Jean446 10/11/2024
Platão, em O Banquete descreve o Amor como um meio para se alcançar o belo e, por fim, a verdade. Ele sugere que o Amor não se limita à atração física ou à beleza material, mas que é um caminho de ascensão espiritual em busca do eterno, do imortal, do verdadeiro. O amor é, então, uma força que conduz a alma à contemplação da beleza em sua forma mais pura, que transcende as aparências.
Essa visão pode ser conectada ao homem que olha para o céu, buscando respostas para perguntas que ele ainda não compreende. O ato de contemplar o céu todos os dias pode ser interpretado como uma busca pela verdade e pelo belo, algo que vai além da aparência imediata das coisas — o céu que ele vê não é o de ontem, nem o de estrelas que já se apagaram, mas a busca de algo maior, mais profundo.
O Belo não é percebido através das ilusões do mundo sensível ou material, mas através da verdade eterna e imutável, o ser procura, no olhar do outro, uma conexão espiritual, uma alma semelhante à sua. Esse encontro entre almas é mediado pela busca comum de algo superior, algo que transcende a materialidade — conduz à geração de "verdadeira virtude". Quem contempla o céu e encontra outra alma se conecta ao conceito platônico de que o Amor, em sua forma mais elevada, leva à imortalidade da alma.
O céu, nesse caso é o local onde o verdadeiro e o eterno residem. Quem busca o sentido entre nuvens, estrelas e a imensidão do cosmos e encontra outra alma reflete a jornada do caminho do Amor que guia a alma em direção à verdade, à virtude e, finalmente, à imortalidade, quando se transcende o mundo sensível para alcançar o que é verdadeiramente belo e eterno.
Insano, inacreditável e até patético, sim. Mas nunca digam que não é autêntico, verdadeiro.