O Evangelho segundo Jesus Cristo

O Evangelho segundo Jesus Cristo José Saramago




Resenhas - O Evangelho Segundo Jesus Cristo


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Daniel.Simoes 16/01/2019

O escritor português conta a história de Jesus de Nazaré brincando com os fatos bíblicos e incluindo a visão humana do século XX, com os dramas psicológicos dos personagens e um exagero de ceticismo. Um livro muito ousado, que vale a pena ser lido. Há muito respeito pela figura de Jesus, embora haja certa ironia em algumas partes. A forma de escrever de Saramago é fluida, não interrompendo o texto durante os diálogos, o que requer uma atenção redobrada do leitor.
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Jose.Bueno 01/02/2019

Muito bom.
Distópico. Apaixonante. Deve ser lido.
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MarcosQz 07/04/2019

Jesus como nunca visto
Em primeiro lugar esse livro não é uma leitura fácil.
Saramago mostra um Jesus diferente daquele que é mostrado na bíblia. Aqui, Jesus é um menino que aprende a ser homem rápido e carrega nas costas o peso da família que tanto machucou seu coração, começando por José, seu pai. Culpas sem direito, mas o peso da culpa é diferente para cas um é algumas são por gerações. Jesus não é próximo de sua família, Maria de Magdala é uma das melhores mulheres já vistas e pode se dizer que é quase uma voz e bondade e justiça que guia Jesus, muito mais que Deus. Aliás, uma questão desse livro... Qual deus é esse deus que Jesus serviu? E Deus, acima de tudo e todos, tão fraco, caminha junto com o Diabo.
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Bianca.Oliveira 05/05/2019

O evangelho segundo Jesus Cristo
Para quem gosta de José Saramago conhecer o livro que motivou a sua saída de Portugal para morar em Lanzarote é fundamental.

O próprio autor, sendo ateu, reconheceu a sua surpresa ao escrever a sua versão da vida de Jesus Cristo.

O que mais se destaca desta obra é a humanização do protagonista. Jesus é o filho adolescente com seus problemas com a mãe e os irmãos, é o amante de Maria Madalena e chega a recusar o seu lugar de ?escolhido de Deus?.

Com seu clássico estilo de escrita, Saramago explora o humor e a ironia de forma inteligente e divertida.

Baseado nos acontecimentos descritos nos evangelhos canônicos, o autor questiona o lugar de Deus, da religião, só bem e do mal. Além disso, não são poucas as polêmicas levantadas: a relação carnal, descrita em detalhes, entre Jesus e Maria Madalena, a intimidade entre Diabo e Deus, a ambição deste último, a hipótese da existência de mais de um Deus e, por fim, a relativização da traição de Judas.

Por isso, e pelas suas declarações a respeito do cristianismo, Saramago tornou-se alvo de perseguição em seu país e foi forçado a abandonar Portugal.

@expansao.cultural
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Christiano 30/07/2019

Livro Maravilhoso.
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Dani 13/08/2019

Original
Saramago surpreende por sua originalidade e ousadia. Seu estilo solto nos prende. Usando-se uma história conhecida como a de Jesus de Nazaré, consegue manobras pirotecnicas onde altera falas e as imprime um estilo próprio, que é quando sua perspectiva pode ser chamada de heresia já que muitas vezes questiona ele os desígnios de Deus. Uma experiência que vale a pena qualquer um ter para que se aprenda com Saramago a brilhante alma da invenção.
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Eliseu 22/08/2019

O evangelho segundo Jesus Cristo
Que livro espetacular!
A idéia de Deus como um ser vingativo, extremamente egoísta(atributos meramente humanos), que condiciona a salvação à adoração incondicional da sua figura,é aqui abordada de maneira brilhante por Saramago.
Deus e o Diabo podem ser descritos como duas figuras que se complementam, nenhuma existiria sem a outra. Saramago consegue expôr, quase que de forma didática, os vícios, as contradições e a arrogância dos homens, quando entorpecidos por religiões, por crenças imaginadas. A religião, enquanto crença imaginada, foi muito útil para os governantes ao longo da história, sujeitando e moldando comportamentos de acordo com seus interesses. E a idéia de Deus é central nessas narrativas históricas. Seria Deus uma criação da mente humana, com atributos fabulosos para ilustrar melhor, para melhor convencer e reconfortar as pessoas num mundo de poucos confortos, e estabelecer um controle seguro sobre suas vidas?

"... Homens, perdoai-lhe, porque ele não sabe o que fez." Assim disse Jesus na cruz sobre Deus? Simplesmente fantástico!
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Leandro676 05/12/2019

Edição com vários (e todos os tipos de) erros
Em relação a Saramago não há o que reclamar.
Romance fantástico do autor.
Disputa com Intermitências da morte o posto de melhor romance que li do autor.

Porém, em relação ao cuidado editorial que a Companhia das Letras deveria ter com a obra, essa não existiu.
No link abaixo, capturei alguns desses erros e fiz uma thread em meu perfil do twitter.
O leitor deveria começar a exigir recall de livros nesses casos absurdos.

site: https://twitter.com/leandroricardo/status/1171908534365315073
@BiaGiacomin 25/01/2020minha estante
Olá, a versão que li (cia das letras) está na língua original, no caso em português de Portugal, por isso parece ter tantos erros..


Leandro676 29/01/2020minha estante
Olá Bia, tudo bem?
Acho que todas as edições da Cia. seguem a grafia original de Portugal. Era uma exigência de Saramago.
O que rolou nessa edição que li são erros grosseiros mesmo (como, por exemplo de pontuação: dias vírgulas seguidas e ponto final no meio de uma sentença).


Pedro 03/02/2020minha estante
Minha edição é a mesma, mas não me lembro de ter me deparado com esses erros




Rogerio.Stefanelli 03/02/2020

Jesus Humano
O estilo sem parágrafos funciona perfeitamente nessa versão de Saramago sobre a história mais clássica das religiões, imprimindo à narrativa um ritmo tão alucinante quanto as ideias que traz. É incrível como a erudição do autor não pesa a leitura, pelo contrário, prende a atenção. Apesar da tendência à polêmica, sobressai-se um Jesus questionador, e que não deixa de ser bom. Um Jesus definitivamente mais humano, questionando seu destino e o dos homens (há uma sequência descritiva de santos e seus martírios que explicita - e choca - bem esse inconformismo de Cristo, que vê-se bem no meio de uma batalha de egos entre Deus e o Diabo, no momento mais marcante do romance).
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Rafa 29/03/2020

Um Jesus mais humano
Deus é apresentado com um ser sádico, Jesus um ser humano complexo e contraditório, como qualquer ser humano comum. Uma das obras mais marcantes na minha vida.
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André 17/10/2020

Jesus divino e Jesus humano
O Jesus que mais gostei foi esse! Tão humano e simples que a verdade não se questiona.
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josemaltaca 11/11/2020

Homens, perdoai-lhe, porque ele não sabe o que fez.
Por que há tanto sofrimento no mundo? Por que Deus assiste a seus filhos se digladiarem e não faz nada? Por que, além de ser conivente com as atrocidades, Deus ainda pune os homens? Por que Deus mandou seu filho único, munido das vontades inerentes à carne humana, para morrer infeliz e de maneira cruel? O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991), livro magistral do soberbo escritor português José Saramago, não tenta responder a essas perguntas, mas as levanta de maneira ácida e dolorida. É uma obra que por vezes confunde, mas cuja bússola sempre aponta para a humanidade como sujeita aos desígnios arbitrários e idiossincráticos de forças aquém de seu poder. Por essas razões, o livro é herético ao interpretar a história de Jesus, mas o faz de forma a passar uma mensagem contundentemente ateísta – feito impressionante em um livro cujo objetivo mais superficial é a releitura de grande parte do Novo Testamento.

Em outras palavras, é um livro que não agradará a todos. Há bastantes trechos que subvertem totalmente a história bíblica, colocando o protagonista em situações inimagináveis a quem se acostumou à narrativa oficial. Todavia, nada é gratuito: Saramago sabe o porquê dos eventos transcorrerem da maneira como são descritos, carregando uma mensagem em prol da autodeterminação humana frente à barbárie que consigna a religiosidade cega. Ou seja, é um livro cujo intuito é o choque, mas um choque calculado. É uma ode à imaginação humana como vetor de suas próprias transformações – não à toa os pastores trazem alimentos no lugar de especiarias e riquezas a Jesus em seu nascimento. É a imaginação de Saramago que desmistifica a deificação exacerbada, o qual, por sua vez, exerce sua vingança contra o personagem de José, homônimo do autor. Não é surpreendente, portanto, que a obra se dedique extensamente a centralizar sua narrativa no pai de Jesus, o qual carrega todas as mazelas e culpas por ser vítima da vontade divina, sofrendo um amargo e doloroso fim.

Jesus, em um golpe de misericórdia contra o próprio pai mesmo após sua morte, renega-o e entrega-se aos desígnios do Pai Celestial. Aos poucos, porém, suas experiências o fazem convergir gradativamente ao seu lado terreno, ao perceber a arbitrariedade das forças que competem para a miséria humana. Suas últimas palavras, título desta resenha, resumem a transformação de Deus em força meramente ditatorial e indiferente ao sofrimento – o contrário do amor. Este foco na transformação de Jesus Cristo, contudo, apressou Saramago a tal ponto que grande parte dos principais eventos bíblicos transcorre ao final do livro, apressadamente. Não obstante, a genialidade empregada ao esmiuçar os eventos em enfoque – o diálogo entre Jesus, Deus e o Diabo é um dos melhores trechos que já li – tornam a leitura da possível Magnum Opus de Saramago indispensável.
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Paula.Fernandes 26/12/2020

Inquietante
Uma obra prima de Saramago! Leitura provocativa e inquietante que nos faz refletir o tempo todo. Maravilhosa!
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Eva 17/02/2021

Um ótimo começo com Saramago.
Meu primeiro contato com a obra de Saramago e não poderia ter começado melhor. A escrita é sim diferente do que já tinha lido antes e daí veio a dificuldade no começo, mas depois você vai se acostumando, porém não deixou de ter aqueles trechos em que a leitura foi devagar por causa da profundidade do escrito. O narrador, meu Deus como amei esse narrador, com seu humor que me tirou até gargalhada, com sua ironia, acidez, suas críticas afiadas ao cristianismo e que não deixou escapar nem Deus (que é o maior criticado, diga-se de passagem), em algumas passagens eu cheguei a dizer: eita, que essa foi pesada. Uma outra observação que fiz a respeito do narrador é como ele transita pelo tempo durante a narrativa, hora ele está narrando situado nos tempo atuais, hora está no tempo de Jesus ou antes ou depois de sua morte.

O Evangelho Segundo Jesus Cristo é uma obra primorosa, quem poderia imaginar que alguém pudesse escreve uma obra prima a partir de uma história que boa parte da humanidade já conhece há milhares de anos. A vida de Jesus é contada a partir da perspectiva de que ele foi um homem e não somente um ser santo. Jesus humano tem seus pontos altos e baixos como qualquer pessoa, a adolescência com uma certa rebeldia e a passagem pra vida adulta com suas responsabilidades e nesse ínterim cheio de medos, inseguranças, remorsos etc.

O encontro de Jesus e Maria Madalena é um dos mais bonitos da história.
Um dos pontos que mais gostei foi que Saramago frisa bem todo o machismo da época, exemplificado principalmente na relação de Maria e José, só que depois vem Jesus e conhece Maria Madalena e a coloca no lugar de companheira no sentido literal da palavra, a pessoa que ele compartilha seus medos, dúvidas, segredos etc. A parte mais emblemática disso é quando ele tem o encontro com João Batista e os apóstolos querem saber o que foi falado nesse encontro e ele não diz nada e quando encontra Madalena conta somente a ela o que dito por eles, demonstrando total confiança nela e no seu amor.

O ápice, sem dúvida alguma, é o encontro de Jesus com Deus e o Diabo. Sério, o que foi aquilo? Fiquei um tempo tentando absorver. E o final? Meu Deus!! Tão surpreendente que nem sei se entendi.
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