O dia em que a poesia derrotou um ditador

O dia em que a poesia derrotou um ditador Antonio Skármeta




Resenhas - O Dia Em Que a Poesia Derrotou Um Ditador


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Herley 22/04/2023

O arco-íris depois da tempestade
"Olho por olho, e todos acabarão cegos" -- a frase atribuída a Mahatma Gandhi poderia bem ser o mote do raciocínio do personagem Bettini desse interessante livro de Skármeta. Após amargarem 15 anos de uma ditadura opressiva e sanguinária no Chile, finalmente surge uma oportunidade de mudança. Um plebicito que, sob o olhar atento da comunidade internacional, deve reintroduzir a democracia, questionando a população sobre a continuidade ou não do governo da época (Pinochet). Como no filme "No", acompanhamos aqui a trajetória da campanha pela renovação do governo, dessa vez com políticos civis dos mais variados matizes políticos. Porém as semelhanças com a película de 2012 encerram aqui. No livro acompanhamos o publicitário responsável pela campanha, nessa versão, um homem de meia idade, casado, pai de uma adolescente prestes a completar 18 anos, desempregado, profissionalmente perseguido pela ditadura, um pouco trapalhão e absolutamente adorável. Esse fio narrativo se cruza com outro arco que é o do namorado de sua filha, o jovem Nico Santos, cujo pai, professor de Filosofia, é raptado por agentes da ditadura. Os capítulos alternam o narrador e dão ao texto uma dinâmica ágil e também íntima, quase fraternal. Os personagens são cativantes e a forma como precisam encontrar alguma alegria em meio à violência do cotidiano os une e os colocam em sintonia com uma cadência desejante contagiante. É preciso não se iludir: a alegria não é uma questão de esperança, mas uma estratégia política.

Depois de uma barras pesadas em termos de leitura, foi bom dar uma respirada com "O dia em que a poesia derrotou um ditador". Fica a recomendação e o registro de mais uma bela surpresa da TAG curadoria.
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rafaelaleitora 27/08/2023

Excepcional, profundo e significativo
É inevitável não se sentir atraída por este título que reflete fielmente a narrativa apresentada ao longo das páginas. Transitando habilmente entre história, arte, cultura, filosofia e literatura, a obra é um sopro de esperança, tão resplandecente quanto um arco-íris que surge após a tempestade. É um daqueles livros que hipnotizam o leitor, instigando-o a devorá-lo sem interrupções, como se estivesse em uma corrida contra o tempo. Quinze minutos contra quinze anos demonstrou ser mais que suficiente para redefinir o curso da história.
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Karin 17/11/2023

O dia em que a poesia derrotou um ditador
Em O dia em que a poesia derrotou um ditador, acompanhamos o cotidiano de duas famílias cujas vidas estão íntima e irrevogavelmente ligadas à história do Chile e a seu despertar para a liberdade. Em uma quarta-feira de 1988, Santos, professor de filosofia de uma das escolas mais tradicionais de Santiago, é levado pela polícia durante uma de suas aulas. Prisões como aquela não são raras no Chile de então, mas para Nico, que assiste à cena junto aos outros alunos, dessa vez é diferente. Ele é filho do professor, e a partir desse momento a única coisa que pode fazer é encontrar uma forma de ter o pai de volta.

A namorada de Nico lhe dá apoio, mas a família de Patricia Bettini também sente os efeitos da ditadura instaurada em 1973. Seu pai, Adrián Bettini, outrora um bem-sucedido publicitário, agora é boicotado pelo regime e sobrevive fazendo pequenos trabalhos informais.

Uma luz aparece no fim do túnel: pressionado pela comunidade internacional, Pinochet anuncia um plebiscito pelo qual a população decidirá se o general pode ou não concorrer a um novo mandato. É a chance de Adrián retomar sua carreira, e de Santos, como tantas outras vítimas da repressão política, encontrar a liberdade.
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Theoempalavras 04/12/2023

Surpreendente
Não esperava muito deste livro, mas me surpreendi. Devorei suas páginas em um dia, envolvendo-me completamente nesse relato histórico contado de forma leve e otimista. Ri em várias partes, senti tensão em outras. A escrita e o enredo são bem construídos, lembrando-me das eleições do ano passado e das tensões políticas no Brasil. É uma leitura que, apesar de dolorosa, vale a pena.
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paula_fmg 11/12/2023

Ótimo enredo e discussão sobre regime ditatorial. Mostra a importância da esperança e da luta, ainda que em contextos extremos.
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@literatotti 25/12/2023

A alegria já vem
As pessoas têm direito a ser felizes, mesmo que não tenham permissão."

Uma leitura muito fluida, que consegue ser ao mesmo tempo leve e falar de coisas pesadas.

Uma obra que permite entender como se deu o início do processo democrático do Chile. Fico me perguntando se existe uma obra brasileira que se passa no mesmo contexto, mas no Brasil?!
Gabriela 02/01/2024minha estante
?Agosto? de Rubem Fonseca. Romance se passa durante o governo de Getúlio Vargas


@literatotti 02/01/2024minha estante
Obrigado, Gabriela! Vou colocar na minha listinha!




Jadson.Bomfim 14/04/2024

O dia em que a poesia derrotou um ditador
Se você quer entender como foi a ditadura de Pinochet, eis aqui uma excelente opção.

'O dia em que a poesia derrotou um ditador' não é apenas um livro com uma capa de cores vibrantes e alegres. A leveza do texto e uma trama bem tecida, captam a atenção do leitor, e dão à obra, fluidez e consistência.

Conhecer fatos históricos, através da ficção, mistura duas coisas que eu amo: informação e abstração. Ao ler 'O dia em que a poesia derrotou um ditador', o leitor percebe que está aprendendo sobre um período histórico, sem todo aquela carga informativa que acompanha os livros de não ficção.

A prosa de Antônio, o bom humor mesmo em passagens tensas e a ironia ácida, são traços que merecem ser destacados.

Nota: 4/5
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Marta 23/04/2024

“Há maneiras e maneiras de calar. Há maneiras de dizer calando."
Esse livro trata de uma das questões infelizmente ainda não bem resolvidas, que é o das ditaduras militares sul-americanas. No caso, da ditadura militar do Chile. O autor trabalha com poucos personagens, nós temos dois focos: um homem que é professor e é preso pela ditadura e um homem que é um publicitário e que a ditadura quer cooptar para fazer a campanha pelo sim, num plebiscito que o general Pinochet propôs à nação, para permanecer no poder. Essa é a trama central do livro, além disso, este livro é um manifesto sobre como a esquisitice pode nos salvar, a sensibilidade que aflora em tempos de crueldade pode ser nosso principal esteio na (re)conquista da liberdade. Uma das belezas do livro está na maneira como o autor usando formas cômicas, belas e trágicas dá para um dos momentos definidores da história política do Chile um toque de leveza e otimismo. Eu particularmente gostei muito do livro, a história me agradou muito e a leitura foi prazerosa. Recomendo a leitura para os que se interessam por história de países da América do Sul e por obras leves, porém sérias.
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Mateus.Silva 06/09/2024

O dia em que a poesia derrotou um ditador
Achei da hora o fato de ter misturado fatos e personagens reais com fictícios, pesquisar sobre alguns personagens depois da leitura foi gratificante. No mais, a história é muito bem contada.
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Fran 19/10/2012

Um país sem degolados!

Quinze anos desde o golpe militar, Augusto Pinochet ainda está no comando do Chile. Desaparecidos, presos e assassinatos sem explicação. Uma população apática e silenciada.Sobre forte pressão internacional, o ditador anuncia um plebiscito onde a população poderá decidir se ele, Pinochet, concorrerá ou não a um novo mandato. É o ano de 1988.

Este é o pano de fundo do livro de António Skármeta. Um período decisivo na história do Chile contado sobre o ponto de vista de duas famílias.

A história se inicia com Nico Santos, que narra à prisão de um professor de filosofia enquanto dava sua aula. Rodrigo Santos, seu pai. Esse tipo de prisão era comum no país. Sem ter o que fazer e já orientado por seu próprio pai ele segue o silogismo Baroco, combinado entre eles. Telefona para dois números que, já os sabia de cor, e fala com pessoas de quem jamais ouviu falar contando o que aconteceu. Agora restava apenas esperar e tentar seguir com sua vida da forma mais normal possível.

“- Pode-se dizer que nós, chilenos, somos na ditadura de Pinochet como os prisioneiros da caverna de Platão. Olhamos só as sombras da realidade, enganados por uma televisão envilecida, enquanto os homens iluminados são trancados em calabouços escuros.”

Nico é um adolescente de dezessete anos cursando seu último ano no colégio. Ele tem uma namorada, Patrícia Bettini, a qual vai apoiá-lo nesse período. Seu maior desafio é tentar encarar toda aquela situação com a normalidade exigida por seu pai.

Paralelo a isso é anunciado o plebiscito. Entra na história Adrián Bettini, publicitário renomado antes do golpe militar. Era a favor do governo de Salvador Allende. Desde que foi instaurado o regime ditatorial de Pinochet está desempregado, fazendo parte de uma lista negra que circula pelo país impedindo que, ele e outros mais, consigam emprego.

Ele também é pai de Patrícia Bettini, namorada de Nico. Com o plebiscito, Bettini é convidado a assumir o comando da campanha do “Não” a Pinochet. Ele terá quinze minutos na televisão contra os quinze anos de ditadura.

“Havia remado contra a sensatez e a sua certeza de que desta vez David não venceria Golias. Que a força da poesia era menor do que a do pulmão de um canário e, portanto, não conseguiria ferir o ogro.”

O Dia Em Que A Poesia Derrotou Um Ditador irá falar de um povo apático, sem esperanças. Onde a maioria já havia desistido de lutar. Bettini tem nas mãos a responsabilidade de convencer essa população a reagir, tirá-los da estagnação.

O romance é narrado em primeira e terceira pessoa, alternadamente.

Em primeira pessoa quando é narrado por Nico Santos que, fala sobre seu pai, seu relacionamento com Patrícia e a escola. Como viver aos dezessete anos em meio a uma ditadura? O autor...

Continue lendo: http://poesiasprosasealgomais.blogspot.com.br/2012/10/resenha-o-dia-em-que-poesia-derrotou-um.html
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Sandra 26/06/2014

O livro conta sobre o final do período ditatorial do Chile. Fala sobre a campanha do NÃO ao último plebiscito organizado por Pinochet para tentar se manter no poder, sob a farsa de uma democracia. Muito interessante a narrativa do autor. É uma leitura leve em que ao mesmo tempo conta fatos trágicos da ditadura chilena, conta como a vida segue com esperança, amor e renovação. Vale a leitura!
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Laís 03/08/2015

O DIA EM QUE A POESIA DERROTOU UM DITADOR
Uma nação que perdeu a alegria por causa da ditadura consegue, através da poesia, vislumbrar o brilho ofuscado da liberdade.
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Gustavo.Romero 28/03/2018

A dura leveza das ditaduras
Não se deve deixar enganar: Skármeta recorre mais à prosa leve e fluida que lhe é peculiar para tratar de um tema muito sombrio e muito presente na literatura chilena, a ditadura militar. É de se notar que os autores chilenos que vivenciaram a ditadura tratam-na recorrentemente em seus escritos, num esforço magnífico de memória histórica. Talvez seja justamente memória o que falta num país como o Brasil, em que testemunhamos a assustadora ressurreição dos discursos fundamentalistas, há apenas 30 anos do "fim" da mutilação das expectativas promovidas pela violência militar...
Enfim, a respeito do texto. A "leveza" da prosa de Skármeta não se configura como negação da realidade, mas precisamente o contrário: uma forma de apresentar o amargor do regime na sua face mais real, a vida cotidiana, o nível da "vida vivida". O autor se vale de sua formação em filosofia para sugerir como "método" de leitura para seu livro (de forma muito acessível) o mito da caverna de Platão. A todo momento, vemos personagens que se deparam com "sombras" nas paredes, e, quando enxergam a "luz no fim da caverna", titubeiam entre encarar a realidade como tal ou continuar a se ocultar na escuridão. O dilema é representativo da situação a que se viu submissa toda a nação chilena: a violência do regime esvaziou as subjetividades, colocando todos à mercê das objetificações (mídia televisiva, propaganda, policiamento ostensivo), mecanismo duplo de negação da realidade e proteção das esperanças.Skármeta mobiliza com maestria uma gama de personagens que apresenta o limite dessa dualidade - pessoas comuns que, mesmo cientes da crueza do regime, optam por ignorá-lo, frente à decisão quase óbvia entre arriscar sua integridade ou sobreviver. A seguir, a passagem que sintetiza essa que é a tensão primária do livro:
"Até aquele momento, o que não aparecesse na tela parecia não ser real. As pessoas sentiam que os seres fictícios e banais das séries de TV eram mais reais do que elas próprias. Elas tinham apenas silêncios. Não tinham autorização para viver, só para ser testemunhas de vidas irreais." (p. 178)
A todo momento, contudo, são-nos apresentadas pequenas sugestões da tensão limiar desses personagens - o professor querido e assassinado, o pai desaparecido, o discurso contestador regado a Shakespeare, a aluna que deseja simplesmente estudar fora do país e fingir que não presenciou tudo aquilo. No limite dessa tensão, a campanha do "Não" ("não" à continuidade do regime de Pinochet) operou justamente a partir dessa dualidade, como que se fosse um trator que desmorona as "paredes da caverna" e obrigou todos os observadores a entrar em contato com a luz, com a realidade, com suas próprias esperanças mais profundas e dormentes.
Em minha modesta opinião, leitura obrigatória para nos lembrar que, mesmo em frente ao ódio, ainda somos a mesma coisa - humanos e, como tal, portadores de sonhos, desilusões, angústias e esperanças. Afinal, despidos do próprio corpo, o que nos resta além da poesia da vida?
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Mariana113 02/11/2020

"As pessoas têm o direito a ser felizes, mesmo que não tenham permissão."
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