Moby Dick

Moby Dick Herman Melville




Resenhas - Moby Dick


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Milla 08/02/2020

Desnecessariamente grande, mas não chega a ser totalmente ruim. Causa reflexão sobre humanos e animais.
Então vamos lá. Eu vou ser muito sincera.

Moby Dick é a história de um capitão de uma tripulação que mata baleias. Pra quem não sabe, a matança de baleias no século XIX era MUITO comum. Usavam óleo de baleias para acender faróis, candeeiros... como combustível, por assim dizer. Aproveitando isso, usavam o ambar gris (a biles da baleia) para fazer perfumes (é muito louco pensar que uma coisa orgânica pudesse ter um cheiro tão bom e forte), aproveitavam a carne das baleias e etc.
Aí, veja bem, uma baleia em específico, a Moby Dick, que é toda branquinha, arrancou a perna do Capitão Acab. E, por isso, ele ficou enfurecido e buscando vingança.
O livro é contado em primeira pessoa, mas não do ponto de vista do Acab, mas de um personagem muito fraquinho e insignificante, o Ismael.
O livro Moby Dick tem várias referências da bíblia. Ismael e Acab são personagens bíblicos, pra quem não sabe.
O Ismael vai trabalhar com o Acab, então a narrativa fica mais próxima do ponto de vista do Acab, lógico, já que Moby Dick é a baleia, não teríamos como ter o ponto de vista dela kkkk
Só que o Ismael é um personagem tão banana, que o Herman nem teve a ideia de colocar o Ismael com empatia da baleia. Ou melhor: opinião própria!
E como hoje em dia vivemos num mundo onde não precisamos matar baleias para usar o óleo como combustível, fica muito mais fácil enxergarmos o ponto de vista da Moby Dick, sabe? Herman Melville ilustrou bem o ódio do Acab em querer matar a baleia que arrancou uma perna dele, mas em nenhum momento houve uma reflexão vinda de qualquer personagem (ou o autor) de que Moby Dick faz as coisas pra se defender! P#rra, ela é uma baleia e aí surgem humanos querendo matá-la, o que ela vai fazer? Ou vai fugir ou vai revidar! E, sinceramente, eu fiquei do lado da Moby Dick o livro inteiro.
Eu acho que nesta questão (o tema principal) o livro traz uma reflexão sobre o papel que os humanos assumem como soberanos no mundo animal. Achar que podem fazer genocídio de alguma especie animal...
Herman Melville em nenhum momento deixou escrito uma reflexão para ficarmos com pena da Moby Dick. Por outro lado, ele descreveu a Moby Dick como uma baleia MUITO inteligente. Ela é tão inteligente que em alguns momentos no livro, dá impressão que ela planeja seus movimentos, e é vingativa também. Acho que o Herman escreveu assim pra a gente achar que o Acab é o mocinho com ódio cego, sabe? Como se a vingança dele fosse justificável. É um palpite meu. Mas como vivemos no século XXI agora, então nossa percepção pode deixar muitas pessoas do lado TeamMobyDick em vez do lado TeamAcab.. (Isso é, as pessoas que gostam e defendem os animais).
Então a temática principal do livro é justamente Acab versus Moby Dick. Dois seres vivos em guerra. Sendo um descrito com muito ódio no coração e o outro (a baleia) APARENTEMENTE vingativa também. O que é muito estranho, porque a Moby Dick é descrita perfeitamente como uma baleia cachalote. Essa espécie não é tão violenta como as orcas, por exemplo.

Só que o problema real do livro Moby Dick são os outros elementos... Tipo: personagens, wikipédia desnecessário, história desnecessariamente longa...

Personagens: o personagem principal, o Ismael, como eu disse, não é um personagem legal! Ele é muito mosca morta! Desculpa a sinceridade. Eu acho que o Herman pecou muito em colocar o livro em primeira pessoa, porque a narrativa do Ismael é tão fatual e sem opinião própria que parece que ele ta olhando as coisas de um jeito enfadonho sem agir ou pensar, sabe? Eu acho que a beleza de uma narrativa em primeira pessoa é termos acesso à personalidade e os pensamentos do narrador. Mas não é assim em Moby Dick. O Ismael narra tudo a nível "terceira pessoa", e isso deixa ele enfadonho, monótono, sem vida.. Ai que asco do Ismael.

Uma adendo que quero colocar aqui é que eu acho que o Ismael é gay. No começo do livro, ele dorme de conchinha com um estranho kkkkk ai, essa parte é tão engraçada. Nunca vi um hétero gostar de dividir o quarto de uma pousada com um estranho, dormir de conchinha e ficar reparando no corpo de um cara, né... kkk Antigamente, no século XIX, os autores e a sociedade não aceitava bem pessoas gays, né. O Oscar Wilde foi julgado em tribunal por isso, então eu não sei se o Herman quis deixar entender que o Ismael era gay ou não... Ou se foi uma experiência 100% "na broderagem", né. Não dá pra saber. O que eu posso dizer é que o jeito como o Ismael é "amigo" do Queequeg é de se desconfiar (= o gaydar apita)

Aí bem, o Ismael consegue esse emprego como marinheiro na tripulação do navio Pequod, o navio do Acab.
Aí aquele estranho que dormiu com ele de conchinha na pousada, o Quiqueg, também vai trabalhar na mesma tripulação. Até hoje, eu não sei se Quiqueg se pronuncia Kikeg, qüiqueg, qüiqüeg... (ironia) valeu aí, reforma ortográfica (/ironia).
O Quiqueg, queegqueg, sei la como se escreve kkk, é descrito como um aborígene. Ele é moreno, alto, com tatuagens estranhas, hábitos estranhos, com uma religão desconhecida...
Eu sinceramente não entendi o porquê do Herman ter inventado o Queequeg com essas especificações porque não acrescenta em nada com a história. Mas se ele quis colocar um personagem tão distinto, então ponto pra ele. Por causa da narrativa enfadonha do Ismael, o queequeg acaba sendo um personagem mais interessante.
Além dele, outro personagem que chama atenção é o capitão Starbuck. Pra quem não sabe, eu acho que a rede Starbucks se inspirou nesse personagem do Moby Dick.
O contramestre (primeiro imediato) Starbuck é o ÚNICO personagem com destaque (o que eu quero dizer é que não é figurante) que tem personalidade decente, tem coerência das coisas no navio inteiro. Ele é a voz da razão! Porque sinceramente, o Acab só quer saber de caçar a Moby Dick, o Queequeg só quer saber de dormir e ficar em transe, e o Ismael só fica observando as coisas sem nunca dizer sua opinião, sem se meter...
O Pequod precisa caçar algumas baleias e depois que atingir o objetivo, eles precisam voltar. Só que após eles conseguirem atingir o seu objetivo, o Acab prolonga a viagem deles porque ele QUER MATAR A MOBY DICK com todas as forças. Até promete dinheiro pra quem ajudasse ele a matar. O ÚNICO personagem que é contra isso é o Starbuck, que quer voltar e acha esse comportamento do Acab um absurdo. Basicamente, o Starbuck fica batendo boca com o Acab sobre esse ódio cego dele. Mas como Acab é um capitão e o Starbuck é só um contramestre, o Starbuck é obrigado a se resignar.

Outro problema desse livro: wikipédia.
Gente, não sei o que deu na cabeça do Herman Melville. Se ele quisesse criar um wikipédia sobre baleias, que ele criasse um livro a parte, né? Mas não.. Você está lá lendo o livro e aí de repente, bang, surge uma narrativa desviada do caminho da história pra ficar te falando "ó pra caçar as baleias, precisa fazer x e y" "depois que a baleia é pescada, precisa cortá-la. A baleia é cortada assim e assado" "a parte x da baleia não se aproveita, então blablabla". Juro por Deus que o livro é cheio desses capítulos desnecessários só servindo como manual de marinheiro... Dá muito nervoso. Tinha horas que eu passava o olho rápido e virava a página sem nem ler tudo porque é muito desnecessário. A sensação que dá é daquelas quando você ta usando um app e do nada surge uma propaganda no seu celular. Aí você precisa apertar o "x" depois de 15 segundos pra fechar a propaganda, sabe? Tipo assim.

Esses capítulos deixaram o livro grande. Mas outros capítulos também possuem o famoso "vários nada". Não sei por que o Herman fez isso, cara. Ele prolonga a história desnecessariamente, igual o Geraldo Luís no Domingo Show, fazendo suspense pra entregar algo só no final do programa.
Lá pro meio do livro, tem muitos capítulos de "vários nada" acontecendo. zzz

Aí chegando perto do final, a narrativa volta focada pro Acab versus Moby Dick.
Não vou contar o final do livro porque eu acho que se você se interessou pelo livro mesmo assim depois de tudo que falei, você não iria querer um spoiler.

Eu particularmente não gostei 100% do final. Assim... o final é, de certa forma, épico, mas dois detalhes não me agradaram.

Eu acho que uma das poucas coisas que podemos tirar desse livro pra vida é a reflexão que. mesmo o Herman Melville ter feito tanto esforço pra ter inventado uma baleia tão inteligente, astuta. vingativa, a gente olhar por outra perspectiva e pensar nos animais nesse planeta e a soberania humana. E isso pode superar qualquer tentativa de manchar a imagem da Moby Dick como cruel.
Bazz 08/02/2020minha estante
Que resenha útil e divertida. Ajudou demais a decidir que não devo ler


Lydia.Fernnanda 03/05/2020minha estante
Adoro resenha sincera




Ro 04/02/2020

Muito bom
Pra mim foi uma leitura uma tanto difícil ,sai totalmente da minha zona de conforto porém vale muito a pena,é uma leitura mais lenta,arrastada o autor divaga e descreve muito,por isso é preciso ter paciência.
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R...... 22/11/2019

Edição em quadrinhos (Coleção Farol HQ)
A concepção artística, de impressão prazerosa na leitura, na soma de excelente colorização e desenhos classudos, é o diferencial da edição.

No desenrolar, a amizade entre Ismael e Quequeeg ficou bastante evidente na adaptação.
O roteirista também eliminou várias passagens do livro em que se destacam personagens secundárias, como o negro Dago, o indígena Tashtego e os orientais contratados por Acab para arpoar a baleia.

A impressão que tive nessa HQ foi de encontro entre o civilizado e o selvagem nos idos do século 19. Percebemos nobres predicados no 'primitivo' Quequeeg, apenas instinto de sobrevivência na 'abominável fera' Moby Dick, e caráter movido por interesses egoístas em Acab, o 'civilizado homem' de maior hierarquia governamental na aventura.

Ismael embarcara em busca de aprendizagens mundo afora e, para ele e para o leitor, tais aspectos foram a projeção no quadrinho, o que testemunhou, de certa maneira confrontando percepções clichês que até então cultivara, assim como a sociedade do contexto. O que é o selvagem afinal?
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Leituras e Reflexões 30/10/2019

Esse é um resumo da versão completa. Bem conciso.
Mas eu gostei! Tinha curiosidade em conhecer a história.
Esperava um fim, mas foi totalmente diferente.
Leitura leve e interessante. A história mostra onde nosso lado inconsequente (no caso do capitão, acima de tudo, vingativo) pode nos levar e quantos inocentes também podem arcar com as consequências.
Recomendo a leitura para o público infanto-juvenil e adulto.
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Thiago Barbosa Santos 25/09/2019

Baleia branca
Moby Dick é um dos grandes clássicos da literatura mundial, romance de aventura celebrado no mundo inteiro e escrito pelo autor americano Herman Melville. É um livro que estava há muito tempo na minha fila de leitura. Confesso, porém, que me desapontou em alguns aspectos.

A história é narrada pelo Marinheiro Ismael. Ele já havia trabalhado em navios mercantes, mas queria viver novas aventuras no mar e viajar num baleeiro e conhecer as baleias. Foi até a ilha de Nantucket, onde encalhou a primeira baleia americana morta. Conheceu Queequeg, natural da ilha de Kokovoko e ex-canibal. Um cara totalmente exótico. Os dois viraram grandes amigos e embarcaram juntos no Pequod.

A embarcação é comandada pelo capitão Ahab, que de início não aparecia no convés. Só deu as caras em alto-mar e explica à tripulação o verdadeiro objetivo da viagem: ele quer caçar e abater Moby Dick, a baleia branca. Tempos atrás, Ahab havia sido atingido pelo animal e perdeu a perna. A viagem foi uma busca desenfreada por vingança.

O livro é muito bom, mas tem os seus defeitos. Primeiro que a narração da aventura em si não é tão grande. E o ritmo é quebrado a todo momento para uma narrativa técnica sobre como funciona, de forma detalhada, a caça das baleias. Tem partes interessantes, porém algumas monótonas. Muitas vezes parece que a aventura fica em segundo plano.

Outra coisa que me incomodou é que, no início do livro, há um foco direcionado em Ismael e Quequeg, mas depois as duas personagens meio que vão perdendo destaque na narrativa. A última parte é o ponto em que realmente a leitura se faz valer a pena, quando a tripulação finalmente e tripulação encontra com a Moby Dick e o capitão Ahab tenta a sua vingança, levando a vida de quase todos a perder. Apenas Ismael sobreviveu para contar a história.
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Kaah 18/08/2019

A linguagem e meio antiga e meio difícil, mas pelo contexto e facil de entender e quando isso acontece, você acaba percebendo que o livro e muito bom.
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Raynara 28/07/2019

Call me Ishmael
O livro narra a jornada do Pequod impelida pela obsessão de seu capitão Ahab em tirar a vida da "besta" que o aleijou. A história é contada pelo ponto de vista de Ishmael, um tripulante que, tirando o fato de ter sido o único sobrevivente do Pequod e de ter um nome legal, não possui tanta importância no enredo. Ao contrário do que acontece em outros livros que eu leio, não me apeguei a nenhum dos personagens. É difícil se afeiçoar por pessoas que matam baleias como se fosse gado. A caça e o retalhe que é feito dos bichos são descritos de forma detalhada que chega a causar náuseas. No final das contas, você acaba torcendo para que a baleia apareça logo e faça todo mundo de picadinho.
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Raphael 11/07/2019

O Pequod encontra a "monotonia"
A Afamada obra mostra-se extremamente monótona,contrariando completamente a idéia que se tem antes de le-la,mais parecendo um tutorial pormenorizado de como caçar cachalotes do que um romance propriamente dito.A sublime baleia branca da qual tanto se ouve falar,e pela qual a maior parte dos leitores são impelidos a ler a obra,mostra sua face apenas nos capítulos finais do livro sendo os demais capítulos protagonizados pelos desvarios do excêntrico Capitão Ahab e alguns raros encontros com outros navios baleeiros.
Conquanto seja uma obra extremamente enfadonha,não deixa de ser uma boa leitura e um ingente desafio.
Jessé 29/11/2019minha estante
Discordo que a maioria leia o livro por da cachalote? Moby Dick é uma estória extremamente conhecida, e grande parte de quem se aventura no livro, sabe que ela aparece apenas nos momentos finais.




Mikhaella 09/07/2019

Humanidade
Um livro incrível que mostra uma série de aspectos da natureza humana. A busca pelo inatingível e até onde isso pode levar não só a si próprio, mas também aqueles que nos rodeiam. Não é um livro de fácil leitura, porém sem dúvida é um dos que vale a pena ler.
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Cintia 28/06/2019

Me senti enganada! Ouvi falar tão bem desse livro.. Esperava uma aventura... É um manual absurdamente chato de como caçar uma baleia. 700 páginas que podiam ter sido contadas em 100..
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Gleyd 03/06/2019

Um sofrimento!
O livro é considerado um clássico por proporcionar múltiplas interpretações como: a batalha entre homem e natureza, o retrato da ganância humana, a luta por poder e a obsessão em alcançar um objetivo que pode levar a própria ruína. Vendo pela perspectiva de que há vários símbolos que representam impulsos e características humanas, o livro é bom. Do ponto de vista da história em si: desenvolvimento da trama, os personagens e a conclusão, o livro não me agradou. Achei a história enfadonha, a obssessão do Capitão Ahab uma tolice e respirei aliviada quando terminei de ler.
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A edição da Abril Coleções, no entanto, não deixou a desejar: com ilustrações lindas e diversos textos de apoio como introdução à obra, cronologia de vida do autor, notas extensas e glossário, ainda conta com uma seção inteira com assuntos relacionados ao enredo, informações sobre evolução e seleção natural, sobre as baleias cientificamente, como se deu historicamente a caça às baleias até chegarmos a proteção desses animais, finalizando com uma explicação de como era a estrutura dos barcos baleeiros.
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