Carla.Parreira 17/01/2024
O Corcunda de Notre-Dame (Victor Hugo). Situado na Paris medieval, a história gira em torno de Quasímodo, um corcunda deformado que vive na Catedral de Notre-Dame. Um dos trechos mais importantes do livro é quando o autor descreve a própria Catedral de Notre-Dame, apresentando-a como um personagem central da trama. Hugo descreve minuciosamente seus detalhes arquitetônicos, sua grandiosidade e sua importância histórica, destacando a beleza e a imponência do edifício. Outro trecho marcante é quando Quasímodo, o protagonista, se apaixona por Esmeralda, uma bela cigana. Hugo descreve os sentimentos de Quasímodo de uma maneira profunda e comovente, mostrando a luta interna do corcunda entre o amor e a sua aparência física. Além disso, o livro aborda diferentes temas como a intolerância, a injustiça social e a luta entre o bem e o mal. Victor Hugo retrata a sociedade da época e critica sua crueldade e hipocrisia, através dos personagens e das situações que eles enfrentam.
1. Descrição de Notre Dame: "A catedral de Notre Dame é um verdadeiro templo ao espírito humano. Seus arcos e colunas parecem ser a estrutura física de uma alma em constante transformação. É um testemunho do poder da fé e do amor."
2. O Corcunda e a Gárgula: "Quando o vento sopra fortemente, o som dos corpos de gárgula em movimento é como um lembrete da natureza e do passar do tempo. O Corcunda sente-se entre essas criaturas, sentindo sua conexão com o mundo."
3. A declaração de Quasimodo: "Eu sou um monstro, mas uma monstração criada pelo tempo e pelo homem. Eu não escolhi ser diferente; foi imposto a mim. Mas eu nunca deixarei que meus amigos sejam prejudicados. Eu lutarei até o fim para protegê-los."
4. A descrição do Festival de Fé: "O Festival de Fé é um espetáculo vibrante de luzes, som e alegria. As pessoas se unem em uma festa comum, esquecendo suas diferenças e celebrando a força da fé."
5. A declaração final do Corcunda: "Os corações humanos são como minha própria torre: cheios de beleza e de uma fragilidade que pode ser destruída por um simples gesto de ódio. Mas, como minha torre, também pode ser reconstruída e ressaltada pelo amor e pela compaixão."
Outros trechos que destaquei: "...Ela continuou a dançar. Tomou do chão duas espadas, cuja ponta apoiou na testa e às quais fez girar num sentido enquanto ela volteava noutro; era, efetivamente uma cigana... E sentando-se, apresentou graciosamente à cabra o pandeiro... A abadia romana, a arte gótica, a arte saxónica, o pesado pilar redondo, que faz lembrar Gregório VII, o simbolismo hermético com o qual Nicolau Flamel preludiava Lutero, a unidade papal, o cisma, São Germano dos Prados, São Jacques de la Boucherie, tudo está fundido, combinado, amalgamado em Nossa Senhora. Esta Igreja central e geratriz é entre as velhas igrejas de Paris uma espécie de quimera; tem a cabeça de uma, os membros desta, o dorso daquela, alguma coisa de todas... Devemos não obstante dizer que as ciências do Egito, que a nigromancia, que a magia, mesmo a mais branca e a mais inocente, não tinham inimigo mais declarado, denunciante mais impiedoso para com os senhores da oficialidade de Nossa Senhora. Ou fosse sincero horror ou fingimento, isso não impedia que o arcediago fosse considerado doutas cabeças do capítulo como uma alma vagueando pelo vestíbulo do inferno, perdido nos antros da cabala, apalpando as trevas das ciências ocultas..."