O Velho e o mar

O Velho e o mar Ernest Hemingway




Resenhas - O Velho e o Mar


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virctto 20/08/2024

Para homens destruídos, mas nunca derrotados.
Ernest Hemingway publicou a primeira edição deste livro em 1952. A que chegou até mim, carinhosamente emprestada, faz parte da 93ª edição, impressa em 2017 e traduzida por Fernando de Castro Ferro. Deixo aqui, antes de mais nada, meu agradecimento ao Kainan, que falou e falou e falou novamente sobre a obra até que eu estivesse ansiosa para lê-la. Espero devolvê-la a você logo, logo.

O autor parece refletir a si próprio quando constrói o personagem central dessa história, Santiago, o velho pescador de Havana, Cuba (lugar este a que Ernest, estadunidense, passou um tempo de sua vida), que passa por maus momentos em sua velhice. É de uma moral grandiosa que se lê ao longo das 124 páginas que estou falando. Onde encontraria um velho, tão cheio de cicatrizes, dores e cansaços, o vigor necessário não só para enfrentar a força da natureza (que surge para o leitor na imagem de um peixe majestoso e digno de seu tamanho), mas também a impotência da idade, a falta de sorte que parece o seguir para onde vai e a sensação de destruição iminente? A resposta é simples: nele mesmo, pois Santiago sabe do que é capaz, e sua capacidade, em especial, é a de aguentar como ninguém as intempéries que um mar revoltoso poderia lhe fornecer.

Santiago conversa com si mesmo, conversa com o peixe e conversa com quem acompanha sua jornada. Ele não parece sair de um ponto e ir a outro; na verdade, tudo que demonstra até a última página, o que o torna um personagem tão vigoroso, já estava presente ali desde o início; mas, como qualquer ser humano, ele tem seus arrependimentos, e essa é uma das grandes mensagens deste livro. De que vale o orgulho, a ambição, o desejo de uma vida melhor, a vontade de se reencontrar, se, ao final, todo o caminho será lembrado por um gosto amargo na boca?

O livro, para mim, encerrou da forma mais melancólica que poderia. Talvez Hemingway assim desejasse, talvez não. Para Santiago, imagino que tenha sido o mesmo sentimento. Para o menino, cujo coração era o mais empático, certamente foi.
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Marto 19/08/2024

Sobre solidão e resiliência
Confesso que devido ouvir falar tanto da pressiona desse livro me surpreendeu o fato do tema mais latente ser a solidão senil e as implicações disso na vida do protagonista. A resiliência, talvez eu não tenha tanta paciência pra ficar pescando um peixe, acho que teria ido embora na 1 hora, ponto em que você se coloca no lugar do personagem e começa a sentir uma certa pena por toda a condição dele. Gostei da leitura.
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Júlia 18/08/2024

?O velho e o mar? é um daqueles livros pequenos e profundos. É uma história sobre persistência, fracasso e solitude. Senti que em alguns momentos a leitura foi um pouco arrastada, mas acho que isso se deu por o livro não ser repartido em capítulos, e tenho dificuldade em manter um ritmo de leitura nesses casos. E também pelo próprio enredo, que tem seus ápices, mas são muito voltados para reflexões. Mas é muito provocativo e lindo de se ler, recomendo!
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Lea Sandiny 18/08/2024

?Eu nunca tinha sido derrotado e não sabia como era fácil. E o que me venceu??

É sobretudo sobre manter a esperança, sobre saber perder, sobre não desistir, sobre não vencer, sobre a natureza e nossa ligação primária com ela e por fim sobre ter alguém que nos veja além dos nossos olhos.
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thadentrodolivro 17/08/2024

Muito bom
O velho Santiago nos leva a embarcar em sua história de resiliência.
De volta ao mar ele vai enfrentar a batalha mais difícil da sua vida.
Livro cheio de reflexões e que nos faz olhar dentro de nós mesmos e se perguntar se estamos no caminho certo.
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hiiiirayyy ;) 17/08/2024

Um homem pode ser destruído, mas nunca derrotado.
O clássico ?O velho e o mar? trata-se, resumidamente, da amizade entre o senhor Santiago e o garoto Manolin juntamente com o cotidiano na pacata vida de um pobre pescador. Acredito que o principal ponto de análise da obra está na narrativa ser apresentada de forma linear, sem grandes ápices, onde o livro gira em torno da seguinte lei de formação:
Dormir e ir pescar < pensamentos e diálogos com o garoto ou consigo mesmo < a pesca em si.
São pouco mais de 100 páginas muito bem escritas que nos permite grandes reflexões.

No geral, gostei muito da obra, principalmente pelos pensamentos de oposição entre a esperança e a realidade deixados em minha mente. Por motivos pessoais, demorei mais que o necessário para terminá-lo e, talvez, isso tenha atrapalhado um pouco, influenciando minha avaliação. Recomendo para quem quer experimentar uma proposta diferente ou goste de algo calmo e triste.

Ademais, cabe ressaltar que o protagonista é como um espelho, que reflete as várias vidas que padeceram da mesma enfermidade: a falta de sorte.



??



?? Não vai roubá-las, não é?
? Roubaria se fosse preciso ? respondeu o garoto. ? Mas não é.
? Obrigado ? disse o velho pescador. Era demasiado simples para compreender quando alcançara a humildade. Mas sabia que a alcançara e sabia que não era nenhuma vergonha nem representava nenhuma perda do verdadeiro orgulho.?

?Por que existiriam aves tão delicadas e tão frágeis, como as andorinhas-do-mar, se o mar pode ser tão violento e cruel? O mar é generoso e belo. Mas pode tornar-se tão cruel e tão rapidamente, que aves assim, que voam mergulhando no mar e caçando com as suas fracas e tristes vozes, são demasiado frágeis para enfrentá-lo.?

?O que aconteceu é que acabou a minha sorte. Mas, quem sabe? Talvez hoje. Cada dia é um novo dia. É melhor ter sorte. Mas eu prefiro fazer as coisas sempre bem. Então, se a sorte me sorrir, estou preparado.?

?? Venceram-me, Manolin ? falou a custo. ? Venceram-me, de verdade.
? Ele não o venceu. O peixe, não.
? Não. Você tem razão. Foi depois.?

?É uma estupidez não ter esperança?, pensou. ?Além disso acho que é um pecado perder a esperança. Mas não devo pensar em pecados. Já tenho problemas demais para começar a pensar em pecados. Para dizer a verdade, também não compreendo bem o que são os pecados.?

?Você está me matando, peixe?, pensou o velho pescador. ?Mas tem o direito de fazê-lo. Nunca vi nada mais bonito, mais sereno ou mais nobre do que você, meu irmão. Venha daí e mate-me. Para mim tanto faz quem mate quem, por aqui.?

???
Luís Br 17/08/2024minha estante
A mais atenciosa das leitoras. Sempre surpreende com suas belíssimas resenhas


hiiiirayyy ;) 17/08/2024minha estante
obrigadaaaa, meu fã número 1 ??




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Thaionará 15/08/2024

Um dos mais brilhantes livros que já li!
Essa experiência foi incrível.

Consegui sentir o cheiro do mar, a brisa gelada, o sol quente batendo no mar... também senti as dores do velho, não só as do ombro ou das mãos, mas suas dores internas... sua derrota em si mesmo.

Que livro absurdo, foi surpreendente cada página.

Acredito que ficarei pensando nisso até o final da vida.

No fim, tudo é consumido e a vida segue normal...
Tangerina do Yoon 23/08/2024minha estante
Eu li esse livro a muitos anos atrás, no meu ensino médio e nunca mais esqueci essa história. É um livro incrível!!!


Thaionará 23/08/2024minha estante
@Tangerina do Yoon. Siiiim, vou até tatuar




Adriana1468 12/08/2024

O velho e o Mar
No final do livro eu fiquei com um gostinho de ?quero mais?? mais um capítulo , mais uma aventura , mais um diálogo ? o velho e o mar me trouxe uma sensação de que vale a pena lutar por um objetivo. Que o impossível, se torna possível mesmo não sendo do jeito que queremos ? leiam , só leiam o livro ?. Maravilhoso !
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Gabriel 11/08/2024

A tentação do impossivel
Apesar do Hemingway ter sempre batido na tecla de que não há simbolismos por trás do livro, não é possivel sair dessa leitura sem uma interpretação da luta de Santiago com o peixe, do contrario, o livro perde sua potencia. É uma narrativa simples, poucos personagens, concisa, o que imagino, seja o motivo de muitos não gostarem, más com todo simbolismo por trás, da toda a força que o livro precisava para se tornar um grande clássico da literatura.
Assim, o desafio de Santiago é no fim o desafio de todos nós, a tentativa de se provar capaz diante do impossivel, o que cai no embate clássico entre homem versus mundo que aparece em tantas outras obras, aqui há algo especial nesse embate que se diferencia dos de os miseraveis, vidas secas ou as vinhas da ira, se nessas três obras o foco esta naqueles que sofrem a opressão pelo "mundo", em o velho e o mar, o agente dessa opressão é o próprio Santiago na tentativa de capturar esse peixe, justamente por não ser simplesmente um peixe, mas a representação da grandiosidade da natureza frente a insignificância do protagonista em enfrentar algo imenso e majestoso, há um respeito muito grande do protagonista com o peixe, praticamente se colocando em pé de igualdade, más ainda assim se mantendo com muita resiliência pra se mostrar capaz diante da adversidade.
Que obra incrivel e que final fabuloso, infelizmente já sabia de todo o enredo, teria sido uma experiência ainda mais incrivel acompanhar essa jornada do Santiago sem saber de nada.
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Educez 11/08/2024

Quando a sorte não vem
O velho sem sorte alguma do início ao fim. Que triste? o pior que isso acontece na vida real? O garoto até que tentou ajudar?
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Carme0 10/08/2024

O velho e o mar
O velho e o mar narra a aventura do velho Santiago que após muitos dias sem conseguir pescar um peixe se quer, trava uma batalha com um enorme peixe espada. São passagem cheias de privações, de luta e perseverança.
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Jennyffer3 08/08/2024

Eu sou o velho no meu mar cheio de tubarões.
Achei que não me interessaria nada pela história quando comecei a ler, era ?só a vida cotidiana de um pescador?. Mas me peguei completamente vidrada na história quando sua aventura começou e sua insistência em pegar o peixe se tornou a minha também. A ganância no começo e o arrependimento no final, e mesmo assim ele soube aceitar sua derrota da mesma forma que aceitou sua vitória. Ao decorrer das páginas ele passa a acreditar que ter companhia é muito melhor do que ficar sozinho e reconhece que sim, ele precisava de ajuda. O vazio de conseguir o que quer com tanta dificuldade e perder num piscar de olhos, a sensação de ?ter ido longe demais? pois ele viu que sua situação não era nada favorável para a sua pesca.

Confesso que desejei muito que o livro não acabasse, achei que ele morreria no final e fiquei com muita pena de continuar o livro, mas me identifiquei tanto com o velho, que era impossível não continuar.
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