Primeiras Estórias

Primeiras Estórias João Guimarães Rosa




Resenhas - Primeiras Estórias


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Elza 14/11/2017

Ler Guimarães Rosa é sempre uma experiência desafiadora. Primeiras estórias é um livro muito bom, porém exige várias releituras para se apreender o máximo dos contos. Li um conto por semana, indo e vindo pelo texto, com atenção máxima, e confesso que mesmo assim muita coisa me escapou. Até onde consegui alcançar, posso dizer que a escrita de Rosa é de nos deixar boquiabertos. Ele brinca com as palavras de uma maneira inacreditável! Difícil mesmo é acompanhar seu raciocínio. Para quem gosta de enfrentar desafios é uma ótima pedida. Talvez não seja para qualquer leitor, ou qualquer momento, pois exige dedicação e paciência da maioria dos mortais, entretanto há uma riqueza de imagens, de manejo da linguagem, de metáforas interessantes que acredito fazerem valer a empreitada.

Alguns contos se destacam. A mais famosa, com todo merecimento, é o excelente A terceira margem do rio. As estórias de abertura e fechamento da obra "As margens da alegria" e "Os cimos" são também um primor. "Darandina" é um conto que achei bem engraçado, especialmente por ser louco e o modo como o autor narra as situações é muito divertido.

Apenas uma observação, eu, particularmente, gostei bem mais de Sagarana. E não concordo que esta seja uma boa obra para se começar a entrar no mundo roseano. Não se pode se iludir com o fato das estórias serem curtas e achar que são de fácil compreensão, salvo algumas delas. Eu recomendaria "Manuelzão e Miguilim" (Campo Geral). Não tem como não se encantar com a estória de Miguilim, um menino do sertão, descobrindo a vida. Você tem tudo de melhor do autor, de uma maneira bem mais acessível, pois o "mundo" é retratado sob o ponto-de-vista de uma criança. Pelo menos foi essa a impressão que tive.
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Lene Colaço 24/07/2017

Complexo Como as Alturas de Urubuir
A resenha de hoje é só uma simples opinião, e será assim porque vou falar de um livro que não li. Dá pra falar de um livro que a gente não leu? Eu sempre digo que não, mas vou abrir uma exceção para o Guimarães Rosa. O motivo que me impediu de continuar a leitura é justamente o que me obriga a falar dessa obra

Faz tempo que tenho livros do autor na minha estante, e sempre admirei sua trajetória, seu trabalho, através de pesquisas e de elogios que sempre ouvi. Então finalmente criei vergonha na cara e peguei um livro dele para tirar minhas próprias conclusões, e escolhi começar por esse.

Primeiras Estórias é um livro que reúne 21 contos. Como nunca li nada do Rosa, não vou conseguir comparar com outras obras ou falar de seu “estilo”. Mas preciso dizer o que senti. A escrita dele não é fácil. É preciso ler com atenção. Há muito neologismo. Às vezes é perturbador, às vezes é poesia, e às vezes é uma poesia perturbadora. Por isso desisti do livro (na verdade, eu li até o fim, mas não li todos os contos). Não porque achei ruim. Pelo contrário, achei muito rico. Tem muito do Brasil nessas estórias. E seja você de Minas ou de Alagoas, vai perceber isso. Mas não é um livro para mim. Não agora. Ainda não possuo bagagem para compreender e apreciar esses textos da forma correta.

Dos contos que mais gostei, destaco “Soroco, sua mãe, sua filha”, “A terceira margem do rio” e “A menina de lá”. Esse ultimo achei muito especial, e me tocou de uma forma que não sei explicar. Segue alguns trechos:

"De repente, a velha se desapareceu do braço de Sorôco, foi se sentar no degrau da escadinha do carro. — “Ela não faz nada, seo Agente…” — a voz de Sorôco estava muito branda: — “Ela não acode, quando a gente chama…” A moça, aí, tornou a cantar, virada para o povo, o ao ar, a cara dela era um repouso estatelado, não queria dar-se em espetáculo, mas representava de outroras grandezas, impossíveis. Mas a gente viu a velha olhar para ela, com um encanto de pressentimento muito antigo — um amor extremoso. E, principiando baixinho, mas depois puxando pela voz, ela pegou a cantar, também, tomando o exemplo, a cantiga mesma da outra, que ninguém não entendia. Agora elas cantavam junto, não paravam de cantar. " Soroco, sua mãe, sua filha

Resenha completa no blog Bala de Limão

site: https://baladelimao.blogspot.com.br/2017/07/resenha-primeiras-estorias-de-joao.html
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Colégio Evolução 22/07/2017

Trata-se do primeiro conjunto de histórias compactadas a seguir a linha do conto tradicional, daí o "Primeiras" do título. Os escritos acrescenta, logo após, o termo estória, tomando-o emprestado do inglês, em oposição ao termo História, designando algo mais próximo da invenção, ficção.
No volume, aborda as diferentes faces do gênero: a psicológica, a fantástica, a autobiográfica, a anedótica entre outras.
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Gabriel.Silva 25/05/2017

Como é um livro de contos,ou você gosta de todos,da maioria ou da minoria,esse foi o meu caso.Gostei de poucos contos. Um conto do qual destaco é 'A terceira margem do rio' que é um conto genial do Guimarães Rosa.A narrativa do livro é peculiar,o próprio autor tem uma escrita que é só dele, é original e diferente de outros autores,por isso é preciso ler com toda a atenção. Um outro conto que fez parte da minha vida de estudante é o "Famigerado" que até então li no Ensino Médio e do qual contém nesse livro. Criei uma expectativa alta com esse livro, mas não foi o que eu esperava, mas considerei como um livro bom, por isso dei três estrelas. Pretendo ler outros livros desse autor para tirar mais conclusões.
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Guilherme.Marques 15/05/2017

O ápice do conto em "língua portuguesa"
Com expectativas de uma leitura fácil, simples, comecei essas Primeiras Estórias no início do mês. No início, as histórias já me cativavam, mas havia algo, uma barreira de linguagem, talvez de língua mesmo, me impedindo de apreciar esses contos por inteiro. Então comecei a espaçar mais e mais as leituras, apreciando aos poucos cada conto. Foi aí que percebi a genialidade de Guimarães Rosa (esse é o meu primeiro livro dele) no trato com a "língua portuguesa" (se é que se pode falar que Rosa escreve em português, de tantos neologismos e belíssimas apropriações que ele faz da língua). Sintetizando conteúdo e forma como ninguém, Rosa trata do Brasil, de seus personagens, paisagens, animais (há até mesmo um "consciente"!), fazendo em cada conto recortes certeiros do universal do sertão, indo com maestria do existencialismo ("O Espelho") ao humor ("Darandina") e à crítica social ("A benfazeja"), passando pelo singelo amor ("Substância"), pelas dificuldades da memória ("Nenhum, nenhuma") e da infância ("Pirlimpsiquice", talvez já no título uma das maiores demonstrações do manejo de Rosa com a língua), Enfim, uma obra-prima, sem mais nem menos, um livro pra ter sempre na cabeceira!
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marciofleury 17/03/2017

Um mix de contos com a originalidade única de Guimarães Rosa
Como é típico do autor, a grande maioria dos contos se passa num ambiente simples e lembrando a vida sertaneja. Com uma representação escrita da oralidade e um forte uso de neologismos, o autor cria uma linguagem particular que muitas vezes dificultam bastante a leitura. O prório prefácio do livro já diz: "não tente entender tudo".

Alguns contos são bem interessantes e outrors um pouco efadonhos. Guimarães Rosa é uma referência da literatura nacional e seus contos tem uma inteligência e abrangência muito elevadas, porém acredito que o exagero da oralidade e neologismos dificultam a fluidez da leitura.
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karina 26/01/2017

O universo do "esmarte" Guimarães Rosa
Nesse pequeno livro de 21 contos, o "esmarte" Guimarães Rosa nos introduz ao seu amplo universo de histórias e palavras. Li cada conto 2 vezes, sempre consultando o dicionário.

Os temas são diversos, como também o cenário, que transita entre elementos rurais e urbanos. São histórias fantásticas em sua simplicidade. As que mais me encantaram foram as que as que tinham crianças como protagonistas - "A menina do lado de lá" (que triste!) e "A terceira margem do rio", "Pirlimpsiquice", "Partida do audaz navegante" e "Os cimos" (que bonitinho!). Guimarães Rosa consegue transmitir os sentimentos das crianças com extrema ternura, sem perder uma de suas características que é o rico vocabulário.

Também gostei dos contos que se situam numa época e num lugar, com referências a fatos do "nosso mundo", como "O cavalo que bebia cerveja" (que traz uma personagem que participou da 2ª Guerra Mundial) e "Sorôco, sua mãe, sua filha" (referência ao manicômio de Barbacena). Também gostei de "Um moço muito branco", que me surpreendeu e me levou lá longe refletindo sobre extraterrestres.
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Victoria.Marques 21/10/2016

Primeiras estorias
O livro que eu estou lendo chama-se ''Primeiras estorias''.Indico esta obra porque é muito legal e o autor descreve a historia de um menino que ia viajar com seus tios para a grande cidade.
E lá ele fez várias coisas como brincar no quintal com as galinhas e com os perus,mas ele se encantou com o peru de lá e se apegou muito a ele.
Lá também tinha uma menininha chamada Maria. Ela era toda miudinha com olhos grandes e cabelos enormes. Ela não falava,a mesma tinha tinha um dom de saber quando vinha chuva, seca ou algo parecido, a garota era bem doentinha e logo com 4 anos ela morreu.
Todos ficaram triste, porém passou a vida mudou e o menino começou a se espelhar em pessoas leais, trabalhadoras e virou alguém no futuro.
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Wilton 20/06/2016

Primeiras Estórias. Histórias inesquecíveis

Primeiras Estórias é o primeiro livro de contos de João Guimarães Rosa. O cenário escolhido para as suas narrações é bem dele: uma região rural habitada por personagens excêntricas. A linguagem flui com neologismos e palavras empregadas fora do contexto primitivo. O leitor vê-se num ambiente mágico onde tudo é possível. O estilo é exclusivo de Guimarães Rosa e quem se arriscar a imitá-lo, certamente passará por grande decepção.
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Bruno Oliveira 25/01/2016

Muito acima de minhas capacidades
Um livro bastante complexo o qual exige um leitor bem sofisticado para captar suas minúcias. Particularmente, tive muita dificuldade em manter a atenção em vários contos ou mesmo em compreender certas coisas.

Evidentemente, um nível superficial de leitura é possível, não é difícil entender os enredos e coisas banais assim, mas o modo como o autor usa a linguagem faz com que esse tipo de compreensão seja muito básica perto daquilo que o livro pode oferecer.

Há contos mais "tradicionais" como "A terceira margem do rio" ou o belíssimo "Soroco, sua mãe, sua filha" que, respectivamente, encantam pela aura metafórica e pela ausência de qualquer aura em torno de si, contudo, esses são apenas os contos mais acessíveis ou, ao menos, aqueles que o leitor acha que entendeu e pôde se encantar.

Considerei muito frustrante minha experiência com o livro e sinceramente não consegui apreciar muita coisa. Foi como ficar trancado do lado de fora da experiência que ele poderia me proporcionar. Guimarães é aquele tipo de literato que te mostra que literatura não é brincadeira e nem está aberta a todos. Há níveis e níveis de leitura, e muitos deles demandam muita sofisticação para que sejam alcançados.

Talvez eu me dê melhor com alguma outra obra do autor, mas no momento não estou interessado em tentar descobrir.
Lê Amâncio 11/01/2017minha estante
Tive a mesma infeliz sensação.
Fica pra depois esse.


Lene Colaço 13/04/2017minha estante
Senti o mesmo. Acabo de abandona-lo frustrada. Foi meu primeiro contato com o autor e esperava me sair melhor.


gabriel 23/10/2020minha estante
Resenha de uma honestidade ímpar, parabéns. Essa sensação de "ficar trancado pra fora" é horrível, a gente sente que perde muita coisa e se sente impotente em relação a isso. Eu acho que tive mais abertura a Guimarães quando jovem (quando qualquer um mais "espertinho" já bate nossa carteira e nos leva no gogó), então imediatamente comprei todas as inovações que ele fazia. Já mais velho e "chato", tive resistências. É uma excelente leitura, mas às vezes fico na dúvida se eu é que sou um leitor sem sofisticação, ou se é simplesmente o autor que passou do ponto e "desandou". Mas vai aí criticar figurões da literatura, é praticamente comprar briga com muita gente... ou seja, moral da história, Guimarães é genial, mas não é perfeito, seus experimentalismos nem sempre envolvem o leitor.




Felipe 16/06/2015

mesmo entendendo o contexto historico ainda achei bem fraco...
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Valnikson 24/04/2015

1001 Livros Brasileiros Para Ler Antes de Morrer: Primeiras Estórias
Os contos reunidos em 'Primeiras Estórias' constituem a melhor porta de entrada para o universo criado pelo escritor. O título da coletânea reflete a opção de Rosa em resgatar elementos imaginários típicos dos “causos” contados por nossos ancestrais. (Leia mais no link)

site: https://1001livrosbrasileirosparalerantesdemorrer.wordpress.com/2015/04/19/29-primeiras-estorias/
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Felipe 03/01/2015

Precisa de dicionário?
Neologismo é a arte de inventar palavras, e é também uma marca de João Guimarães Rosa nessas Primeiras Estórias. Como se já não bastasse as palavras que já existem e eu nem reconhecia.
Sopitados? Celha? Vinháticos? Confesso que até mesmo, durante a leitura, eu mesmo fiquei na dúvida do que era "famigerado".

Os ambientes que se repetem, numa fronteira entre a cidade e o campo, a vida ente a civilização e a natureza, retomando um universo que é real e mítico ao memso tempo. Tão mítico quanto a realidade o é.

Confos favoritos: A terceira margem do rio; Sorôco, sua mãe, sua filha; O espelho; Darandina; As margens da alegria e Os cimos.
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Luca Coelho 21/10/2014

Tem seus momento...lindos momentos. O último conto é um verdadeiro primor!
Mas, não se compara a Sagarana
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