Angústia

Angústia Graciliano Ramos




Resenhas - Angústia


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lucianomdjr 21/01/2021

Um espetáculo de romance!
Ler Graciliano é sempre uma experiência marcante. Fiquei preso do começo ao fim.
marcelo.batista.1428 01/03/2022minha estante
Não sei se li no momento errado.. o livro me deixou bastante angustiado (mérito para o autor). Quis terminá-lo o quanto antes rsss




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yumiverse 16/01/2021

não sei muito bem oq dizer desse livro, a escrita do Graciliano como sempre é incrível, conseguindo retratar o titulo durante a narrativa, e deixando uma sensação de angústia enquanto acompanhamos o personagem. O autor além de conseguir envolver facilmente os leitores, correlaciona o espaço geográfico regional e a construção e as relações humanas de uma maneira perfeita como sempre. Apesar de Graciliano ser um autor magnifico não consegue curti muito o livro por conta do personagem principal, entendo que a construção dele foi feita desse jeito pra gerar angústia no leitor, mas, os pensamentos do personagem e o próprio personagem me deixaram com vontade de largar o livro algumas vezes, não me permitindo desfrutar 100% do livro, já que muitas vezes me dava raiva mesmo.
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Rami 03/01/2021

Uma narrativa da mediocridade humana
Geralmente temos contato com o Graciliano com Vidas Secas e quando nos deparamos com Angústia, encontramos muitas diferenças: um narrador em primeira pessoa, dinamicidade através de falas, mais personagens, não há capítulos, mas as separações dos arcos narrativos são complementares.
Porém há semelhanças: a vida no interior sertanejo nordestino, as aspirações e principalmente o tom condicional pessimista. Há possibilidades, porém as narrativas feitas por Graciliano são pessimistas. Não há possibilidades de finais felizes. A vida é dura e Graciliano nos mostra como ela o é através de suas narrativas.
Aqui nos deparamos com Luiz, o medíocre. Não é bom em nada, mas também não é ruim. É só mais um na multidão e leva a vida assim até que conhece Marina. Sua vida vai se transformando além dessa mediocridade e vamos, assim como o narrador-persoangem, nos angustiando pela narrativa.
No fim, como leitora, rememoro a narrativa e não enxergo nada positivista. Sem surpresas para a mediocridade do ser humano e até onde essa mediocridade pode nos levar.
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Guizalberth 31/12/2020

Confusamente angustiante!
Sem dúvidas, o livro pode ser bem angustiante no decorrer da leitura e o protagonista, que se mostra alguém complexo, possui culpa no cartório. O fluxo de pensamentos de Luís é alucinante e livre de linearidade, o que exige mais atenção do leitor, sendo também, o que torna a obra tão intrigante.
Em poucas páginas Graciliano consegue transpassar muito do vivido por Luís e que, infelizmente, sabemos que não foi um sofrimento exclusivo de ficções, e sutilmente põe na mesa, de forma implícita, não só todas as questões da época que necessitavam de atenção, como também nos leva a refletir sobre as atuais que a muito são ignoradas, popularmente dizendo, escondidas debaixo do tapete.
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zukonoha 30/12/2020

"Não sou um rato, não quero ser um rato."
Angústia é um livro angustiante. E esse é, indubitavelmente, o maior elogio que eu poderia oferecer à Graciliano Ramos.

Porque ele é o equilíbrio perfeito entre o enredo e a estética, narrado por um fluxo de consciência confuso e abstrato. A história envolve o leitor ao passo que se intensifica exponencialmente; como uma queda livre, tirando o fôlego, causando desespero. Repleta de informações vagas que surgem atropelando umas às outras dentro da mente perturbada do protagonista, estabelecendo significantes e significados de forma morosa tal que beira à tortura. É preciso ler como se estivesse catando feijões para entendê-la, e todo a sua grandiosidade. E quando termina, é no mesmo momento em que como começou, formando uma narrativa cíclica na qual o próprio narrador se encontra preso, condenado a remoer sentimentos até o fim dos seus dias.

Narrador este que, como, personagem principal, é símbolo da opressão social, da degradação do ser humano. Seu avô, antes, Tranjano Pereira de Aquino Cavalcante e Silva, homem de posses para quem todos tiravam o chapéu ao passar, em respeito. Ele, só Luiz da Silva, que migrou da roça empobrecida para a cidade. Onde chegou a mendigar até passar em um concurso público, sendo também jornalista nas horas vagas. Homem insignificante, que dentro da sua insignificância aprendeu que precisava abaixa a cabeça e acatar seus superiores calado. E a quem todos eram superiores. Sufocando-o a nunca queixar-se, nunca demonstrar opinião própria, sequer ter uma. Tornando-o contraditório. Limitando-o ao pessimismo e ao ódio por tudo e todos. Enlouquecendo-o.
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idkvixo 30/12/2020

Muito bom
Esse sem dúvidas foi o meu livro preferido da lista da fuvest. Fácil de ler, além de ser uma leitura que te prende e que talvez até te faz sentir os sentimentos do personagem.
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Isa 28/12/2020

É angustiante mesmo
Gostei desse livro, apesar de não ter favoritado nem nada. A ideia de fluxo de consciência é muito intensa e, as vezes, me deixou realmente tensa com a situação lida.
O final me incomoda muito, mas penso que se assemelha à realidade de certa forma.
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va 28/12/2020

brilhante e profundo
?Tenho me esforçado por tornar-me criança ? e em consequência misturo coisas atuais e coisas antigas.?
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Angústia, como o título prevê, traz esse sentimento intrincado em cada palavra, cada frase, cada parágrafo do texto. Mas não se engane, essa não é uma narrativa triste, a angústia é muito mais profunda que isso, que meros acontecimentos, ela se revela em toda uma vida.
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O romance é narrado e protagonizado por Luís da Silva, um funcionário público e jornalista, que faz uma análise da sua vida por meio de memórias, memórias de gosto amargo. A história contada começa com os acontecimentos do fim do livro, e não segue totalmente um fluxo linear. O fluxo da narrativa é confuso, delirante, conturbado e redundante, bem semelhante a como nossa mente funciona.
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Grande parte dos acontecimentos são motivados e influenciados por sentimentos de ódio, amor e obsessão. Além disso, os relacionamentos humanos são construídos com poucos laços, rudes e ásperos.
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O livro retrata bem o contexto histórico da época: a expectativa de uma revolução operária, violência nos campos, o cangaço; e também menções ao contexto da infância do protagonista: a recém abolida escravatura e a República Velha.
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Apesar de toda a narrativa amargurada e angustiante do livro, eu pude dar algumas risadas e me identificar em vários costumes e falas do nosso nordeste.
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Intertexto e SPOILER: os episódios após Luís da Silva assassinar Julião Tavares não deixaram de me lembrar Raskolnikov depois de matar a velha usurária em crime e castigo: ambos os protagonistas entraram em estado febril, de delírio.
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No mais, o modo que o texto foi construído é de uma genialidade incrível. Graciliano cria um ambiente que o leitor consegue se inserir e se identificar na narrativa, de forma, ao mesmo tempo, confortável e dolorosa.
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?Afinal tudo desaparece. E, inteiramente vazio, fico tempo sem fim ocupado em riscar as palavras e os desenhos. Engrosso as linhas, suprimo as curvas, até que deixo no papel alguns borrões compridos, umas tarjas muito pretas.?
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Garcia 25/12/2020

"Um rumor enchia-me os ouvidos, burburinho que ia crescendo e me dava a impressão de que a casa, a cidade, tudo, caía lentamente."

Luís da Silva é um funcionário público que, atormentado pelo ciúme e uma vida repleta de frustrações, põe um fim em seu cotidiano aparentemente tranquilo. O romance com Marina começou de maneira tímida e até chegam ao noivado, porém, o súbito interesse da mulher pelo rival Julião Tavares desmancha os planos de casamento e lhe desperta o sentimento de vingança.
Luís possui uma vida medíocre, transitando entre sua casa quase sem mobília, a repartição pública onde trabalha e o café na cidade, lugar onde é cliente assíduo e passa o tempo discutindo política e filosofia com seus amigos. Em uma tarde lendo um livro no quintal de casa, percebe a nova vizinha, Marina, do outro lado do muro. Uma amizade surge dos encontros furtivos e um romance é consolidado. A proposta de casamento logo é feita e os primeiros preparativos são realizados, porém, Luís percebe que seu desafeto, Julião Tavares, está interessado em sua noiva e ela lhe corresponde.
Intelectual fracassado, funcionário público trivial e jornalista por encomenda, Luís recicla escritos antigos e vende os textos para quem quiser comprar, independente de suas convicções pessoais ou das politicagens na cidade em que vive. Sua vida simplória e as desesperanças do cotidiano o levam numa espiral de obsessões e paranoias que culminam no seu enlouquecimento após cometer um homicídio.
Fazendo jus ao título, esse livro é angustiante, o clima sempre opressivo e todos os personagens são prisioneiros do cotidiano. “Angústia” possui um desenvolvimento lento, narrado em forma de monólogo interior, fazendo com que todos os pensamentos de Luís da Silva sejam expostos da maneira mais crua e verdadeira possível. Todo seu desconforto, tédio, raiva e amor é manifestado numa narrativa simples, mas que carrega uma densa carga dramática e melancólica. Graciliano foi um escritor de mão cheia e sua obra deve ser enaltecida. 5/5.

site: https://www.instagram.com/p/CJPCsq_jpzp/?
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Hahya 24/12/2020

um livro incrível, angustiante (como já indica seu título), agoniante e genial. meu primeiro livro do graciliano ramos, um dos melhores livros lidos desse ano e, provavelmente, um dos melhores da minha vida.
não é um livro bonitinho, é denso e amargo, porém recomendo demais.
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hammezita 16/12/2020

Eu só havia lido um livro de Graciliano até então, e de cara já era apaixonada na genialidade de sua escrita. É incrível como, de tão bem descrita que é a narração psicológica, chegamos até mesmo a não saber o que é real ou irreal; ou, como com a não-linearidade da narrativa, a mistura de passado e presente nos leva a uma outra experiência, que Graciliano entrega com maestria. E o nome da obra se carrega, principalmente ao fim, sendo preciso um tempo para digerir e analisar todo o fluxo de pensamento do personagem.
Como esperado: genial.
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