Resenhas - A Volta do Parafuso

tella 02/04/2023

Esperava mais
Confesso que esperava MUITO mais dessa leitura, e achei o plot twist meio previsível.

Mas creio que não foi culpa da história, e sim da expectativa que coloquei nela - atribuo total culpa ao amigo que me indicou este livro.

Recomendaria o por conta da escrita magnífica e do medo que tive em certas partes do livro.

Ray.Cass 30/03/2023

Um livro difícil de se julgar
Não é fácil escrever uma resenha que realmente faça justiça ao livro, não dá para julgar apenas pela história ou a escrita em si, mas a primeira é interessante, tem uma premissa curiosa, enquanto a escrita deixa a desejar, falta desenvolvimento. É preciso considerar a época em que o livro foi escrito e o contexto social da história em si, que pesa muito na avaliação do livro.
A governanta, uma personagem sem nome e com uma história pregressa vaga, é corajosa ao enfrentar os 'fantasmas' (que não dá para ter certeza absoluta que sejam reais), se colocar entre eles e as crianças, depois de adivinhar que os fantasmas querem, de alguma forma, levar as crianças para o inferno, mesmo que, objetivamente, não haja muito que ela possa fazer, já que as próprias crianças negam sua existência, a senhora Grose não seja de grande ajuda e o tio não quer ter absolutamente nada haver com a criação ou os problemas das crianças. Ela é corajosa, mas ao mesmo tempo não é muito confiável, não inspira muita saúde mental.

null 28/03/2023

Assombrador
Eu amo esse livro, ele tem o suspense, o medo, e os personagens ideais para a história ser perfeita. Li uma vez, logo menos lerei de novos.

Wênnio 27/03/2023

Isso deve ser dívida de jogo. Porque só com alguém ameaçando quebrar suas pernas se você não pagar é que você vai e topa escrever um livro desse.

Vania.Cristina 27/03/2023

Só se joga...
Muito legal o que o Henri James faz com a cabeça do leitor nesse livro: Assombração ou obsessão? Quem está sendo suscetível ao mal, a governanta ou as crianças? Quem representa perigo, os fantasmas ou a governanta? De onde vem o terror, da mansão ou da cabeça da protagonista? Da onde vem a perversão? Quem é de fato inocente? Quem é de fato perverso? Quem é vítima e quem é opressor? O narrador é confiável? Não espere respostas, só se jogue, e veja pra que lado sua imersão te leva.

Kaio Stenio 20/03/2023

O diabo está nas sutilezas
Meu "primeiro contato" com a história foi a série adaptada da Netflix, entre aspas porque é uma história totalmente diferente apesar de ainda ter alguns elementos.

Ao começar a leitura senti falta de algumas coisas que tem na série. Então eu dei uma pausa e relembrei que é um clássico antigo e que a série é uma outra linguagem. Após refletir sobre isso passei a aproveitar melhor a viagem.

A história é como observar um lago sereno. Você tem noção de onde ele começa e termina, tem noção do que pode ter dentro dele e até onde vai a sua profundidade, mas você não tem certeza. É só entrando nele para saber.

Tudo que o autor nos entrega é o convite para contemplar esse lago e imaginar o que esconde em suas profundezas. E não precisamos de mais nada.

Claro pode ser frustante para alguém que busca algo mais denso e mais explícito, entretanto é uma história poderosa sim.

Rafael_Santiago 19/03/2023

Me surpreendeu?
?por ir além do mero pastiche que quase toda literatura de terror contemporânea padece!

É sim uma história com um mote bem simples, mas com desdobramentos bem mais profundos, me deixando inclusive com ruminações bem atuais (2023). Entre elas: o quão sombrio, algo a nós tão íntimo, pode se revelar ou se tornar? Até onde, movidos por uma paixão, podemos ir ou ainda por conveniência nos deixar levar e levarmos os outros? Quão prejudiciais fanatismos, prejulgamentos, senso exagerado de dever, obsessões podem ser, enquanto agentes manipuladores em uma situação?

Acho que o anacronismo dessas questões é devido ao alto teor psicológico que as provocações presentes nessa história instilam no leitor.

O texto não é muito fácil de engrenar, pois a narrativa é bastante prolixa, mas se você encarar a prolixidade como um elemento estético, dá para vencer esse obstáculo inicial e finalmente imergir no universo sombrio que propõe a história.

Alice no país das maravilhas 09/03/2023

???
Eu me colocava no lugar da protagonista e pensava, se fosse eu deixava esses demônios dessas crianças e ia embora.
Quando ela via os fantasma e só dizia "legal". Kk?kkk
Um fantasminha. Kkkkk
Não sei gente. Kkkkk

Meli 22/02/2023

Esse livro é uma loucura terrorística, muito confusa mas também muito bela. Ele surpreende, machuca e assusta com críticas à sociedade da época e suas crenças, te fazendo acreditar que, mais louco que o sobrenatural, só os humanos.

Nii 21/02/2023

Achei a história muito lenta para de fato ser um suspense ou um terror, falta descrição das cenas para de fato ficarem assustadoras...

primaveranoinverno 16/02/2023

Estudo de uma moça oprimida pela santidade
Esse livro é bom no que se propõe, não é um horror instigante, mas tem algum suspense, na minha visão é quase uma confissão de um suspeito negando ao seu crime, aqui parece que ela praticamente implora, para ser escutada, compreendia, talvez ela qté queria ser perdoada e glorificada por ter suportado por tanto tempo, por tentar ter lutado (contra os fantasmas ou contra as suas próprias ilusões terríveis?).

O pano de fundo da história da governanta é apenas pontuado na história, mas acho, que ele é extremamente importante e alinha a forma como ela vê o mundo; De uma vida pacata e de opressões talvez ela se veja continuamente oprimida, oprimida pela inocência (que irônico), não sei dizer se ela busca o horror (nós ás vezes negamos o que mais queremos) justamente por que ela sempre fala o quanto quer o Miles, o quanto ver tudo aquilo é um sacrifício que ela estaria fazendo, etc etc etc

O texto abre muitos caminhos para análises, mas como arte não me tocou, gostei, pensei sobre, mas só, não me prendeu ou algo do gênero.

bardo 15/02/2023

Ok seria temerário dizer que é um livro ruim, está longe disso, mas é sempre complicado quando tem de ser um posfácio a apontar pontos que estão sugeridos numa trama, mas parecem um tanto jogados. Aliás talvez a despeito do spoiler, o posfácio de David Bromwich funcionasse melhor como um prefácio.
Após a leitura do posfácio certos pontos da obra que são extremamente incômodos começam a fazer sentido, o grande problema aqui é exatamente o leitor ficar o tempo todo inconformado com a protagonista. São várias atitudes que são totalmente desprovidas de lógica e que mesmo se tendo em mente o contexto histórico não fazem sentido.
Cabe aqui ter em mente que o autor habilmente confunde o leitor, temos duas histórias e dois narradores distintos, podemos mesmo contar três narradores e pelo menos dois não são confiáveis. Tal ponto é importantíssimo e esclarece muitos pontos da trama, seria mesmo interessante reler a história moldura após a leitura do manuscrito.
Outro ponto que chama a atenção é que a linguagem e os maneirismos de época talvez dificultem ao leitor desacostumado perceber uma certa tensão quase sexual que permeia o romance e que dado os personagens envolvidos torna tudo ainda mais incomodo. A resolução se é que pode ser chamada assim é abrupta e ambígua dando quase a impressão de uma história incompleta.
Em suma é um livro que provavelmente se torna mais interessante numa releitura, ou numa leitura já tendo em mente que a história serve meio que a uma experimentação por parte do autor. A narrativa tem muitos furos e não é exatamente interessante, ela se torna interessante quando se percebe o que o autor pretendeu com ela. Ainda assim me pergunto se outros não foram mais felizes ao brincar com a credulidade ou não do leitor.

Kenia21 14/02/2023

Já tinha assistido a série e bem diferente o livro mas gostei mesmo assim o final e totalmente diferente da série

Francisco80 12/02/2023

Existe fantasma?
Clássico da literatura de horror. Esse livro marcou época com sua trama sinistra e envolvente sobre fantasmas e assombrações. No final fica aquela pergunta perturbadora no ar: Os fantasmas existem?

Sara 11/02/2023

Esse livro tem uma narrativa muito boa,vai construído o medo e sempre vamos esperando por um acontecimento.
Aqui acompanhamos uma história sendo contada naquela típica cena de histórias de terror perto da lareira, mas é feita um grande mistério para ser então começar a ser compartilhada
Aqui uma moça chega numa entrevista de emprego para cuidar de duas crianças órfãs,quem está fazendo a entrevista é o tio das crianças que desperta interesse nela por ser elegante e bonito,mas a única condição que ele coloca se ela aceitar o cargo de ser governanta e cuidar das crianças é que ele não quer saber sobre, não deve ser informado nem por cartas por nada e ela aceita.
Ao chegar na casa ela se apaixona por flora a menina, e mais tarde chega Miles seu irmão,ela se apaixona pelas crianças e vê eles como criaturas doces e plenas,mas na verdade Miles foi expulso do colégio por má comportamento que estava colocando os outros meninos em risco,e ela ao conviver com as crianças não consegue entender .
Mas depois de um tempo na casa ela vê uma aparição de um antigo funcionário da família que morreu,e começa aí essa ideia dela de que tem que ser a grande heroína, salvadora das crianças das influências más nessa casa antiga de bly.
A história me intrigou muito e foi uma leitura muito interessante
A várias hipóteses sobre o que seria realmente sobre o que seria essa história,ela tem um final abrupto e que podemos interpretar de várias formas, inclusive uma das hipóteses que vi é que essa loucura seria por causa de repreensão sexual,onde a moça que cuida deles queria de toda forma ser a heroína e ter contato com o então tio das crianças que a contratou para o serviço.