O pagador de promessas

O pagador de promessas Dias Gomes




Resenhas - O Pagador de Promessas


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domingão 02/05/2020

Uma peça totalmente completa. Tem drama, tem comédia, tem critica, tem tudo que se deve ter para ser uma história boa. Faz jus aos prêmios que ganhou
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Sara Muniz 20/04/2020

RESENHA - O PAGADOR DE PROMESSAS
O Pagador de Promessas é um drama escrito por Dias Gomes, publicado em 1960 e inspirou o filme de 1962. A peça conta a história de Zé-do-Burro, um homem que carrega uma cruz até a Bahia para cumprir uma promessa inusitada.

Zé-do-Burro vivia no campo com sua mulher Rosa. Ele gostava tanto de seu burro, Nicolau, que quando o bicho ficou doente, ele foi até um terreiro e fez uma promessa para Iansã (orixá do candomblé que representa Santa Bárbara, do catolicismo). A promessa consistia em duas coisas: levar uma cruz até o altar da Igreja de Santa Bárbara na Bahia e dividir o sítio dele com os necessitados. Após dividir suas terras, ele vai caminhar por quilômetros carregando a cruz até a Bahia.

Chegando lá, o padre não deixa Zé-do-Burro cumprir sua promessa, pois para ele, Zé fez a promessa para uma imagem profana (Iansã) e por um mero burro. Nisso, aproxima-se Bonitão, um cafetão que se interessa pelas qualidades de Rosa e a leva até um hotel. Também aparece Dedé Cospe-Rima, um poeta pobre que pede para escrever (e vender) sobre a história de Zé. Depois dele vem o Galego, um estrangeiro que ajuda Zé, mas só quer chamar a atenção para o seu estabelecimento. E ainda tem o Repórter, um cara que representa a voz sensacionalista e inventa um monte de mentiras sobre Zé para vender mais jornais.

Com isso, tem-se que Zé representa o homem do campo ingênuo, que é insistente, teimoso e honesto. Enquanto os outros, representam o homem da cidade e espertos, por se oportunizar da história e ter um interesse financeiro por trás. Inclusive, Zé poderia ser comparado a Dom Quixote, que era ingênuo e utópico e acreditava que tudo daria certo, mesmo tendo tudo para dar errado. Os dois são personagens que causam desordem social.

Ao final, Zé descobre que foi traído por Rosa e, por conta das mentiras contadas pelo repórter, Zé acaba sendo morto pela polícia. Os capoeiristas, então, amarraram o corpo dele na cruz e levaram para dentro da igreja, fazendo com que Zé cumprisse sua promessa.

O texto é um pouco longo, mas a leitura flui rapidamente pelo formato teatral. Gostei bastante da peça, achei engraçada e fiquei à favor de Zé o tempo todo, torcendo para que o padre deixasse ele cumprir logo a promessa. Recomendo muito a leitura e agora quero assistir ao filme!

PARA A RESENHA COMPLETA COM TRECHOS E IMAGENS DO LIVRO, VISITE O MEU BLOG:

site: https://interesses-sutis.blogspot.com/2019/01/resenha-o-pagador-de-promessas.html
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Anderson.Leonardo 13/04/2020

Positiva
Ótimo trabalho da nossa literatura nacional, com traços do nosso povo nordestino.
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DaniBooks 10/04/2020

O Pagador de Promessas
A história de um homem simples, Zé do Burro, que obteve uma graça e foi até a Igreja de Santa Bárbara, carregando uma enorme Cruz, para pagar a promessa feita à Santa se a graça fosse concedida.

Porém, Zé vai encontrar mais dificuldades do que imaginava. A Igreja fecha as portas para ele, a imprensa distorce sua história, sua mulher o trai, as pessoas o julgam sem ao menos conhecê-lo.

Toda a hipocrisia, a vaidade, a ganância, o oportunismo e a violência cruzam o caminho de Zé do Burro, que, na sua simplicidade mal interpretada e incompreensível para as sociedade, não sabe como reagir.

Situações absurdas vão surgindo, criando uma tensão latente, até o clímax violento.

Dias Gomes, aqui, é sarcástico, crítico e usa o humor para satirizar figuras que exercem algum tipo de poder na cidade.


Uma bela história, rápida de ler, pois é uma peça teatral, e mais uma excelente produção nacional.
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Emanuell K. 21/03/2020

Por que não li antes?!
Ao terminar essa peça essa foi minha primeira pergunta. Já lera outras duas peças de Dias Gomes, mas o pagador de promessas conseguiu despertar uma adversidade de sentimentos devido a sua força literária que amarra questões sociais, políticas, relacionais... Presentes na sociedade da época e de hoje.
E que final!!!
Fiquei inquietado para ver o filme também, tão premiado quanto a peça. E saber que temos representantes tão maravilhosos no teatro brasileiro!
Jean 25/08/2020minha estante
Eu também estou me fazendo essa pergunta: por que não li antes?




Chelsea 20/03/2020

A ingenuidade por vezes nos faz pagar um preço alto
Uma história com um tema e personagens tão atuais e relevantes, que não parece que foi escrita há tanto tempo. Congui "assistir" a história através da leitura, realmente parecia estar assistindo a peça.
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Gusta 16/03/2020

Escrita por Dias Gomes, a obra "O Pagador de Promessas" apresenta a história de Zé do Burro, um rapaz que faz uma promessa para salvar a vida de um amigo. Essa promessa consiste em levar uma cruz, "tão pesada quanto a de Cristo", do seu sítio até uma igreja de Santa Bárbara, além de dividir as suas terras com produtores mais pobres. No entanto, um padre de rígidas convicções torna-se um empecilho para concretização das aspirações do moço e é a partir daí que a trama se desenvolve.
Captei inúmeros críticas e apontamentos por meio dos diálogos dos personagens como a questão da exploração do operariado e da reforma agrária, além da manipulação da mídia. Todavia, o que me conquistou nesse livro foi o fato de trazer hábitos e tradições que são muito particulares da Bahia e me fizeram lembrar do interior no qual fui criado. Apesar de ser soteropolitano, fui criado pelos meus avós e agora, de volta à minha cidade natal, estou redescobrindo esse lugar no qual nasci. Então, minha relação com esse livro foi bastante influenciada por esse momento que estou vivendo e pode ser que para outras pessoas não seja tudo isso. Eu li ele na volta pra casa e foi incrível a sensação de levantar os olhos dentro do metrô/ônibus e ter a sensação de que esses personagens poderiam ser qualquer uma das pessoas ali dentro. Foi uma sensação de identificação que eu não consegui ter com outras obras que se passam na Bahia como algumas de Jorge Amado, por exemplo. Lembrando mais uma vez que isso é bastante pessoal e eu posso simplesmente ter entrado em contato com esses outros livros em um momento não muito oportuno.
Enfim, as minúcias -como o fato de todos os personagens que não são chamados pelos cargos serem conhecidos pelos apelidos, que não necessariamente tem alguma relação com o nome original, além do caruru de Santa Bárbara e as rimas do repentista- ajudaram a criar esse sentimento com a obra. Ademais, só tenho a dizer que quem poder adquirir outra edição o faça, pois esta apresenta uns pequenos erros de diagramação. Nada muito bizarro, mas ainda assim capazes de incomodar leitores mais exigentes.
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Patricia1582 13/03/2020

Ótima narrativa, simples e fácil de ler. Texto até hoje atual, descreve fanatismo, prostituição, opressão. Desfecho comovente!
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Karisma 18/02/2020

Brasil
Sempre tive um pezinho atrás com a literatura brasileira. Mas esse livro é uma dádiva!
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EvaíOliveira 02/01/2020

Críticas e mais críticas
Nessa obra, Dias Gomes critica a Igreja, fala de prostituição, fanatismo religioso, traição. Uma peça muito bem escrita e de fácil leitura e compreensão.
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Lari.Aldeia 27/12/2019

O livro O Pagador de Promessas, do nordestino Alfredo de Freitas Dias Gomes, adaptado para o cinema por Anselmo Duarte, foi o primeiro filme brasileiro a receber uma indicação ao Oscar e o único ao ganhar o Palma de Ouro em Cannes.
Esta obra de Dias Gomes é uma peça de teatro, que foi encenada pela primeira vez em São Paulo, no Teatro Brasileiro de Comédia.

A peça é dividida em três atos, onde se passa na cidade de Salvador, numa paisagem tipicamente da Bahia velha e colonial quando estava em seu processo de modernização. E é neste cenário que conhecemos o personagem principal, o Zé-do-burro e sua promessa de levar a cruz até a igreja de Santa Barbara em nome da saúde de seu burro Nicolau. O problema é que sua promessa foi feita em um terreiro, uma prece feita a Iansan que caso seu burro ficasse bom, ele levaria uma cruz nas costas até a igreja mais próxima em homenagem ao santo. E como Iansan é Santa Bárbara, Zé-do-burro procurou a igreja mais próxima para deixar em frente ao altar dela, a cruz que talhou e carregou. Mas ao saber de sua jornada e da sua relação com Iansan, o padre da igreja onde Zé-do-burro levou a cruz, o acusa de fazer pacto com o demônio, querer recriar a trajetória de sofrimento de Jesus Cristo e por isso, se recusa a receber a cruz.

O livro trás como temas abordados a intolerância religiosa, o preconceito, a ignorância de um povo, mas principalmente a representatividade que cada personagem e ato dele trás e como isso é visto em qualquer época e sociedade.
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Tábata Kotowiski 11/07/2019

Maravilhoso e triste! Uma baita crítica política e social.
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