O Anticristo

O Anticristo Friedrich Nietzsche




Resenhas - O Anticristo


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Ocelo.Moreira 24/07/2009

Para os não fanáticos
Para quem odeia a igreja católica ou é ateu,é um ótimo livro.
Aqueles que são católicos ou fanáticos eu não o recomendo.
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Eduars 16/07/2009

O Anticristo
Nietzsche é em nossos dias um dos filósofos mais lidos e comentados, não somente pela sua postura anticristã, mas também por que era um crítico de sua geração, seus valores hedonistas eram contrários à moral cristã e kantiana de sua época. Filho e neto de pastores, Nietzsche estudou alguns anos teologia, mas foi no estudo da língua grega que ganhou uma cadeira de filologia na Universidade de Basiléia; ali este lecionou por anos, porém, com a sua saúde abalada deixa o posto de professor para dedicar-se a buscar lugares apropriados, onde sua saúde e intelectualidade não fossem afetadas. Sua obra literária é vasta, contudo, neste artigo analisaremos o livro intitulado “O anticristo”.












Neste livro Nietzsche tece uma crítica veemente ao Cristianismo, embora o título tenha a semelhança de uma declaração apocalíptica ao advento de toda simbologia do livro bíblico, ou pareça uma ofensiva à figura de Jesus Cristo, seu ataque não consiste nisso, mas sim, para com os cristãos em geral e, principalmente, para com um dos apóstolos cristãos – Paulo de Tarso. Nietzsche julga que este perverteu o Cristianismo ao fazer da renúncia ao bem-estar na vida presente a garantia da felicidade em uma vida póstuma. Sua alegação é que Cristo foi o primeiro e o último cristão, após ele sucessivos homens pervertem seus ensinamentos ao ensinar o Cristianismo. Nietzsche deixa claro toda a sua repugnância para com os cristãos em cada capítulo do livro, fala de pensadores e intelectuais que deixaram ser enganados pelo Cristianismo. Para ele, o Cristianismo representa a decadência da Humanidade, e aqueles que abraçam seus ensinos acabam atrofiando seu intelecto. O intelectual mais criticado, por conta disso, é Emmanuel Kant, junto com seus ensinos morais e éticos sustentados pela égide do imperativo categórico. A moralidade de Kant produzia em Nietzsche repulsa tanto quanto o Estoicismo de Paulo. Não que Nietzsche represente a imoralidade, no entanto, os valores morais os quais constantemente nos referimos, tais como: simplicidade, compaixão, amor ao próximo, humildade etc., para ele representavam uma afronta ao Übermensch. O homem emancipado seguiria seus instintos e seus desejos ao contrário dos ensinos cristãos que pedem para mortificar as vontades próprias.



Nietzsche era grande conhecedor, e apreciador das tragédias gregas, assim suas construções literárias muitas das vezes retornam aos personagens mitológicos da cultura helênica, a fim de, contracenarem com o moralismo cristão. Dioniso para ele representa a liberdade e não a depravação, visto que seu nome sempre está ligado ao segundo sentido. Isso ocorreu, segundo ele, devido ao ensino moralista que julgou o aniquilamento dos prazeres da vida presente e temporal como o sustento das promessas de galardão em uma vida além e eterna. Em meio as suas críticas, ele apresenta um contraste entre duas religiões: O Cristianismo e Budismo. O contraste está em diversos pontos teológicos envolvendo o ser humano. Para Nietzsche, o Budismo como religião está acima do Cristianismo, pois seus ensinos destoam grandemente da Dogmática Cristã; ao serem mais realistas quanto à vida terrena os budistas se enquadram segundo a categoria de Nietzsche como religiosos avançados, estes formularam sua religião com base em pensamentos filosóficos, assim sendo, o conceito de deidade para eles perdeu o valor na sua gênese; o Budismo ao invés de ensinar como lutar contra os pecados ensinam aceitar os sofrimentos e a dor como condição inerente à vida. Porém os cristãos, segundo Nietzsche quando em estado de sofrimento e dor são coagidos por suas consciências a atribuírem todas as suas mazelas como atitudes externas, logo, à figura do, ou seja, o Diabo. Este é o protagonista da história do sofrimento cristão, pois, todos o colocam em primeira suspeita diante da dificuldade cotidiana sob a égide de que estão lutando contra algo mais forte do que eles. Assim os cristãos aceitam suas condições ínfimas de vida, ao deixarem serem subjugados por qualquer outro ser que não as próprias vontades. Nietzsche não é um simpatizante do budismo como religião, apenas como filosofia, pois ele mesmo declara que tanto um quanto o outro religioso representa a decadência humana.














O homem para Nietzsche não devia deixar ser moldado pelo simplismo religioso e pelos seus engodos teológicos, mas entregar-se aos seus impulsos que para ele são totalmente humanos, representam a totalidade do ser-homem. Como disse anteriormente Nietzsche não representa a imoralidade, todavia sua posição ateísta e suas menções à mitologia grega talvez representem o tipo de religiosidade que este aceitaria; uma religiosidade nos moldes de Dioniso que era um deus, mas vivia uma imoralidade humana, essa religiosidade, sob a forma de sacrossanta norteavam o padrão de vida de seus adoradores. Para Nietzsche um ensino religioso cristão acabava com a felicidade do homem, este sempre com a esperança de tornar-se melhor abdicaria de toda a sua humanidade em detrimento de sua felicidade.
















Todo esse esboço ressalta o quanto Nietzsche era contrário ao padrão humano que rodeava os círculos acadêmicos e sociais de sua época, devemos dizer que aquilo que propunha era mais impregnado de romantismo do que um pensamento racional. Isso fica claro pelo seu constante retorno à Mitologia Grega e seus personagens. O padrão de homem livre é encontrado nestes períodos, onde o homem forjava deuses apenas para serem representantes das próprias vontades humanas, por exemplo: Dioniso era celebrado por grande parte do povo, sendo em alguns lugares mais cultuado que o próprio Zeus, o culto a ele consistia em bebedeiras e orgias, isso acontecia com os deuses da fertilidade também, portanto, o que estes homens criavam eram “permissões” dos deuses para darem vazão aos seus instintos. O homem emancipado para Nietzsche não iria mais forjar deuses para que pudessem sobre a permissividade divina expressar seus desejos mais tórridos, e sim, expressaria todos os sentimentos pela compreensão de que era um espírito livre, humano no sentido mais lato da palavra e, portanto, no direito de manifestar sua verdadeira condição: o de subjugador e não o de subjugado.



Nietzsche diferente do que pensava não era um homem avante em seu tempo, pois de certa forma alguns anos antes dele, em Londres, Lorde Byron viveu de acordo com seus prazeres até sua morte, sua estilo de vida romântica influenciou diversas épocas, surgindo dele o Byronismo. Portanto as idéias de Nietzsche não eram novas, mas não teve na época grande aceitação. Como inúmeros homens que tiveram suas idéias analisadas com mais dedicação após suas mortes, também Nietzsche ganhou grande reconhecimento após a análise de sua filosofia feita por um professor. Dessa forma tornou-se um dos filósofos mais lidos e comentados nos círculos acadêmicos, todavia, a referência a ele geralmente ocorre em meios às discussões religiosas, e não como um pensador da contracultura. Se levarmos em conta que à negação a si mesmo não foi propriamente um ensino paulino, e sim, de Cristo expressado nos evangelhos sinóticos, então não somente Paulo deve levar a culpa pela perversão do Cristianismo, mas também os demais discípulos, vejamos o texto a seguir:












E, chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: S alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, mas qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará. Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou que daria o homem pelo resgate de sua alma? Porquanto qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos. (BÍBLIA, N. T. Marcos 8.34-38).












Sua alegação de que Paulo ao ensinar o Cristianismo o deturpou é pertinente, pois Jesus esteve mais envolvido em questões macroéticas do que fez Paulo, porém alegar que este modificou os ensinos de Cristo é fugir ao bom-senso. O Evangelho de Marcos é considerado o primeiro dentre os outros três e, nele a mensagem do Sermão do Monte instiga o homem a tomar outra postura ética, contrária àquilo que sua vontade manda, portanto, não é o estoicismo que fez de Paulo um abnegador de suas próprias vontades - embora essa filosofia supostamente tenha exercido influência sobre ele, junto com seus antigos ensinos farisaicos – mas sim, os ensinos cristãos que nortearam o pensamento do Apóstolo Paulo fazendo deste, um homem de alto padrão moral, vejamos um texto que ressalta isso:












Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiço de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; que governe bem a sua própria casa, tendo os seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?); não neófito, para que, ensoberbecendo não caia na condenação do diabo. Convém, também, que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta e no laço do diabo. Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância, guardando o mistério da fé em uma pura consciência. E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam se forem irrepreensíveis. Da mesma sorte as mulheres sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo. Os diáconos sejam maridos de uma mulher e governem bem seus filhos e suas próprias casas. Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus. Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te bem, depressa, mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade. (BÍBLIA, N. T. Timóteo 3.2-15).

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Andre.Crespo 26/03/2009

Um livro para quem não gosta de religiões
Eu nunca tinha lido Nietzche na minha vida. Este foi o livro certo que me aconselharam ler. A facilidade com que ele trata do tema - religiões - é chocante. Todos dizem que ele fala mal de deus e das religiões, mas ele não fala mal, ele simplesmente fala a verdade!
É um ataque atrás do outro, principalmente contra os católicos! Nesse livro, diferentemente dos outros, ele foi direto, sem metáforas ou expressões indiretas. Aqui ele se posiciona contra o cristo que o cristianismo colocou ao mundo e que nos faz engolir até hoje.
A visão de cristo dele é diferente - da minha também. Para ele, cristo foi um anarquista, um utópico, que tentou lutar contra o poder romano e acabou morto na cruz! Para ele, não existia nada dessa "áurea" que o colocam até hoje!
Outro dos livros que tenho muita vontade de reler!
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Lilia Carvalho 19/03/2009

Livro esplêndido. Foi a minha primeira leitura de Nietzsche, e me trouxe tanto esclarecimento, que é impossível descrever!
Uma crítica voraz ao Cristianismo, mas feita com bases e com ótimas conclusões. Vale a pena apostar!
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Lara Moreira 12/02/2009

Um dos mais complicados livros que já li!

No meu ponto de vista o autor foi autenticamente realista, e como alguém que não é presa a religião, acredito que não o achei polêmico nem absurdo.
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Markera 22/01/2009

Soco no estômago
Li este livro no final da adolescência. Foi para mim uma libertação de tudo aquilo que restara de minha educação católica. Depois dele, acabaram-se os remorsos por não ir a igreja, por não rezar e por não fazer tudo aquilo que os religiosos mandam.
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Hansi 12/01/2009

Encontrando palavras e pensamentos
Frederic Nietzsch nesse livro, faz uma critica profunda ao cristianismo e as pessoas que seguem a esta religião, eu por muitos dias, e horas, segui ao cristianismo mas, por ver e ouvir tantas futilidades, decidi sair da igeja, e parar de me definir como cristão católico, hoje sigo os meus ideais a minha religião hoje, éajudar seres que precisam e passam nescecidades como todas as outras, que são os Animais não humanos!

Nosso ilustre autor, fala em seu livro, a admiração pelo budismo e coloca algumas citações sobre o budismo.

Estou acabando de ler o livro, e já quero ler novamente, espero não ler um livro melhor sobre o assunto pois Nietzsch é incomparavel.
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