FalaLud 31/01/2024
Emma c?est moi
O enredo não tem nada de especial, mas o jeito como é contado é envolvente, imersivo, imagético. A escrita de Flaubert me prendeu do início ao fim.
Vou citar um trecho do posfácio da edição da Antofágica, que concatena a minha impressão sobre essa personagem tão controversa:
?Por um lado, nos identificamos intensamente com a personagem, por outro, a consideramos boba, soberba, ingênua, imprudente: a conclusão inevitável da leitura é que somos nós, também, bobos, soberbos, ingênuos e imprudentes. Esse é o mecanismo revolucionário da narrativa de Flaubert: não é uma crítica à sociedade, é uma crítica a nós mesmos.?
Por Cláudia Amigo Pino