Notas do subsolo

Notas do subsolo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Notas do Subsolo


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Manu 13/02/2024

"Somos natimortos"
Tentei ler esse livro umas três vezes, no mínimo, e antes dessa última leitura, essa era a obra de Dostoiévski que menos me interessava. Hoje vejo que, nas tentativas anteriores, eu não estava disposta a entender a histeria do Homem do subsolo, hoje eu ainda não sou capaz de compreendê-lo bem, mas eu tive a disposição e me apaixonei pelo livro.      
Das obras que li do autor, essa é, sem dúvidas, a mais complexa por conta da primeira parte, que é um monólogo muito corrido e num (quase) fluxo de consciência que causa algumas confusões. Entretanto, a segunda parte é uma narrativa mais fluída, apesar de continuar bem densa. O personagem principal é muito parecido com a maioria dos protagonistas do autor, o que na minha opinião é algo ótimo, porque eu adoro como Dostoiévski os desenvolve! O jeito paradoxal de ser do nosso anti-herói é muito típico de suas obras e a metalinguagem, super bem desenvolvida, torna o livro ainda mais interessante e nos aproxima do ritmo histérico ? e até maluco? do protagonista. Resumindo tudo isso, amei o livro!



"Deixem-nos sós, sem livros, e imediatamente ficaremos confusos, perdidos ? não saberemos a quem nos unir, o que devemos apoiar; o que amar e o que odiar; o que respeitar e o que desprezar. Até mesmo nos é difícil ser gente ? gente com seu próprio e verdadeiro corpo e sangue; sentimos vergonha disso, achamos que é um demérito e nos esforçamos para ser uma espécie inexistente de homens em geral. Somos natimortos, e há muito tempo nascemos não de pais vivos, e isso nos agrada cada vez mais."
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Phen0 13/02/2024

MDS, QUE ESPETÁCULO DE LIVRO!!! Eu comecei o livro sem entender nada, achei que ia desgostar do livro pela forma como tava começando, pois estava esperando literatura e recebi um livro filosófico (não que isso fosse ruim, só me pegou desprevenido). Mas depois chegou a parte em que a literatura e a filosofia se misturaram e BOOM! Criou essa obra de arte. E claro, como sempre, não tem um romance feito por esse desgraçado que tenha um final feliz. Mas eu já esperava.
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Nezuminos0 29/02/2024

Eu sou um belo homem doente
Escolhi o pior momento pra ler, meu cérebro não registrou nada, me senti muito burra lendo. Quando eu achei que entendi, eu não tinha.
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readbarbss 29/02/2024

Foi minha primeira experiência com Dostoiévski e mal vejo a hora de conhecer mais sobre esse autor. Gostei principalmente de como ele sabe aproximar o leitor de pensamentos tão secretos e contraditórios que o mesmo se corrige.
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Ana Luisa 06/03/2024

Mto diferente do que eu esperava
Confesso que não gostei mto dessa leitura, não foi prazerosa, eu quase desisti varias vezes de terminar, o final até que fez sentido, mas queria que tivesse mais momentos de reflexão pra mesclar com as descrições dele sendo babaca? não foi o que eu esperava de um autor tão elogiado, mas darei mais chances para outros livros dele, talvez só não era meu estilo
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Isabelle 11/03/2024

"Sou um homem doente. Um homem mau. Um homem desagradável. Creio que sofro do fígado. Aliás, não entendo níquel da minha doença e não sei, ao certo, do que estou sofrendo..."

Dostoiévski, senhoras e senhores. Não há muito que dizer. Livro incrível, ótima história. Recomendo muitíssimo.
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Michelle Lopes 17/03/2024

Um clássico, que deve ser lido com atenção e reflexão.
Dostoievski costuma ser uma leitura difícil, que exige atenção e reflexão para conseguir aprofundar. Nesta obra, traz um anti-herói, que fala de forma extrema sobre aspectos comuns a todos nós, em alguma medida.

O personagem é emocionalmente instável, traz ambiguidades entre a necessidade de aceitação e pertencimento e a sua individualidade, com desprezo por certos padrões sociais ao tempo em que tenta se adaptar a eles em certos momentos.

Contando histórias que ilustrem sua vida no subterrâneo, traz uma crônica pesada, com reflexões interessantes.

O livro é um clássico da literatura russa e vale à pena ser lido! Mas é preciso levar em consideração a necessidade de atenção e reflexão que falei no início!

Algumas passagens:

"(...) o homem gosta de se lembrar fos seus males, mas não se detém em suas alegrias" p. 109

"(...) antes de acusar os outros, é preciso que nós mesmos aprendamos a viver!" p. 111

"Chegamos quase a considerar a vida real como um esforço, como um trabalho pesado, e concordamos entre nós que nos livros a coisa é melhor. E o que buscamos? Que queremos? Nem nós temos ideia; e se nossos ambiciosos pedidos fossem atendidos, seria pior para nós. Tentai, por exemplo, dar a qualquer um de nós um pouco mais de independência, desamarrarmos as mãos ampliar nosso raio de ação, acabar com a tutela... Pois bem, asseguro-vos que imediatamente pediríamos para ficar de novo sob tutela." p. 143
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pot 01/05/2024

"E de fato agora eu mesmo estou colocando uma questão ociosa: é melhor uma felicidade barata ou um sofrimento elevado? Então, o que é melhor?"
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Karol557 25/05/2024

Avalio esse livro com ??????/5. Achei a leitura bem difícil. O livro é denso e cheio de questões filosóficas que exigem bastante reflexão.
A história é narrada por um homem amargo e solitário que nos leva para dentro de seus pensamentos complicados e negativos. Ele questiona muito a vida, a liberdade, o orgulho e a irracionalidade humana. É uma visão bem pessimista do mundo e da natureza humana.
Apesar de ser difícil, a obra oferece um olhar profundo sobre a mente humana. Dostoiévski nos força a enfrentar verdades desconfortáveis sobre nós mesmos e a sociedade. No fim das contas, mesmo com a dificuldade, eu gostei da honestidade brutal e da profundidade com que o autor aborda questões existenciais.
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Alice808 28/05/2024

Meu primeiro livro dos dostoievski
Esse livro alugou um triplex na minha cabeça, uma leitura fluída e que faz vc ler sem parar.
Certamente eu irei ler crime e castigo.
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Rodrigo1185 28/05/2024

A falta que terapia não faz
?Por acaso um homem com consciência pode ter algum respeito próprio??

Em "Notas do Subsolo", Dostoiévski nos apresenta o retrato de um homem perturbado e amargurado com a vida e com todos ao seu redor. A história é dividida em duas partes que contrastam em tudo: na primeira parte, temos uma apresentação da psique do narrador, escrita em uma linguagem truncada, de difícil compreensão e com longas correntes lógicas. Vemos um homem que se considera alguém de ?consciência amplificada?, enquanto detesta os homens normais, de ?ação? ? na sua visão, homens sem inteligência. Na segunda parte, mudamos para uma linguagem mais simples e informal, que foca em contar três acontecimentos, ou melhor, confissões do narrador principal. Se algum grau de empatia e identificação resta no leitor ao terminar a primeira parte, isso é completamente lavado pelo desprezo que temos pelo personagem e suas ações na segunda parte. O livro é uma obra-prima que constrói um personagem complexo e multidimensional, nos surpreendendo a cada capítulo com o grau de consciência de sua própria condição.

É um livro complexo, que demanda uma leitura cuidadosa, especialmente na primeira parte. Com certeza terei de ler mais vezes para absorver o seu conteúdo. Parece ser uma boa introdução ao característico arquétipo de ?homem do subsolo? de Dostoiévski.
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Laura 03/06/2024

Povoar o imaginário
Essa literatura russa de grande valor traz-nos o eterno embate de um anti-herói que tenta lutar contra a própria realidade que o cerca.
Sua pobreza de espírito o corrói mais do que sua falta de recursos materiais e ele não percebe a cada dia que passa mais raiva tomando conta do seu ser.
O discurso final que ele enfrenta com uma puta é fenomenal. Se possível, leia as últimas 40 páginas acompanhado de alguma bebida alcoólica e um disco do Cartola ao fundo. Um jeitinho bem Dostoi de ser.
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cledysonrb 19/06/2024

Como pode dostoévsky ser meu pai literário, até agora não tem um livro que achei ruim e espero nunca encontrar.
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Yan Miranda 02/07/2024

O nossa mente é um perigo
O que eu tiro do livro é o perigo de nos aprofundar em pensamentos, sentimentos e interpretações superficiais, uma vez que pode ser muito autodestrutivo.
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