Angústia

Angústia Graciliano Ramos




Resenhas - Angústia


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Danilo 29/10/2024

O homem do subsolo tupiniquim.
Angustiante foi terminar esse livro. Esse é o tipo de livro que fica bom quando a gente para para assistir alguma resenha, mas não foi para mim. Caso tivesse 100 páginas a menos seria bem melhor.
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Mimi 28/10/2024

??Esse foi o livro de Outubro do desafio Bookster 2024.

??Essa leitura é um clássico e tem uma linguagem diferenciada, o que pode tornar a leitura um pouco difícil.

??Confesso que no início pensei em desistir, mas prevaleci e entendi o por que o livro é um clássico e um dos favoritos de muitas pessoas.

??Não é meu favorito,mas reconheço que merece uma segunda leitura futuramente pra pegar particularidades que devo ter deixado passar.
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Nandara.Secco 27/10/2024

Sentimento: Angústia
Este é o último livro que me propus a ler no Desafio Bookster 2024 de leituras a partir de sentimentos, e foi para fechar com "chave de ouro". Do mestre eu só havia lido "Vidas Secas", com sua aridez e realismo certeiros, mas "Angústia" me surpreendeu: uma verdadeira obra prima.
O livro conta a história de Luís Silva, um funcionário público que também atua como jornalista e escritor nas horas vagas, e que se vê apaixonado por sua vizinha, Marina. Porém, muito mais do que uma história de paixão, a obra explora os sentimentos e o intenso fluxo de consciência do narrador/personagem em uma macronarrativa sobre sua infância e vida no sertão em contraponto à vida urbana, mesclada a uma micronarrativa que trata da paixão pela vizinha, o ciúme e os atos que dão consequências a esses sentimentos. Enfim, a angústia.
Mas o fator angustiante aqui não é o ato final de Luís, ao meu ver, cego e delirante de humilhação. Por ser um livro tão bem escrito, há muitas camadas de angústia: a luta de classe, a vida operária, o cotidiano opressivo, as vidas que se marginalizam, os desejos e sonhos de um cidadão comum, a autocracia do Estado... São tantos nuances que o tecido da trama se enrosca como uma cobra - ou uma corda - que trança por entre o romance e se prende ao leitor, enredando-o.
Um livro obrigatório a qualquer brasileiro.
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debora-leao 26/10/2024

Não há livro que tenha título mais adequado do que este de Graciliano Ramos
Angústia é uma obra-prima. Ganhando o leitor na sua ambientação e na evolução psicológica do personagem, a lentidão da narrativa é precisamente o seu brilho. É impossível ficar indiferente aos maneirismos de Luís da Silva, não ter raiva dele, não sentir pena às vezes, não ficar tenso com a escalada de seus impulsos violentos. A própria Marina, objeto de seu desejo, ocupa menos e menos espaço na história contando a partir do momento em que desperta a paixão em Luís. O destaque aqui são, de fato, os pensamentos do protagonista, que não são narrados em fluxo da consciência, mas em formato memorialístico que mistura um passado recente com outro mais longínquo.

Eu, tão sensível a suspense, me peguei constantemente ansiosa para saber o que ia acontecer (mesmo que já soubesse o que ele iria fazer), como iria acontecer, o que Luís estava pensando... Eu queria acompanhar a mutação de sua psique. Graciliano criou uma obra que te explica o que é angústia, essa sensação de constante estiramento mental, sem descanso, sem alternativa. Luís é assombrado pelos fantasmas de seus antepassados, pelos locais em que viveu, pelo futuro idealizado que perdeu (no passado recente e no longínquo) e também pelo futuro que de fato se estendia à sua frente. A partir da percepção de que era um homem normal, comum, cujos esforços intelectuais - que lhe custavam tanto esforço - em nada lhe distinguiam ou serviam, que seria amassado e ningém nem pararia para ver, Luís me parece surtar. Ele é contemplado com sua própria covardia e fragilidade, e se ressente desse rótulo por saber que tem também em si potencial e capacidade que não é reconhecida para além do nível instrumental de ser uma ferramenta comandada a escrever artigos. Um ChatGPT eficiente como redator rsrsrs (perdão pela anacronia).

Não se engane, contudo: é, sim, uma obra exigente, que não vejo como recomendável a leitores iniciantes. Para a época da publicação, quase um século atrás, vejo como tendo uma linguagem fluida e fácil de entender, mas há regionalismos, formas mais inovadoras e indistintas, pouca marcação temporal, profusa presença de personagens (confundindo a mente do leitor) e mais desafios que certamente não conseguirei recordar. Não é difícil, mas deve ser um livro encarado com seriedade, mesmo que seja apenas uma leitura feita por pura diversão - algo que ela não deixa de ser, pois nos encanta muito.

Ainda que Luís seja doente e que eu sinta, sim, repulsa por ele, por seus pensamentos sórdidos, agressivos, pouquíssimo empáticos, também sinto pena e compreendo sua dor. Ele não foi tratado como humano, era um animal, mas um animal que sonhava, sensível à derrota e à dor, capaz de ressentimento e memória. Luís é um caso de estudo de seres humanos falhos per se e também expostos a ambientes insalubres. Não foi a natureza de Luís e nem o ambiente que o tornou quem é... Foi a combinação e a interação entre os dois. Bravo, Graciliano! A obra de uma vida. Incrível.
Wash2 27/10/2024minha estante
Que bacana Débora! Resenha muito inspirada e lúcida de mais essa obra-prima do Graciliano ???




Mateusmesquita1 24/10/2024

Se eu tivesse que definir o angústia em apenas uma palavra seria "angustiante". Tudo nele remete ao título; o fluxo narrativo de pensamentos da cabeça de um maluco, o ápice do livro; os rodeios que o autor faz; os sonhos... Literalmente tudo, tudo uma angústia.
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Diana 22/10/2024

Angústia eu senti...
Mais um clássico que me frustrou. Não gostei da escrita não me pegou, foi muito penoso de ler 80% rsrs. Os outros 20% eu gostei, bom enredo, bem novelao.
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Nem sempre um leitor 20/10/2024

Não achei um grande musse
Eu decidi ler ?Angústia?, de Graciliano Ramos, depois de ver muitas resenhas e vídeos falando bem do livro. A obra é amplamente aclamada e eu estava curioso para tirar minhas próprias conclusões. Planejo ler ?Vidas Secas?, do mesmo autor, no futuro, mas por enquanto, vou falar sobre a minha experiência com esse aqui.

Eu sei que o livro se passa nos anos de mil novecentos e trinta, e logo de cara, percebi que a leitura tem um ritmo bem característico daquela época. Senti que o autor utiliza um fluxo constante de pensamentos, algo que me lembrou um pouco a escrita de Clarice Lispector, que também é conhecida por essa abordagem introspectiva. Essa técnica acabou tornando a leitura arrastada para mim, e confesso que terminei mais por obrigação do que por prazer.

O personagem Julião Tavares é mencionado repetidamente, e embora isso faça parte do estilo do autor, acabou não me prendendo tanto quanto eu esperava. Por outro lado, algumas passagens e ensinamentos me chamaram a atenção, principalmente quando o livro aborda a angústia do protagonista em relação à perda de sua amada, Mariana.

No fim das contas, não achei o livro totalmente ruim. Eu diria que cerca de sessenta por cento dele foi decepcionante para mim, mas o restante conseguiu me agradar em alguns momentos. Talvez eu estivesse com expectativas muito altas ou não estivesse no momento certo para apreciar plenamente a obra.
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Joao.Almeida 13/10/2024

Um mix de sentimentos que gira em torno da angústia. O autor consegue retratar essa emoção em toda a sua intensidade, o que tornou a leitura um pouco difícil de acompanhar essa leitura. No entanto, fiquei interessando em descobrir até onde conseguiria seguir adiante, mesmo com o incômodo provocado pelo enredo.

A história é narrada pela perspectiva de Luís da Silva, que leva uma vida simples, indo de casa para o trabalho e vice-versa. Até conhecer Marina e a partir desse encontro sua existência se desestabiliza. Apesar de tudo o que Luís sofreu, não é fácil sentir empatia por ele, seus modos e sua forma de pensar me incomodaram bastante. Ainda assim, o livro oferece reflexões interessantes, como a perda do sobrenome da família ao longo das gerações.
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nileverino 12/10/2024

Precisava me recuperar de uma ressaca literária com algo que me forçasse a prestar atenção, a não deixar escapar detalhes; perfeito. As linhas do tempo que Graciliano tece não deixam a desejar.
A forma com que Luís narra sua vida - indo do presente a uma tentativa de recapitulação que culmina em uma confissão - é cativante, tentando aqui dizer que consegui me sentir em Maceió do início do séc. XX dentro de um ônibus, aqui em 2024.
A angústia, título do livro, aparece de forma visceral nas últimas 50 páginas, com uma descrição tão cinestésica que cheguei no fim do livro suando com ele.
Uma leitura nacional indispensável, especialmente àqueles interessados em ler a experiência urbana dos que saíram da zona rural à época de uma forma não caricaturada (ironias à parte).
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Karine Monteiro 11/10/2024

Entediante!
Minha primeira leitura de Graciliano Ramos. Comecei com uma expectativa de leitura boa, mas a realidade foi muito ruim.. rs
Livro tedioso, angustiante, repetitivo, e difícil de terminar. Não recomendo!
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lelethy 09/10/2024

Graciliano se tornou um dos meus autores favoritos, em relação a muiiita coisa!! Conheci as três obras principais pela Internet e me atiçou muito a curiosidade.

Três livros e pra mim, o melhor dele é Angústia! É literalmente meu tipo de leitura favorita, uma crítica, uma tristeza, um desespero e uma angústia. Vou ler São Bernado logo logo
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pelpastel 08/10/2024

Lido para realização de um trabalho, entretanto um conteúdo cativante. apesar de ser chatinho, é uma história legal que vale a pena ser concluída.
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Bruna 07/10/2024

Muito ruim
Graciliano descreveu muito bem no posfácio do livro o quão ruim ele é, repetitivo, não chega a lugar nenhum, não vale a pena e não recomendo. Nem o próprio autor gostou.
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vini_www 07/10/2024

De fato, esse livro me deixou angustiado. os delírios do personagem ao mesmo tempo que me incomodovam, me punham a refletir.
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