Olhai os lírios do campo

Olhai os lírios do campo Erico Verissimo




Resenhas - Olhai os Lírios do Campo


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Thathithas 02/08/2023

Será que o sacrifício é a solução?
Entendo que o personagem sofreu grandes perdas, tem uma transformação gigante, mas a segunda parte do livro é um pouco massante, chata, cheia de lições sobre compaixão e sacrifício.

Até que ponto o sacrifício da sua vida é dos seus vale a pena? Ou até que ponto viver em uma bolha pelos seus próprios interesses e desejos é um grande problema? Temos os dois extremos no livro e é interessante a falta de equilíbrio. Sim, a vida tb é assim, paciência.

Mas, infelizmente achei um pouco chato essa busca de Eugênio pela redenção.
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Stella 26/07/2023

Não é ruim, mas achei o começo um pouco chato. Paradão. Porém tem muita reflexão boa no livro. Não é surpreendente. Acho que não era a leitura que eu precisava ter lido nesse momento.
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Daniela200 23/07/2023

O prefácio do autor diz " Há em Olhai os Lírios do Campo uma filosofia salvacionista barata que me faz perguntar a mim mesmo como pude escrever tais coisas..."
Realmente há essa filosofia no livro, linda, surpreendente e cheia de reflexões tão válidas ainda nos dias atuais.
A trajetória de Eugênio, com sua infância pobre, sua trajetória estudantil, o casamento de interesse, o amor desinteressado...
Livro lindíssimo.
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Ana Paula 21/07/2023

Belo
Olhai os Lírios do Campo, Érico Veríssimo

Nota 8 de 10
Um romance próprio para férias, cheio de dramas psicológicos e personagens intensos.
Um retrato social da década de 30.

Apesar do próprio autor tecer duras críticas à sua obra, este livro foi para mim encantador.
A estória de Eugênio, um rapaz pobre, cheio de ambição e medo que teve que apanhar da vida para amadurecer e entender quais valores fazem uma existência humana ter sentido.
Minha personagem favorita foi Olívia, mas tive muita simpatia pelo velho Seixas.
Segue um trecho que me levou a uma reflexão bem demorada:
"...Homem, por que trabalhas com tanta fúria durante todas as horas de sol? - ouviria esta resposta singular: Para ganhar a vida. E no entanto a vida ali estava a se oferecer toda, numa gratuidade milagrosa.(...) Nem com todas as conquistas da inteligência tinham descoberto um meio de trabalhar menos e viver mais. Agitavam-se na terra e não se conheciam uns aos outros, não se amavam como deviam. (...) Devemos ser um pouco como cigarras."
Pág 272
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legarcia 18/07/2023

A vida que realmente importa
Iniciei a leitura quase que no automático, peguei o livro e me coloquei a ler sem muito pensar previamente. E logo deparei-me com uma forma de narrar muito fluido e íntima. Sentia que estava sendo carregada para dentro do personagem Eugênio, andando as escadas com ele, subindo no veículo e indo em direção à cidade, lembrando de Olívia e sentindo a aflição, mesmo sem conhece-la ainda.

Inicialmente, somos apresentados a um Eugênio vivendo humilhações, sentindo-se envergonhado e inferior por sua condição material, um Eugênio que foi estudante de medicina, que tornou-se médico, doutor. E não obstante a conquista de seu maior desejo, de obter o sucesso que imaginava, sua vida era repleta de falsidades. Ele não era honesto com sua alma nem dentro do casamento, o qual se deu por interesse. Constantemente ele apresenta essa visão extremamente materialista, pela qual ele coisifica tudo e todos e é coisificado.

Na faculdade, porém, ele tem Olívia, uma mulher não tão atraente fisicamente, quem o conecta com o transcendental. É com ela que ele compartilha conversas e momentos profundos, ela é quem o apresenta a um mundo maior. Só que isso não é o suficiente para que ele escolha viver uma vida desprendida do apenas material. A eminente morte de Olívia é o elo rompido responsável por estremecer a vida cotidiana de Eugênio.

É possível perceber ao longo do livro uma polifonia de classes ideológicas condensadas em discursos e personagens. O autor utiliza essa técnica de ponto e contraponto, a qual pra mim se mostrou de muito valor.

Um dos pontos altos do livro pra mim são as cartas de Olívia, verdadeiras consolidações da ética de viver, expondo o cristianismo que se realiza no outro. A partir da leitura das cartas, Eugênio sofre uma transformação tamanha que mesmo tendo decaído de posição social, sente-se preenchido existencialmente, vivendo pelo que realmente importa.

O livro é divido em duas partes, poderia seguir uma linha de pensamento que me levaria a conclusão de que a segunda parte é uma panfletagem piegas e inocente, assim como o Erico disse tempos depois. Entretanto, surpreendendo até a mim mesma, a parte final foi tão linda é tão tocante que não consigo compartilhar dessa opinião. Penso que é um livro que deixa como mensagem algo que é o mais precioso nessa vida: o olhar para o que é transcendente e o desapego com o que é apenas material.

A leitura dessa obra me marcou profundamente. Encantei-me com a maneira de conduzir a narrativa e pela mensagem de amor que Erico Verissimo nos deixou com esse livro. Recomendo a todos!
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Paty 14/07/2023

Olhai os Lírios do Campo
A primeira parte do livro, na qual acompanhamos o protagonista Eugênio descobrindo que Olivia está morrendo e se deslocando na tentativa de encontrar a amante/amiga antes que ela dê seu último suspiro, pra mim é onde esta o ouro deste livro! Eugênio vai lembrando sua própria trajetória e repensando suas escolhas de vida de forma muito sincera e que batem naquela reflexão que a gente sempre esbarra quando está diante da morte de alguma forma: "e se eu tivesse feito as coisas de um jeito diferente?"

Já a segunda parte do livro é um pouco decepcionante: a narrativa é mais parada, mais moralista e, consequentemente, mais cansativa. Tem um ou outro acontecimento que acabam sendo mais interessantes, mas o arco de desenvolvimento do protagonista parece já ter se concluído na primeira parte, então nada parece impactar muito a vida dele....

Não sei se era minha expectativa que estava muito alta, mas não achei o livro nada demais e, num certo ponto, bastante esquecível... o que é uma pena, pois eu realmente queria ter gostado mais dele. Mas é um livro ok.
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Bruno 09/07/2023

Uma Ode à Simplicidade
De escrita vigorosa, numa narrativa cinematográfica, "Olhai os Lírios do Campo" de Erico Veríssimo fala da ganância que destrói os homens e as famílias.

Em uma eterna disputa entre o bem e o mal, o otimismo e o pessimismo; a obra é uma verdadeira ode à vida simples, aos momentos de pura singeleza e, portanto, inesquecíveis.

"Às vezes devemos ser como as cigarras", afirma Olívia, uma das principais personagens do livro. Eu, particularmente, tendo a concordar com isso. A vida é bela por ser simples, mas jamais simplória.

Nota 4 de 5 estrelas.
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dpdpdp 06/07/2023

Sobre olhai os lírios do campo
Tão interessante e instigante a acurácia com que érico aborda os conflitos e perturbações da alma, por meio de eugênio, bem como a medida sensibilidade sábia de olívia. não bastasse isso, ainda está impresso em pano de fundo um relato sócio-histórico muito contundente, às vestes de uma sociedade que alimentava, em burburinhos e convicções, aquilo que veio a ser a faísca para o crescimento do totalitarismo, do ódio social e dos diversos conflitos globais surgidos após a publicação do livro. uma obra para ser lida, relida e apreciada em todas as ocasiões.
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Rosiene5 02/07/2023

O que realmente importa para você?
Olhai os lírios do campo mostra a vida de um garoto que cresceu em um ambiente muito pobre, com pais humildes , amorosos e que lutaram muito para que ele frequentasse a escola. O contato de Eugênio com pessoas de classe mais alta fez ele desenvolver um grande complexo de inferioridade e uma obsessão para sair daquela pobreza. Eugênio vive em constante conflito interno, amava os pais, mas a pobreza e a humildade deles o envergonhava e ele sentia-se culpado por esses sentimentos. Já adulto, formado em medicina e apaixonado por uma mulher maravilhosa, Eugênio ainda não se sentia satisfeito, o peso da invisibilidade social era um tormento em sua vida e foi então que ele decide casar-se por interesse acreditando que tudo iria mudar. Casado e rico Eugênio ainda sente-se vazio e infeliz, um estranho naquele meio e a partir daí começa uma série de reflexões sobre aquilo que realmente importa na vida.
O livro é ambientado no começo do anos 30 e tem pautas importantes como a falta de saúde pública, de educação sexual, miséria, guerras, antisemitismo, a modernização do Brasil e a questão do que realmente importa na vida de cada um.
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Dilson Vargas Peixoto 28/06/2023

Letras próximas da vivência
Inicialmente acreditei que fosse me entediar com o romance. A surpresa veio quando me envolvi com a escrita simples e fluída, me reconheci em algumas cenas e percebi que a trama falava da vida. Não foi à toa que essa obra alavancou a carreira literária de Érico Veríssimo.
As atitudes de Eugênio, suas ambições, dilemas e aprendizados são próximos dos que passamos. Assim como nós, ele aprende com o passar do tempo, amadurece, é influenciado e influencia. As cenas que surgem, de uma Porto Alegre da primeira metade do século XX, podem se repetir em cada cidade atualmente. Apesar de naquele tempo não haver celulares e nem mesmo internet, muitos comportamentos, misérias e lutas diárias são as mesmas.
É uma leitura super indicada.
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Henrique Fendrich 25/06/2023

Verissimo escrevia "fácil" e simples, mas quanta ternura ela conseguia reunir em suas histórias! Este é mais um daqueles seus romances sensivelmente lindos. Um trecho selecionado:

"Se naquele instante - refletiu Eugênio - caísse na Terra um habitante de Marte, havia de ficar embasbacado ao verificar que num dia tão maravilhosamente belo e macio, de sol tão dourado, os homens em sua maioria estavam metidos em escritórios, oficinas, fábricas... E se perguntasse a qualquer um deles: 'Homem, por que trabalhas com tanta fúria durante todas as horas de sol?' - ouviria esta resposta singular: 'Para ganhar a vida'. E, no entanto, a vida ali estava a se oferecer toda, numa gratuidade milagrosa. Os homens viviam tão ofuscados por desejos ambiciosos que nem sequer davam por ela. Nem com todas as conquistas da inteligência tinham descoberto um meio de trabalhar menos e viver mais. Agitavam-se na Terra e não se conheciam uns aos outros, não se amavam como deviam. A competição os transformava em inimigos. E havia muitos séculos, tinham crucificado um profeta que se esforçava por lhes mostrar que eles eram irmãos, apenas e sempre irmãos."
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anajusto 25/06/2023

Esse é um dos melhores livros que já li já minha vida.
mesmo depois de meses que o li, sinto que a história ainda está viva dentro de mim. é uma história que conversa comigo de várias formas. alem disso, ampliou meus horizontes no que se diz respeito a quais são as minhas motivações em vários aspectos da minha vida.
o livro traz em seu enredo tudo o que gosto: críticas sociais em relacao a classe e genero, a realidade crua e dura, personagens que não são perfeitos mas que não são menos dignos de compaixão, alem de cenas lindas e emocionantes.

?????????? + ?
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jackpveras 25/06/2023

Perfeito
Esta é uma obra que eu sempre quis ler, mas adiava a leitura ao priorizar a literatura europeia. Semana passada, resolvi encarar a história de Eugênio e Olívia e fiquei maravilhado/assustado com as voltas e reviravoltas que o destino dos dois personagens sofreu.
A ressaca literária veio intensa.
A pergunta que sussurrei, após o término da história:

- Por que não li este livro antes???
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Gysselle.Almeida 24/06/2023

Quanto vale ser feliz?
Eugênio pensava que a felicidade era ter dinheiro e status.estar em ascensão e esquecer a infância sofrida em pobreza.
Tomou ações e decisões que o levaram para o patamar que queria , só que lhe faltava algo, paz e felicidade.

Ele percebeu que em pequenas coisas e em momentos se encontra a paz que o espírito necessita e a felicidade que a vida almeja.

Amei demais a leitura.?
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