Resenhas - O Velho e o Mar

Matheus 10/01/2024

Grande obra
Sempre tive um receio de ler porém ao pegar comi a primeira leitura do ano foi magnífico, é uma obra com grandes ensinamentos e questionamentos sobre a vida e como lidar com seus pensamentos e angústias. O velho é um grande homem e o plot do livro me pegou com força o que me fez devorar esse livro na reta final.

Gabriella 10/01/2024

O livro mais lindo é triste também. Tudo na mesma proporção
O livro com a história mais linda de Hemingway que já li, talvez um dos meus favoritos. É uma história linda de amor a um verdadeiro amigo e uma história de superação e perseverança.

ABANDONADOPORVOCE 10/01/2024

ONE SHOT
Li este enquanto tinha de ficar até mais tarde no serviço para acompanhar um pintor, incrível como em poucas palavras Hemingway consegue definir tantas analogias, a quantidade de conteúdo especulatório sobre esse livro é incrível, mas eu gosto da própria explicação do autor: "O velho é um velho e o mar é o mar".

Mari Vannucci 10/01/2024

É melhor ele julgar que sou mais homem do que sou, e assim serei.
Minha primeira leitura de Hemingway e gostei bastante!
Uma história sobre resiliência, perseverança, esperança e muita solidão. Simples, mas que dispõe de várias interpretações? muito bonito.
Uma escrita muito fluida e bastante corrida. Me surpreendeu a leitura ser tão gostosinha e fácil, visto que são dias e dias no mar. Achei que seria arrastado e entediante. Foi uma surpresa boa.

Gabriel Meneses 09/01/2024

Vamos falar sobre "O Velho e o Mar"?
O Velho e o Mar foi um livro que me permitiu diferentes reflexões e tocou algumas feridas que eu nem sabia que existiam.
O livro, no que diz respeito a leitura em si, não traz grandes dificuldades; a linguagem é formal, ainda mais pelo fato de o autor ser um jornalista, e é um texto relativamente curto. Mesmo assim, é uma leitura envolvente, em que você pode se sentir vagando pelo oceano num pequeno barco.
Em relação ao enredo, eu vejo quatro personagens principais: o velho (Santiago); o mar; o peixe e o menino (Manolin). Santiago é um velho pescador, simples, com rugas no rosto, mãos calejadas, mas que detém de uma vontade inerente de fazer aquilo que ele julga ter nascido para fazer: pescar. Contudo, está há um longo período sem obter sucesso na pesca, mesmo com a ajuda do jovem Manolín. Esse período de 'seca' faz com que os pais do menino o 'incentivem' a procurar um novo pescador e um novo barco para trabalhar.
Nesse contexto, Santiago embarca em uma viagem para tentar afastar essa maré de azar e voltar a pescar bons peixes. Na ausência de sorte, ele decide buscar águas mais distantes e profundas, onde a 'sorte' possa estar mais presente.

SPOILER ALERT ⚠️

E foi o que aconteceu: em determinado momento, um grande peixe fisga uma das inúmeras iscas deixadas por ele, e o velho pescador começa uma longa saga, ao perceber que jamais conseguiria colocar esse peixe para dentro do barco, ainda mais sozinho.
Nesse processo, Santiago dialoga com ele mesmo; dialoga com o peixe, demonstrando respeito pelo grande espadarte; sente vontade de ter o menino por perto para compartilhar com ele esse momento; sente a ambição de ter conseguido pescar um peixe tão grande; ele se sente bom novamente, por conseguir provar a si mesmo que ainda é um bom pescador.
E nós vivemos essas angústias junto com ele, desde quando ele consegue 'vencer' o peixe e amarrá-lo junto ao barco para transportá-lo à costa, até a imensa angústia dos momentos em que inúmeros tubarões vão atacando, de tempos em tempos, e levando pedaços do grande espadarte que ele pescara.
E como é angustiante ver os pedaços do peixe indo embora, melancolicamente, junto com a esperança de Santiago de se provar novamente (a si mesmo e aos outros) como um bom pescador, mesmo sendo velho.
Ao chegar na costa, com os restos do grande peixe amarrado no barco, todos da cidade percebem o que aconteceu, mesmo sem nada ser dito.
E como é bonito ver o jovem Manolín demonstrando profundo respeito por seu (velho) amigo, deixando muito claro que faria de tudo para que o velho melhorasse logo, e que eles voltassem juntos para o mar, pois o jovem ainda tinha muito a aprender com velho sobre o mar.
Nessa curta história, repleta de profundos significados e interpretações, o que mais chama a atenção é um idoso que tem o trabalho como sua razão de viver, repleto de medos, angústias, vaidades, mas que não consegue mais desempenhar como antes fazia; porém sem perder a esperança e a certeza de que está onde quer estar. Vejo, também, um jovem, que, muito mais do que um aprendiz desse velho, é um amigo que admira e que tem certeza que tem muito a aprender com o outro. Santiago não precisava provar nada para o garoto para mostrar que tinha algo a ensinar. Na verdade, eu vejo que ele queria mesmo era aprender com o jovem Manolín.

Arthur Nowakowski 09/01/2024

Um bom livro para iniciar o contato com o estilo de Ernest. Leitura fluida e simples, o que me pega é não ter capítulos, algo que lembra Saramago. Não é um best-seller a toa. Recomendo

Arthur1293 09/01/2024

Hemingway na sua maturidade. Bom livro
Em janeiro de 2024 li este livro durante o Clube do Livro. Foi uma excelente leitura, marcando uma fase mais madura na escrita de Hemingway. Sua prosa é caracterizada pela concisão e direção, comunicando de maneira clara e desprovida de rodeios. Os personagens, por sua vez, apresentam-se como apenas a ponta do iceberg da trama, insinuando camadas mais profundas que desafiam o leitor a ir além do que está explicitamente escrito. A narrativa simboliza aspectos da vida do autor naquele momento, algo que é recorrente em suas obras. 84 dias sem pescar nenhum peixe. O envelhecimento traz consigo uma certa decadência, mas também a necessidade de continuar avançando. O protagonista personifica essa dualidade entre humildade e orgulho, firmeza e resignação. Enfrenta seu dever mesmo ciente da improbabilidade de sucesso. Em meio a essa jornada, a narrativa sugere que, após certo ponto, não há mais retorno possível. "Um homem pode ser destruído, mas nunca derrotado".

Aline.Silva 09/01/2024

Primeiro livro do ano, e não poderia começar melhor, adorei a forma fácil como a leitura flui e a história do pescador em um de seus tantos dias ao mar é bem instigante, ótimo livro que traz reflexão bem legal sobre perdas e ganhos.

Clio0 09/01/2024

Nesta pequena história de Hemingway, temos o embate entre um velho marinheiro e um fabuloso peixe de água salgada.

A história se revela na força do Velho, em sua persistência, para vencer o animal arredio e seu perigoso habitat que põe em perigo sua existência. A escrita joga constantemente com duas metáforas: o ser humano racional X o mundo irracional, o ser vivo X a morte.

Há muitos momentos de introspecção e a escrita é lapidada para criar um senso de suspense e desespero.

Não há nada muito explícito, mas pela complexidade da obra, recomendo apenas àqueles acima dos dezesseis anos.

major tom 09/01/2024

No mar alto, nunca se está completamente só.
A leitura desse livro foi necessária para a finalização do meu primeiro semestre da faculdade de Letras, na matéria de clássicos da literatura, e foi o primeiro que tocou meu coração de maneira singela, porém muito profunda.
A principio, minha leitura não era muito voltada para clássicos ou obras do gênero, além de ter sido obrigada a ler, mas a fluidez e um spoiler errado dado pelo professor e colegas de outros semestres me fez querer cada vez mais. Ainda não li nenhum outro livro de Hemmingway, mas esse foi um perfeito introdutório que irá ajudar também ao desenvolvimento de minha própria escrita.
O Velho e o Mar é uma leitura singela, dolorida, porém de aquecer o coração, por portar tantos sentimentos dentro de suas palavras que somente esse autor poderia fazê-las com tanta paixão. Ele se torna um amigo, um companheiro que o velho não é capaz de se conformar a ter.
Talvez também tenha sido o ambiente pelo qual li o livro que o fez me marcar tanto, mas são lembranças que farei questão de tratar como o velho trata seu peixe, com amor e carinho.

Selma 08/01/2024

Teríamos essa mesma perseverança no lugar de Santiago?
Provavelmente não.

Mais um clássico lido por ter sido citado entre os preferidos de Bella Swan, mas dessa vez não sei nem dizer bem o que senti. A história cativa pela boa descrição, pela simplicidade de sua ambientação, pelo aprofundamento rápido e intenso num único personagem e pela forma como envolve o leitor direto na ação, sem estender demais além daquele único espaço de tempo. Eu gosto quando um livro (ou até filmes) consegue se fazer tão cativante com "tão pouco" a oferecer. Tem que ser muito bom pra prender atenção em pouquíssimos elementos, mas O Velho e o Mar consegue com maestria e talvez seja isso que faz dele um clássico, sem os simbolismos que cults tentam enfiar. Se até o próprio Hemingway diz que o mar é o mar, velho é um velho, o menino é um menino e o peixe é um peixe quem somos nós pra querer inventar? É um livro curto que conta uma história curta num espaço de tempo curto e isso basta. Não se torna um livro que recomendaria aos milhões, mas para quem gosta de mar (eu amo O Peregrino da Alvorada de C.S. Lewis) é uma boa pedida pra se transportar ao oceano em pouco tempo.

Eliza.Beth 08/01/2024

Um homem pode ser destruído, mas nunca derrotado
Esse livro tem coisas interessantes nas entrelinhas, como todo clássico.
Achei bom ser curto pois as descrições eternas sobre o mar poderiam ficar cansativas se fosse mais longo.

Ao acompanhar a insistência desse pescador em conseguir pegar esse peixe e trazê-lo para a terra, muitas coisas passa pela cabeça do leitor: alguns acham bonito sua persistência, outros o acham corajoso, outros um tolo.

Confesso que fiquei com a última opção. E uma das frases que me deu certeza q o autor tbm quis q parte dos seus leitores pensasse assim foi: ? Você navega mais depressa com a perda daqueles quinze quilos?.

Nas minhas releituras, talvez eu me apegue mais ao roteiro esperançoso, como o autor coloca na página 104: ? É uma estupidez não ter esperança? além disso, acho que é um pecado perder a esperança?.

É isso. Um clássico. Várias interpretações. Gostei bastante.

naotemlogin 08/01/2024

Esse é um livro de narrativa curta e linguagem bastante direta que trata da natureza humana e até onde a nossa força de vontade (e também a nossa fé em algo) é capaz de nos levar.

WAllert 08/01/2024

O homem não foi feito para a derrota
É um livro curto, triste e bonito.
O amor e respeito que o velho sente por tudo é tão admirável quanto a sua persistência.
O livro se torna muito emotivo pela forma como o velho encara sua pobre vida e pela relação dele com o garoto que sempre quer estar ao seu lado e que sabe o quão especial é o velho Santiago.

yothigomes 08/01/2024

Finalmente li esse livro que me deixou extremamente agoniado diante da persistência de Santiago rsrs... três dias de sofrimento e muita reflexão vividos por ele...por diversas vezes eu pensava "pq esse homem não amarra essa corda no banco do barco e evita de ter suas mãos e costas feridas pela corda?" hahahaha...mas no decorrer da leitura , apesar de óbvio , os fatos foram confirmando que aquilo tudo que estava acontecendo dependia da conexão entre o corpo e a mente, e que pescar exige do pescador que se adapte aos movimentos da natureza e da vida...que nos momentos mais adversz, ter alguém que o ame e amar alguém é essencial para continuar resistindo...apesar de falar sobre solidão, eu acredito que o Santiago nunca esteve sozinho, pois o garoto sempre estava vivo em seus pensamentos...o leitor consegue sentir o amor e afeto entre os dois do longe ("pescar mata-me tal como me faz viver. O garoto é que me mantém na vida"). O carinho, o cuidado desses dois é lindo demais...Esse livro desperta tantas coisas: sobre o desejo, quem eu sou, o que quero ser, sobre o tempo que gastamos pensando naquilo que não existe e sobre ESPERANÇA de dias melhores ("Agora não é o momento de pensar naquilo que você não tem. Pense antes no que pode fazer com aquilo que tem"). Esse livro é uma verdadeira lição de vida que nos lembra que podemos ser vencidos, mas jamais derrotados. E se a sorte não vier hoje, ela pode vir amanhã. E que devemos mesmo é estar preparado para a chegada dela...Super recomendo!!