O Evangelho segundo Jesus Cristo

O Evangelho segundo Jesus Cristo José Saramago




Resenhas - O Evangelho Segundo Jesus Cristo


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Luigi Gaino 07/05/2021

Desculpe, mas é desnecessário
Todos vão dizer amar! Ah! Saramago....claro, ele
é um gênio, eu já li livros incríveis...mas este não achei ?necessário?....porque ele escreveria um livro cujo único intuito seria provocar outras pessoas? O livro não agrega...só estimula alguma risada, uma provocação é aquela graça rasa...só acho.
Alê | @alexandrejjr 07/05/2021minha estante
Quem seriam essas outras pessoas, Luigi?




Bruno Mancini 18/08/2016

São tantos sentimentos
Ainda, tenho sentimentos de angústia e opressão.
Porém após passado o estranhamento inicial pôr uma diagramação e principalmente a forma de escrita, sem uso de ponto final. Quase remete aos tempos atuais, da forma com que lemos vários exemplos, que remetem a quase o analfabetismo em textos que se encontra nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Onde o mesma falta de uso de pontuação simples em final de uma sentença ou ideia, não é utilizado.
Portanto, após este instranhamento inicial, e por fim, me envolvendo mais com a história. O livro se tornou mais fluível, rompendo a barreira do descontamento e a vontade de abandonar. E o mais importante, criando o desejo de buscar por mais obras do autor.
A visão do protagonista ao longo da história, já muito contada e recontada é muito interessante. A suposição de como "Ele" pensou e agiu nas diversas situações no seu período de vida.
É necessário um nível de atenção alto, para não se perder em devaneios durante a leitura, para se fugir da diagramação, ou mesmo que seja, esta novamente, uma história já conhecida.
Então, recomendo leitura, mas com resalvas, para quem estômago de ferro.
Aline 02/03/2017minha estante
Concordo que a forma do texto pode ser difícil e quase um divisor de águas entre os leitores, mas compará-la com a diagramação do analfabetismo da internet foi forçado. José Saramago foi Nobel. Nobel merecido, não só pelo conteúdo e criatividade das suas obras, mas por justamente ter a genialidade de impor uma musicalidade aos seus textos através do jogo de palavras e utilização diferenciada da pontuação. É como o Jazz. Eu não gosto de Jazz, mas reconheço a qualidade e habilidade dos músicos e jamais os compararia ao Funk proibidão apenas por não me "soar bem".




Talitha.Wiegner 04/07/2021

Obra sensacional, de um autor ímpar da literatura mundial. Finalizei a leitura aos prantos, devido ao misto de inteligência, perspicácia, ironia e, surpreendentemente, delicadeza, com as quais Saramago revisita a história mais contada e conhecida da humanidade.
Leitura mais do que necessária a todos os que são ou não crentes em Deus/Jesus.
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Danielle Gonzales 09/07/2021

Uma vida HUMANA
Que livro fantástico, Saramago traz uma versão muito mais humana do que pode ter sido a vida de Jesus, uma vida que muito mais representaria um homem comum, e que questiona inclusive os desígnios de Deus para planejar a vida e morte de um filho, que Deus seria esse? Movido pelo amor? Será?
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Priscilla 20/08/2014

E vamos a resenha de um livro que fala de Jesus Cristo escrito por um ateu. Só com isso já dá pra saber que é um livro que trata Jesus como completo humano e que é irônico e crítico em muitas coisas.

O livro conta a história de Jesus Cristo desde a concepção que é feita naturalmente até a sua crucificação, porém a história diverge da bíblia em vários pontos. Uma das coisas que me chamou a atenção foi a questão de costumes da época e um deles é o da mulher não ter nenhum significado ou valor naquela sociedade.

"Ao contrário de José, seu marido, Maria não é piedosa nem justa, porém não é sua a culpa dessas mazelas morais, a culpa é da língua que fala, senão dos homens que a inventaram, pois nela as palavras justo e piedoso, simplesmente, não têm feminino"

Outro ponto e esse pode revoltar os cristãos mais fanáticos é que Deus é um completo... troll. Saramago toca muito na questão do Deus do Velho Testamento ser tão diferente do Novo Testamento. O Deus "velho" era o Deus dos Exércitos, que prometia vingança, morte, matava crianças, dizimava povos, além disso pedia sacrifício de um animal branco, puro e sem marca. Já os Deus "novo" deixou tudo isso para trás, é o Deus de Amor e ainda despreza tais atos. Saramago coloca Jesus como o autor desse novo Deus.

"O cutelo subiu, tomou o ângulo do golpe, e caiu velozmente com o machado das execuções ou a guilhotina que ainda falta inventar. A ovelha não soltou um som, apenas se ouviu, Ahhh, era Deus suspirando de satisfação."

Como já citei, Saramago conta a história de um Jesus completamente humano, que tem desejos, ambições, sente raiva e amor. Não é puro ou santo e não foi escolhido por Deus, foi usado por ele. O mesmo se vê em Maria e agora isso pode revoltar também os católicos fervorosos, como na conversa abaixo com um anjo.

"— Então, o Senhor não me escolheu.
— Qual quê, o Senhor só ia a passar, quem estivesse a olhar tê-lo-ia percebido pela cor do céu, mas reparou que tu e José eram gente robusta e saudável, e então, se ainda te lembras, se como essas necessidades se manifestam, apeteceu-lhe, o resultado foi, nove meses depois, Jesus"

É um livro muito interessante que toca em bastantes, vamos dizer, feridas dos cristãos. Saramago tira e acrescenta várias passagens da história de Jesus e em várias delas há o tom irônico que coloca Deus e o diabo em patamares parecidos. Recomendo o livro, mas somente para aqueles que não são muito próximos de nenhuma religião que adora Jesus.

"— Então, servi-vos dos homens.
— Sim, meu filho, o homem é pau para toda colher, desde que nasce até que morre está sempre disposto a obedecer, mandam-no para ali, e ele vai, dizem-lhe que pare, e ele para, ordenam-lhe que volte para trás, e ele recua, o homem, tanto na paz quanto na guerra, falando em termos gerais, é a melhor coisa que podia ter sucedido aos deuses.
— E o pau de que fui feito, sendo homem, para que colher vai servir, sendo seu filho?
— Serás a colher que eu mergulharei na humanidade para a retirar cheia dos homens que acreditarão no deus novo em que vou me tornar.
— Cheia de homens, para os devorares.
— Não precisa que eu o devore, quem a si mesmo devorará."
Daniel.Andrade 16/04/2017minha estante
O mundo esta cheio de critico saramago não tem condições nenhuma (não é especialista em grego, nem em teologia bíblica e nem exegeta PHD,Doutorado,e Divindade..) de fazer uma análise crítica de vitalidade acadêmica do Novo Testamento. Mas, como não li o livro ,e ainda não passa de um leigo pra ser mais sincero...) não posso criticar o livro... mas tenho planos para fazê-lo. Uma dscussão em cima disso seria legal...




laaisfischer 15/07/2021

Quando escuto que saramago é difícil, que as pessoas desistem dos livros pela linguagem e estilo do autor, eu sempre insisto pra tentar mais um pouco (ler em voz alta pra entender a pontuação ajuda muito) e isso porque a obra desse autor é única.
Ele imagina coisas absurdas, tipo: e se ninguém mais enxergar? e se ninguém for votar? e se ninguém mais morrer?... e se a história bíblica fosse mais HUMANA?

Longe de toda polêmica que poderia ficar horas falando, Saramago faz justamente isso: contar uma história tão famosa com uma visão diferente. E isso é incrível! Acompanhamos o nascer de uma criança comum (concebida de um jeito comum) e que se desenvolve como todas da sua idade. E por que isso é tão genial? Simplesmente porque o jesus Saramaguiano não vem à Terra 'pronto', como espera-se de uma criatura divina. Mas sim, se contrói na narrativa; é que não importa o final da história, o que vale é todo o percurso.
E aí está toda a genialidade. Saramago constrói uma história cheia de caminhos alternativos mas que chegam ao tão conhecido desfecho, a crucificação.
Com a narrativa temos a inversão de vários sentidos, de modo que quanto mais humano, mais sagrado. Assim, as cenas de amor com Maria de Magdala são tão sensíveis ao mesmo tempo que os diálogos com deus são frios.
Saramago contesta tudo! Deus e pastor, sagrado e profano, culpa e redenção. Tudo é um novelo complexo, nada é simples.
E, mais, é um final digno de um livro como esse.

'Foi ontem, e é o mesmo que dizermos, Foi há mil anos, o tempo não é uma corda que se possa medir nó a nó, o tempo é uma superfície oblíqua e ondulante que só a memória é capaz de fazer mover e aproximar.'
Gleis 15/07/2021minha estante
Muito bom seu texto! Confesso que tenho tido uma certa resistência com uma obra dele, mesmo lendo inúmeras, e amando os enredos. Gostei da dica: ler em voz alta! Preciso disso!
????


laaisfischer 16/07/2021minha estante
Gleis, fico muito feliz pelas suas palavras. Realmente o início é complicado porque é muito diferente. Mas até o próprio saramafo fala em entrevista que a escrita dele é pensada na oralidade então falar em voz alta ajuda muito
Depois de pegar ritmo você lê em voz alta mas 'dentro da cabeça' haaha, faço isso até hoje. Tenho certeza que vai valer a pena




HonorLu 26/06/2022

O Evangelho segundo um Ateu
Até a presente leitura, toda cultura que tive até então com o autor se localizava entre suas obras publicadas após o Ensaio Sobre a Cegueira. Com exceção dos livros de poesia, ainda não tinha lido nada anterior à obra que lhe garantiu o Nobel. Saramago deixou um legado de delicada coesão, certamente, mas a um olhar acostumado com sua literatura a partir de 1995, é possível perceber como o desenvolvimento aqui é mais prolongado, principalmente na primeira metade do livro. Demorei um pouco mais do que costumava dentro de uma obra do autor. O que não a faz enfadonha ou menos prazerosa, mas me parece digno de nota.

Quanto ao romance, eu preciso dizer que não há nada mais perspicaz e irônico do que a subversão de uma religião por meio da humanização. O que aqui Saramago faz, ao inundar de sensibilidade a narrativa do Nazareno e reapresentar as figuras de Deus e o Diabo, nada mais é do que uma forma sutil e genial de traçar uma tapeçaria que encanta, frustra, indigna e transmite a mensagem crítica à instituição religiosa.

Chorei em diversas passagens, chocado em como algumas frases possuíam uma força que tocava a alma no ponto em que a humanidade dói. Dói-me o mundo, dizia o autor. Pois é doloroso admitir quão banhada em sangue é nossa humanidade.

Por fim, fica essa narrativa belíssima, humana e sensível.
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valmir 24/06/2024

O Evangelho
" Nenhuma salvação é suficiente, qualquer condenação é definitiva "

Com a mestria de sempre, Saramago nos entrega , talvez, sua Obra-prima.
Deus e o Diabo, quem é pior?
Não acho que seja uma crítica a fé, mas oque se faz em nome da fé.
Pati Borba 30/06/2024minha estante
Até agora, o que mais gostei dele ?


Nicolas523 02/08/2024minha estante
Perfeito isso de "o que se faz em nome da fé", matiza bem as críticas de Saramago ^^




Luiz111 28/12/2023

A salvação não é suficiente, a condenação é definita
Para quem não está habituado, a escrita de Saramago pode ser bem desafiadora: a ausência de parágrafos, o pouco uso de pontuação, a necessidade de se identificar o sujeito da fala... Porém, ultrapassados esses obstáculos, temos uma obra densa, ainda estou processando. Aqui temos um Jesus crível, humano, falho. José, Maria e Maria Madalena são bem explorados. Aqui o humor é um disfarce para a revolta sobre o egoísmo e megalomania de Deus; incrível como o sofrimento é banalizado e inútil (lembrei muito do filme "Glória feita de sangue" de Kubrik). Na verdade me faltam palavras para descrever o que li aqui. O máximo que posso fazer é repetir as palavras do próprio Saramago: "Nenhuma salvação é suficiente, qualquer condenação é definitiva"
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Thiago Duarte 15/01/2024

A conflituosa humanidade de Jesus em estadia pela Terra
Desprezo já as ladainhas de que ler Saramago é difícil, pois com essa obra não é diferente, porém não a faz inacessíve. Pontuo ainda que somos privilegiados de ter um livro como esse em mãos. Se fosse em outra época, estaríamos sendo condenados por aquela instituição que conhecemos muito bem por sua excitação com fogueiras ou outros tipos de crueldades.

Fenomenal é como descrevo essa homérica obra, isto porque o autor não quis trazer uma espécie de conversão aos leitores, mas sim à reflexão a respeito da história do nosso mais conhecido amigo e admirado Jesus Cristo.
Além disso, me surpreende a licença do narrador para contar a trajetória de Jesus assim como os quatro evangelistas. As diferenças entre eles se dão pelo fato do nosso narrador não ter o privilégio de estar no livro sagrado. Porém tal fato não o impediu de contar a trajetória do Messias de forma autoral, preenchendo as vazias lacunas deixas pelos grandes evangelistas.

A partir das colocações, este livro conta a trajetória de Jesus não da forma que já conhecemos, mas trazendo uma reinterpretação dessa narrativa que, sendo sincero, esteve mais interessada em o humanizar, tratando-o não como um ser celestial em todo momento, porém como um homem simples, normal, com desejos carnais o que pode chocante a algumas pessoas. Mas só aquelas que tem um olhar quadrado e não leem textos "sagrados" como literatura.

No livro, acompanhamos Jesus desde o seu nascimento com a sua fase de criança; de adolescente rebelde, e presunçoso, e egoísta; adulto desfrutando dos seus desejos carnais, e aqui coloco o saboroso romance dele com a prostituta Maria Madelena, uma figura muito importante para o nosso amigo, pois é dela que virá o seu conforto e refúgio. E como não seria diferente, também acompanhamos a sua triste e simbólica morte a fim de salvar a humanidade.

Gostaria ainda de brevemente trazer duas figuras emblemáticas nessa história: Deus e Pastor. A perspicácia de Saramago em relação a essas duas personagens é estupenda, isso porque são essas duas figuras que nos darão o deleite dos diálogos mais conflitantes e de tirar o fôlego com Jesus. Ainda há a atribuição paradoxal da inversão de valores que ambos carregam; pois, se por um lado, temos a figura de um que está mais preocupado em trazer uma reflexão e questionamento a Jesus acerca de sua conduta enquanto homem na terra; por outro lado, há a figura do outro que está mais preocupado em ser o centro do mundo, o qual foi capaz de matar milhões de pessoas e pasme: de entregar o seu próprio filho para que morresse a fim de salvar a humanidade. Porém essa última citação é da mais fajuta quando, na verdade, descobrimos que esse ser quer apenas ser reconhecido mais ainda no seu mundo, o qual ele mesmo criou, impedindo assim que as pessoas parem de adorar a outros deuses, sendo ele o único passível de adoração, cometendo diversas atrocidades para que isso aconteça.

O final desse livro foi de tanta emoção que valeu a pena a insistência para eu concluir essa grande obra. Destaco ainda ao arrepio que senti na última frase desse livro, a qual era tudo menos que eu esperava que fosse acontecer.
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Isa 19/12/2023

"Não aprendeste nada, vai"
A Bíblia é um livro cheio de historinhas, pode ter peso moral ou religioso, mas não deixam de ser histórias.
Saramago faz uma releitura dessas histórias, mas do seu jeitinho irônico e crítico.
Ao final, temos uma história poética, humana e sensível.

Eu amei do começo ao fim. Pode trazer várias reflexões sobre quem é o deus "misericordioso" e as bases do catolicismo, ou pode ser apenas divertido. Mas, claro, católicos fervorosos vão odiar.

No final, fiquei com essa frase do diabo para Jesus, "Não aprendeste nada, vai".
Realmente, ele foi engano por deus do começo ao fim, só aprendeu quando era tarde.
Jesus buscava seguir um deus perfeito que não existia e, quando percebeu a vaidade e sadismo, já estava condenado. Sua rebeldia era apenas um ato manipulado e previsto por deus.

Nota: top ?
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08/11/2010

Sem querer ofender nenhuma crença, esse Jesus eu era capaz de seguir...
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gbrlafonso 08/07/2024

Não quero essa glória, Mas eu quero esse poder
Ler José Saramago é um privilégio para nós, falantes da língua portuguesa, não necessitando de uma tradução que provavelmente retiraria toda a grandiosidade da sua obra.

Como não poderia deixar de ser, O Evangelho Segundo Jesus Cristo é uma ácida ficção que reconta - aos olhos de um narrador oculto - o nascimento e o desenvolvimento de Jesus até o seu calvário. O livro já se inicia com um tapa na cara (ou heresia para muitos) sobre a concepção do Filho do Homem, tornando a história muito mais humana do que os outros evangelhos contam.

Jesus vai crescendo e depois de uma situação traumática na sua familia, decide seguir a vida longe de casa, passando pelos mais diversos infortúnios e conhecendo personagens que serão de extrema importância para o desenrolar da história. Dois momentos muito interessantes são o período com o Pastor e o (magnifico!!) momento em que Jesus, Deus e o Diabo conversam no meio do mar. Este livro é sensacional, e seu final é maravilhoso, como poucos na minha pequena vida de leitor.

Eu demorei mais do que o previsto para ler, talvez pela vontade de não terminá-lo. Saramago poderia ter desenvolvido mais a parte do ministério de Jesus, mas pensando que ele não dá ponto sem nó, talvez a ideia fosse contar um Jesus não existente nos evangelhos, já que o Filho de Deus é mais retratado biblicamente nos seus últimos anos.
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Eliza.Beth 09/10/2023

Jesus falho, Deus falho
Demorei mais tempo para ler esse livro do que eu gostaria, mas Saramago não conseguiu perder as 5 estrelas merecidas!

Como sempre, o ponto alto do livro é a escrita. A história em si já conhecemos, mas Saramago aumenta ou inventa alguma coisa aqui ou ali, coisas que tornam Jesus mais humano e falho. Eu gostei, mas não recomendo a leitura para religiosos mais calorosos.

Algumas imagens acredito que vão demorar bastante para sair da minha cabeça. Entre elas, vou destacar a morte de José. Ao ler esse acontecimento, existe um misto de emoções que se entrelaçam, causando um nó na garganta, desaguando em tristeza genuína. Lembro que parei um tempo após esse acontecimento.

Existem outras cenas que podem ser destacadas, como o encontro de Jesus, Deus e o Diabo em uma canoa, onde os dois menos perfeitos jogam algumas (muitas) verdades na cara de Deus e, pasmem: ele sai pela tangente.
Eu concordei com o Diabo.
Repito: não recomendo para religiosos fervorosos.

Uma obra que com certeza vale a pena ser lida muitas vezes.
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Weuller.Alves 31/01/2022

Inteligente, comovente e audacioso
Pra começar, essa não é uma história religiosa/cristã. Apesar dos acontecimentos serem semelhantes aos da Bíblia, as motivações e os resultados são totalmente diferentes. Fiquei surpreso com a autenticidade que o autor emprega na história.

Esse é um romance que traz em seus principais protagonistas condições muito humanas, com medos, erros, falhas e pecados. Jesus, Maria e José não são santos. Erram e precisam conviver com as consequências de suas ações, dores e perdas.

Demorei mais do que esperava pra terminar de ler, pois a escrita de Saramago é muito diferente do que sou habituado. Os diálogos são inseridos no texto corrido sem nem mesmo aspas como indicação, além das frases e dos parágrafos serem extremamente longos. Mas vale muito a pena a leitura.
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