te prende em quase toda obra com apenas 1 personagem narrativo, o velho Santiago, sendo o peixe um, digamos, coadjuvante silencioso.

TatianaTati 28/01/2024

Faltou-me sensibilidade
Li a história com paciência, já sabia que era "meio parada", mas minha falta de expectativa pode ter me atrapalhado a ver as tantas camadas desse livro. O que me ajudou foram as discussões com outras pessoas em uma leitura conjunta.

Saindo da obviedade do pescador solitário e seus pensamentos, houve tantos sentimentos, tantos momentos dramáticos e filosóficos... mas ler também pode ser esse ato coletivo e de reencontro com a história recém-lida.

O que me comoveu muito nesse livro é o que me pareceu remorso do menino por ter deixado o velho ir sozinho para o mar, o estado em que ele voltou, o estado do peixe. E muito linda a devoção do menino com o velho.

xLeoSaraiva 28/01/2024

"Mas o homem não foi feito para a derrota. Pode ser destruído, mas nunca derrotado".
"O Velho e o Mar", de Ernest Hemingway, é um livro que não pode ser lido às pressas ou sem deixar-se levar pela imaginação do autor. Caso contrário, o(a) leitor(a) se deparará com uma leitura que apenas descreve os movimentos de um velho pescador em alto mar.
Por trás do pequeno número de personagens e da brevidade da história, o livro carrega sentimentos e reflexões que apenas uma leitura serena é capaz de descobrir. Ao narrar a história de Santiago, "O Velho e o Mar" explora a potência dos homens diante da solidão, do trabalho exaustivo, da mágoas da vida e da própria sobrevivência.
Em síntese, Hemingway desenvolve, a partir de uma história muito simples, a fagulha para reflexões que deveriam ser feitas diariamente por cada um de nós. Recomendo!

SARAIVA, L.

Karla.Marisa 28/01/2024

Aquele "gostei mas não amei" eu acho que precisaria de mais tempo para me apegar aos personagens. Mesmo assim é um bom livro, MUITO MUITO MUITO bem escrito, com algumas reflexões bem legais.

Niara 28/01/2024

A partir da história comovente de um velho e solitário pescador, ao enfrentar uma de suas maiores aventuras, passamos por uma série de reflexões sobre a vida, sucesso, vitórias e coragem.
Belíssima história.

Petra 27/01/2024

Triste, mas nem tanto
Sempre ouvi que era um livro triste, então eu esperava algo meio catastrófico. Mas não foi.
É um livro bem tranquilo de ler, rápido. A história prende, pq a todo momento a gente quer saber onde aquela pescaria vai dar.

Renan 27/01/2024

Um livro sobre solidão
Um livro leve e calmo como as ondas que o velho encontra no mar da baia cubana. Falta um pouco de emoção e grandes acontecimentos e no meio do livro eu me encontrei angustiado pelo final da história. O livro é principalmente sobre solidão. O ritmo de escrita escrita de Ernest Hemingway é detalhado e emotivo.

manu.grayson 27/01/2024

Usar oq temos
Eu não sou muito de literatura americana, mas quis dar uma chance para "o velho e o mar" e não me arrependo, apesar da leitura não ser muito do meu estilo eu sabia que teria que ler com as ideias abertas.

Rafael Moia 27/01/2024

Ernest Melville
Há um tempo cheguei a abandonar a leitura de Moby Dick, não necessariamente por ser um calhamaço, mas por ficar páginas e páginas descrevendo baleias que no final a leitura dessa parte não serve pra nada além de deixar a leitura maçante. E por incrível que pareça eu tive a mesma sensação lendo O velho e o mar, apesar de ser uma novela com pouco mais de cem páginas, me senti lendo as incontáveis páginas da obra de Herman Melville. Fora as incontáveis relações entre as duas obras como, por exemplo, a ligação de um pescador experiente com alguém mais novo, as crises de meia idade, e a tragédia final. Basicamente, Hemingway resumiu um clássico, conservando o storytelling e o tédio.

Maria19421 26/01/2024

Pescar mata-me tal como me faz viver
Meu primeiro contato com Hemingway, com sua obra mais famosa, de imenso impacto no ideário popular global. Gostei da escrita do autor: enxuta, prática, objetiva; ele não despende fôlego com excesso de adjetivos, mas se atem à descrição das ações de Santiago e aos seus pensamentos durante as tarefas mecânicas que compõem sua vocação de pescador. Esse estilo de escrita gesta uma latente filosofia, que beira a poesia existencialista.

O enredo do livro é muito simples, assim como a narrativa. A grandiosidade dessa obra se encontra justamente na interpretação que cada leitor dará a ela, como cada um absorverá e processará a solidão do velho Santiago, sua luta incessante durante três dias para pescar um peixe imenso, bem como sua motivação e realização de tal proeza: terá essa ação sido seu grande feito em vida ou o último golpe que sentencia a sua batalha final?

O que Santiago buscava alcançar por meio dessa pesca: recuperar o prestígio e admiração que eu dia teve em vida, ou simplesmente cumprir com o que ele descreve como sua "natureza", sua sina: viver para pescar e pescar para viver. É belo ler como o protagonista nutre uma relação panteísta com a natureza: as estrelas, o mar, os peixes são seus amigos e irmãos, então por que, enfim, ele os infligi tamanho sofrimento? Por que ele continua a infligir sofrimento sobre seu próprio corpo, por meio da pesca? A atividade que o aproxima da natureza que tanto ama o faz mata-la e matar-se a si próprio.

À primeira vista, esse é um livro simples, mas deixando-se levar ao sabor das ondas, percebe-se que as questões nele tratadas são de uma universalidade assustadora. Hemingway me deixou com um gostinho de quero mais.

mariaferim 26/01/2024

A mesma página várias vezes
Os paralelos entre o peixe e o velho são bons, é uma leitura razoável mesmo que seja seja repetitiva