O Sol Também Se Levanta

O Sol Também Se Levanta Ernest Hemingway




Resenhas - O Sol Também Se Levanta


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Djeison.Hoerlle 15/12/2020

Enfim, chegou o tão aguardado momento... O momento em que após um mês de intensa luta, finalmente encerro esta barbárie que ousam chamar de livro. Sinto-me devidamente recompensado. A ideia não apenas de fecha-lo para nunca mais abrir, mas também de descarregar toda minha frustração em uma resenha para convencer você e qualquer outra pessoa que por alguma razão tenha chegado até ele me enche de satisfação. Vamos a ela.
Primeiramente, o livro não possui uma história para contar. Não se enganem os que pensam que isso é comum na literatura. Existem, de fato, milhares de livros cuja genialidade não está no enredo, e sim na própria escrita. Machado de Assis é um grande exemplo disso.
O Sol Também Se Levanta, no entanto, não possui nenhum desses atributos. Seja uma história, seja a psiquê de um personagem, ou mesmo um sentimento. Não há absolutamente nada.

A trama, caso você ainda não tenha lido a sinopse, trata-se de um pequeno grupo de burgueses bebendo em pubs franceses. Após a metade do livro, eles viajam para a Espanha e bebem lá. E é isso. Só isso.|

Hemingway não se dá ao trabalho nem mesmo de implementar algumas filosofias de bar, o que seria natural, tendo em vista que a maioria do livro se passa neles. Além disso, existe uma imaturidade com o conceito de timing que me deixa boquiaberto. Coisa que até uma criança se preocuparia em adicionar à sua redação de português. Os personagens pedem uma bebida, falam duas frases cada (o que não passa de uma página), e então já pedem a segunda rodada. Para piorar, Hemingway ainda tem a cara de pau de tentar nos convencer de que em um espaço de tempo que não parece passar de 5 minutos, eles já estão embriagados, e cansados e com sono ao final de duas páginas. Se ele ao menos se desse ao trabalho de utilizar algumas passagens como "Beberam durante mais alguns minutos, conversando animadamente". Mas não, nem isso. Chega a ser cômico, de tão péssimo.

E quanto aos personagens, quando penso em burguês, costumo pintar um grupo bem definido, composto por seres glamurosos e cultos, artistas, literatos, fidalgos e todas essas figuras que costumamos ver em clássicos da literatura. Eles enfeitam páginas, sofrem paixões intensas e no geral, amplificam qualquer sentimento humano. Essa definição seguramente não se aplica aos personagens de O Sol Também Se Levanta. Vemos aqui criaturas rasas, repetitivas, ignorantes e sem personalidade. Eu encerrei o livro sem ter certeza sobre quem era quem, afinal, todos tinham claramente a mesma voz, tirando um ou outro bordão ou idiossincrasia escolhida a dedo, muito provavelmente pensando na própria falta de estilo (Mike = bêbado, Cohn = Judeu, Brett = mulher, Jake = narrador, Bill = personagem que não é judeu, nem bêbado, mulher ou narrador). É isto.

Eu ainda posso citar problemas como repetição grosseira de palavras, como por exemplo usar o mesmo substantivo na mesma frase "Cohn queria café, então pediu à criada mais uma xícara de café - Pode me trazer um café?". Momentos em que você seguramente olharia para a câmera, caso estivesse na gravação de The Office.

Eu sei que esta resenha está desorganizada, mas a intensidade e afinco com que estou escrevendo a justificam. Eu realmente estou sentindo muito prazer ao falar mal desse livro, mas é hora de finalizar, a fim de não me estender muito, e o faço através de duas provocações:

Primeiramente, sugiro que o livro seja vendido com uma bula, ou talvez com algum tipo de aviso. "Este produto causa sono imediato". Penso nisso pois senti em diversos momentos que as palavras de Hemingway penetraram no interior do meu corpo, funcionando ora como um excelente incentivo ao meu TDAH, ora como um potente boa noite cinderela.

E por fim, digo o único ponto positivo dessa odisseia toda: enquanto aspirante a escritor e naturalmente inseguro quanto ao meu estilo e técnica, muito me felicito ao perceber quer até um gigante, vencedor do Pulitzer e Nobel de Literatura como Hemingway também tenha escrito porcarias como esta. Sinto que a distância percorrida entre O Sol Também Se Levanta e O Velho e o Mar fizeram muitíssimo bem ao escritor, e se eu, no auge dos meus 21 anos, já tenho um ou outro lampejo bem recebido pelos que me leem, fico ainda mais esperançoso quanto ao inevitável amadurecimento da minha escrita. Mas vos digo com sinceridade: não leiam esta asneira.
PH 19/08/2021minha estante
Só vim me juntar a você pra falar mal desse livro horrível!! srsrsrsrr


Iara53 29/05/2023minha estante
Concordo plenamente, vc ainda conseguiu ler , já eu nem consegui terminá-lo.




Andre.28 15/12/2020

Uma viagem pelo País Basco e pelas Touradas de Pamplona
Ernest Hemingway teve uma vida literária prolífica, tendo como ponto máximo um tipo de literatura apurada. Os seus livros apresentavam um caráter de tragédia, recheados de personagens melancólicos em um ambiente catártico e/ou revolucionário, propunha para seus personagens e para seus leitores uma literatura de contemplação e participação nos atos. A paixão Hemingway pela Espanha vem desde os tempos de jornalista, e aqui é estampada também pela cultura dos povos espanhóis, em especial do País Basco. Em “O Sol também se Levanta” temos estes elementos, entre a tragédia e a contemplação, o livro passeia pela Europa, de Paris às Touradas de Pamplona, uma visita aos recantos das culturas da Espanha contemporânea. Publicado em 1927, este romance de estreia de Hemingway foi aclamado pelo público e elogiado pela crítica especializada.

O livro narra a história de viagem de Jake Barnes, um jornalista estadunidense e de Lady Brett Ashley, jovem viúva inglesa por quem ele estava apaixonado. Nessa jornada eles saem de Paris com outros amigos, o experiente jornalista e escritor Robert Cohn, e Mike Campbell, um playboy esbanjador inglês e que também é apaixonado por Lady Brett. De Paris ao País Basco eles aproveitam a viagem, vivenciado a cultura dessa região da Espanha. A história se detém, em seu final, a festa de São Férmin e as touradas em Pamplona. Lá eles se deparam com Pedro Romero, toureiro espanhol em uma eminente disputa amorosa. Paixão, melancolia e esperança se misturam numa narrativa cheia de elementos culturais.

Este livro apresenta elementos bem trabalhados por Hemingway. A história é recheada de muitos diálogos com um pano de fundo simbólico. O poder da narrativa é sentido na melancolia das palavras, numa literatura que retrata os conflitos e frustrações de pessoas adultas que deixam uma metrópole em busca de aproveitar a vida em uma viagem. Os arquétipos humanos de Hemingway são dotados dessa melancolia juvenil, e vivem um caos de complexidade em relações humanas quebradas. Arquétipos que abraçam o vazio existencial de forma irônica e trágica. Narrativa para refletir sobre a juventude, vida adulta, morte, realidades difíceis de encarar e uma busca pela esperança perdida. Leitura que vale a pena.
graazifarias 22/07/2024minha estante
Numa releitura que tô fazendo de O Velho e O Mar, tô procurando qual o próximo livro que eu leio dele e me deparo com sua resenha rsrs


graazifarias 22/07/2024minha estante
Numa releitura que tô fazendo de O Velho e O Mar, tô procurando qual o próximo livro que eu leio dele e me deparo com sua resenha rsrs




Braguinha 15/12/2020

Sabe como é uma tourada? Não? Melhor ficar sem saber.
Escritor consagrado talvez por outras obras ou tão somente por ser estadunidense, porque este livro é chato e sem lição alguma. Nem como entretenimento presta, a não ser que você goste de ouvir uma tourada em Madrid descrita em detalhes.
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Fer Paimel 14/12/2020

Não impressionante
Esse é o segundo livro do Hemingway que eu leio e não gostei tanto. Parece-me que foi uma das primeiras obras do autor, então talvez não seja possível, mesmo, exigir uma qualidade tão grande, como a que eu vi em O Velho e o Mar.
Ainda assim, apesar de eu ter achado o enredo um pouco aleatório e não ter me conectado com os personagens (inclusive demorei para fixar o nome ao personagem), achei bem legal a parte em Pamplona, com a descrição das touradas.
Daniel.Azevedo 14/12/2020minha estante
Recomendo ler hemingway no inglês original, acho que a tradução não faz jus ao estilo dele


Fer Paimel 14/12/2020minha estante
Obrigada pela dica, Daniel! Vou procurar as obras em inglês... você tem alguma outra para me indicar? :)


Daniel.Azevedo 14/12/2020minha estante
For whom the bell tolls ou a farewell to arms


Fer Paimel 14/12/2020minha estante
Ah, que bacana! Obrigada!!




Julio.Argibay 09/12/2020

Viva lá Vida loca
Robert Cohn se formou em Princeton foi boxeador, casou, teve 3 filhos e se divorciou, perdendo grande parte de sua grana. Se quebrou na emenda. Se casou novamente foi para França, me parece que vive as custas da mãe (tô lendo em espanhol, foi mal). Ele possui muitos amigos de birita, dentre eles o narrador da estória. É uma farra da zorra e todos estão por ai pelos bares da noite francesa, tomando todas, dançando, conhecendo pessoas. Pouca confusão. Jack parece que quer um lance com Brett (na verdade me confundi com Robert, mas agora já peguei o fio da meada). Ele tá sempre insatisfeito. Retornando.,, Roberto não quer se casar com Frances e ela tá bem chateada com isso. Brett é da vida, tem um amigo que é conde e está sempre presente. É uma relação não convencional. Robert e Jack são muito amigos, compartilham suas vidas e são bem solidários um com o outro. Roberto quer voltar a Nova York, seu livro vai ser lançado lá. Acho que agora é o início do segundo ato, pois todos os amigos foram para Pamplona, curtir as festas, touradas e até mesmo pescar. Bons momentos. Nada de importante até agora na estória. É difícil até dividir os três atos. Mas, vamos lá. Segue o barco. Muitas biritas. Todos estão acompanhando atentamente e se divertindo na Fiesta (que são aquelas festas tradicionais espanholas, que tem como centro a tourada). Os personagens só falam de touro, toureiro e biritas, inclusive um jovem toureiro ficou afim de Brett e ela dele. Mas, tudo ás claras, sem enganação, sem compromisso, de boa. Alguns desentendimentos bem rápidos, coisas de bêbados e nada mais. Depois das festas, todos vão embora. Vida que segue. Os diálogos são interessantes e a narrativa é fluida. O texto é leve. frugal e divertido. Way tá de vento em popa. Escrevendo como ninguém. Surfando... Espanha na veia. Dito isso, me despeço. Boa vida a todos, Carpe Diem.
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Lee 30/10/2020

Hemingway escreve de forma fluída, o tipo de livro que gosto, pois você lê e nem vê as páginas passarem. De início O Sol também se Levanta parece uma leitura simplória, mas depois que você lê entendendo o contexto do autor e dos personagens, há muito mais, eles tem sentimentos complexos, onde para tentar entendê-los precisamos lembrar que havia a Grande Guerra, inclusive dois dos personagens participaram dela.
Como li uma vez ?É simples sem ser, é complexo sem aparentar?.
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Maah.LeAo 26/10/2020

Preciso reler quando for mais madura
Esse livro foi uma experiência diferente que tive, muito bem escrito e bem característico, porém, na maioria dos momentos, me senti completamente deslocada no percorrer da leitura, pretendo reler essa obra quando foi mais velha, onde com certeza aproveitarei essa obra da forma correta.
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Luciana 03/10/2020

Nada como um bom escritor
Então, a história é sobre cinco amigos aproveitando a festa da tourada. Acabou. Para qualquer escritor sim, mas não para Ernest Hemingway! Sempre admiro como esses autores clássicos conseguem de uma premissa simples, escrever um livro adorável. Sem reviravolta, sem surpresa, apenas amigos, cada um com sua personalidade, aproveitando uma festa popular.
taty150 16/10/2020minha estante
to na metade do livro e tenho medo desse livro ter algum maus-tratos ao animal? a capa me assusta um pouco. minha edição é da Abril.


Luciana 17/10/2020minha estante
Oi, Taty. Bom, na época em que foi escrito realmente não havia tantos cuidados com os animais. Infelizmente há algumas descrições das touradas que incomodam.


taty150 17/10/2020minha estante
viu parar de ler então. obrigada pela ajuda.


taty150 17/10/2020minha estante
vou*




Dani 14/09/2020

Narrativa arrastada, personagens rasos e chatos. Até o país lindo que é a Espanha parecia não ter graça...
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spoiler visualizar
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Artuth 20/08/2020

o problema é que esse livro não se esforça nem um pouco pra fazer você ligar pros personagens da historia, ele simplesmente te joga naquele contexto e acaba que se percebe que estamos acompanhando personagens "quebrados" internamente mas é só isso. não tem substância, qual a graça de acompanhar gente burguesa e sem sal?
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10/08/2020

Ernest quem?
Gostando ou não de literatura, todo mundo sabe quem existiu um Hemingway e que seu nome está entre o cânone dos autores modernos. Com essa carga de fama, é inevitável ler um romance do autor e esperar algo menos do que um livro incrível. E é assim que O Sol Também se Levanta te decepciona.

Esse é livro é o primeiro romance de Hemingway e ele te joga num círculo de amigos aleatório com diálogos sem sentido. A única palpável no livro é o vazio dentro dos personagens - irrequietos, mas apáticos, sempre em busca de algo que nunca acham, se afogando nas bebidas procurando felicidade sem encontrar. Típico de um cenário pós guerra. Mas a impressão que se tem é que o autor te joga no meio de um grupo de pessoas e conversas com piadas internas, passados em comum, que o leitor simplesmente não entende
porque está tudo na cabeça do autor.

Quem pegar O Sol Também Se Levanta pra ler e conhecer Hemingway, é bem capaz de nunca mais pegar um livro dele na vida. Até porque, além de tudo, é um romance lotado de antissemitismo! Eu fiquei chocada! Meu primeiro contato com o autor foi pelo livro Por Quem Os Sinos Dobram e eu sinceramente não me lembro de uma carga preconceituosa naquele livro. O antissemitismo e racismo n'O Sol ... me deixou sem palavras.

Então fica a dica pra quem quiser conhecer a escrita de Hemingway: não comece por esse livro!

site: www.capaecorte.com
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Bernardo.Braune 04/08/2020

Irreverente e com nuances ocultas. Certo de muitas risadas e muito agradável.
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Camelo's 03/08/2020

Um brinde a uma geração
Realmente sobre o que é esse livro?
Qual o tema?

Acho que algumas pessoas podem se decepcionar por não ver um propósito. Vão ver só um monte de palavra escrita contando de umas férias na Espanha e de uma tourada.

Mas acho que o livro é sobre isso mesmo. Contar coisas da vida de um grupo de pessoas em que elas estão vivendo. Estão bebendo, se divertindo, indo a festas, dançando, bebendo mais um pouco e tendo casos.

É o retrato de uma geração.
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