Macunaíma

Macunaíma Mário de Andrade
Angelo Abu




Resenhas - Macunaíma


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méuri 29/09/2023

Mário, pra que esse exagero todo??!!
Chatíssimo, leitura demorada, super enrolada, exige muita atenção e interpretação pra entender tudo que se passa, até porque a maioria das coisas estão implícitas.
No entanto eu adoro as lendas e as histórias, e depois que se entende até fica legal, apesar do EXAGERO DE SINÔNIMOS QUE SE USA PRA TUDO (SOCORRO DEUS, PRA QUE???????????)
Mário realmente viajou MUITO com esse livro, mas só recomendo se tiver a fim de viajar junto c ele, ou se tiver uma análise ou algo do tipo que auxilie na compreensão dos detalhes do livro.
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Mariana 25/02/2022

a leitura não é tão fácil e rápida mesmo sendo um livro curto, mas os momentos cômicos e irônicos a tornam divertida.
o nosso herói é realmente detestável e desprezível kkkkk representou bem o caráter ~duvidoso~ do povo brasileiro
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Larissa 21/01/2022

Achei que não iria conseguir terminar, algumas partes pareciam inacabadas, mas insisti e amei ter lido este livro. Fiquei encantada com a riqueza de palavras, com as lendas e com os significados por trás das histórias do herói. Recomendo.
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Enzo.Dellevedove 28/10/2020

Macunaíma - A tentativa cômica de se descrever quem somos
O livro Macunaíma escrito por Mário de Andrade, um dos principais autores do inicio do modernismo é a tentativa de se formar uma identidade nacional. Como já citado, Mário de Andrade é um expoente da primeira fase modernista, isso é, é do seu feitio a tentativa de descrever o que seria o povo brasileiro, ou melhor, a sua origem. Nesse livro, nosso herói Macunaíma representa a origem de tudo que se tem de referência ao brasileiro. Porém, não se engane, esse livro não só trata das partes boas do que seria o cidadão do Brasil, mas também trata muito dos aspectos negativos, na visão do autor. É preciso entender a realidade dos modernistas para compreender a razão dessa descrição minuciosa de Mário de Andrade. Numa época onde a censura ao não perfeito, a arte como requinte e outras demais características parnasianas são alvo, Macunaíma é um ótimo exemplar para os estudantes a missão da primeira fase modernista. A respeito da leitura, a versão ofertada a mim é a história ilustrada, ou seja, temos uma espécie de HQ de Macunaíma. Eu pessoalmente não gostei de ter recebido assim, mas é compreensivo que em um ambiente escolar se priorizem as versões mais fáceis e mais caricatas dos clássicos, buscando integrar mais a relação novo leitor/obras clássicas. Se eu creio que Mário de Andrade acertou em descrever Macunaíma como o retrato da origem brasileira? Eu, pessoalmente, não acho. Porém, o livro é bom, e oferta diversas risadas para quem está acostumado com a rotina do brasileiro, uma vez que o livro demonstra com tons de ironia e humor os trejeitos que supostamente nos foram passados. Recomendo o livro para quem quer se divertir e tentar entender a proposta modernista da primeira fase. Contudo, para aqueles que querem saber um pouco mais da história/origem do povo brasileiro, recomendo os livros do Darcy Ribeiro ou de um outro antropólogo.
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Hi 10/02/2010

podre
livro chato do caralho. a única coisa que pode ate ser levada em conta é a cultura por trás dos índios. mas esse indio idiota so pensa em "brincar" com as menininhas na floresta, so pensa nisso. em vez de ir montar um reator nuclear! suahsuash
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Juuh 25/06/2023

Macunaíma: o herói sem nenhum caráter
Essa resenha vai ser curta e grossa, porque até agora tô tentando digerir essa bomba.

Mário, queria muito poder te defender, mas que livro foi esse? Personagem chato, desinteressante, monótono e com enredo fraco. Não gostei da forma que o livro foi desenvolvido e muito menos da história em si. Foi uma tentativa exacerbada e prolixa de trazer uma referência folclórica, mas acaba mais confundindo do que ajudando. Me decepcionou.
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Fabio Shiva 26/01/2019

sem caráter e genial!
Que livro genial! Certamente uma obra-prima da Literatura mundial, que dá orgulho de ser brasileiro! Ainda que a genialidade maior da obra seja justamente retratar o brasileiro, através do herói Macunaíma, como um ser “sem nenhum caráter”...

A tese da ausência de caráter do brasileiro é apresentada em dois níveis. O primeiro é o caráter como uma espécie de personalidade, uma “entidade psíquica permanente, se manifestando por tudo, nos costumes na ação exterior no sentimento na língua na História na andadura, tanto no bem como no mal”, como define o próprio Mário de Andrade. E ele continua: “O brasileiro não tem caráter porque não possui nem civilização própria nem consciência tradicional”.

E então surge a sacação verdadeiramente genial: “Dessa falta de caráter psicológico, creio otimistamente, deriva a nossa falta de caráter moral. Daí nossa gatunagem sem esperteza (a honradez elástica/a elasticidade da nossa honradez), o desapreço à cultura verdadeira, o improviso, a falta de senso étnico nas famílias.”

É por isso que “Macunaíma” continua extremamente atual: embora tenha sido escrito em 1926 e publicado em 1928, continua botando o dedo na ferida de nossa identidade nacional, tão confusa e sujeita às apropriações mais nefastas. E não é à toa que esse seja um dos livros brasileiros mais estudados de todos os tempos, e que ainda hoje gere polêmica.

Em 1969 o livro ganhou uma versão cinematográfica igualmente genial:
https://youtu.be/DsMm3uG5iRU

A obra de Mário de Andrade já se encontra em domínio público e “Macunaíma” é facilmente encontrado em PDF:
http://bd.centro.iff.edu.br/bitstream/123456789/1031/1/Macuna%C3%ADma.pdf


Eu tive a sorte de ler uma esmerada edição da Agir, que traz ao final um “Dossiê Macunaíma”, contendo vários rascunhos do autor sobre sua obra, de onde extraí as seguintes pérolas:

“Quanto a algum escândalo possível que o trabalho possa causar, sem sacudir a poeira das sandálias, que não uso sandálias dessas, sempre tive uma paciência (muito) piedosa com a imbecilidade”.

“Quanto a estilo, empreguei essa fala simples tão sonorizada, música mesmo, por causa das repetições, que é costume dos livros religiosos e dos contos estagnados do rapsodismo popular. Foi pra fastarem de minha estrada essas gentes que compram livros pornográficos por causa da pornografia.”

“Não sei ter humildades falsas não e se publico um livro é porque acredito no valor dele. (...) Principalmente disso vem o orgulho tamanho que possuo e me impede completamente qualquer manifestação de vaidade.”

“Outro problema que careço explicar é da imoralidade. Palavra que seria falso concluir pela imoralidade e pela porcariada mesmo que está aqui dentro, que me comprazo com isso. Quando muito admito que concluam que me comprazo... com o brasileiro.”

E viva Macunaíma! Viva Mário de Andrade! Viva a Literatura Brasileira!

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2019/01/macunaima-mario-de-andrade.html


site: https://www.facebook.com/sincronicidio
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BJekyll0 12/11/2023

"Não vim no mundo para ser pedra."
Acho que a maioria das pessoas que leram o livro pela primeira vez se se sentiram de alguma forma perdidos.
Makunaíma é uma lenda indígena que Mário de Andrade, após ler o livro de um enólogo alemão, Theodor Koch-Grunberg, cria nosso Macunaíma, e quando eu digo nosso, é como somos.
O fato de ele não ter caráter se dá ao fato da constante transmutação física e psicológica que o herói passa. Sendo ele capaz de virar bicho, de virar branco, de virar tudo. No romance nós observamos a transformação do personagem, a formação de sua personalidade. Em Macunaíma, que o próprio Mário chama de rapsódia não há essa construção. Macunaíma é muitos, é tudo. É impossível elaborar um perfil do personagem que nem mesmo cabe um perfil.
A resenha não tem a intenção de falar da história mas situar a concepção de que Mário de Andrade tentou romper as divisas do Brasil, fazendo o herói circular entre as regiões de forma a tentar não só construir um caráter mas unificar um país tão rico culturalmente e tão distante geograficamente. A tentativa de uma mistura de regionalização para construir uma identidade nacional e ao mesmo tempo apontar a brasilidade ignorada.
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Salino 23/05/2022

Antropofágico
Ao ler a obra de Mário de Andrade e tentar compreender sua importância entre tantas palavras difíceis, pude entender como a informalidade na escrita me confundiu: o escritor modernista faz um apanhado da maior parte das culturas do Brasil (gosto do termo ?Antropofagia?, como diziam os modernistas) e as imprime no livro. Macunaíma não tem caráter porque ele é tudo e todos na nação. Ao descobrir que o capítulo ?Carta pras Icamiabas? é uma ironia ao Parnasianismo, escola literária que o Modernismo tenta superar, não pude deixar de achar cômico. Em ?Macumba?, Andrade explicita com veemência a ?Geleia Geral? das expressões culturais que o Brasil tem, indo desde conceitos indígenas (constantes desde a primeira página) ao terreiro de tia Ciata. Considerado uma rapsódia, ou seja, misturando diferentes elementos narrativos em uma obra, Mário de Andrade consegue - ou tenta com o máximo de conhecimento que obtém ao longo de seus estudos na construção do livro - resgatar o coração do que é ser brasileiro (uma verdadeira antropofagia) em sua obra que, com razão, é um dos marcos da literatura nacional.
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QUEIJO460 08/06/2023

Macunaíma, O Heroi Sem Nenhum Caráter(Mário de Andrade).
É bastante compreensível o desagrado da maioria das pessoas que leem este livro. O livro em sua síntese é um reunido da cultura indígena e das culturas regionais do Brasil. Isso vai de lendas, fatos históricos e vocabulários de todo o Brasil.

O brasileiro comum(como eu), não possui tanto conhecimento sobre as culturas regionais e indígenas, como é preciso para compreender melhor a obra, somando isto a idade que o livro tem. Assim eu concluo que é total ignorância um professor entregar um livro desse para um aluno que nunca pegou em um livro! Isso só vai afastar o aluno ainda mais da literatura. Felizmente, assim não foi no meu caso, li por livre espontânea vontade.

O livro é ruim? Não, não é ruim, só não é um livro popular. Nas primeiras 20 páginas foi penoso, mas com o tempo a leitura começou a fluir melhor. Mas como o livro é repleto de referências culturais indígenas e regionais, foi muito comum ter momentos que eu não consegui compreender a ação descrita.

Isso me mostra como eu tenho conhecimento quase nulo(como você também), sobre a cultura dos povos que viviam aqui antes dos portugueses, o que não está certo. Nós somos o personagem Macunaíma, somos a fusão da cultura indígena, africana e portuguesa; É isto que somos, é isso que é o povo brasileiro, apesar de alguns negarem.
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OgaiT 26/09/2020

Uma descrição da Gente brasileira
De fato, o narrador de "Macunaíma" traz um sabor de fala mansa, tal qual um contador de histórias, com suas alusões ao folclore brasileiro, que não só é mostrada com mitos indígenas, como também temos referências as religiões de matrizes africanas.
Mário de Andrade, com essas referências à nossa cultura e com o subtítulo, consegue traçar um perfil muito interessante do nosso povo, muito antes do Sérgio Buarque de Hollanda com o seu "Raízes do Brasil". Nesse sentido, uma passagem me chamou muito a atenção: "No outro dia Macunaíma amanheceu com muita tosse e uma febrinha sem parada. Maanape desconfiou e foi fazer um cozimento de broto de abacate, imaginando que o herói estava hético." (p. 136), assim, percebemos que a ética não é uma característica da nossa gente – leiam, mais uma vez, a atenção para o subtítulo da obra.
Por fim, Sobre o gênero literário da obra, é ainda um tanto incomum na nossa literatura, geralmente as informações que encontramos são muito confusas, por vezes descrevem a com as características da epopeia.
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Isabelle 31/05/2022

Realmente é um herói sem caráter?
Respondendo a minha própria pergunta, sim! é um herói sem caráter nenhum.
Mario de Andrade quis retratar a malandragem brasileira e fez isso muito bem, mas com um toque de exagero. Macunaíma é sem caráter, um galinha, malandro, preguiçoso e tudo o que pensa é voltado pro seu prazer carnal, o sexo.
O livro tem uma linguagem bem difícil por usar uma linguagem muito regional, por se passar na Amazônia acaba fazendo muitas referências com palavras da língua nativa sem falar as inúmeras referências ao folclore quando nosso herói se tranforma ao longo do livro.
Um livro extremamente importante pro seu período, já que é um marco na literatura, mas com uma dificuldade de entendimento muito grande.
Algumas falas eu vejo uma problemática, pode ser algo da minha leitura, mas também acho que essa era a ideia de Mario.
No fim é um livro bom, mas que demanda tempo, com muitas críticas ao nosso Brasil
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caboraissa 27/06/2020

A desprezibilidade de Macunaíma e a genialidade de Mario de Andrade aqui são totalmente proporcionais!
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