Memórias do Subsolo

Memórias do Subsolo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Memórias do Subsolo


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iszbellz 19/07/2024

Memórias do subsolo ??
Que livro incrível! A primeira parte é um pouco mais difícil de ler por ter uma escrita mais filosófica e ideias mais complexas. Já a segunda mostra as memórias do personagem, em que conseguimos perceber muitos defeitos. Mas são exatamente essas características que deixam a história mais incrível; afinal, mostra como ele é extremamente humano.

Dostoiévski consegue colocar vários dos meus pensamentos no papel, é sempre como se ele roubasse algo meu que só eu sabia...


?Vou dizer-vos solenemente que, muitas vezes, quis tornar-me um inseto. Mas nem disso fui digno.?

?Se eu tivesse família, desde criança, não seria como sou agora. Penso nisto com frequência. De fato, por pior que possa ser a vida em família, tem-se pai e mãe e não gente estranha, inimiga. Pelo menos uma vez por ano, vão expressar o seu amor por você. Apesar de tudo, você sabe que está em casa. Eu cresci sem família; por isso, talvez tenha saído assim... insensível.?

?E, de repente, eu me desfiz em lágrimas. Era uma crise. Tinha tanta vergonha, em meio aos soluços, mas não podia mais contê-los.?

?Sim, você, unicamente você, deve responder por tudo isto, porque você é que apareceu na minha frente, porque eu sou um canalha, porque sou o mais repulsivo, o mais ridículo, o mais mesquinho, o mais estúpido, o mais invejoso de todos os vermes sobre a terra, que de modo nenhum são melhores que eu, mas os quais, o diabo sabe por quê, nunca ficam encabulados.?

?Queria "tranquilidade", ficar sozinho no subsolo. A "vida viva", por falta de hábito, comprimira-me tanto que era até difícil respirar.?

?Deixai-nos sozinhos, sem um livro, e imediatamente ficaremos confusos, vamos perder-nos; não saberemos a quem aderir, a quem nos ater, o que amar e o que odiar, o que respeitar e o que desprezar. Para nós é pesado, até, ser gente, gente com corpo e sangue autênticos, próprios; temos vergonha disso, consideramos tal fato um opróbrio e procuramos ser uns homens gerais que nunca existiram.?
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Bianca S 18/07/2024

"oq é melhor, 1 felicidade rasteira ou sofrimentos sublimes?
Essa citação que botei no título resume bem a ideia do livro.

foi minha primeira leitura desse autor e eu nao sabia bem oq esperar.
achei uma leitura, de certa forma, "estranha", mas nem por isso ruim, muito pelo contrário. o autor relata uma breve história em primeira pessoa e nela fica claro como se quer retratar partes que todos nós temos, mas tentamos esconder. claro q de forma muito mais aumentada e dramática...

no fim das contas, o livro retrata uma pessoa que se sente frustrada com a propria vida e as proprias escolhas, se sente deslocada da sociedade e, com isso, a unica forma de lidar com esse sentimento de fracasso é agir de forma escrota com os outros, criticando, menosprezando. e, claro, mesmo fazendo isso, como ele nao consegue fugir do sentimento de repulsa q sente por si mesmo, nenhuma situacao consegue, de fato, trazer conforto algum e ele acaba se colocando em novas situações q expõem suas vulnerabilidades.

o livro tem diversas reflexoes e criticas à sociedade e a mesquinhes humana.
muito interessante
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spiritcrsh 17/07/2024

Fevereiro/24
Minha leitura de fevereiro!! meu primeiro do dostoievski (no momento, mês de julho, tô lendo crime e castigo) e gostei bastante, li bem rapidinho por ser um livro bem curto.
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Polytroposs 16/07/2024

Existencialismo e Hipocrisia
Demorei para terminar este livro, não por não ser interessante. Mas por ser daquele tipo de obra que não se deve engolir de uma vez só. A primeira parte é extremamente filosófica, e escrita em um fluxo maluco de pensamentos, que pede por uma pausa, e definitivamente um café.

A segunda parte é o contraponto, ou a prova das críticas que o personagem (sem nome) nos apresenta no início do livro, ele fala sobre sua vida e três experiências, que me deixaram desesperado em pensar o quanto repugnante e identificáveis, eram suas ações e pensamentos.

Estou dando 5 estrelas, mas sinto como se não tivesse lido direito a obra, não por não ter compreendido, mas por sentir que ainda a muito mais a perceber, será preciso uma releitura. =]
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Cláudia - @diariodeduasleitoras 16/07/2024

Memórias do subsolo
?Sou um homem doente? Um homem mau. Um homem desagradável. Creio que sofro do fígado.?

Com essa declaração intrigante, Dostoiévski inicia aquela que pode ser considerada a mais sombria de suas novelas, e talvez de todas as suas obras.

A obra foi publicado em 1864. Planejada inicialmente para ser um romance, Dostoiévski só precisou de um pouco mais de cem páginas para impactar o mundo com seu personagem: o homem do subsolo. O livro já ganhou diversas traduções para o português, diretas e indiretas, sob nomes variados, tais como ?Memórias do subsolo?, ?Notas do subsolo?, ?Diário do subsolo?, ?Notas do subterrâneo?, ?Cadernos do subterrâneo? e ?A voz subterrânea?. Tantas traduções atestam a popularidade do livro.

Vamos à história? Ela é composta de duas partes. A primeira parte subintitulada O Subsolo é uma confissão, questionamentos, busca de autoconhecimento, um monólogo que revela para o grande público seus pensamentos mais íntimos. Ele ridiculariza, ri de si mesmo, e provoca a todos a reagirem contra ele ao longo de cinquenta páginas. Na segunda parte, por nome A Propósito da Neve Molhada, o narrador relembra três situações peculiares vividas no passado e que o marcaram de alguma forma. São situações em que é exposta sua total pobreza de espírito e de falta de rumo e valores na vida.

Esse livro é genial. Uma acusação da insuficiência humana e de sua racionalidade, e ao mesmo tempo é uma forma desesperada do próprio narrador de querer se encaixar nesse mundo que ele tanto despreza.

?Existem poucos escritores cuja obra tenha sido tão tenazmente mal-compreendida como a de Dostoievski. Dostoiévski é, senão o maior, decerto o mais poderoso escritor do século XIX; ou do século XX, pois sua obra constitui o marco entre dois séculos de literatura.?

?Não consegui chegar a nada, nem mesmo tornar-me mau: nem bom nem canalha nem honrado nem herói nem inseto. Agora, vou vivendo os meus dias em meu canto, incitando-me a mim mesmo com o consolo raivoso ? que para nada serve ? de que um homem inteligente não pode, a sério, tornar-se algo, e de que somente os imbecis o conseguem.?

Um clássico que divide opiniões. Qual a sua?
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Thi 15/07/2024

Memórias
Dostoiévski dispensa apresentação. Literatura da melhor qualidade, faz pensar profundamente sobre a condição humana. Daqueles livros que nos mudam.
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destefani0 14/07/2024

Ele manda o papo
Pois é, realmente todos nós no fundo temos um "homem do subsolo", aquele que sente a vontade de dizer verdades (ou pensamentos extremos). Mas aqui ele não só sente vontade, ele faz sem medo, apesar de ser muito inseguro.
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Saymon.Botelho 14/07/2024

Pra audiolivro não serve
Olha, complicado.

Ouvi esse livro umas três vezes, e era muito fácil me perder, não sei se porque o pensamento do autor era muito divagante (essa palavra existe?), ou se o narrador era um saco.

Mas enfim, em linhas gerais, tem uns momentos depressivos, vulgo o livro todo, o cara odeio todos e tudo e resolveu por isso em livro.
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Enxofreswhatsapp 14/07/2024

Primeiro livro do autor que eu li
Não tenho palavras para descrever essa livro, muita gente acha ele chato e eu entendo (principalmente a primeira parte, que não acontece nada, que é algo bem mais parado e maçante.) Mas ao mesmo tempo é um livro MUITO bom, eu adoro como o autor trabalha a mente do protagonista (que não é dito o nome dele no livro) como ele se acha uma mosca nojenta e enxerga os outros assim, ele é uma pessoa horrível e tem motivos para ser assim ou algo do gênero ? Talvez
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spoiler visualizar
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Rafaelly 13/07/2024

Absurdo e excêntrico
Dostoiévski, ele é um cara que consegue colocar em palavras o que a minha mente imagina mas que jamais colocaria em palavras igual a ele. No começo é confuso como quase todo clássico, mas ao decorrer da narrativa do protagonista, conseguimos entender o que se passa. Esse livro é introspectivo, filosófico e psicológico. Enfim, Dostoiévski acerta como sempre. Não poderia dar menos que 5 ? para esse livro incrível.
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No name 12/07/2024

Eu particularmente amei
Acho que dostoievski consegue colocar em palavras muitas coisas que passam em minha cabeça e não sei como colocar para fora.
Sei que a primeira parte é bastante importante, mas gostaria que fosse um pouquinho menor, pq eu realmente fiquei viciada em ver as memórias do protagonista e como ele lidava com as pessoas e situações, contradizendo seus próprios pensamentos muitas vezes.
Booom, dostoievski arrasou dms.
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Bru 12/07/2024

Um livro incrível! O protagonista é egocêntrico, medíocre, orgulhoso, iludido, tem atitudes patéticas e até cruéis, mas é ridiculamente humano. Ao decorrer da narrativa o monólogo início fez total sentido, e por mais que as ações do cara sejam alvo de risadas, vergonha e raiva, não consigo fazer um julgamento tão duro porque seria hipócrita, pois me identifiquei diversas vezes com suas falhas de caráter.
Vinícius Tyrone 12/07/2024minha estante
Um dos meus favoritos e que mais mexeu comigo. Mas me ajudou a perceber que eu estava entrando no subsolo e consegui me ajudar nisso.


Bru 12/07/2024minha estante
Sim, ele é perfeito para autoconsciência




EUPIERRE 11/07/2024

Surpreendentemente surpreso
"Memórias do Subsolo" é uma obra clássica da literatura russa escrita por Fiódor Dostoiévski, publicada pela primeira vez em 1864. O livro apresenta uma narrativa complexa e introspectiva, explorando as profundezas da psique humana e as contradições da natureza humana.

A história é narrada por um personagem não nomeado que vive em reclusão no subsolo de São Petersburgo. Ele é um homem atormentado, cheio de amargura e desdém pela sociedade e pelas convenções sociais. Através de seus pensamentos e questionamentos filosóficos, o narrador expõe suas angústias, desilusões e falta de ajustamento ao mundo à sua volta. Ele critica a racionalidade, a coletividade e a busca pela felicidade, questionando se a liberdade humana é uma ilusão.

Dostoiévski utiliza a narrativa do personagem para explorar temas como o existencialismo, a alienação, a liberdade, a moralidade e a natureza do sofrimento humano. O livro é profundamente psicológico e filosófico, oferecendo uma reflexão intensa e desconcertante sobre a essência da condição humana.

A escrita de Dostoiévski é marcada por sua habilidade em sondar os recessos da alma humana, expondo as contradições e conflitos internos de seus personagens. Em "Memórias do Subsolo", ele oferece uma visão penetrante e provocativa sobre a natureza da existência e apresenta um retrato muito humano da complexidade da experiência humana.

Em resumo, "Memórias do Subsolo" é um livro poderoso e provocativo que continua a cativar e desafiar os leitores com suas reflexões filosóficas e psicológicas profundas. Dostoiévski apresenta uma narrativa que transcende o tempo e o espaço, oferecendo uma visão extraordinária da condição humana e das questões universais que permeiam a sociedade e a psique humana.
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Huara_ 11/07/2024

????? 5/5
?E realmente desta vez proponho já da minha parte uma pergunta ociosa: o que é melhor, uma felicidade barata ou um sofrimento elevado? Vamos, o que é melhor??

Como não favoritar Dosto?
Ele é impecável!!
Me faltam palavras pra retratar este escritor russo que me leva a enormes devaneios e dessa vez não foi diferente.
Sinto que vou precisar de fazer uma releitura deste livro, com certeza!
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