Castelo de areia

Castelo de areia Frederik Peeters




Resenhas - Castelo de Areia


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KeniaCandido 07/11/2024

Curti Demais a Leitura!
A graphic novel Castelo de Areia, escrita pelo Pierre Oscar Lévy e com arte de Frederik Peeters é um quadrinho lançado em 2011 pelo Selo Tordesilhas Livros da Alaúde Editorial. Em 2021, essa história ganhou uma adaptação pelo cineasta M. Night Shyamalan no filme Tempo ( Old ). Amanhã conversaremos sobre o filme. Beleza? Mas voltando ao Castelo de Areia...

Particularmente achei a graphic novel bastante provocadora e que proporcionou várias perguntas na minha cabeça durante e após a leitura. Confesso que fiquei bastante empolgada quando ganhei o quadrinho, pois já tinha uma vaga ideia sobre a história. Nos comentários que li, mencionava um pouco de desconforto, mas eu estava tão fascinada pela leitura que fui com sede ao pote e Castelo de Areia é uma baita história em quadrinhos. Não trouxe desconforto que eu imaginava, não nego que adorei a experiência de ler e ter essa graphic novel em mão.

A história começa apresentando uma praia meio recôndita com alguns paredões de pedras altas que deixa a praia reservada e um homem desconhecido saindo de um local reservado da praia. Logo pela manhã, por volta das oito horas, à primeira família chega à praia. Robert e Marianne chegam de carro com os filhos Félix de três anos e Zoe de cinco anos. Também trouxeram, o pequeno Elvis, o cachorro da família. Eles são observados por um homem que estava rodeando a praia. Apesar de Robert não gostar do olhar do homem desconhecido, Robert acaba deixando de lado e focando sua dedicação à família, pois Zoe mostra que Elvis encontrou uma muda de roupa feminina e um colar jogados na praia. Logo em seguida, chega mais um carro com outra família.

Dessa vez, o médico Charles, sua esposa Nathalie, sua sogra e seus filhos Sophie, uma adolescente de quatorze anos e Louis, na mesma faixa etária de Zoe. Essa segunda família resolveu ficar um pouco afastada da primeira família e ao contrário de Robert, Charles é um homem irritado e grosseiro com a família, que acaba refletindo um pouco nos filhos. Os netos não tem carinho amoroso com a avó. Enquanto Robert e Marianne desconfiam que os filhos estão diferentes, Sophie resolve explorar a região da praia e acaba conhecendo Amesan, o homem desconhecido que estava no praia quando a primeira família chegou. Contudo Louis e sua avó, que estavam nadando, encontram o corpo nu de uma moça boiando. Assustada a sogra grita pelo Charles e Robert o acompanha.

Rapidamente Charles deduziu que Amesan era o assassino da mulher e telefonou para o comissário Gaulier, informando que tinha um cadáver na praia. Porém o corpo da mulher não é o maior dos problemas deles e sim o grande mistério que possui naquela região isolada. A sogra de Charles, que estava completamente boa de saúde, começou a passar mal sem nenhum motivo e faleceu misteriosamente. Amesan estava com o nariz sangrando constantemente e todos estavam desenvolvendo e envelhecendo de forma acelerada. Especialmente as crianças, em apenas poucas horas na praia, entraram na puberdade e piorando ainda mais a situação, após a chegada da terceira família, composta pelo escritor Henry, sua filha Florence e pelo enfermeiro Oliver, todos descobriram que não conseguiam abandonar a praia.

Castelo de Areia é uma história bem angustiante e ao mesmo tempo, com várias reflexões. Li a segunda edição de Castelo de Areia que contém um prefácio de Pierre Oscar Lévy que menciona que a história foi criada originalmente para ser um roteiro e posfácio do jornalista Érico Assis que trouxe um texto com algumas referências que se encaixam na história. Ambos os textos são bem agradáveis de ler e achei que iria encontrar algumas explicações, porque terminei a leitura achando a história sensacional, bizarra e tensa, mas com várias perguntas na mente. Principalmente sobre a praia, o mistério que contém na dimensão do espaço e a velocidade do tempo e principalmente, o envelhecimento das pessoas. A história dá ao leitor assuntos importantes como a família, o tempo acelerado, a vida passando diante aos olhos, a sexualidade dos jovens e a perda da inocência e especialmente, como lidar com a morte.

A graphic novel não entrega nenhuma resposta. O próprio leitor precisa procurar as explicações, seja elas através do cenário misterioso ou no comportamento dos personagens. Eles não são perfeitos, possuem suas neuroses, rebeldias, arrogâncias, preconceitos e atos corriqueiros. O tempo deixa bem claro que não para para nós e no quadrinho de Castelo de Areia, o tempo acelera mais rápido ainda. Em vinte e quatro horas, tudo é finalizado. Cada personagem tem seu corpo definhando até a morte em poucas horas. É assustador se for pensar que não tem tempo para alcançar seus objetivos e sonhos ou superar os medos. A arte é impressionante, mostrando os traços dos rostos, o desenvolvimento dos corpos e o envelhecimento dos personagens. Contém algumas cenas de nudez, por isso a graphic novel é focada para o publico adulto ou para jovens amadurecidos.

A leitura da Hq é muito rápida porque contém diálogos curtos e vários quadrinhos sem nenhum tipo de narrativa. Consegui ler num tarde de domingo tranquilamente. O problema foi depois que terminei a leitura, a mente vai à mil. Fiquei me questionando se estou realmente aproveitando meu tempo de maneira correta. Enfim, Castelo de Areia é daquelas obras que te faz refletir sobre a existência e a condição humana sem deixar o mistério de lado. Se você é leitor que gosta de ler e apreciar quadrinhos, Castelo de Areia é uma ótima dica de leitura com assuntos questionáveis sobre a vida e morte. Curti demais a leitura!

site: https://consumidoradehistorias.blogspot.com/2024/11/castelo-de-areia-pierre-oscar-levy.html
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Vitor16Hq 02/11/2024

Qual a semelhança entre essa praia e a morte?
HQ de Frederick Peeters e Pierre-Oscar Lévy, narrando a história de um grupo de pessoas que vai para uma praia achando ser só uma viagem em família, mas acabam presos em um local onde o tempo se passa muito mais rápido.

A HQ serviu de base para o filme tempo, de 2021, eu recomendo as duas versões mas com todo respeito ao Shyamalan, eu prefiro a versão dos quadrinhos.

Essa história explora a vida daquelas pessoas sendo acelerada ao extremo, com as crianças virando adolescentes e depois adultos, os adultos se tornando idosos e os idosos chegando ao fim da vida em questão de horas.

E muito do terror nessa obra, vem um pouco do medo da morte, enquanto alguns personagens vem a morte como algo distante, naquele lugar, vem ela chegando muito mais rápido do que imaginavam.

A história toda são os personagens vendo suas vidas passando, sem ter como fugir dali, tornando a praia um símbolo da morte chegando, não tem como fugir. E só resta a eles decidir o que vão fazer com o tempo de vida que ainda lhes resta.

E conforme as páginas vão se passando e o leitor nota que não tem escapatória, o terror se torna ainda mais forte, é uma daquelas obras que vai ficar presa no cérebro.
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sr_balcão 10/10/2024

Premissa maior que o resultado?
Fico dividido com esse quadrinho mas de uma forma muito específica, porque não é como se tivesse sido algo aquém do que eu imaginava, muito pelo contrário entrega exatamente aquilo que propõem. Uma narrativa surreal de microcosmo com um grupo de humanos, cada um se inclinando numa direção quando a morte se torna evidente.

Acho que talvez eu esteja com muito do filme na cabeça e, pelo próprio fator do roteirista da HQ ser um cineasta, acaba sendo algo que pra mim funcionou melhor no cinema que nos gibis. Isso porquê no longa Shyamalan caprichou em achar inúmeras formas visuais e sonoras de explorar o bodyhorror do conceito tirando da premissa algo único. Já a HQ parece se contentar com a filosofia que nasce do drama apresentado, e não vai muito mais longe em matéria estilistica ou criativa de como enriquecer essa experiência.

Acaba sendo um quadrinho bem feito e perfeitamente adequado mas que soa insuficiente pra explorar tudo aquilo que havia em suas ideias. O filme, ame ou odeie, caminha por uma direção mais segura de suspense e horror, mas dentro dessa proposta se sai muito mais completo. O gibi preso demais no humanismo da situação soa só como uma série de "o que você faria se fosse morrer hoje?", que podia se aplicar a qualquer outra ideia de morte repentina, não necessariamente a do passar do tempo.

Há alguns momentos que brilham mais que outros mas fica a sensação de que deveria ser mais extenso.
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santiago 25/08/2024

Horror contemporâneo
HQ maravilhosa. Original, profunda e simples. Gostei, principalmente, de saber que o tom existencialista da história é intrínseco a inquietações do autor relacionadas à relação homem-Natureza na contemporaneidade. Nisso, é preciso uma sensibilidade tremenda e uma ousadia artística significativa pra tratar disso da forma como Castelo de areia faz, levando medo pro leitor no que diz respeito ao avanço da destruição da Natureza causada pelo ser humano, sempre trazendo outros tópicos relacionados experiência humana, o que torna a leitura bastante rica.
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Carolcali 25/08/2024

Sensacional
Infelizmente eu inverti a ordem que sempre sigo e vi o filme antes de ler a HQ. Acho que se tivesse feito o inverso a história teria me impactado mais. Gostei muito do livro e acho que será uma história que lerei mais vezes!
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Margarete 24/05/2024

Uma história com várias leituras
Não, eu não assisti o filme que teve como base essa HQ (e que foi massacrado pela crítica). E também não curti muito o traço, mas a história é no mínimo curiosa, os personagens são interessantes e eu particularmente eu gosto de histórias surreais. Não espere o esperado em termos de roteiro. Tem muitas camadas aqui.
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poly 30/04/2024

O pior é que eu gostei.
Eu achei tão absurdo que logo depois fui ver o filme e continuei achando absurdo mas eu gostei.

Não tem muita explicação, apenas acontece, mas eu gosto do caos e do entretenimento.

Consigo entender pq muita gente não gostou, mas como uma obra de ficção acredito que dê pra compreender algumas escolhas.
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Nêssa 29/04/2024

Qual o sentido da vida?
Apesar da nudez desconfortante a hq traz uma sensação de reflexão sobre o sentido da vida, a morte, os desejos, os ciclos. A história parece não fazer sentido, pois a praia em questão reduz o tempo de vida daqueles que alí se encontram e todos acabam morrendo de velhice. Descobri que tem o filme na Netflix chamado "tempo" que é inspirado nessa história.
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Nathália 08/04/2024

Intrigante
O tema é muito interessante. O autor fala sobre a decadência e a finitude da vida de forma muito delicada.
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SaraBorges 30/03/2024

Podia explicar mais!
Eu tava bem empolgada pra ler esta hq porque adorei o filme que foi baseado nela: "Tempo". Ao contrário do que muita gente diz, eu achei o filme maravilhoso. Com alguns diálogos expositivos, mas ainda assim, muito bom!

Agora, falando da hq... Eu gostei. Achei que seria melhor que o filme. Não é.
Tem uma mensagem interessante, apesar de batida. Ela é simplesmente contada de uma forma diferente aqui. Mas confesso que o texto nas páginas finais contribuíram pra entender um pouquinho mais da obra.

Podia ter menos situações envolvendo sex0. Não entendi pq as meninas ficaram tão afoitas por isso. Realmente não peguei a mensagem.
E gostaria que os personagens tivessem um pouco mais de profundidade, não só: "Essa é mãe deles", "Esse é o racista", "Esse é escritor". Enfim... faltou. Não me importei com nenhum deles.

No geral, gostei, podia ser melhor. Gosto da explicação do filme, pq na hq dá só uma pista de quem tem alguém observando tudo. Tbm gosto mais do final do filme, mas na hq nos deixa mais reflexivos.
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morgieen 23/02/2024

A fragilidade da vida humana
Todos os dias nós nos perguntamo o que será do futuro? Estaremos saudáveis? Bonitos? Com dinheiro, emprego, amigos, família? O que será das pessoas a nossa volta? Vão estar ainda conosco? Nossos filhos, sobrinhos, netos...vão nos enterrar? Seremos esquecidos. Nossas memórias morreram conosco, e depois as dos nossos filhos, e dos nossos netos. Sem alguém pra lembrar da gente, somos apenas substâncias decompostas dentro de caixões de madeira, presos no cimento, na terra.
Se esse fosse o seu último dia, desperdiçaram com briga? Com ódio ou com amor? Contaria suas histórias ou ia aceitar ser esquecido? Ficaria junto com todos, ou simplesmente se afataria, consumido depois pela tristeza da morte e sua própria fragilidade?
Todos os dias, quando estou perto de perder completamente a paciência, o controle, lembro como o tempo é efêmero, como tudo muda, tudo acaba e recomeça, sem mesmo notarmos de logo. Esse livro só me mostrou como isso é correto. Tudo muda, tudo se altera, acaba levando a algum lugar. Você previu? Parabéns. Foi pego completamente de surpresa? Sinto muito, mas é assim. Seus filhos terão filhos que terão outro filhos, e a rede genética e histórica da raça humana vai continuar, com afinco, preso a essa pedra de água e vida, até que não seja mais possível. Tantas previsões sobre como iremos acabar, onde iremos terminar.
Mas não tem como saber MESMO, aonde acaba, onde começa, como será o caminho até lá. Bem como também não deveríamos tornar isso a maior preocupação da nossa vida, da nossa existência. Inevitavelmente, vamos acabar. Tudo tem um fim, tem um começo. As vezes nos perdemos no que cada um significa, a ordem deles.
Queremos ser eternos, mas nada tem essa honra. Nem nós, seres vivos, nem os astros ou até mesmo os deuses. Tudo inevitavelmente vai acabar. Passar tão rápido, como se acontecesse tudo num dia. Um dia pela existência do universo.
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Wildsley.Mathias 21/02/2024

Tempo é angústia
Uma metáfora ao tempo sob a ótica de um mistério inexplicável que se passa num passeio despretensioso numa praia. Cada pessoa, cada geração reage de forma diferente a passagem acelerada do tempo, seja nos impulsos, nos preconceitos, nos questionamentos ou nos arrependimentos. Mas uma coisa é certa: quanto mais se atentam ao tempo que se passa e ao que não pode ser alterado, mais aflitiva e angustiante torna-se a breve vida dos personagens. O que faz o leitor pensar sobre a própria passagem de tempo para si, envelhecimento, morte, família, experiências etc.
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Jão 18/02/2024

Nem sei se pode chamar essa bomba de livro, porque né...
E que coisa com mostra partes íntimas de menores.
A história de certa forma pode ser legal, mas a forma como é contado é triste.
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Joas.Henderson 10/02/2024

A natureza é apenas a natureza..
?A natureza não se importa se você construiu uma boa vida ou se você foi mau sujeito, se voce é racista ou se você é ecologista, se você é uma criança com muitas décadas pela frente ou um velho demenciado. A natureza chega e nem muralhas, nem fossos podem impedir!?
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caroldea 14/01/2024

Intrigante
Assisti o filme ?Tempo? e não pude deixar de conferir o livro que o inspirou. Adoro quadrinhos então sou suspeita pra falar. A história é muito interessante e faz a gente ficar muito reflexivo. Fechei o livro com a pergunta na cabeça ?ao lado de quem eu quero envelhecer??
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