lavinão 13/05/2024
maus
primeiro de tudo: as ilustrações. achei muito perspicaz o autor trazer os judeus como ratos, os alemães como gatos, os americanos como cães. isso aqui, pra mim, foi genial e deixou a história muito mais ?realista?.
segundo: sobre os acontecimentos. bem, como não se chocar e entristecer com tudo o que aconteceu sabendo que é um relato da vida real do pai e da família do autor? é de partir o coração saber que a maldade era tanta que queriam exterminar todos aqueles que eram diferentes.
o pai de artie, vladek, sobreviveu ao holocausto por ser esperto. ele fazia negócios e mostrava que estava disposto a fazer qualquer serviço, nunca desafiando os que se denominavam superiores.
porém, não bastava apenas sobreviver a guerra? depois de todo o horror vivido, quem sobreviveu tinha que se reconstruir e ser forte física e mentalmente pra conseguir viver novamente.
vladek e sua esposa, anja, sobreviveram e viveram. eles tiveram outro filho, artie, e se estabeleceram em um lugar seguro. contudo, anja não aguentou ficar sem sua família. ela já apresentava alguma doença desde o início da história e, apesar de ainda lhe restar seu marido e seu filho, anja não aguentou tamanha perca e cometeu suicídio. vladek ficou muito abalado após a morte do grande amor de sua vida, mas continuou levando, se casando pela segunda vez.
é muito interessante acompanhar a vida de vladek após todos os acontecimentos, pois percebemos que, muitos dos seus comportamentos refletem as sequelas e os traumas que ele sofreu. o relacionamento dele com artie e com sua atual esposa, os afazeres da casa, as questões com comida, todas as relações e os comportamentos são afetados.
e, por último, levando em consideração que vladek é estrangeiro e não falava inglês igual um nativo, a tradução do texto para o português foi muito boa. os erros de conjugação e dos artigos foi algo que agregou muito na leitura.