Memorial de Maria Moura

Memorial de Maria Moura Rachel de Queiroz




Resenhas - Memorial de Maria Moura


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Carlos 01/02/2023

Baita livro!
Maria moura tem um arquétipo de daenerys targaryen, a saga de uma mulher emancipada no sertão com seus rapazes e armas até construir sua fazenda
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Andresa 17/02/2024

"A minha ideia era ir levando os cabras a se acostumarem na luta, porque da luta é que ia sair o nosso pão de cada dia. Tinha muito com quem se brigar nesse mundo afora - porque eu já estava convencida de que, nesta vida, quem não briga pelo que quer, se acaba." P. 146
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Gláucia 02/02/2011

"Era ele ou eu"
Esperava mais do livro, talvez por ser considerada a obra-prima da autora. Também esperava mais de Maria Moura,ela não é tão corajosa quanto imaginava, é super protegida por seus jagunços e praticamente nunca se expõe.
O livro é muito extenso e pouca coisa acontece, alguns personagens são sub aproveitados como o padre José Maria, cuja participação parece prometer, mas ao final vemos que se ele não existisse não faria diferença na história.
Também fiquei esperando por um embate final entre a Moura e os irmãos da Maria Preta. E Valentim e Marialva, meus personagens preferidos, perdem a força e se tornam personagens apagados.
Paulo A.A 05/08/2012minha estante
A impressão que tive foi praticamente essa.




Juan 04/05/2012

Magnífico
Não vou entrar muito em detalhes, pois quero que quem não leu, tenha o imenso prazer de ler esta obra sem saber de spoilers, essa obra tem que ser desbravada, página a página. É a coroação do legado de Rachel de Queiroz, dama do regionalismo modernista. Já li três vezes, e vou reler quantas vezes a vida me deixar, pois uma obra como esta merece mil leituras. Recomendadíssimo.
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estevesandre 11/03/2022

Incrível
Queria ser capaz de por em palavras tudo que senti lendo esse livro. Eu nunca tinha pegado um Rachel de Queiroz na mão, então quando comecei a ler esse por acaso fui surpreendido demais. É uma narrativa envolvente, dinâmica, divertida, emocionante, com toda a riqueza que só a literatura brasileira pode proporcionar. Eu fiquei encantado pelos personagens, desde a ambígua Maria Moura, passando pelo complexo Beato Romano, até a cativante Marialva, cujo romance com Valentim é uma das coisas mais bonitas da história. Sinceramente, se tornou um dos meus favoritos e agora quero ler tudo dessa escritora.
Kássio Meniglim 11/03/2022minha estante
Ainda não a li. Falam muito bem dela. Está no meu radar. Em breve quero conhecê-la. ??




Paula.Juca 28/03/2020

Você pega o livro pra ler sem nenhuma pretensão derrepente se vê envolvida com os personagens. Querendo saber o que acontecerá com cada um. Rachel de Queiroz nos conta a vida de um povo sertanejo, linguagem dura, sem floreios bem rebuscado, mas como é bom conhecer um pouquinho de cada canto do nosso Brasil.
Vale a pena a leitura.
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Aline Teodosio @leituras.da.aline 14/04/2020

Maria Moura, que desde muito cedo mostrou coragem e valentia, torna-se líder de um bando de cabras no sertão nordestino em pleno Século XIX. Com eles, e por meios ilícitos, ganha fama, sendo temida e respeitada por seus feitos.

O livro é dividido em capítulos que se alternam em narrativas regionalistas por meio das vozes de personagens que se entrelaçam no decorrer da história, como: os primos Tonho e Irineu, Marialva (também prima), o Beato Romano e a própria Maria Moura.
Esta, apesar de sempre se mostrar uma fortaleza intransponível, também carrega dores e fraquezas. E mesmo vivendo numa vida de crime também revela um lado um tanto quanto sensível.

Por falar nisso, a narrativa traz muitas reflexões sociais, abordando a difícil vida dos miseráveis e dos marginalizados. Também retrata o papel da mulher numa sociedade machista. A nossa protagonista, por exemplo, para poder ostentar uma postura forte foi preciso se parecer, se vestir e adotar hábitos masculinos, porque, implicitamente, feminilidade sugeria fraqueza e não impunha a austeridade necessária para liderar.

Maria Moura é, em suma, uma anti-heroína que manda com mão de ferro, mas não é cruel. Que pensa muito em si, mas pensa também no outro. Que é independente, mas também carece de afetividade. Que é destemida, mas ao mesmo tempo vulnerável diante das circunstâncias que vão lhe assolando pelos caminhos da vida. Enfim, que é, acima de tudo, humana.
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Nélio 15/10/2019

A divisão é simples: há os livros que nos agradam e... os outros. Simples, assim!
E “Memorial de Maria Moura” é daqueles que me agradaram! Já havia lido, de Rachel, “O Quinze”, umas duas vezes, mas sua Maria Moura é dos que superam qualquer expectativa. E eu o adquiri em um Sebo, meio que sem muita certeza se o leria – a edição, de capa dura, estava super barata, além de bonita! Não resisti, e comprei (acredite, eu compro livro pela capa...rs). Depois, estava, eu, há um mês, naquela fase de nada agradando, fui tentar a leitura – pois quando há adaptação televisiva já fico com um pé atrás (preconceito bobo, eu sei!) - e aí... me agradei demais.
Uau! Como valeu a pena a leitura das mais de 600 páginas – lerei outro tanto! Rachel construiu uma narrativa que nos envolve, que nos cativa. A densidade das personagens fica subjugada às narrativas memorialistas de cada uma das personagens que vão sendo intercaladas, ficamos curiosos quanto ao que irá acontecer nos próximos capítulos... e quando percebemos, já estamos envolvidos com as dores e as durezas das consciências de cada um... O que é ser mocinho, ou bandido? Quem é honesto? Quem é bom? Etc.
E quanta atualidade, no livro! Claro, são relações humanas que estão em jogo; e elas são muito presentes, sempre. A relação da Moura com seu padrasto é um grande exemplo. Quanto daquilo ficava – e fica – escondido. Parece que é só na literatura; mas, é lógico, não é bem assim. A coragem que ela teve para decidir seus caminhos é de dar inveja a muita mulher que sente a dor de se sobressair na selva machista de hoje...
Outro ponto memorável é quando a Moura se mostra entre duas espadas: paixão (desejos, sensações) vs vida real (negócios, fama)... Vê-la narrar suas dúvidas, suas fraquezas e suas inseguranças é primoroso, para quem gosta de conhecer a alma humana pela boa leitura.
Agora, a Rachel foi danada, mesmo, foi com o final do livro! Fazer aquilo com a gente?!?!? Deixou um super gostão de quero mais... Só quem chegar lá é que vai saber!!!
Rachel de Queiroz, você ganhou meu coração de leitor! Agora, já quero ler outro seu, mas será um mais engajado: “Caminho de Pedras”.
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alesspereira 02/11/2023

Maria Moura marcou meu coração no mesmo instante em que escreveu o nome dela na sua primeira botija, guardando como herança pra gente, uma referência de personagem esperta e determinada.
Ansiosa pelas próximas leituras de Raquel
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Léo 22/12/2023

Que culpa ter demorado tantos anos para conhecer a literatura de Rachel! Essa mulher é um ícone e sem sua força, seu posicionamento nordestino, suas ideias femininas e sua coragem em prosa, muito provavelmente o BR demoraria muito mais para entrar no mapa literário mundial com uma mulher à frente.
Agora sobre Maria Moura, ela é mulher sertaneja que conhece e sabe o que quer e até onde vai chegar, e isso basta para descrever metade do que vai acontecer nessa história de briga familiar por terra, posse e casamento.
O resto, o livro vale muito a pena e cada personagem é rico. Cada história é única, e os capítulos organizados por personagens me agradam muito.
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Dayana116 25/12/2015minha estante
Também não gosto do Cirino e nem dos rolos e desenrolou dele e com ele, mas acho que Maria Moura sendo quem era não entrou na noite no quarto do Cirino na inocência. Ela já estava interessada nele mas ao mesmo tempo não sabia como se justificar a si própria em vista do "namoro" com o Duarte. Mas acho que está aí uma qualidade do livro: Moura é uma personagem humana e como tal com cheia das contradições comuns a humanidade. Por isso você bem observou Maria Moura poderia realmente ter existido.




Garcia 31/12/2020

"Eu queria ter força. Eu queria ter fama. Eu queria me vingar. Eu queria que muita gente soubesse quem era Maria Moura. Sentia que, dentro da mulher que eu era hoje, não havia mais lugar para a menina sem maldade, que só fazia o que a mãe mandasse, o que o pai permitisse."

Maria Moura é uma jovem corajosa que perde a mãe cedo, é violentada pelo padrasto, vê suas terras serem cobiçadas por primos oportunistas e, mesmo tendo uma vida difícil onde poderia sucumbir a tantas adversidades, consegue tornar-se uma das mulheres mais poderosas e conhecidas do sertão nordestino do século XIX, líder de um bando de homens armados.
Assim que perde a mãe e vê-se sozinha com o padrasto Liberato, Maria Moura percebe que a única maneira de se ver livre é matando-o. Antes de conseguir homens que façam o trabalho por si, se confessa com o Padre José Maria e essa confissão ligará os destinos dos dois. Com a morte de Liberato, primos por parte de sua mãe se veem no direito de tomar posses das terras de Maria Moura e ela, não aceitando tal absurdo, prefere destruir o local onde vive a ter que se submeter aos parentes. Fugindo dos primos e com o objetivo de finalmente resgatar as terras perdidas de seu avô paterno, viaja pelo sertão brasileiro acompanhada de seus capangas e vão fazendo pequenos assaltos até chegarem na lendária Serra dos Padres, local onde estabelece sua fazenda e seu nome é respeitado.
Esse livro é incrível! A ambientação é perfeita, os personagens são muito bem construídos, a jornada de Maria Moura é cheia de percalços, mas tudo está ali para mostrar o quão forte ela é. O modo como lida com as situações em que vivencia, mostram como ela é persistente em seus objetivos e não deixa que a subestimem por ser uma mulher.
O livro é uma delícia de se ler, a narrativa é dinâmica com lutas e momentos de mais ação, mas também tem seus trechos cômicos que estão ali para dar equilíbrio ao texto. Não poderia ter finalizado o ano com uma leitura melhor. 5/5.

site: https://www.instagram.com/p/CJeaUwcDSKf/
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Amanda Miranda 14/08/2014

Ou ele ou eu
Não tendo o mesmo pulso de Moura, eu digo, quem sou eu, na minha pequenez, para resenhar esse maravilhoso deixado de Rachel de Queiroz ¿ A alternância de narradores foi de uma maestria que me marcou profundamente.
A áurea selvagem e instintiva de Maria Moura transcreveu toda a minha frenesi em ser mulher. O pungente desejo do santo padre José Maria me fez reiterar que, no mundo de carnes, de santificado só o corpo humano.
E ainda não me sai da cabeça que a citação ‘’Tempo não apaga, tempo só adormece, mas quando desperta de novo é aquele febrão violento, com frio e dor de cabeça’’ foi de alusão a dor com insônia depois de 55 anos da morte da sua filha de quase dois anos de idade.

Claro que daria cinco estrelas e ainda estraria nos meus favoritos.
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Luiza 21/02/2013

O Nordeste segundo Rachel
* MEMORIAL DE MARIA MOURA retoma alguns dos temas básicos de Rachel de Queiroz: o Nordeste problemático, a preocupação social, a força da autora como criadora de figuras femininas singulares.
Publicado em 1992, é escrito em primeira pessoa. Assim, a história é contada por quem a viveu, e o leitor se delicia com a mudança constante de ponto de vista: ora fala a personagem Marialva, ora o Beato Romano, e, no mais das vezes, a própria Moura conversa com o leitor. É quase possível vê-la, sentada no batente da fazenda, dentro de suas calças de homem, contando os "causos" de sua vida.
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Pablo Italo. 08/11/2011

Memorial de Mara Moura
Em minha opinião, a melhor obra de Rachel de Queiroz. Em uma narrativa bastante envolvente, somos apresentados à Maria Moura desde os inocentes tempos de "sinhazinha" na fazenda Limoeiro até a imponente "Dona Moura" da Casa forte. Realmente Maria Moura é uma mulher única. Da frágil situação em que se viu até sua glória como dona da casa forte encontramos as dificuldades de se viver em uma terra sem lei, com misérias e injustiças.
Maria Moura vive neste mundo, e com bastante esforço consegui o respeito e o temor de seus "Cabras". Entretanto, Maria não deixa de ser mulher e ,como tal, possui os mesmos desejos. Vendo-se entre o desejo por Duarte e sua verdadeira perdição por Cirino, Maria teme que estes envolvimentos possam destruir tudo o que conquistou. Na minha opinião, Maria Moura é mais "homem" do que muitos machões que eu encontro por aí.
As histórias secundárias também não deixam a desejar. Em particular, a saga do Padre José Maria (desde seu envolvimento com dona Bela até se tornar o "Beato Romano") é realmente emocionante. Como um homem pode ser levado até o mais profundo "arrependimento", martirizando-se e fugindo constantemente, foi muito bem trabalhado nas letras de Rachel.Já a história de Marialva-Valentim mostra o desejo de libertar-se de um dos mais tristes tabus da história Nordestina, a desvalorização da mulher. Marialva vê em Valentim não só seu grande amor, mas também uma esperança de fugir do rigoroso e opressor sistema familiar.

Resumindo: "Memorial de Maria Moura" é um dos melhores livros que já tive a oportunidade de ler.
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