Thomas More

Thomas More Thomas More




Resenhas - Utopia


227 encontrados | exibindo 181 a 196
1 | 2 | 3 | 13 | 14 | 15 | 16


Glasielle 16/09/2016

Livro de cabeceira para políticos...
Uma obra que retrata um Estado que faz juz ao título: utópico!
Excluindo alguns pontos muito específicos, durante a leitura fui imaginando chefes de Estados do mundo considerando a praticar o modo de sociedade que os utopianos viviam. Um Estado em que não há miséria, descriminação, analfabetismo, guerra, desrespeito a natureza e com o outro...um lugar onde o ouro foi banalizado sebdo utilizado como apetrecho infantil ou correntes dos escravos. Estes escravos não são as pessoas de etnia diferente, mas sim cidadãos q cometeram algum crime e q por isso perdem a liberdade. Um país onde não ha nobres ou servos, mas sim pessoas q são reaponsáveis pela prosperidade da nação, tudo o que é produzido pertence ao Estado e por conseguinte a população, que ao precisar é só pegar, pois a confiança entre seus chefes e vizinhos é estabelecida de tal forma q eles sab q n existe um q vai se beneficiar a custo do outro.
Em diversos momentos do livro fiz analogias ao modo de vida um um país chamado Butão, q se nao me engano fica na Ásia.
Leitura um pouco difícil, afinal eh um livro de 1497, mas vale a pena a leitura ;)
Ramon M. Santos 19/06/2017minha estante
Deve ser cabeceira de toda a população. A atuação dos políticos é um reflexo intenso da natureza humana, a qual pode (e deve) ser trabalhada (civilidade).




Caio.Malpighi 14/05/2016

Resenha Crítica
Resenha Crítica

Um livro intrigante e que explora a imaginação humana, o opúsculo De optimo republicae statu deque nova insula Utopia (Sobre o Melhor Estado de Uma República e Sobre a Nova Ilha Utopia), ou simplesmente, A Utopia (do grego, em lugar nenhum), escrito por Thomas More, narra detalhadamente os aspectos culturais, religiosos, e políticos de uma sociedade imaginária que prospera na fictícia ilha de Utopia, refletindo uma dura e indireta crítica para a sociedade inglesa do século XVI.
Expoente do movimento renascentista inglês, More foi um nobre que atingiu os píncaros da vida pública, contudo, sem perder seu espírito humanista adquirido com os profundos estudos filosóficos, teológicos e jurídicos, para os quais dedicou sua vida.
No decorrer de sua obra, podemos perceber forte influência da filosofia grega, principalmente de Platão (que escreveu a obra A República, com a mesma finalidade de descrever um Estado ideal adotada por More através de A Utopia) e de Aristóteles (sempre presente e observado pela classe intelectual inglesa). Outras inspirações tomadas por More são as da escola epicurista (More sustenta que o esplendor da sociedade de Utopia reside na maximização do prazer duradouro, tanto do corpo quanto da alma), bem como as da filosofia estoica (vertente transparece na ideia do dever e de virtude, que são as pedras de toque para a organização social de Utopia, de modo que sem tais axiomas arraigados no cerne da cultura de Utopia, nada do que é narrado no livro seria plausível). Por fim, e não poderia deixar de ser, os valores do cristianismo são repetidamente repisados no decorrer da narrativa.
À frente de seu tempo, More expõe ideias que nem sequer eram consideradas no século XVI, e que atualmente são pilares fundamentais de uma sociedade justa, tais como o limite máximo de horas de trabalho; dissolução do matrimonio por consenso dos cônjuges; o Estado Laico e a liberdade religiosa (apesar de defender a importância da espiritualidade e da religião para uma nação justa e próspera). Tece também duras críticas ao sistema mercantilista da época e ao monopólio econômico das terras, meios de produção e, por conseguinte, das riquezas, pelos nobres, enquanto a maioria da população sofre com a miséria.
Neste aspecto, expõe em seu livro uma preocupação com o bem comum em detrimento do individualismo. Um exemplo é a não individualização dos bens e da propriedade na fictícia Utopia, onde todos os bens são res publica e o que predomina é uma produção de subsistência que não deixa sequer um cidadão sofrer com a pobreza.
Com efeito, a Utopia oferece uma narrativa criativa e bem elaborada, na qual tudo tem uma razão de ser, que é ditada pela sua finalidade, ou como dizia Aristóteles, pelo seu telos.
Ao meu ver, a única crítica que se pode tecer sobre esta obra é impossibilidade de sua realização prática no mundo real, uma vez que levado em conta o fato de a sociedade e a cultura de cada povo ter sido moldada ao longo da história por diversas determinantes, ao contrário do que se vê em Utopia, que teve sua cultura e seus valores totalmente originados de uma só pessoa, o fundador da sociedade, o Rei Utópos.
Sem dúvida, tal obra é um marco para o humanismo. Infelizmente, More foi condenado à morte pelo Rei Henrique VIII, à quem serviu muito tempo, simplesmente por seguir suas convicções espirituais e morais que toram o livro A Utopia uma obra profunda e fundamental (foi contra a desvinculação da Inglaterra à Igreja Católica e contra a criação da Igreja Anglicana por Henrique VIII, por entender que o Estado não deveria interferir em assuntos religiosos).
comentários(0)comente



Juliano Bertoldo 28/03/2016

Clássico.
Gostei muito do livro. Muito interessante, ainda mais no atual cenário político brasileiro. Aborda a questão política (socialismo), religiosa, moral, estrutural do Estado. Recomendo.
comentários(0)comente



Diego 09/02/2016

Utopia não utopica
Lógico que temos que levar em consideração a época que foi escrito e a cultura da época, mas esse mundo utópico tem escravos, mulheres submissas e socialismo, por isso é uma utopia não desejada, já que pra mim utopia é a perfeição e perfeita funcionalidade de um sistema sem desigualdade de classe, gênero e ou qualquer outra desigualdade.
Ramon M. Santos 22/04/2016minha estante
Como vc falou, tem de considerar a época. Naquela época, escravos e mulheres submissas eram comuns como hoje é comum usar calça. As ideias é a novidade é que vale neste livro.


Ramon M. Santos 19/06/2017minha estante
Utopia foi criada por Tomás Morus.




Ricardo Silas 07/12/2015

Desejo-o mais do que espero.
Em junho de 1536, após suportar a um ano de prisão, Thomas More foi condenado à morte pelo crime de alta traição contra o rei da Inglaterra, Henrique VIII. Essa acusação grave teve início alguns anos antes, quando More foi pressionado a compactuar com os interesses da realeza, que pretendia anular o matrimônio da rainha Catarina de Aragão para casar Henrique com Ana Bolena. Nenhum suborno ou ofertas de cargos de prestígio na nobreza impediu que More fizesse oposição política ao novo casamento. Mas essa não foi uma de suas melhores fases. Foi em 1516, no entanto, que o autor de Utopia publicou a obra que mais tarde influenciaria centenas de pensadores e filósofos europeus.

Trata-se de uma ficção que apresenta um novo modelo de sociedade. Utopia é o nome da ilha, anteriormente chamada de Abraxas, em que as pessoas são governadas por uma república ideal. De acordo com a antiga lenda, Utopus foi o herói que conquistou aquele território, transformando o seu povo em um dos exemplos quase perfeitos de civilização e cultura jamais vistas na humanidade. Essa foi a oportunidade que More encontrou para contestar os hábitos e tradições dos governos absolutistas da Idade Média, em sua maioria exploradores do trabalho e causadores da miséria dos povos. As instituições dominantes, com seu poder e influência sobre a vida social, foram alvo de duras críticas. Só um pensamento ousado se desafiaria a hegemonia monárquica e a ortodoxia da Igreja Católica, pois tudo aquilo que não estivesse de acordo com os interesses dominantes era rotulado como heresia punível com a morte.

O livro Utopia é dividido em duas partes: na primeira, vemos uma conversa protagonizada por Thomas More e um distinto viajante, Rafael Hitlodeu, personagem central do livro que testemunhara a ilha utopiana e os costumes de seus cidadãos; na segunda parte, Rafael descreve sua viagem em detalhes que despertam o interesse e o entusiasmo do leitor. Antes de ser solicitado a relatar as experiências de sua aventura, Rafael questiona a sociedade europeia comparando-a à terra utópica onde estivera. Lá, diz ele, não existe propriedade privada, quase nunca os crimes acontecem e as pessoas são ensinadas a viver sem ganância, sem soberba ou competições destrutivas. Na Europa, sobretudo na Ingleterra, o viajante observa que as instituições políticas e jurídicas criam as condições de pobreza e miséria para, em seguida, punirem os pobres e miseráveis. É um ciclo sádico de fabricação de ladrões e criminosos, que são eles mesmos punidos por aqueles que os fabricaram. Que mais seria isso, senão resultado de uma sociedade sem liberdade e acorrentada na desigualdade, e que concentra aglomerados de riqueza nas mãos de uns poucos que se beneficiam do trabalho pesado de muitos?

O livro dois traz as informações que Rafael colheu enquanto visitava na inacreditável Utopia, como garantia de que existe uma alternativa capaz de substituir o status quo das nações ocidentais.

O leitor do século XXI pode reconhecer que algumas aspirações de Thomas More se encontram vivas na atualidade, como a liberdade religiosa e a eutanásia. Em Utopia, um enfermo tem o direito de escolher a vida ou a morte, caso sua doença seja incurável ou o sofrimento de que padece não possa ser atenuado pelos médicos. Porém, nem tudo é perfeito. Percebemos isso ao encontrar elementos típicos da sociedade medieval entranhados no paraíso fictício do autor. Quando em sua viagem à ilha, Rafael Hitlodeu encontra um Estado fortemente patriarcal, com mulheres submissas aos maridos e filhos subservientes aos chefes das famílias, também chamados de filiarcas. Vemos ainda o escravagismo e a sobrevivência baseada em cultura agrária, tudo estruturado em hierarquias que gerenciam os setores de produção local e o comércio com o estrangeiro.

A jornada de seis horas de trabalho não é dedicada ao inútil e ao supérfluo, e todo o tempo é focado na produção de bens necessários para o bem-estar coletivo. Se alguma cidade está em escassez, ela é socorrida pelas regiões mais abundantes, sem nada exigir em troca. Todo o excedente é destinado ao reabastecimento das regiões que eventualmente precisam de determinados recursos, e ninguém precisa viver preocupado com a ameaça da fome, pois tudo é baseado em uma economia de doação. O tempo livre é aproveitado para a arte, os estudos e o lazer, que são a fonte de realização pessoal dos seres humanos. Não existe propriedade privada, nem moedas em circulação. Os utopianos vivem, enfim, como uma grande família que se respeita mutuamente, repudiando qualquer noção de conflitos entre si.

Dizem que Thomas More fez o esboço de uma sociedade comunista, e isso foi reflexo, três séculos depois, do socialismo utópico de Charles Fourier, Louis Blanc, Saint-Simon, Robert Owen e outros.

Para a nossa época, a Utopia teria de se adaptar a alguns conceitos. Nós levamos em alta estima a liberdade da mulher e não mais aplicamos a pena de morte como instrumento jurídico, ao contrário dos utopianos que infligem esse castigo àqueles que reincidirem no “crime” de adultério. É evidente que o autor carrega marcas do contexto em que vive, sobretudo da fé cristã que professa. Mas devemos reconhecer que isso não torna a sua obra menos fabulosa e destemida pelas críticas que faz à sociedade real. Se já enxergamos em nosso meio alguns anseios da Utopia, é sinal de que a humanidade, apesar de seus graves erros, está progredindo e amadurecendo. As utopias não são sonhos impossíveis, e isso me leva a crer que o futuro nos reserva mudanças extraordinárias.
Bia 07/12/2015minha estante
É bom?


Ricardo Silas 07/12/2015minha estante
Além de bom, é um livro curioso. Parece que o autor pensava uns 200 anos à frente de sua época. Dá pra aproveitar muita coisa da leitura.


Bia 07/12/2015minha estante
nossa que bom! eu estava pensando em ler :)


Ricardo Silas 07/12/2015minha estante
arruma um tempinho pra ele. acaba rapidinho. já percebi que a nossa fila de livros fica cada vez maior


Bia 08/12/2015minha estante
irei arranjar sim! pois é, e comprar todos eles dificulta todo o processo kk


Ricardo Silas 08/12/2015minha estante
kkkk concordo




Lorrayne 01/12/2015

Meu livro preferido. Ponto.
" Os mortos insepultos tem o céu por mortalha'' trecho do poema épico Farsália citado logo nas primeiras páginas como sendo um dos preferidos de Rafael Hitlodeu - um aventureiro, que seria parte importante da narrativa - e logo tornou-se minha citação preferida também. Quando coisas, e pessoas deixavam minha vida, era assim que eu me sentia. Insepulta. Sem lei. Sem teto. Sem ter porquê. Entendi o que viria a ser o tal ''céu por mortalha'' e a realidade dos quem não tem ninguém, e contam apenas com Deus para velar por eles.
No sec XVII, More não era somente chanceler do Rei Henrique XVIII. Era também escritor, filósofo, tradutor e sub xerife de Londres.
Havia sido mandando para Flandres, a fim de resolver um embate político entre o Rei , e o excelentíssimo conde Carlos de Castela. Assim, que se estabeleceu em Flandres, More conheceu Peter Giles, grande pensador da época. Entre conversas que exaltavam a má postura dos privilegiados financeiramente, contrastando com a luta camponesa diária, eis que surge o mestre das navegações, Rafael Hitlodeu, para enriquecer a fervorosa conversa, com seu excepcional relato.
Rafael sempre fora um homem de posses, proveniente de Portugal e profundo conhecedor do restante da Europa, estava enfadado com as leis de seu mundo. Cansado de contestar em vão, lançou-se ao mar em busca de sossego, e por que não, novas ideias.
Seu barco ancorou em uma certa ilha. Ninguém sabia ao certo que ilha era aquela. Mas logo perceberam que se tratava de um país. Uma república verdadeiramente em seu sentido. Era Utopia.
Então, Hitlodeu compartilhou com More e Giles, sua experiência naquela divina república. Após cinco anos residindo em Utopia, decidiu voltar. Mas confessou que jamais esqueceria misteriosa e mágica terra.
Os utopianos são inimigos do ócio, mas não admitem que seus compatriotas trabalhem como burros de carga. Mantém uma jornada de seis horas diárias, e no restante de seu tempo, ocupam-se de atividades benéficas para corpo, mente e sociedade. Há quem critique esta carga horária de trabalho, mas é sempre bom lembrar que em outros países, existem uma imensa quantidade de pessoas, que nada têm a oferecer e são completos desocupados. Começamos pelas mulheres - que geralmente são impossibilitas por seus maridos de labutarem - religiosos, sacerdotes. Os ricos de berço, e seus criados. E sem contar na grande multidão de mendigos, que prefere humilhar-se pedindo esmola, mesmo tendo corpos saudáveis para o trabalho. Logo, as seis horas de jornada diária de todos os utopianos, são mais do que necessárias como valia para todos.
Usam vestes iguais. Feitas de um mesmo material. E abominam a veneração às pedras preciosas. Pois o maior bem que um ser humano pode possuir, é a própria vida. Já que esta não tem preço. Amarout é sua principal cidade, composta por cerca de 16 famílias. Em cada família, elege-se um líder. Chamado de Sicrógrafo. E então, se dá a melhor administração da região.
Nem sempre, se chamou Utopia, adquiriu este nome após o rei Utopos conquistá-la. Antes era chamada de Abraxas, que significa o mais alto dos céus.
Os utopianos dormem cedo. Às oito da noite já estão em suas camas. E não dispõe de um complexo sistema de leis, para que justamente seu povo possa compreende-lo em sua simplicidade. São poucas as leis. E sempre respeitadas.
Gozam de saúde, e um bom humor de encher os olhos. Não caçoam dos esteticamente mal afeiçoados. Os exaltam. Pregam sempre a igualdade. E só apreciam divertir-se com piadas inofensivas à autoestima de quem quer que seja.
Em Utopia não existe salões de jogos, e nem casas de prostituição. Os utopianos acreditam que o tudo que se faz escondido, não pode ser considerado um motivo de orgulho. E embora tido como ingênuos, felicitam-se por terem sua moral e integridade intactas.
Eles também não entendem como alguém pode se vangloriar de suas finas vestes de lã. Não obstante, essa lã cobria o corpo de um carneiro, e nem por isso ele virou outra coisa, além de continuar sendo um carneiro.
Resumindo a ópera... Os utopianos acreditavam na simplicidade do espírito. Do riso e do amor verdadeiro. E principalmente no fato, de quem ninguém - em absoluto - é melhor do que ninguém.
Hitlodeu finalizou seu relato bastante nostálgico, pois garantiu a todos que fora em Utopia, que ele deixara seu coração.
E eu, digo o mesmo.
Não sei se Utopia de fato existiu, ou se foi apenas criação da habilidosa pena de More. Mas onde quer que esteja esse lugar, real ou inventado, eu também estou.


« Em Roma brilharam homens valentes
Na Grécia, sublimes e eloquentes
Em Esparta, severos
Na Alemanha, eram duros ;
Na honrada Marselha, justos e honestos.
Em Ática, urbanos e espirituosos ;
Em África, fortes e portentosos ;
Em França, os Santos da religião ;
Generoso foi sempre o homem bretão.
Cada virtude possui o seu ninho :
O que cá não existe abunda por lá.
Utopia, porém, reúne sozinha
As virtudes todas num só lugar. »
comentários(0)comente



Lizzmarcella 27/11/2015

Em Utopia, descobri que um mundo melhor é possível sim, que está ao alcance da inteligência do homem sim. Mas o bem estar geral nunca foi o maior interesse do estado. No mundo real é cada um por si e todos pelo dinheiro.
comentários(0)comente



Eddington 31/12/2014

Livro interessante
Achei o livro bem interessante pelas ideias expostas e, mais ainda, ao considerarmos a época em que foi escrito. Apesar de boa parte das ideias serem, na verdade, ideais praticamente inatingíveis, muitas delas são reais e bastante práticas e que até os dias de hoje são tratadas de forma errada, como é o caso da ampla tolerância religiosa, da eutanásia e outros.

Bom livro.
comentários(0)comente



Valério 22/12/2014

A ilusão como estrutura de castelos de areia
Há duas formas de se ler este livro.
Com maturidade enxergar que não é possível, pelo menos atualmente, que a humanidade alcance o mundo perfeito descrito no livro.
E com irresponsabilidade. Entendendo que é perfeitamente possível. Que apenas a mudança das leis e do sistema político será suficiente para a mudança da alma das pessoas e todos se tornarão automaticamente bons.
Se você está no primeiro grupo, sabe bem que o sistema político - social - econômico é feito por pessoas. E que pessoas são imperfeitas. E que, portanto, não é possível alcançar a perfeição.
Se você está no segundo grupo, está à mercê de doutrinadores totalitarista que se utilizam dos românticos para criar novas ditaduras comunistas.
O livro, cujo titulo se baseia no nome da ilha comunista e que após o livro passou a ser palavra empregada para identificar um mundo perfeito, onde tudo funciona e nada dá errado, chega a ser até infantil, de tão pueris são as formas de governo e organização social propostas no livro e presentes na ilha de "Utopia".
Nada tem dono. Tudo é de todo mundo. Assim, ninguém tem necessidade de roubar.
Verdade. Mas não apenas de roubar. Fácil chegar à conclusão que não ninguém precisaria se esforçar também (aí entra a análise crítica do leitor para ver além do que vem escrito, sem muito esforço aqui). Assim, todos quererão, como faz o ser humano, obter o máximo com o mínimo de esforço.
É interessante leitura. Talvez o primeiro esforço da humanidade para estabelecimento do socialismo/comunismo.
Basta ler para entender como a ideia é falaciosa.
Mas não leia antes de saber tudo que o comunismo trouxe de miséria e genocídio para o mundo, em nome de uma "utopia" jamais alcançada.
Alice.Ribeiro 07/09/2017minha estante
Excelente reflexão!


Valério 07/09/2017minha estante
Obrigado




Vitor 20/11/2014

Simplicidade
Um clássico dos clássicos, um dos melhores livros que já li, com uma ótima idéia na cabeça (um mundo livre do dinheiro) Morus mostra de forma simples como uma sociedade pode sobreviver com instituições fortes e agentes públicos que visam o bem da comunidade.
Ótimo livro, para abrir a mente para nosso meio de sociedade individualista e capitalista.
Recomendadissímo!!
comentários(0)comente



Jackeline Vasconcelos 08/10/2014

Thomas Morus
Uma sociedade imaginária surge na cabeça do escritor. O livro inteiro aborda questões existenciais que enfrentamos, sem buscar formas clichês de vida. O autor retrata as escolhas das pessoas que vivem nessa sociedade e as compara com a sociedade da época. Chega um momento que o livro fica cansativo mas nada que concentração não resolva. Os príncipes e governantes tem suas leis confrontadas diante das pessoas comuns, Thomas descreve com bastante opinião como seria pra ele a sociedade perfeita! Ele coloca a sociedade toda racional, Utopia (cidade abordada no livro) não existem prostituição, seitas secretas, mendigos ou pobreza, tudo é harmonia. Aboliram o dinheiro e a guerra. Uma leitura muito boa e recomendável.
comentários(0)comente



João Vitor Gallo 02/10/2014

Uma visão muito simples sobre um objetivo muito complicado
Um bom livro, apesar de ser muito simples e até deixa uma impressão de extrema artificialidade, levando em conta tipo de ser humano que não existe, mas que mesmo assim levanta bons questionamentos. Uma sociedade perfeita é construída por pessoas perfeitas e com meios de existência perfeitos, infelizmente o mundo em que vivemos é composto pela escassez e por seres nem de longe tão perfeitos. As sociedades se formam como tal para que um grupo de pessoas possa sobreviver as adversidades, o que se torna mais fácil em grupo, embora o convívio seja problemático por vezes, justamente pelo ser humano zelar pelo bem estar pessoal, e isso é um traço do puro instinto de sobrevivência e autopreservação. O livro me lembrou em algumas partes justamente uma distopia, Admirável mundo novo de Aldous Huxley, acho que foi pela artificialidade dos habitantes da ilha. Sociedades perfeitas, muitas delas em ilhas, justamente para colocá-las em um aspecto de isolamento, são muito comuns nos mitos antigos também, como Lemúria, Atlântida, Shangri-lá, Hy Brasil, e até o próprio Éden e todas elas eram colocadas como algo quase inatingível, é a morada dos valorosos, e por serem divinas, também não possuem os problemas que existem nas terras dos mortais, é um desejo humano que se apresenta desde já, mas na prática é algo praticamente inviável se analisado racionalmente e sem deixar as paixões transparecerem, mas não custa nada sonhar, embora eu tenha medo de utopias, elas são prometidas, mas em seu lugar geralmente é entregue uma distopia.


Em uma parte do livro aparece a frase : aquele que tem a certeza de que nada faltará jamais, não procurará possuir mais do que é preciso. Mas infelizmente, em nosso mundo a escassez sempre se fez presente, e principalmente com a atual superpopulação do planeta, mas isso também fez o ser humano buscar, não apenas pela imposição da força, mas também pela criatividade e pela inventividade, achar novos métodos de produção e obtenção de recursos. Infelizmente, não podemos ter a ideia de nada faltará jamais, e o planejamento para o futuro é algo que é necessário a qualquer sociedade, crises não acontecem apenas por ordem humana, embora essas não devem jamais serem ignoradas, mas também por parte de desastres naturais. Uma sociedade tão habituada com a abundância e tamanha ordem poderia se reerguer com facilidade em uma crise dessas, mas também poderia ser um caos e o fim dela, se não soubessem como viver com pouco, a crise une as pessoas, coloca o que há de melhor nelas para fora, como tantas vezes visto, mas também faz aflorar o oportunismo e outros sentimentos ruins nas pessoas, mesmo a sociedade sem esses sentimentos na população, poderia surgir em um momento desses. No livro todos são perfeitos, mas na realidade não somos, passamos longe disso.


Interessante também é a ideia do bom selvagem, que ganharia força anos depois, com o romantismo sobre o homem que não foi maculado pelos vícios da sociedade moderna, até hoje alguns ainda apostam nessa tese, principalmente que os índios aqui viviam em paz antes dos europeus chegarem a essas terras, mas a História prova que não é bem assim, até mesmo os índios do nosso continente viviam em guerras e disputas por territórios, com seus Impérios e conquistas, com seus escravos e tributos, com a mesma sede de poder, a verdade nua e crua é que o ser humano é o ser humano em qq parte do mundo, independente de cultura, credo ou criação de qualquer tipo. Somos um só, com aspectos positivos e negativos, embora esses variem de povo para povo, com cada sociedade ditando o que é considerado ruim ou bom. No livro não são propriamente índios do continente americano, mas pessoas dessa ilha, até muito bem evoluídos como sociedade, mas que fogem do padrão europeu de civilização da época, eles buscavam em outros continentes o ideal de civilizações mais simples, mais ligadas à natureza e por isso mesmo, com menos vícios.


Quanto ao desprezo pelo ouro e prata, pode-se achar isso mais real, já que as coisas tem valores subjetivos, valem o que as pessoas acham que vale, e isso por qualquer motivo, raridade, dificuldade de fabricação, apego afetivo, utilidade ou por simples vontade de possuir. O próprio ouro é louvado pela cor e brilho, que se assemelha ao Sol, o primeiro deus cultuado pela humanidade. De qualquer forma se não fosse por ouro e prata poderia ser por qualquer outra coisa, mas como os habitantes da ilha já tem o que precisam e não tem necessidades é aceitável, mas ainda que eles pareçam ser avulsos a qualquer tipo de desejo, o que já é muito ficcional, no mundo real, o desejo se apresenta e nem sempre é por simples ganância, ou mesmo sendo um tipo de ganância poderia ser algo mais leve, como o desejo de colecionar, que antes de mais nada é hobbie e pode ser por qualquer coisa, desde carros até pedras sem nenhum valor monetário, daquelas que se pode achar aos montes pelo chão. O próprio dinheiro é uma ilusão, o valor é subjetivo como comentei, ele é apenas uma forma que as pessoas acharam de facilitar relações de troca, antes de papel ou moeda era usado o sal, por exemplo. Falar que o dinheiro é a raiz de todo mal é uma razão meio simplista, ou mesmo que é a ganância humana também o é, já que é um sentimento muito complexo e que se apresenta de muitas formas, mais leves e mais graves, enfim, o ser humano é muito complicado em todos os sentidos imagináveis. Mas é uma forma mais romântica de se imaginar isso, embora não seja a verdade absoluta, mas é um traço do pensamento ocidental, que é geralmente voltado para o maniqueísmo, de algo ou ser de todo certo ou de todo errado.


Enfim, é uma boa fantasia, é bom imaginar o mundo de forma utópica, embora em geral a nossa realidade cruel aponta mesmo é para algo mais distópico no nosso mundo, principalmente quando nos vendem utopias. Quando a esmola é muita o santo (não Thomas Morus, que é santo da Igreja Católica) desconfia, já dizia o saber popular. Há uma frase no livro que diz tudo: "[...] se vossos esforços não puderem servir para efetuar o bem, que sirvam ao menos para diminuir a intensidade do mal; porque tudo só será bom e perfeito, quando os próprios homens forem bons e perfeitos." O problema é quando seremos perfeitos? Provavelmente nunca, é pessimista de minha parte dizer isso, mas também é realista. É bom mudarmos e tentarmos evoluir como sociedade, mas a ideia do livro ainda é por demais fantasiosa se colocada com o que é o ser humano, essa criatura que foge muito do ser semi-divino que sempre imaginamos, e nos esquecemos que somos animais e vivemos por instinto tanto quando as demais criaturas desse mundo. Temos a consciência e a inteligência, mas temos o instinto gritando em nós também. Certamente serei chamado de pessimista por alguns por essa análise, outros talvez dirão que não acredito no ser humano, o problema é que justamente acredito, mas conheço não somente a capacidade construtiva, mas também conheço e não ignoro a capacidade destrutiva do homem, e também até nisso há algum bem, afinal são os conflitos que criam, não a conformidade, é a inconformidade, o debate, os opostos que se complementam e de onde surge novas ideias, o espaço criado, afinal, quando uma árvore velha cai na floresta, abre espaço para novas mudas crescerem naquele espaço. O espírito humano é o que é por ser inquieto, às vezes isso é excelente, em outras péssimo. E não deixo de pensar em um parte do filme Matrix onde comentam que os humanos rejeitaram a primeira Matrix que lhes deu uma utopia, ela falhou exatamente por isso, no fundo sabemos, até por nós conhecer, que as coisas quando estão lá muito boas, é porquê algo de muito errado está acontecendo, não sei se houvesse realmente esse tipo de sociedade se realmente a abraçaríamos ou a rejeitaríamos.


site: https://focoderesistencia.wordpress.com/2015/05/07/critica-do-livro-utopia/
comentários(0)comente



Peterson Boll 06/05/2014

Embriagado de humanismo renascentista e de "A República" de Platão, More ofereceu a seus contemporâneos uma realidade completamente alternativa, baseada na justiça e razão. Um dos livros mais essenciais da História.
comentários(0)comente



Ligi 24/04/2014

Esse livro foi uma das melhores coisas que já li e também as 100 paginas mais demoradas. Me fez pensar se os "benefícios" trazidos com o "progresso" valeram mesmo a pena. Bastante ideológico, tem mesmo a importância que lhe foi dada no contexto histórico da época.
comentários(0)comente



227 encontrados | exibindo 181 a 196
1 | 2 | 3 | 13 | 14 | 15 | 16