Cissa 29/05/2012
Formidável
Comprei o livro O Prisioneiro do Céu no sábado dia 26/05/2012 na Livraria Cultura. Estava "quentinho" ainda, recém saído da Editora Suma de Letras e o devorei em dois dias.
Quando li A Sombra do Vento, achei que Zafón havia escrito o romance perfeito e que não precisaria de nenhum segundo volume. Quando saiu O Jogo do Anjo, confesso que li mas esperava mais pois comparando com o anterior ele falhava em algum ponto que eu não conseguia identificar.
Depois de dois anos, eis que chega ao Brasil o terceiro volume da série e para surpresa minha, me encantei com ele. Vi uma costura perfeita entre os romances anteriores e ele. Agora sim, não ficaram pontas soltas e nem obscurecidas para mim.
O estilo de Zafón é inconfundível e único. Um perfeito contador de histórias que consegue a cada capítulo prender a atenção do leitor a ponto de não se conseguir parar até chegar o final e quando chega fica aquele gosto de "quero mais" ou "que pena, acabou".
O romance nos conta sobre Firmín, Daniel, a Livraria Sempere e o Cemitério dos Livros Esquecidos. Nos revela histórias que deveriam ficar escondidas e outras que necessitavam ser reveladas. Constrói um período difícil e sofrido de uma Espanha em guerra civil sob o comando de autoridades cruéis e intolerantes. Mas também fala de esperança, coragem, luta e amizade.
Se Zafón quiser, pode criar mais uma história envolvendo os personagens carismáticos desta trilogia e com toda certeza será tão bem-vindo e recebido com entusiasmo pelos seus fãs, dentre os quais me incluo.
Deveriam existir mais escritores apaixonados como Zafón. O mundo ficaria mais instruído, mais colorido, sonhador e feliz.
Parabéns Carlos Ruiz Zafón.