Olhai os Lírios do Campo

Olhai os Lírios do Campo Erico Verissimo




Resenhas - Olhai os Lírios do Campo


784 encontrados | exibindo 661 a 676
45 | 46 | 47 | 48 | 49 | 50 | 51 |


Lerissa K. 04/01/2014

Considerai os lírios do campo. Eles não fiam nem tecem e no entanto nem Salomão em toda a sua glória se cobriu como um deles.
Dr. Eugênio Fontes. Um sujeito triste e infeliz, que fez tudo errado na sua vida. Erro após erro, perseguindo apenas suas ambições. Um homem perdido. Ou talvez não.

Terminei de ler esse livro em poucos dias e apesar de o achar pouco cativante à princípio, a parte II me prendeu totalmente. Olhai os Lírios do Campo é um livro marcante, que sem dúvida nos deixa a refletir acerca de muito do que ele expressa e talvez seja por isso que ele se tornou um dos meus favoritos. Nos faz pensar muito na vida e naquilo que realmente vale a pena para cada um de nós. Será que vale a pena perseguir apenas suas ambições, sua sede pelo sucesso? E deixar de lado aquilo que realmente vale a pena? Será o dinheiro tudo na vida de uma pessoa?

Essa cativante obra de Érico Veríssimo conta a história de Eugênio, ou Genoca, se preferirem. Um indivíduo que desde a sua pobre infância, sonhava em ser melhor do que aqueles que ele conhecia, em subir na vida e viver em uma realidade melhor do que aquela em que ele vivia. Cresceu, seguiu o ramo da medicina, conheceu Olívia, sua colega. Formaram-se, tornaram-se amigos, ou na verdade, bem mais do que isso.

Mas Eugênio conheceu Eunice, filha do Cintra, de família rica, abastada. Os dois tinham gênios muito diferentes, e Eugênio se vê diante de uma encruzilhada que mudará sua vida. Hesita um instante, mas segue em frente, movido por seu desejo egoísta de alcançar o sucesso e ganhar dinheiro. Mas com o tempo, vendo Olívia à beira da morte, percebe qual foi o maior erro da sua vida.

E então, ele vê diante dele a grande oportunidade de mudar sua vida totalmente, de livrar-se da cegueira que o dominava e de buscar tudo aquilo que realmente lhe fará feliz.

Esses são basicamente os principais traços da história. A forma em que o enredo é escrito, faz com você sinta na própria pele as angústias e os impasses da vida de Eugênio. O livro contém belíssimas reflexões, nas quais realmente vale a pena mergulhar, pois não será tempo perdido.

site: http://lerissakunzler.blogspot.com.br/2013/11/resenha-do-livro-olhai-os-lirios-do.html
comentários(0)comente



Silmara 18/12/2013

a carta de Olivia
Quero que abras os olhos, Eugênio, que acordes enquanto é tempo. Peçote
que pegues na minha Bíblia, que está na estante de livros, perto do rádio, e
leias apenas o Sermão da Montanha. Não te será difícil achar, pois a página está
marcada com uma tira de papel. Os homens deviam ler e meditar nesse trecho,
principalmente no ponto em que Jesus nos fala dos lírios do campo, que não
trabalham nem fiam e no entanto nem Salomão em toda a sua glória jamais se
vestiu com um deles.
Está claro que não devemos tomar as parábolas de Cristo ao pé da letra e
ficar de papo para o ar, esperando que tudo nos caia do Céu. É indispensável
trabalhar, pois um mundo de criaturas passivas seria também triste e sem
beleza. Mas precisamos dar um sentido humano às nossas construções. E
quando o amor ao dinheiro, ao sucesso, nos estiver deixando cegos, saibamos
fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do Céu.
Não penses que estou fazendo o elogio do puro espírito contemplativo e
da renúncia, ou que ache que o povo deva viver narcotizado pela esperança da
felicidade na «outra vida». Há na Terra um grande trabalho a realizar. É tarefa
para seres fortes, para corações corajosos. Não podemos cruzar os braços
enquanto os aproveitadores sem escrúpulos engendram os monopólios
ambiciosos, as guerras e as intrigas cruéis. Temos de fazer-lhes frente. É
indispensável que conquistemos este mundo, não com as armas do ódio e da
violência e sim com as do amor e da persuasão. Considera a vida de Jesus. Ele
foi antes de tudo um homem de ação e não um puro contemplativo.
Quando falo em conquista, quero dizer a conquista de uma situação
decente para todas as criaturas humanas, a conquista da paz digna, do espírito
de cooperação.
E quando falo em aceitar a vida não me refiro à aceitação resignada e
passiva de todas as desigualdades, malvadezas, absurdos e misérias do
Mundo. Refiro-me, sim, à aceitação da luta necessária, do sofrimento que essa
luta nos trará, das horas amargas a que ela forçosamente nos há-de levar.
Precisamos, portanto, de criaturas de boa vontade. E de homens fortes
como esse teu amigo Filipe Lobo, que seria um campeão da nossa causa se
orientasse a sua ambição, o seu ímpeto construtor e a sua coragem num sentido
social e não apenas egoisticamente pessoal.
Não sei, querido, mas acho que estou febril. Este entusiasmo, portanto,
vai por conta da febre.
Ouço agora um ruído. Deve ser a ambulância que vem buscar-me. Senti
um calafrio
comentários(0)comente



Pamy 14/12/2013

Melhor livro do ano!
Não sei como definir essa leitura para mim.Tocante.Profundo.Emocionante.Essas palavras não fazem jus ao livro.Pelo menos para mim,ele foi muito mais.
Olhai os lírios do Campo me fez ficar pensando por horas....até eu perceber que foi o melhor livro que li no ano!
Não da para defini-lo.Ele pode ser o melhor livro do mundo,mas sem dúvidas é o melhor livro da minha vida.Por enquanto,claro.
Não vou fazer uma resenha enorme,mostrando o quanto ele me tocou...
Muitas pessoas podem achar que estou superestimando o livro,como uma amiga minha disse(Aliás ela lê livros clássicos,e seu livro favorito é orgulho e preconceito),mas para mim realmente foi tudo isso.
Recomendo muito a leitura desse livro.Mas para realmente sentir tudo que senti,entre na história,reflita e pense em tudo que o protagonista passou...
Acho que estava muito consumida entre livros de adolescente,para perceber que os livros são muito mais do que entretenimento.
Amei,e sei que não vai ser a mesma coisa mas pretendo reler todo ano!
Mais que recomendado!
comentários(0)comente



jmrainho 03/12/2013

Olhai os Lírios do Campo
Companhia das Letras, 2003 (1938)

----------------------------------------------------------------------

Definição de felicidade de Platão: Música e Ginástica.

Para os vencidos, só compaixão.

Que lhe importa o que lhe possa acontecer de mau daqui por diante? Só através do sofrimento e da luta é que ele poderá encontrar-se a si mesmo Mais tarde há de vir-lhe uma serena aceitação da vida, e no final, talvez ele descubra Deus. A vida começa todos os dias.a

E quando falo em aceitar a vida não me refiro à aceitação resignada e passiva de todas as desigualdades, malvadezas, absurdos e miséria do mundo. Refiro-me, sim à aceitação da luta necessária, do sofrimento que esta luta nos trará, das horas amargas a que ela forçosamente nos há de levar.

Tu uma vez comparaste a vida a um transatlântico e te perguntaste a ti mesmo: "Estarei fazendo uma viagem agradável?". Mas eu te asseguro que o mais decente seria perguntar: "Estarei sendo um bom companheiro de viagem?"

Fugir sempre a toda e qualquer violência, mas saber opor à violência uma coragem serena.

O senhor decerto leu aquele versinho dos dois esqueletos, o do nome e o do pobre, conversando debaixo da terra. O pobre se ergueu e perguntou pro nobre: Onde estão os teus avós nessa ossada branca? O outro não sabia. Todos na morte somos iguais. Mas o que é a morte? A morte, doutor, pode ser um sono sem sonhos. Ou então a via é o sonho da morte...

Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente. São estes intervalos entre um trabalho cansativo e outro trabalho cansativo, estes momentos em que a gente pode conversar com um amigo, brincar com os filhos, ler um bom livro...O erro é pensar que o conforto permanente, o bem-estar que nunca acaba e o gozo de todas as horas são a verdadeira felicidade. É preciso o contraste.
comentários(0)comente



Amanda 24/10/2013

Maravilhoso
Érico Veríssimo foi um grande escritor gaúcho, que nasceu no Rio Grande do Sul em 1905 e, já em 1932, com apenas 27 anos publica seu primeiro livro. Em 1938 publica “Olhai os lírios do campo”, que é considerada por muitos a obra prima de Érico Veríssimo. o livro foi publicado em pelo regime ditatorial do Estado Novo e o autor tem a coragem de trazer temas altamente críticos e sociais de análise da sociedade brasileira daquele período.
A trama é situada em Porto Alegre e é ambientada na década de 1930. O personagem principal é Eugênio Fontes. Todo o romance se desenvolve em torno dele. Entretanto a figura de Olívia é tão presente na vida de Eugênio que ela passa a ser também protagonista da história. O livro é dividido em duas partes e sua narrativa não é linear A primeira parte é permeada de lembranças e é exatamente nessas lembranças que Olívia se faz presente.
A vida de Eugênio vem toda à sua mente durante uma viagem de carro e dessa forma somos convidados a conhecer sua família, sua infância pobre, sua adolescência e sua vida de acadêmico de medicina. Através de fatos selecionados, principalmente fatos que eram para Eugênio motivo de vergonha e humilhação, podemos ter uma ideia da personalidade do nosso personagem principal. Podemos também descobrir as motivações para suas escolhas ao longo da vida. A morte de Olívia faz com que Eugênio repense todas as suas convicções. Ou seja, a segunda parte do livro é uma reconciliação de Eugênio com o mundo e consigo mesmo.
As denúncias sociais feitas por Érico Veríssimo se delineia, não por confrontos abertos, ou pelo personagem principal vivenciar algum tipo de perseguição política. Mas sim, pelos diálogos travados entre os personagens secundários, na maior parte das vezes, a respeito da validade do capitalismo, a respeito do nazismo, monopólios, aborto, situação dos judeus, divórcio, Deus. Já a pobreza e a necessidade de saúde pública de qualidade são temas frequentes na segunda parte do livro. “Olhai os lírios do campo” é, portanto, um romance atual e emocionante. Realista e permeado de denúncias sociais e até mesmo morais.

Para quem quiser ler o livro:

http://www.assisprofessor.com.br/documentos/livros/Erico%20Verissimo%20-%20Olhai%20os%20Lirios%20do%20Campo.pdf
comentários(0)comente



Mariana113 23/10/2013

Sermão da Montanha
" Eugênio Pontes, moço de origem humilde, a custo se forma médico e, graças a um casamento por interesse, ingressa na elite da sociedade. Nesse percurso, porém, é obrigado a virar as costas para a família, deixar de lado antigos ideais humanitários e abandonar a mulher que realmente ama. Sensível, comovente, "Olhai os Lírios do Campo" é um convite à reflexão sobre os valores autênticos da vida. ''

Olhai os lírios do campo foi um livro que me ensinou um novo jeito de ver a vida, sua alta reflexão sobre o ser humano e seus sentimentos é magnífico. Seus personagens nos mostram como podemos sempre está aprendo e nunca é tarde para mudar. Eugênio aprende isso de uma maneira nada fácil, e Olívia é a principal responsável por isso, todos anos em que acompanhou Eugênio, ela sempre tentou ensiná-lo algo. As cartas de Olívia são minhas parte favoritas, cada uma me mostrou outro jeito de ver certas coisas , eram cartas espirituosas. É um livro espirituoso, que faz você repensar todos os seus conceitos, mesmo tento sido publicado em 1937.
comentários(0)comente



Bruna 29/09/2013

Romance publicado em 1938 Olhai os lírios do campo é um dos livros nacionais que maior número de edições alcançou. Esse romance (na acepção amorosa da palavra) vem conquistando o público leitor com sua linda, porém dramática história de Eugênio e Olívia. Entretanto, Erico não escreve somente mais uma história de amor, o ponto principal da obra é a lição de vida que ela nos passa: o respeito aos nossos ideais. Olhai os lírios do campo narra a história de Eugênio, um jovem médico, que sofre a angústia do mundo moderno. O livro divide-se em duas partes sendo a primeira o cruzamento de dois níveis temporais: o presente: aqui temos Eugênio dentro do carro em direção ao hospital para reencontrar sua amada Eugênia, rememorando os fatos que fazem parte do seu passado, onde, junto a ele, relembramos sua infância, seus traumas, seus aprendizados com Olívia, o casamento com Eunice, a frustração, o sentimento de se ter vendido para vencer. A segunda parte desenvolve-se de maneira mais linear, embora o passado se misture ao presente da filha. Assim, nesta narrativa de vários planos temporais, entrelaça-se uma crítica à sociedade fútil e vazia, ao acúmulo de riquezas e à conseqüente hipocrisia das relações sociais. Saindo da fazenda em direção ao hospital, Eugênio começa por relembrar fatos de seu passado, a difícil infância, a família humilde. Surgem fatos como a humilhação no colégio, por ter sua calça rasgada nos fundilhos numa brincadeira, por ter um pai alfaiate, simplório, quando ele gostaria que seu pai fosse mais altivo. Nesse relembrar, notamos uma formação ácida em Eugênio, um rancor que se foi formando ao longo dos anos. Seu irmão que nada quer da vida, sua mãe que não reage ao modo de vida que levam. Todos esses fatores sociais formam um perfil psicológico ambicioso, determinado, que pensa fazer o que for preciso para vencer na vida, ao contrário de seus pais, que nunca buscaram progredir.
Nesse processo, a faculdade de medicina é o caminho mais curto, pois é a única forma de um jovem pobre tornar-se um doutor. Porém na faculdade Eugênio mente sobre suas origens, tem vergonha de sua família. Um dos episódios mais dramáticos da obra surge num passeio com dois colegas de medicina em que Eugênio vê seu pai, vestindo um terno roto e surrado, com um embrulho de baixo do braço, provavelmente alguma roupa para ser entregue. Ao ver seu pai prestes a parar e cumprimentar o orgulho da família, Eugênio finge não conhecê-lo, deixando-o de chapéu na mão, em plena rua. Em casa, roído de remorso, anseia pelas críticas paternas, pela raiva do pai, mas ele se decepciona, pois seu pai mantém a mesma passividade, a vergonhosa humildade que tanto Eugênio odiava, ignorando o acontecido. Neste mundo em crise, surge uma voz que traz um certo alento, que apresenta certa alegria na vida desse jovem determinado em ser alguém na vida, mas movido por rancores: Olívia. Ela surge como uma colega de faculdade que, como ele, também vem de origem humilde, que com dificuldade formou-se. Fazendo aquele homem fechado sorrir, Olívia o conquista desde o primeiro dia, tendo encontros em seu pequeno apartamento, que representam a felicidade que Eugênio ainda não havia experimentado. Entretanto, o trabalho e a vida ao lado de Olívia não ofereciam ascensão esperada por ele. Eis que surge, então, Eunice, rica, bela e interessada nele. Seduzido pela beleza dessa mulher e, principalmente, pela perspectiva de subir na vida, de ter posses e dinheiro, de ingressar na sociedade, sonho há muito almejado. Eugênio troca os momentos felizes que tinha com Olívia, por essa vida a tanto almejada. Porém, segundo a ótica do romance de 30, Erico Veríssimo busca mostrar que dinheiro não traz felicidade. Com Eunice ele conquista a satisfação material, mas a felicidade conjugal não. Tempos depois, reencontra Olívia, que tem uma filha, mas não está casada. Isso o faz repensar toda a sua vida. Porém, mesmo angustiado, não abandona a riqueza. Somente quando fica sabendo que Olívia está no hospital, às portas da morte, Eugênio toma a decisão que muda sua vida, partindo de uma mensagem de otimismo e confiança que Olívia deixara para ele. Era preciso pensar nos outros e fazer alguma coisa em favor deles.... Por que não começar algum trabalho em benefício das crianças abandonadas? Por que não dar-lhes alimentação adequada, boas roupas e higiene, instrução, assistência médica e dentária, colônia de férias, oportunidades de se divertirem, de serem alegres...?
Então nosso protagonista assume a filha, abandona a casa do sogro rico, abandona a mulher Eunice e assume-se como um médico comunitário. É sintomático que o herói do romance, Eugênio, seja médico. O médico tornou-se na sociedade atual, aquele mediador entre a ciência, a técnica e o sentimento humanitário. Pensando primeiro em si mesmo, egoisticamente, Eugênio evolui para a solidariedade, através das colocações de Olívia, que embora morta, é um personagem presente no romance, fazendo contraponto com Eugênio. O lirismo romântico da história de Eugênio, descobrindo que o dinheiro não traz felicidade, exatamente nos moldes do romance urbano de 30, de caráter socialista; a ambição de Eugênio traçada a partir de uma vida difícil, que o alimenta de amargor e determinação na busca de sua afirmação material. O grande sucesso dessa dramática história de amor pode ser creditado à habilidade do autor de construir personalidades psicológicas complexas: ninguém é só bom nem só ruim na obra.
comentários(0)comente



Calebe 20/08/2013

Livro "Olhai os lírios do campo" de Érico Verissimo
A história se passa em Porto Alegre, eu particularmente amei e me identifiquei muito com a história do livro "Olhai os Lírios do Campo". Na primeira parte do livro Eugênio vai lembrando-se de momentos da sua vida enquanto se dirige ao hospital onde está sua amada Olívia. Eugênio menino pobre, gozado na escola, não conseguia amar seu pai por ele ser pobre e não poder dar estudo, tinha uma mãe que trabalhava muito, e eu um irmão viciado em bebidas e rebelde. Ele não gostava de ser pobre e sempre dizia que um dia queria ser alguém na vida, ser rico e ser conhecido por todos. Então ele cresce e com muita luta ele consegue se formar numa faculdade de medicina com sua amiga Olívia, a única menina que cursava medicina na sala dele também, eles se tornam grandes amigos, então Eugênio tinha um pouco de medo e receio de lidar com o corpo humano e seus organismos, ele sentia um frio e um vazio, sentia náuseas no estômago. Porém tentava se controlar para que ninguém sentisse seu medo que lhe tomava o corpo, e no fim suas cirurgias sempre terminavam bem sucedidas. E sua amiga Olívia lhe dava força, ânimo e confiança para vencer esse medo, ela conseguia sentir e entender a vida de Eugênio. Certa noite, os dois seguiram para a casa de Olívia e lá os dois tiveram uma noite de amor, Eugênio sentia-se um homem novo entrando num mundo em que amanhecia. Porém certo dia Olívia recebe um convite para ir trabalhar em uma maternidade na Itália. Então ela vai para lá, deixando Eugênio sozinho em Porto Alegre. Durante um atendimento médico, Eugênio conhece Eunice Cintra, uma jovem rica, porém, vazia. Filha de um grande empresário o Sr. Cintra, então Eugênio se casa com ela, tendo então o que sempre sonhou poder, dinheiro e status. Na segunda parte do livro Olívia parte para o interior, onde dá a luz a uma menina, filha de Eugênio, Anamaria. Passando três anos, Olívia e Eugênio reencontram-se e passam a viver novamente juntos. Quando Eugênio se separou de Eunice, Olívia morre de uma hemorragia, então Eugênio passa a viver com sua filha na casa dos Falk, velhos amigos de Olívia. E recomeça a exercer a sua profissão juntamente com o doutor Seixas, tratando as pessoas pobres que não teriam condições de pagar uma consulta. No livro também fala da história de Dora e Simão, Dora é filha de um grande engenheiro, amigo de Eugênio, que construiu o maior prédio da América Latina, o “Megatério”, Simão e Dora são namorados, porém o namoro deles não é aceito pelos pais, pelo fato de Simão ser judeu e pobre. E Dora acaba morrendo num aborto feito por uma parteira após Eugênio negar a fazer o aborto. Então Eugênio vai se ligando a uma vida mais simples, descobrindo que dinheiro não traz felicidade, ele começa a ser mais humilde por tais acontecimentos com Olívia, pois quando viva ela fazia Eugênio refletir e sempre dizia “Considerai os Lírios do Campo. Eles nunca fiam nem tecem e, no entanto nem Salomão em toda sua glória se cobriu com um deles.” Anamaria traz para Eugênio lembranças de Olívia e sinaliza a esperança que o futuro pode ser diferente e melhor. A história acaba com ele e Anamaria saindo para passear num ensolarado dia deverão em Porto Alegre.
Citações que me chamaram atenção:
“Se Deus existia, tinha esquecido o mundo, como um autor que esquece voluntariamente o livro de que se envergonha.”
“Tornou a abrir os olhos. Não, era impossível que não houvesse um sentido em tudo aquilo, era demasiadamente cruel que a vida não tivesse uma finalidade, um propósito.”
“Ele sempre sentira um certo elemento de desprezo na maneira como a maioria dos colegas o tratava.”
"Estive pensando muito na fúria cega com que os homens se atiram à caça do dinheiro. É essa a causa principal dos dramas, das injustiças, da incompreensão da nossa época. Eles esquecem o que têm de mais humano e sacrificam o que a vida lhes oferece de melhor: as relações de criatura para criatura. De que serve construir arranha-céus se não há mais almas humanas para morar neles?"
“Por que é que tudo nele era feio e desagradável? — perguntava-se a si mesmo. — Por que é que tudo quanto lhe pertencia era desajeitado e sem graça, desde as pobres roupas que o pai lhe fazia até ao corpo que Deus lhe dera?”
“Olha as estrelas. Enquanto elas brilharem haverá esperança na vida.”
“Com surda cólera Eugénio contemplava a imagem do espelho. Era como se estivesse diante de um inimigo – inimigo perigoso que lhe conhecia todos os segredos, todos os pecados, até os mais sórdidos e escondidos.”
“Era só e infeliz. E essa permanente sensação de infelicidade, desconforto e insatisfação lhe irritava os nervos, causava-lhe uma impaciência que o deixava desinquieto e às vezes taciturno e intratável.”
“Naquela noite ele precisava de estrelas, de muitas estrelas, para se convencer de que havia esperança no mundo.”
“Nem com todas as conquistas da inteligência tinham descoberto um meio de trabalhar menos e viver mais.”

site: http://calebejuchem.blogspot.com.br/2013/08/olhai-os-lirios-do-campo-de-erico.html
comentários(0)comente



Matheus Peres 03/08/2013

Maravilhoso, profundo, tocante. De certa forma, me identifico com alguns dramas de Eugênio. Olivia, a melhor personagem e figura de sabedoria essencial na história, é o centro da mesma. Concordo com o autor em relação a perca narrativa da segunda parte em relação a primeira (impecável, por sinal). A segunda parte poderia (e devia) ter sido abreviada, bem como possuir uma melhor dinâmica, saindo do marasmo de seus vários episódios, o que para mim lhe tira a chance de ser tido como um título nota 10. Em todo caso, é um livro inesquecivel que ficará em minha memória para todo sempre, assim como na de muitos outros leitores que tiveram o prazer de conhecer esta bela história em louvor a vida.
comentários(0)comente



Yasmin.Campos 24/07/2013

Amei , história emocionante e envolvente!
Uns dos melhores livros que já li.
comentários(0)comente



DIÓGENES ARAÚJO 10/07/2013

Uma obra prima da literatura nacional
Sem dúvidas um dos melhores livros já escrito no Brasil.
Li duas vezes, e ainda pretende ler novamente no futuro.
Uma obra rara.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Calibam 27/06/2013

O Livro e o Tempo
Li "...os lírios do campo" quando tinha uns 12 anos. Achei chato, prolixo e um tanto "parado". Um dia, em uma viagem, me deparei com um seboso exemplar e resolvi relê-lo.

E,aos 32, tive um terrível surpresa quando percebi que era simplesmente a história da minha vida.

site: http://www.facebook.com/calibam.shebecct?ref=tn_tnmn
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



784 encontrados | exibindo 661 a 676
45 | 46 | 47 | 48 | 49 | 50 | 51 |