Clóvis Marcelo 01/04/2013“Amo mais o desejo do que o ser desejado” Mais informações em: http://defrentecomoslivros.blogspot.com/2013/04/resenha-quando-nietzsche-chorou.html
Outubro de 1882, Josef Breuer espera ansiosamente o encontro com Lou Salomé para descobrir qual a razão de alguém buscar ajuda em plena sua viagem de descanso até Veneza, Itália. Aturdida pelo repentino desespero e negação de Friedrich quanto ao término do relacionamento entre eles, Fraulein Salomé roga a Breuer que trate o desespero suicida de Nietzsche mediante a técnica da conversa.
Tudo isso começou a partir do momento em que Dr. Josef decidira criar uma nova técnica que colaborasse com o tratamento de sua antiga paciente, Bertha Pappenheim. Comedida com sérios problemas psicológicos, diagnosticados posteriormente como histeria. O irmão de Salomé vira um seminário apresentado pelo médico e pensou que essa poderia ser a salvação de Nietzsche.
As descrições sobre o filósofo Friedrich despartam a curiosidade de Bruer, ainda mais quando é apresentado a dois dos livros criados por ele e enxerga grande beleza nos pensamentos e nas ideias vanguardistas. Relutante a princípio, não consegue parar de pensar na irresistível tarefa de cuidar do seu novo paciente. Mas o motivo real da consulta nunca poderá ser revelado! O mesmo não pode saber da influência de Salomé, deve apenas pensar que está sendo enviado para tratar das suas fortes enxaquecas.
De volta da Viena, Aústria, (sua cidade de origem) o eminente médico realiza uma grande descoberta - somente encarando seus próprios demônios internos poderá começar a ajudar seu paciente. As visões de uma Bertha desnuda não lhe saem da cabeça. Mesmo tanto tempo após transmitir seus cuidados a outro médico, as lembranças da antiga e mais fiel paciente não se desvaem.
O encontro entre eles acontece, uma proposto é criada: E se os papeis se invertessem? E se, em troca dos cuidados que Nietzsche precisa, ele não ensinasse a Breuer os verdadeiros mistérios da mente? Assim, dois homens brilhantes e enigmáticos mergulham nas profundezas de suas próprias obsessões românticas e descobrem o poder redentor da amizade.
“Minha solidão não tem nada a ver com a presença, ou ausência, de pessoas. [...] Na verdade; odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia.”