O Banquete (Audiolivro)

O Banquete (Audiolivro) Platão
Platão




Resenhas - O Banquete


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Alisson 24/03/2022

Amor Platônico
Sobre amor, gosto do exemplo de Eriximaco, de que o mesmo se manifesta em tudo:

?Até a constituição das estações do ano está repleta desses dois amores, e quando se tomam de um moderado amor um pelo outro os contrários de que há pouco eu falava, o quente e o frio, o seco e o úmido, e adquirem uma harmonia e uma mistura razoável, chegam trazendo bonança e saúde aos homens, aos outros animais e às plantas, e nenhuma ofensa fazem?.
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Camila 19/03/2022

Maravilhoso
Depois que peguei a edição certa a leitura fluiu bem. O texto faz muitas referências a coisas que eu não sabia e na edição em que concluí a leitura as notas de rodapé foram mto úteis nesse sentido. Tirando esse aspecto, de falta de conhecimento de certos aspectos da Grécia antiga, achei a leitura mto agradável e inclusive divertida. Por meio de vários personagens, Platão nos apresenta várias formas de entender Eros, terminando com Sócrates. É mto interessante em especial a forma como Sócrates dialoga para chegar a certas conclusões, de forma tão logicamente precisa, que não dá brecha para ninguém discordar dele. Recomendo mto a leitura!
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Carol 16/03/2022

Reflexões sobre o Amor
"Não é estranho, Erixímaco, que para outros deuses haja hinos e peãs, feitos pelos poetas, enquanto que ao Amor todavia, um deus tão venerável e tão grande, jamais um só dos poetas que tanto se engrandeceram fez sequer um encômio??

Em comemoração promovida por Agatão foi dado um banquete (ou symposium) em que cada um dos convidados deveria fazer um discurso em honra a Eros, o deus do amor e do desejo. Dentre os convivas pode-se ressaltar: Sócrates, Aristófane, Fedro, Pausânias, Erixímaco etc.

O primeiro discurso a ser proferido foi o de Fedro, que coloca o Amor como filho do Caos como está descrito na Teogonia de Hesíodo e, portanto, um dos deuses mais antigos. Fedro destaca o papel do Amor em trazer o que há de mais belo e mais virtuoso nos indivíduos que amam; e afirma que o Amor enobrece a vida mais do que a riqueza, as honras ou qualquer outra coisa e que o Amor inspira os homens a grandes ações.
?E quanto a abandonar o amado ou não socorrê-lo em perigo, ninguém há tão ruim que o próprio Amor não o torne inspirado para a virtude, a ponto de ficar ele semelhante ao mais generoso de natureza?
?Assim, pois, eu afirmo que o Amor é dos deuses o mais antigo, o mais honrado e o mais poderoso para a aquisição da virtude e da felicidade entre os homens, tanto em sua vida como após sua morte?

Outro discurso marcante é o discurso de Aristófanes em que narra o mito do Andrógino. Por meio dessa alegoria, é explicada a razão de homens e mulheres estarem sempre em busca de sua metade.
"Cada um de nós portanto é uma téssera complementar de um homem porque cortado como os linguados, de um só em dois; e procura então cada um o seu próprio complemento.?
?Quando então se encontra com aquele mesmo que é a sua própria metade, tanto o amante do jovem como qualquer outro, então extraordinárias são as emoções que sentem, de amizade, intimidade e amor, a ponto de não quererem por assim dizer separar-se um do outro nem por um pequeno momento."

Mas sem dúvida o principal discurso do livro é o discurso de Sócrates em que apresenta a sua visão do Amor aprendida com a sacerdotisa Diotima de Mantineia. Aqui, Sócrates começa sua explanação ao estilo dos diálogos socráticos fazendo questionamentos ao orador pregresso, Agatão, e mostrando as inconsistências de suas ideias. Diferente do outro, Sócrates não acredita que o Amor seja bom, belo, ou mesmo um deus, e explica seu raciocínio por meio da ideia "o amor ama o que deseja; um homem forte deseja ser forte?" e da alegoria do nascimento de Eros, que forneceria dicas sobre sua natureza e características.

"Quando nasceu Afrodite, banqueteavam-se os deuses, e entre os demais se encontravam também o filho de Prudência, Recurso. Depois que acabaram de jantar, veio para esmolar do festim a Pobreza, e ficou pela porta. Ora, Recurso, embriagado com o néctar - pois vinho ainda não havia - penetrou o jardim de Zeus e, pesado, adormeceu. Pobreza então, tramando em sua falta de recurso engendrar um filho de Recurso, deita-se ao seu lado e pronto concebe o Amor. Eis porque ficou companheiro e servo de Afrodite o Amor, gerado em seu natalício, ao mesmo tempo que por natureza amante do belo, porque também Afrodite é bela. E por ser filho o Amor de Recurso e de Pobreza foi esta a condição em que ele ficou. Primeiramente ele é sempre pobre, e longe está de ser delicado e belo, como a maioria imagina, mas é duro, seco, descalço e sem lar, sempre por terra e sem forro, deitando-se ao desabrigo, às portas e nos caminhos, porque tem a natureza da mãe, sempre convivendo com a precisão. Segundo o pai, porém, ele é insidioso com o que é belo e bom, e corajoso, decidido e energético, caçador terrível, sempre a tecer maquinações, ávido de sabedoria e cheio ele recursos, a filosofar por toda a vida, terrível mago, feiticeiro, sofista: e nem imortal é a sua natureza nem mortal, e no mesmo dia ora ele germina e vive, quando enriquece; ora morre e de novo ressuscita, graças à natureza do pai; e o que consegue sempre lhe escapa, de modo que nem empobrece o Amor nem enriquece, assim como também está no meio da sabedoria e da ignorância. Eis com efeito o que se dá; Nenhum deus filosofa ou deseja ser sábio - pois já é -, assim como se alguém mais é sábio, não filosofa. Nem também os ignorantes filosofam ou desejam ser sábios; pois é nisso mesmo que está o difícil da ignorância, no pensar, quem não é um homem distinto e gentil, nem inteligente, que lhe basta assim. Não deseja portanto quem não imagina ser deficiente naquilo que não pensa lhe ser preciso.
- Quais então, Diotima - perguntei-lhe - os que filosofam, se não são nem os sábios nem os ignorantes?
- É porque é evidente desde já - respondeu-me - até a uma criança: são os que estão entre esses dois extremos, e um deles seria o Amor. Com efeito, uma das coisas mais belas é a sabedoria, e o Amor é amor pelo belo, de modo que é forçoso o Amor ser filósofo e, sendo filósofo, estar entre o sábio e o ignorante. E causa dessa sua condição é a sua origem: pois é filho de um pai sábio e rico e de uma mãe que não é sábia, e pobre. É essa então, ó Sócrates, a natureza desse gênio; quanto ao que pensaste ser o Amor, não é nada de espantar o que tiveste. Pois pensaste, ao que me parece a tirar pelo que dizes, que Amor era o amado e não o amante; eis porque, segundo penso, parecia-te todo belo o Amor. E de fato o que é amável é que é realmente belo, delicado, perfeito e bem-aventurado; o amante, porém é outro o seu caráter, tal qual eu explique."

Aqui, nesse discurso de Sócrates, são postuladas as ideias de amor platônico e da ?scala amoris? ou ?escada de diotima?, em que é explicado o caminho a ser percorrido pelos homens para encontrar a verdadeira forma da beleza ?O Belo?.

Esse livro é sensacional, não só pelo conteúdo filosófico como também pelo valor literário e histórico; contém inúmeras passagens belíssimas e reflexões filosóficas. É interessante ver nos inúmeros discursos o quanto o Amor homem-homem é elevado como o mais nobre de todos. Pontos importantes da filosofia de Platão são apresentados aqui, como o abstrato mundo das formas, onde estaria localizada a verdadeira beleza. Esse livro é um desses livros que nos deixam refletindo por muito tempo depois de já ter terminado e que abstraímos diferentes significados em diferentes fases da vida, deve ser lido e relido várias vezes.
Glauber.Correia 16/03/2022minha estante
Resenha impecável, como sempre! ????????




Paolla.Giovanna 12/03/2022

Ótimas reflexões
" [...] o Amor é dos deuses o mais antigo, o mais honrado e o mais poderoso para a aquisição da virtude e da felicidade entre os homens, tanto em sua vida como após sua morte"
Leitura muito boa, apesar de para mim ter sido um pouco difícil por estar fora da minha zona de conforto. Ainda assim pude aproveitar bem a leitura, há muitas reflexões interessantes, com vários pontos de vista sobre o amor.
E o fato de conversarem tão a vontade entre si, faz você sentir que faz parte da conversa às vezes, muito bom!
Indiano 12/03/2022minha estante
Eu tenho pensado seriamente em comprá-lo, recomenda ele ou tem algum outro que te agrade mais?


Paolla.Giovanna 12/03/2022minha estante
Olha, como falei, livros de filososfia estão fora da minha zona de conforto, então não poderia te recomendar outro. Mas esse é bom sim, então eu recomendo!
Dá uma pesquisada pra ver se algum te agradaria mais :)




Vânia Moreno 28/02/2022

O Banquete - Platão ??
Mais um dos diálogos de Platão, agora tendo como personagens Sócrates, Fedro, Erixímaco, Aristófenes e Pausâneas reunidos na casa do anfitrião Agatão, para fazerem elogios ao amor (para eles, Eros).
Agatão era um famoso poeta e havia ganhado no dia anterior um concurso em Atenas. Por este motivo, realizou um banquete em sua casa, tendo os personagens já citados como convidados.
A ideia de fazerem elogios ao amor partiu de Erixímaco, tendo o mesmo feito uma observação que a ideia não era dele, mas sim de Fedro, que por diversas vezes havia dito que muitos assuntos foram temas de poemas, livros, mas o amor, o mais antigo dos deuses, não.
E assim se segue o diálogo, mostrando o ponto de vista de cada um sobre "Eros".

Ótima leitura.
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Patrícia Brito 28/02/2022

O banquete - Platão
O banquete é um diálogo que traz como tema principal o amor e a amizade.

Gostaria de destacar dessa obra, o discurso proferido por Fedro. Para ele o amor é um sentimento que desperta o que há de melhor no ser humano, as suas virtudes.

"Eu afirmo que o Amor é dos deuses o mais antigo, o mais honrado e o mais poderoso para a aquisição da virtude e da felicidade entre os homens, tanto em sua vida como após a sua morte."

Recomendo a leitura para todos os amantes de boa filosofia.
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Holly 05/02/2022

Muito bom
Foi muito bom de ler, meu segundo Platão, me fez refletir bastante, recomendo. Próxima leitura será a república.
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Cat 04/02/2022

"Em verdade, a visão do pensamento começa a enxergar com agudeza quando a dos olhos tende a perder sua força;"
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maducfe 31/01/2022

??
Ao começar esse livro, sabia que iria sair de minha zona de conforto. Já li outro livro de filosofia, mas esse tornou-se, apesar de ter sido uma leitura meio difícil, essencial para reflexões sobre o belo e o amor.
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gigiann 25/01/2022

Foi bom
Li para faculdade e no começo estava bem confusa. A linguagem é difícil mas, no final consegui terminar entendendo mais ou menos
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Lidiany Paschoal 20/01/2022

Consegui o que eu queria!
Resolvi ler esse livro porque me falaram que nele tinha a história dos andrógenos, consegui ler e entender bem, mas precisa de muita atenção pra isso, de certa forma abandonei o final do livro, no final do banquete dos deuses porque não é um livro que me prendeu, mas gostei bastante da experiência e consegui ler a história das almas gêmeas que eu sempre ouvi falar.
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Marion 13/01/2022

Falando sobre o amor
Platão se junta a Sócrates , Fedro, Aristótanes, Diotimia entre outros em um jantar para falarem e filosofarem sobre o amor. Atenção para que no começo do livro eles decidem não beber em demasiado pois alguns entre eles ainda estão com ressaca do dia anterior. Sabedoria de 300 AC.
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Fsanz 12/01/2022

Ótimo livro!
Leitura agradável. Conteúdo interessante.
A linguagem é acessível, nada muito complexo.

De resumo, filósofos se reúnem para um banquete e falam sobre o amor, suas origens e como ele deve ser exercido.
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Páginas Mais Páginas 09/01/2022

Minha primeira leitura de Platão foi um sucesso!
????? ??????...
Decidi que a primeira leitura do ano seria "O Banquete" de Platão. Bem diferente para mim, que amo romances e o mais besta possível. Mas depois de ler Sêneca e gostar bastante a ponto de já tá com a 3a obra dele na minha estante, meu amigo me indicou Platão. Como meu pai me disse "uma boa introdução pra quem quer ler sobre filosofia". De fato, algo mais fácil do que começar a ler sobre filosofia com o tema amor?
Pois é, "O Banquete" narra um encontro entre grandes pensadores da época que decidem fazer uma espécie de concurso de discursos sobre o amor, ou Eros(o deus grego).
O amor pode ser ligado ao belo, ao bem bem idealizado como discursa Fedro. Para Pausânias é importante lembrar que o amor pode ser visto em meio que duas formas, uma carnal e outra mais intelectual, e aí vem toda a defesa dele do amor entre homens mais velhos e homens bem jovens. Em sua visão é um amor a ser apreciado, pois traz uma espécie de aprendizado nisso, como se o mais velho fosse um mestre, trazendo esse amor intelectual que seria o mais valioso. Erixímaco defende a harmonia, que o amor tem que buscar o equilíbrio. Aristófanis traz aquela ideia de alma gêmea, que os seres eram um só, mas depois de irritarem os deuses foram divididos em 2 e passam a vida buscando sua outra metade. Agaton fala que o amor busca pelo semelhante, então atrai o igual. E por último tem o discurso de Sócrates, que vamos combinar? É um pirracento. Já começa questionando a todos os detalhes dos últimos discursos fazendo todo mundo meio que bugar sem saber o que seria mais o certo. Para ele o amor é desejo, e para desejar você não pode possuir, então o amor é meio que imperfeito, por isso não podia ser representado por um deus, mas sim por um "semi-deus", filho do recurso e da pobreza. Daí que vem essa ideia de amor platônico, aquele inalcançável. Se o amor é desejo, então ao alcançar deixaria de ser amor.
Enfim, uma leitura muito boa mesmo, interessantíssima e indico a todos.
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Thiago 04/01/2022

O texto em si enquanto obra filosófica é produtivo, embora desafiador. Não caminha na segurança do que são as narrativas modernas. Ao contrário, é truncado, com grande prolixidade. Deve-se ter em mente seu contexto histórico, escrito por Platão como narrativa de um diálogo informal, com opinões tão diversas quanto o número de interlocutores. Nesse sentido, é documento histórico e como tal deve ser lido.

A ressalva fica, nesta edição, com os comentário de Donaldo Schüler, o tradutor. O mesmo é enfadonho, cansativo, rebuscado, em um desejo constante de esbanjar erudição sobre um simples texto filosófico, de maneira vergonhosa. Donaldo estraga a edição com comentários intrincados e professorais, tentando costurar referências que, ao não iniciado, nada agregam à interpretação da narrativa e afastam o leitor sobre qualquer entendimento daquilo que está lendo. Platão tem obras puras e claras, mesmo aos curiosos e sem formação na área, podendo ser apreciado por todos. O tradutor, no entanto, em seus comentários, faz de tudo para construir uma redoma onde somente ele transita com segurança, tentando elitizar e ocultar a simplicidade da filosofia grega antiga.
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