Amar, verbo intransitivo

Amar, verbo intransitivo Mário de Andrade




Resenhas - Amar, Verbo Intransitivo


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Melissa289 26/10/2024

Fräuilen
Elza e Carlos na jornada da descoberta do amor, você pode dizer : mas Melissa, o único que estava aprendendo a lição era Carlos. Aí que você se engana, Carlos também ensinou Elza sobre os sentimentos que o amor traz.

O autor deixa bem explícito a forma que ele mexeu com a cabeça dela, com seu jeito único. E mesmo quando tudo se acaba e o tempo passa, no reencontro rápido deles, a lembrança fica.

Gostei muito, mas como a eterna romântica que sou, confesso e não nego, que queria que eles ficassem juntos, apesar que sei que era totalmente inviável.
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Clarinha 05/09/2024

Idílio
Mário de Andrade você sempre será polêmico!
O romance narra a história de Elza (chamada o tempo todo por Fräulein), a qual foi contratada para fazer a iniciação sexual de Carlos, jovem burguês de 15 anos. A função de Fräulein é, então, ensinar Carlos a amar. Portanto, é um amor sem troca: é amar no verbo intransitivo.

A narrativa marcada por ironias mostra a hipocrisia da realidade burguesa brasileira, compondo uma história fluída e muitas vezes engraçada. Mário de Andrade acertou em cheio a mão desse romance!
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Pbfx901 11/08/2024

Totalmente diferente do que eu imaginava.
Peguei esse livro por conta de ser um paradidatico do colégio e não tava esperando nada, porque tenho o pré-conceito que clássicos da literatura brasileira são bem mt complexos e densos. Mas meu Deus, isso é a "farofa" pura, no sentido de ser um enredo "divertido" de se ler e nada entendiante.
Tem tantas críticas que são abordadas da sociedade da época, a hipocrisia da burguesia paulista, mas mesmo com essa camada de profundidade não fica uma leitura maçante.
Eu simplesmente adorei, a protagonista me deixou muitos questionamentos e td a narrativa em si me fez refletir muito. Personagens com várias camadas, erros, preconceitos e ideologias.
Sobre a linguagem de Mário de Andrade, achei q ia ser mais complexa, o início que foi arrastado, porém se tiver atenção a história flui bem e instiga a curiosidade do leitor.
Simplesmente amei e pretendo ler outros do autor.

Lido em julho de 2024.
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midnightrainz_ 03/08/2024

Li esse ano “o peru de natal” do mesmo autor para aulas de literatura do colégio e fiquei completamente obcecado pelo conto por um tempo. logo, me senti na obrigação de conhecer mais a fundo a obra do autor. agora concluída, posso dizer que foi uma experiência particularmente interessante.

esse é daquele tipo de livro que foca mais na forma de narrar no que no próprio conteúdo da história (que pode até soar chocante pra época, mas pra mim foi bem tranquilo: o sexo presente aqui não é explicito de forma alguma). Não é sobre o que é contado, e sim o como. nesse sentido, o livro é sensacional.

a escrita do mario de andrade e a experimentação foram o que me fizeram gostar do livro. gosto das descrições poéticas dele, mesmo as mais abstratas e confusas, gosto de como ele mistura expressões idiomáticas na escrita, ou escreve determinados termos de forma oralizada (como o “duma”), trazendo aquilo que ele próprio chamou de “linguagem brasileira”; como ele usa regras gramaticais e de sintaxe da maneira que ele quer (e não respeitando a dita norma culta), brincando com a língua. nesse livro ainda ele introduz um recurso que é o meu queridinho dentro da arte: metalinguagem. qualquer obra artística que utiliza metalinguagem se torna imediatamente uma queridinha minha, ainda mais da forma como o autor utiliza dentro desse livro: colocando voz no seu narrador/escritor e utilizando-se da própria linguagem literária para refletir sobre literatura - uma coisa parecida com o que a clarice lispector fez em “a hora da estrela”, que eu também amo. as simbologias e referências usadas aqui dentro também se encaixam muito bem. os temas em geral são, além da própria identidade cultural brasileira - que permeia toda a sua obra -, e principalmente a hipocrisia social da classe burguesa, que se preocupa mais com as aparências do que com o bem estar dos próprios filhos.

por outro lado, ele acaba não tendo muito destaque nem na história nem nos personagens. a história eu ainda não chego a me importar por que não ele não se propôs a ser um drama familiar épico ou algo do tipo (apesar de sentir que faltou algo que mantivesse o leitor interessado na narrativa), mas a falta de carisma dos personagens me afetou: senti como se tivesse diante de bonecos de papelão. eles não são bons nem maus, são seres humanos como quaisquer outros, e eu não consegui me importar com qualquer um deles. fora a certa conotação racista presente na personagem da fraülein, essa ideia dela defender a raça alemã como superior às outras, fez com que eu não simpatizasse com a única personagem com o mínimo de complexidade. entendo que isso é proposital, entendo que era o objetivo do autor, entendo que isso é uma crítica à sociedade burguesa do século retrasado, eu só não gostei do modo como foi feito msm.
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Beatriz 28/07/2024

Fantástico.
O livro tem tudo, crítica, poesia, referência. Eu amei a construção dos personagens e amei que não existe final feliz. É um romance realista, um romance dentro da realidade e que quando nitidamente é impossível, o autor não força nada.
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Cristina Huang 18/07/2024

Confesso que a leitura foi bem difícil e entediante, a cada momento eu torcia paa que acabasse logo, só que eu lia e lia e parecia que nunca ia ter fim. A escrita de Mário é bem denso e complicada, ele mistura muitas gírias e expressões da época além de ser preenchido por uma narrativa até que poética. Pelo prefácio, o autor está criticando os atos hipócritos da sociedade burguesa paulista, mas durante a leitura foi bem trabalhoso conseguir captar o que ele queria transmitir. Teve muitas partes que me deixaram confusa, e precisei reler diversos trechos diversas vezes para conseguir captar o mínimo. Não senti que foi uma leitura prazerosa, todas as vezes que eu peguei o livro me deu dor de cabeça. Eu esperava mais na real, me decepcionou bastante, a sinopse é uma coisa e o livro em si é outra. Para falar a verdade recomendo só para pessoas que estão engajadas a uma leitura densa, complicada e se tu gosta muito do estilo de escrita do Mário.
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gablues 14/06/2024

Acho que o ponto alto deste livro é, definitivamente, o narrador. É muito engraçado ler o que Mário de Andrade faz aqui, interrompendo a história por meio do narrador, para dar "pitacos" sobre os próprios personagens ou sobre a forma que o público vai entendê-los. É uma leitura que flui muito naturalmente, sendo fácil de ler numa só sentada. Os personagens e os diálogos são engraçadíssimos; nunca ri tanto lendo um livro. Acho que seria uma ótima indicação como primeira leitura do Mário de Andrade ou como uma introdução à literatura modernista nacional. Aqui, Mário não apenas inova com a narração, mas também no vocabulário de seus personagens, tentando exprimir em suas falas o cotidiano da língua. Por fim, que livro maravilhoso
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Natalia.Canalli 10/06/2024

Neste idílio Mário de Andrade conta a história de uma imigrante alemã que tem a profissão de ensinar jovens garotos a amar. Sobretudo, o livro não fala exclusivamente sobre o amor, mas conta sim com um retrato da família brasileira, mais especificamente sobre como os pais criam seus filhos homens e as mulheres. É um núcleo bem tradicional, um pai rígido que é o provedor da casa, uma mãe submissa ao marido e omissa na criação dos filhos, em certos aspectos, e uma governanta que é a maior responsável pela educação das crianças.
Foi uma leitura interessante.
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Saddkun 21/05/2024

Comecei a ler achando que teria uma pegada romântica, mas de romance só a categoria mesmo.
O formato da escrita me incomodou um pouco, não por ser coloquial, mas pq nunca sabia quando o autor estava interagindo com o leitor ou expondo pensamentos da personagem principal.

Enfim, esperava mais do enredo, desenvolvimento dos personagens e etc, mas esse não é um livro de historinhas e sim de crítica social. Com certeza feriu os sentimentos da burguesia paulista.
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Laris 15/05/2024

Não sei como descrever essa leitura, em partes achei maçantes e em outras achei bem interessante. fica em um meio termo inexplicável como o idílico
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Saturno 08/05/2024

Não gostei do livro em si. Achei inúmeras partes um pouco estranhas e desnecessárias, porém houveram partes no livro em que o autor escreveu sobre o processo de escrita, o processo de construção da Elza. O autor diz que existe uma Fraulein diferente em cada um de nós, em cada imaginação, além de relatar quando de Elza a mulher passou a ser Fraulein. As partes que não envolvem a história do livro e sim o processo de escrita me fascinaram, já o que foi escrito relacionado ao enredo me entediou.
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julia 04/04/2024

Li esse pra fazer uma prova sobre na escola, achei que seria mais entediante mas ate que gostei apesar da leitura ter sido um pouco dificil
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tallitafeitosa 01/04/2024

Amar, verbo intransitivo
Estava há meses sem conseguir concluir leituras por conta das demandas da faculdade, e esse foi o primeiro livro que conseguiu me tirar desse período de ressaca literária. também foi o meu primeiro livro do mário de andrade, e foi uma experiência satisfatória.

no começo acabei me perdendo na linguagem dele, mas depois engatei na leitura e não consegui mais parar de ler. não é o meu livro favorito, e longe de ser, mas é um bom livro. :)
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