Resenhas - O Homem Duplicado

Samuel F. (Sansão) 25/05/2020

Simplesmente espetacular!!
Assim como todas as obras de José Saramago.. esse livro é Incrível. Um leitura que flui, que te agarra e surpreende. O final me pegou totalmente de surpresa.. É um ótimo livro, recomendo..

Lucas Lobo 19/11/2022

Tertuliano
Apesar da escrita de Saramago ser diferente do que estamos acostumados o livro é de fácil leitura.

A história é fascinante, o final é surpreendente, não esperava nem um pouco por isso.

"Dêmos tempo ao tempo, mas aquilo que sempre nos esquecemos de perguntar é se haverá tempo para dar."

Diego.Rates 28/08/2024

Uma experiência única e genial
Minha primeira leitura de Saramago se deu com o lendário "Ensaio sobre a Cegueira" e, ao começar a ler esse livro, me surpreendi com a proposta imensamente interessante, assim como o estilo adotado por Saramago, tão diferente, mas tão genial quanto o de minha primeira leitura.

A história, os personagens, as situações, as intromissões do narrador, tudo isso contribui para uma das melhores leituras que tive o prazer de realizar esse ano, e que coloca o tema tão amplamente abordado na literatura do duplo em nova roupagem de maneira brilhante. Uma leitura dinâmica, mordaz, envolvente, intrigante, genial e completamente imperdível!

Alebarros 23/07/2010

"Sensacional! Genial! Um dos melhores livros da minha vida!"

Se minha resenha se restringisse ao escrito acima, certamente não deveria ser chamada única. Diante da superficialidade do contéudo e da fácil adjetivação, que têm como irrefutável consequência a coincidência com outros relatos de teor semelhante, melhor seria chamá-la duplicada, tal qual o Tertuliano do livro.

Brincadeiras à parte com o estilo do mestre Saramago, o livro merece mesmo todos esses adjetivos. Durante a leitura, e principalmente ao término dela, me vi assombrado. Assombrado pela imaginação sem limites, pela capacidade de surpreender o leitor com reflexões que por si só dariam um livro, pela linguagem e estilo tão particulares e, principalmente, por ter me dado conta de que este gênio não vai mais nos presentear com obras tão lindas como essa.
Obrigado, mestre.

Sr. Cortez 02/05/2020

Reflexão humana
Livro de Saramago é reflexivo, polêmico, ácido, como em todas as suas obras e efêmero em sua escrita. A importância da reflexão do sujeito é, com certeza, motriz que a faz tão interessante.

Camilo 19/01/2021

Saramago era um desses gênios com a capacidade de criar histórias que transcendem o momento da sua criação e se perpetuam no tempo. Cada livro dele possui um enredo que foi, é e sempre será atual. O homem duplicado nos faz refletir sobre o nosso papel nesse mundo cada vez mais coletivo, em que a individualidade cede perante a necessidade de se mostrar ser aquilo que não é, ao ponto de aceitar como própria uma identidade alheia. O final é surpreendente, como só um mestre seria capaz de fazer. Vale muito a leitura.

Matheus 14/01/2023

O Saramago tem a assinatura dele de pontuar pouco e isso é cansativo e sempre achei desnecessário. É meio que para emular um fluxo de pensamento? Não sei. Tinha gostado do filme e decidi ler o livro. O livro é sempre melhor e o Saramago era um mestre.

Tati.Rosa 11/04/2021

A linguagem e a escrita do autor são espetáculos a parte. O plot twist mais para o final é a cereja do bolo.

Nathalia547 14/06/2023

Homens duplicados são escrotos em dobro
Esse livro foi escolhido no meu clubinho do livro, e eu confesso que não colocaria na minha lista tão cedo, mas me surpreendeu tanto que nunca vai sair da minha mente. Não posso dizer que não esperava o final, porque a mulher sempre se lasca, até na ficção. O autor tenta trazer o questionamento sobre a perda da identidade, mas eu só me questionava como o homem pode ser tão escroto. Não sei se o autor queria que a gente odiasse os homens, mas se foi, ele conseguiu.

fefashelf 23/08/2021

livro black mirror
esse livro foi nada menos que uma loucura total? mas tai gostei! quero muito ler saramago de novo e pretendo fazer isso em breve?

Paulo 10/12/2022

Final surpreendente de um livro magnífico
Mais uma obra-prima do Saramago. Com um enredo original, o autor costura uma trama que prende o leitor do início ao final, trazendo diversos aspectos da sua forma escrita peculiar em um romance que surpreende no final.
Entrou para a lista dos memoráveis

lucvsgp 24/03/2020

Além de si
O homem duplicado é uma narrativa divertida e íntima de José Saramago. Neste livro o autor se impele das nuances dos diálogos introspectivos, problemas e dificuldades relacionais com personagens cativantes e interessantes. Seus diálogos tão naturais com o senso comum somados as quebras de quarta parede dão um tom de leveza a um livro que vai apresentando os redores um poço, até que, nos capítulos finais, o derruba para dentro dele e afoga o leitor.

Ao fim do livro estava perplexo e apaixonado com a forma com que as coisas se amarraram num cenário do qual eu sequer conseguiria cogitar. É uma obra, em minha visão, subestimada de Saramago e que vale, sem sombra de dúvida, conhecer.

*Carina* 16/08/2010

Tu, talvez, eu só tenho estado à tua espera.
"É então quando o homem diz à mulher, ou a mulher ao homem, Que loucos somos, que estúpidos temos sido, e um deles, misericordiosamente, cala a resposta justa que seria, Tu, talvez, eu só tenho estado à tua espera."

Essa frase foi a que me fez perceber que eu precisava ler esse livro. Depois de lê-lo ela poderia ter transformado-se em apenas mais uma, mas não foi o que aconteceu. Ela acompanhou-me durante toda a leitura, e mesmo tendo marcado mais de vinte outras passagens ainda é ela que me assalta os pensamentos a todo momento, principalmente a oração final, a resposta calada que, por ser não-dita, diz tanta coisa.
Saramago mostra durante todo o livro a incompatibilidade e a não-correspondência entre as palavras e os atos, os nomes e os sentimentos. E, quem melhor do que ele, um gênio na arte da escrita, para dizer disso? Ele mostra toda a arbitrariedade presente na escolha das palavras que usamos, todo o mal entendido que existe em cada frase dita e ouvida, a total impossibilidade de traduzir plenamente o que realmente queremos dizer em algo dito.
Ainda assim, continuamos tentando, e não há outra saída. Somos humanos, seres inseridos na linguagem, que é aliás o que nos torna humanos. Sem a linguagem, sem esse objetivo inalcançável de nos entendermos completamente uns aos outros, de compartilharmos o que somos, o que sentimos, enfim, a vida, estaríamos onde estamos hoje? Sem Saramago, seríamos o que somos hoje? Eu sei que eu não seria. Eu não sou quem eu era antes de ler esse livro, de ser tomada, e marcada, e derrubada, e levantada por essas palavras.
Mas também tem o silêncio. Esse silêncio que fala. Silêncio que comunica. Silêncio que transmite uma posição. Silêncio.

lays 11/07/2014

Os homens e seu egoísmo
Li esse livro em um mau momento, mau momento na minha vida, onde tudo parecia desmoronar. Como vivência pessoal ele me fez enxergar muitas coisas que eu julgava já saber como funcionavam, coisas que eu julgava conhecer. O homem num todo age por impulso na maioria das vezes com egoísmo, pensando na própria individualidade, sem perceber que o indivíduo precisa do coletivo pra viver, as pessoas direta ou indiretamente precisam uma das outras em algum momento da vida.
Tertuliano, assim como Antônio Claro, são pessoas que acham que sua individualidade não pode nem deve ser invadida, que para se existir como pessoa todos nós devemos ser únicos. É um princípio que se aprende por vários clichês desde criança, e se torna de certa forma irrevogável quando adultos, como se as pessoas por natureza não pudessem ter aspectos físicos e psicológicos iguais. Se subentende que dessa forma somos únicos e especiais.
Quando no livro um sabe da existência da outra pessoa exatamente igual, isso incomoda ambos porque não se vêem mais como espécies excepcionais. Psicologicamente, eles sentem como se não fossem mais necessários na vida das outras pessoas e perdem o conceito de individualidade comum. Tanto que há um terceiro e importante personagem , o "senso comum", que age como a sabedoria em si, algo que sempre alerta um fator de perigo, ou desvirtuamento do caráter do personagem.
Acredito que todos nós temos um "senso comum" como alerta piscante em nossa mente, que nos alerta quando estamos além de nossos limites, ou nos contradizendo por algum motivo. Como no livro o Tertuliano não consegue enfim se entender com seu 'alerta', acaba perdendo sua essência e dando vazão ao seu egoísmo, assim como Antônio Claro, que também já não consegue conviver consigo mesmo desde que é atormentado por alguém exatamente igual a ele, tomando o espaço dele, e o deixando perdido existencialmente.
Nem os sábios conselhos da mãe de Tertuliano conseguem fazê-lo perceber quanto mal faz a si próprio enquanto atormentado por não ser único e essencial ao seu universo. Isso me alerta como somos negligentes quando agimos com egoísmo perante outras pessoas. Somos egoístas no medo ou na felicidade, simplesmente porque não sabemos agir de outra forma senão como se nossa dor ou êxtase fossem especiais e melhores do que o das outras pessoas.
É um caso a repensar e um livro a se reler. Por mais que possa não parecer é uma fantasia mais real do que muitas coisas palpáveis que acreditamos existir.

ArianeM. 20/03/2020

incrível e único. são as palavras que uso para descrever saramago.