spoiler visualizarAlessandro 22/09/2021
Graciliânico
A narrativa é muito dinâmica, difícil de se compreender as idas e vindas dos devaneios lunáticos de Luiz da Silva, os quais são entrecortados com os fatos da realidade da vida cruel. Luiz da Silva, em sua fúria, desboca horrorosos xingamentos.
A tensão da trama revela, em seu complexo andamento, mais que a nudez e intimidade de um homem afogado em sua insignificância, revela também os exacerbados: agonia, devaneios, Ódio e aflição.
A ira dele é resultado da própria impotência varonil, reconhecida pela sua incapacidade financeira ou ausência de beleza física ou as duas!
Pode ser que a estratégia do autor - paranoico obsessivo - em encalacrar entre uma narrativa e outra tempos diferentes, espaços diferentes, personagens diferentes e emoções diferentes seja intencional.
Essa convulsão tempo-espaço-personagem realmente dá a sensação de náusea. Recurso de retórica clássica. O futuro do pretérito graciliânico é a marca na narrativa ficcional da decadência humana que o autor descreve.
A corda! A corda é o símbolo do vai-e-vem do enredo, em repetições. A contaminação corda-cobra. Afogou. Enfastiou. Instrumentalizou o ato. Cumpriu o papel de verdugo.