Minha querida Sputnik

Minha querida Sputnik Haruki Murakami




Resenhas - Minha querida Sputnik


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Andre.28 21/06/2020

Murakami: A Sensibilidade De Um Tradutor De Sentimentos
Não consigo escrever pouco sobre esse livro, então deixei a resenha mais uma vez no blog. Quem estiver interessado o link está logo abaixo. Desde já agradeço a quem estiver com paciência para ler ;)

https://osmoseliteraria.blogspot.com/2020/06/murakami-sensibilidade-de-um-tradutor.html
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joaoggur 01/02/2024

Meu querido Murakami.
O narrador (o professor K.)ama Sumire. Sumire ama Miu. Miu não sabe quem ama. Nem o narrador, aliás. Este quase poema Drummondiano é o retrato do triângulo amoroso desenvolvido em Minha Querida Sputnik.

Indubitavelmente é um livro com muito mais camadas do que se aparenta; no começo acreditamos que é um simples romance entre duas mulheres que descobrem-se atraídas pelo mesmo sexo, e cada vez mais a história vai se tornando algo mais cabulosa (de friendzone a um desaparecimento numa ilha grega) , com um final extremamente interpretativo. Muitos dos elementos das obras de Murakami se apresentam nesta obra, - a melancolia, a solidão, a decepção nas relações amorosas, - e jamais tais fatores apresentam-se de forma avulsa, sem coincidir para a consolidação da narração.

Esta é aquele tipo de leitura que não há fatos atrás de fatos, acontecimentos que intercalando-se chegarão a um ápice; as relações entre os personagens e seus fantasmas reprimidos são muito mais essenciais para a trama do que os fatos em si. E talvez seja a complexidade dos personagens que torne uma leitura tão interessante; é impossível concluir a leitura sem sentir um gosto de dúvida, crendo que nem todas as peças do quebra-cabeça são apresentadas. Sem spoilers, a cena da roda-gigante & o arco do desaparecimento são poços de metáforas.

Além das características básicas de sua escrita, Murakami monta uma história cheia de mensagens nas entrelinhas (que boa parte delas, admito, ainda permanecem cavernosas para mim), que rende debates e discussões sobre o que transcende o real.

Genial.

?Então me ocorreu que, apesar de sermos companheiras de viagem maravilhosas, no fundo, não passávamos de duas massas solitárias de metal em suas próprias órbitas separadas. A distância, parecem belas estrelas cadentes, mas, na realidade, não passam de prisões, em que cada uma de nós está trancada, sozinha, indo a lugar nenhum. Quando as órbitas desses dois satélites se cruzam, acidentalmente, podemos estar juntas. Talvez, até mesmo, abrir nossos corações uma à outra. Mas só por um breve momento. No instante seguinte, estaremos na solidão absoluta. Até nos queimarmos completamente e nos tornarmos nada.?
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Luiz Souza 26/07/2024

Infinito Particular
O livro conta a história de um amor não correspondido , Sumire amava Miu , mas Miu não nutria amor romântico pela mesma só uma bela amizade tanto que ajudou a amiga lhe dando um emprego em sua empresa que herdou dos pais sim Miu é uma nepobaby assumida.

Sumire é uma escritora com intensa criatividade capaz de escrever muito queria ser igual a ela kkkk.
Ela tem uma amizade com o professor K , um professor de educação de séries iniciais.
K se apaixona por Sumire mas nunca disse a ela ou seja um triângulo amoroso em que ninguém sabe de nada só as pessoas que sentem tal sentimento.

A história vai falar sobre o sentido da vida , qual o seu lugar no mundo e outras questões bem filosóficas se você não gostar muito desse estilo de narrativa talvez não seja muito sua praia.

Teve uma cena bem esquisita por sinal quando o professor ficou imaginando que gatos queriam lhe pegar bem bizarro kkkk.

Tem a cena de Miu na roda gigante também muito forte.

A história foi bem legal , apesar de ser um livro oriental o autor fez todos viajarem para as Ilhas Gregas um lugar bem bonito por sinal.
O autor usou bastante do recurso subjetivismo extremado : um mergulho na alma do personagem que vai cavando cavando até chegar ao o que o personagem está pensando ou sentindo mas ele faz isso de modo bem lento.

Livro que faz explodir um pouco a cabeça kkkkkk.
Como dizia Sumire no livro Sonhar viver dos sonhos a jovem é bem filosófica.



Ótima leitura.
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Will Monteath (autor) @willmonteath 23/07/2020

TCHARAMMMMMM
O livro começou bonito, porém morno, bem escrito, poético, mas bemmm água com açúcar. Suquinho de caju mesmo. E aí, eis que de repente... TCHARAMMMMMM. Meu mundo foi virado de cabeça pra baixo, meu estomago embrulhou, meu coração acelerou e minha mente deu um nó cego difícil de desatar.

Powwww. In your face. Esse é o Murakami que eu conheço - pensei, entusiasmado.

E aí eu fiquei preso naquele mundo solitário e misterioso, escutando uma monte de coisa que o Mura (me sinto íntimo) falava que ficava farfalhando (que é uma palavra bem legal), até que... powww de novo! Veio uma parte desconexa do menino Cenoura, que precedia o final e que, com certeza, teve um sutileza que eu não pesquei.

Por último, um final aberto que me deixou tonto como se tivesse tomado um direto do Mike Tyson. Mas foi um soco gostoso, até. Lambi o sangue que escorreu do meu nariz e me senti vivo. Gostei e recomendo.

@willmonteath

site: www.willmonteath.com.br
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Conrado 04/08/2014

Minha querida Sputnik
Muito bom, mas confesso que esperava que aparecesse, na última página, uma segunda lua, menor e disforme, verde, no céu.
Renata CCS 14/08/2014minha estante
Seu comentário me deixou curiosa a respeito do livro. Já está em minha lista de futuras aquisições.


Rodrigo 29/07/2015minha estante
De fato, seria bem interessante rsrs




Marina 12/05/2021

Eu sempre achava que Murakami era um dos meus autores preferidos porque já li um quantia considerável e conversava também muito sobre ele com outras pessoas. De fato dois de seus livros me são muito especiais, mas Minha Querida Sputnik evidenciou como, com exceção de Norwegian Wood e Tsukuru Tazaki, pra mim, sua narrativa é um tanto mediana e, com acúmulo, previsível. Nessa obra em específico, não há profundidade suficiente nos personagens, de forma que não consegui me conectar e me importar com nenhum deles ao longo da história. As motivações além de rasas parecem simplesmente toscas, bregas. Fica a sensação de que tudo de alguma forma é facilitado por meios mal construídos pra chegar no final que o autor desejava e a forma com que usa a fantasia aqui parece feita de qualquer jeito, com a desculpa de que é fantasia então tudo pode, mas nada faz muito sentido?! Kafka à beira-mar ainda é um dos que quero muito ler, mas me sinto um tanto saturada de Murakami, considerando abandonar até mesmo a última parte de 1Q84, que tem sido outra decepção.
Marlo R. R. López 14/07/2021minha estante
Murakami é um dos escritores que mais se repetem, na minha opinião, a ponto de ficar insuportável depois de um tempo. O primeiro livro que a gente lê dele é maravilhoso; o segundo, excelente; do terceiro em diante, a mesmice dos enredos e a prosa rasa vão ficando cada vez mais evidentes. De vez em quando aparece um livro dele fora da curva e muito bom, mas não é sempre.




bel 06/11/2021

???,5
Conheci esse livro graças a uma pessoa muito especial e agradeço muito a ela.

A história conta sobre Sumire, uma jovem que largou os estudos para trabalhar como escritora, ela tem um amigo chamado K., que é apaixonado por ela e também é o nosso ponto de vista no livro, a história é contada por ele. Sumire conhece Miu, uma empresária bem-sucedida e casada, e essa amizade muda totalmente a vida dos três.

Eu gostei muito de como Haruki montou o mistério do livro, porem não gostei de como ele finalizou, pois eu gostaria de uma explicação melhor, para mim ficou em aberto o final e isso fez com que o livro perdesse o brilho dele.

Apesar dessa falta de esclarecimento o livro é muito bom, me prendeu durante a leitura, a escrita do Murakami é linda e me deixou com muita vontade de conhecer outras histórias dele.

Recomendo o livro.
Márcio M. 09/11/2021minha estante
Amei a resenha, Bel. ?? Infelizmente é comum os desfechos ficarem em aberto e sem explicações. Eu também não gosto. Prefiro as obras dele mais realistas e bem finalizadas.


bel 09/11/2021minha estante
Que bom que gostou :)




Rosie 21/02/2009

Minha querida Sputinik é um livro lindo, sobre o amor nos tempos atuais… Ou sobre a impossibilidade dele… Ou sobre as diferentes formas como ele se realiza… É um triângulo amoroso com toques de surrealidade, uma delícia de ler…

Sumire é uma jovem de 22 anos que pretende ser escritora e dedica seus dias a isso mas só tendo histórias incompletas, ou começos ou fins… Nunca se apaixonou até conhecer Miu, uma mulher experiente e imponente, ex-pianista e empresária de vinhos. Miu convida Sumire para trabalhar para ela e, juntas, as duas acabam indo para uma ilha Grega passar umas férias. Mas Sumire misteriosamente desaparece… K. é o melhor amigo de Sumire, apaixonado por ela desde que a conheceu, uma paixão platônica que sabia que não se realizaria. Os dois se completam, entretanto, um faz parte do outro e isso é o bastante para K. Quando Sumire desaparece, Miu telefona para ele, que logo embarca para ajudar na misteriosa busca… E, a partir daí, eu já não sei sintetizar o que acontece. Porque é tudo tão surreal e tão significativo que se eu tentasse colocar aqui, com minhas palavras toscas, perderia totalmente a beleza…

Quando li a contra-capa do livro achei que não iria gostar. Não costumo me identificar muito com esses livros de mistério ou suspense porque o final sempre deixa a desejar (pelo menos para mim). “Tá, então foi fulano quem matou. Fim.” ou “Tá, então ela estava o tempo todo naquela caverna, perdida. Fim.” A contra-capa dava a entender que seria um livro assim… Porém o final deste está me corroendo até agora! Não consigo parar de pensar em toda a história, na beleza de muitas cenas, de cada divagação… Nos desejos que não encontram realização, ou que só encontram realização numa outra dimensão, onírica e mágica, mas que não deixa de ser parte da nossa realidade…
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Amanda Bento 19/04/2020

Mais uma pérola do Murakami
Sou apaixonada no jeito que Murakami explica a solidão em suas obras atraves da sexualidade, música clássica ou jazz, mulheres mais velhas e gatos. Leitura indispensável para amantes das reflexões da solidão que de quebra ainda levam uma deliciosa e breve passagem do romance na Grécia.
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Ricardo Tavares 18/07/2021

Minha querida Sputnik
Descrição (AMAZON)
Nesta história de amor e mistério, Murakami constrói um triângulo amoroso incomum e inesquecível.

Em Minha Querida Sputnik, Haruki Murakami nos apresenta um Japão de restaurantes sofisticados e cores vibrantes, e nos leva ao centro de um triângulo amoroso arrebatador e, ao mesmo tempo, incomum.
K. é um jovem professor que vive em Tóquio e é apaixonado por Sumire, sua melhor amiga, uma garota que largou os estudos para se tornar escritora. A vida dela se resume aos livros: eles não só definem o seu dia-a-dia de leitora voraz como também o modo de se vestir.
Mas a chegada de Miu, empresária bem-sucedida e casada, muda o destino de todos. Sumire é tomada por uma paixão avassaladora e, seguindo Miu aonde ela for, acaba criando para si uma armadilha aparentemente sem saída. E K., fascinado por Sumire e nunca correspondido, fará o impossível para salvá-la.
Minha Querida Sputnik é uma história de amor e mistério. A solidão e a fragilidade dos relacionamentos são protagonistas neste romance sedutor, em que Murakami constrói um triângulo amoroso poucas vezes visto na literatura.

Minha opinião
Esse pequeno romance de Murakami representa minha porta de entrada no universo literário do escritor japonês. Sua prosa mostrou-se deliciosa e envolvente. Li avidamente em dois dias. A trama me fisgou de jeito. Murakami utiliza uma coisa que aprecio e ele usa com maestria: a metaficção. O narrador em 3ª pessoa que se transforma em personagem e também narra na 1ª pessoa foi um recurso que me surpreendeu. K é um narrador que muitas vezes nos parece o próprio autor falando.
Os poucos personagens da trama (Sumire, Miu e K) também são ao mesmo tempo enigmáticos e cativantes. Vi-me enredado e preso nas teias trançadas extraordinariamente por esse magnífico autor. A primeira impressão foi muito boa, espero gostar de outros livros de Haruki Murakami.
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mavi.pdf 17/05/2024

* mágico
* minha primeira leitura do Murakami e foi envolvente desde o primeiro parágrafo, como se o próprio tempo desacelerasse para que eu pudesse saborear cada frase! o protagonista, sem nome, é como um espelho da minha própria alma, refletindo minhas dúvidas, meus anseios, minhas paixões mais profundas. com elementos surreais na abordagem sobre questões de identidade, solidão e amor, Murakami muitas vezes incorpora elementos de sonho e imaginação em sua prosa. os encontros intrigantes que K encontra em sua jornada pela Europa são como vislumbres de um sonho lúcido, onde a realidade e a imaginação se fundem em um só. até psicodélico, eu diria.
a escrita de Murakami é como uma poesia em prosa, com beleza e profundidade. ao longo do romance, K reflete sobre sua própria identidade, suas relações com os outros e sua busca por significado na vida. ele se sente solitário e deslocado, em parte devido ao seu amor não correspondido e à sensação de alienação em relação ao mundo. o amor dele só existia em sua mente.
"Minha Querida Sputnik" é mais do que um livro; é uma experiência transcendental, um convite para explorar os recantos mais profundos da mente humana e os mistérios do universo. é uma obra que permanecerá comigo.

"No fim das contas, somos todos viajantes solitários neste vasto universo, buscando conexões8 que nos façam sentir menos sós."


"A solidão é como uma sombra que nos segue, mesmo nos momentos mais luminosos."


"Na vida, nem sempre podemos controlar o que acontece conosco, mas podemos controlar como reagimos."
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dan 07/02/2022

passo a passo de como se perder no personagem
sempre que termino um livro tento buscar nas entrelinhas formas de interpretar a história da maneira mais significativa possível, e assim muitas vezes eu acabo me perdendo na minha própria experiência literária. foram poucos livros que me fizeram sentir a fluidez de cada capítulo sem me perder em devaneios que me levariam a uma conclusão específica da leitura e esses foram livros que me marcaram da maneira mais pura possível, aquela onde posso apenas sentir e me permitir sentir cada nuance do que li, e mesmo que sem metade do entendimento e interpretação necessária para adquirir algum conhecimento concreto eu me vi muito mais atraído e satisfeito que qualquer outra história onde me aprofundei de modo mais técnico e geral. o que eu quero dizer é que posso não ter entendido o conceito real da história, mas vale muito mais a pena sentir do meu jeito e me sentir realizado da forma que me senti fazendo a leitura desse livro. de todo o modo esse seria um livro para digerir por um longo período, o que torna a leitura infinita e sempre irei ter uma parte disso tudo em mim por um tempo significante.
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