Malu 10/09/2024
Este livro não pode ser resenhado da mesma forma que uma obra de ficção, onde se avalia o quanto gostou da história, pois ?O Diário de Anne Frank? é um relato real. Ao longo da leitura, dá para perceber o amadurecimento de Anne. Ela entrou no anexo aos 13 anos e, infelizmente, saiu de lá aos 15. Esse amadurecimento é evidente nas suas reflexões e na forma como lida com a difícil realidade ao seu redor.
Anne descreve não só os horrores da guerra e das mortes ao seu redor, mas também os conflitos internos e entre os moradores do anexo, a escassez de alimentos, e sua constante esperança por dias melhores. Ela expressa momentos de solidão profunda, quando sente que ninguém no anexo a entende ou a leva a sério, mencionando que tem duas versões de si mesma. No entanto, com o tempo, ela encontra em Peter alguém em quem confiar, o que a ajuda a não ficar completamente imersa em um estado sombrio.
Anne era uma jovem forte, inteligente, engraçada, sonhadora e determinada. Ela sabia o que queria para o futuro e nutria a esperança de realizar seus sonhos quando a guerra terminasse. É profundamente triste chegar na última frase do diário e compreender o porquê ter terminado daquela maneira. Se existe algo além desta vida, espero sinceramente que Anne tenha encontrado a felicidade que tanto buscou.