Quando Nietzsche chorou

Quando Nietzsche chorou Irvin D. Yalom




Resenhas - Quando Nietzsche Chorou


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Potterish 19/06/2012

Quando o real se mistura à ficção
Resenhado por Thiago Terenzi

Os personagens do romance são reais – você já deve ter ouvido falar de Freud ou Nietzsche –, mas a história é fictícia. Na realidade, o filósofo Nietzsche jamais se submeteu a um tratamento psicanalítico. Porém, mais apaixonante que grandes estórias de ficção, são estórias de ficção que utilizam personagens reais. Imagine um romance envolvendo J.K Rowling no universo mágico de Harry Potter – renderia, mais que uma fanfic, um grande best seller.

E é nessa mistura de personagens reais em universos ficcionais que “Quando Nietzsche Chorou” se apóia. Nietzsche, extremamente cético, foi um filósofo alemão autor de duras críticas tanto à igreja quanto à ciência. Marcou história com frases como “Deus está morto” e foi acusado (injustamente, diga-se de passagem) de inspirar a ideologia nazista. O filósofo, que dizia ter nascido póstumo, jamais foi compreendido durante a sua vida. Morreu louco. Hoje, enfim reconhecido, é considerado um dos maiores filósofos modernos da história.

É realmente empolgante – e, talvez, surreal – imaginar Nietzsche deitado num divã.

A narrativa é simples e a leitura flui facilmente. Irvin Yalom conduz o livro com maestria e consegue, na medida certa, criar tensões, clímax e mistérios – o que é responsável por fazer o leitor jamais desejar interromper a leitura. Esta, talvez, seja a principal virtude da obra.

Embora não seja um romance recheado de ação, aventura e movimentação, “Quando Nietzsche Chorou” jamais se torna chato. Ele investe nos diálogos para prender a atenção do leitor – e, acredite, consegue! O leitor, absorto na obra, se pergunta, a todo o momento, como será o desfecho. A narrativa nunca se torna óbvia.


PARA LER A RESENHA COMPLETA ACESSE: WWW.POTTERISH.COM/RESENHAS
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Rafael 06/06/2012

Genial
Geralmente me envolvo com as histórias antes de chegar na metade do livro. Com este foi diferente. No início estava decepcionado com a obra, acho que pelo fato de ter sido altamente recomendada criei espectativas demais. A narrativa se alonga por diversas vezes e se torna entediante. Mas, para minha surpresa, o final é leve e comovente. Após terminado o livro é que percebi a genealidade do autor. O valor da obra está além da junção de personagens e fatos reais em sua narrativa. Ela desperta nos leitores as sensações dos caminhos de uma terapia.
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Li 03/06/2012

ler cura
A receita do doutor Irvin D. Yalom funciona. Pelo menos nos dois romances biográficos que escreveu: Quando Nietzsche chorou e A cura de Shopenhauer, ambos alcançaram ampla vendagem. São livros que funcionam por várias razões: a proposta de apresentar ao público dois filósofos cujas obras, de inegável valor pelo questionamento agudo do pensamento e dos modos de ser da sociedade da época em que viveram, são pouco lidos e conhecidos pelo público em leigo.
Outro motivo é o caráter terapêutico dos textos: em ambas as narrativas, na primeira o próprio Nietzsche e na segunda um especialista em Shopenhauer, passam por um processo de cura pelo diálogo. Ao longo das narrativas vamos conhecendo a intimidade, as fragilidades, as características do pensamento de cada um, os problemas com a família, a vida solitária, as polêmicas suscitadas pelas suas obras e posicionamentos.
A escrita de ambos é boa, mas a do primeiro é apaixonante, enreda o leitor até as últimas páginas. O doutor Irvin conta com uma equipe de pesquisadores que o auxilia na escritura de seus livros, pesquisadores, estudantes, especialistas. Em quando Nietzsche chorou, ele apresenta uma ampla lista de colaboradores. É nteressante a escolha dos pacientes tratados nos livros. Em Quando Nietzsche... não é o filósofo, mas a única mulher com quem ele cogitou estabelecer um relacionamento que procura o doutor Bauer, um do pais da psicanálise para pedir-lhe que trate de Nietzsche, a fim de cura-lo de uma depressão suicida.. A principio o médico reluta, mas acaba convencido, um pouco pela beleza da mulher, outro tanto pela singularidade do paciente.
É claro que Nietzsche se recusa a tratar-se, embora já tivesse passado por vários tratamentos. Suas justificativas fazem supor que ele tivesse acabado por aceitar sua condição de homem solitário, sábio, doente e pobre. Essa aceitação não é em nada a de um fraco, é a capacidade de se ver em plenitude, naquilo que o distingue entre os demais e naquilo que o nivela.
A incapacidade de relacionar-se, a hostilidade com que os acadêmicos e pensadores receberam as obras de Nietzsche e de Shopenhauer causaram neles profundas feridas. O primeiro chegou a ter crises de enxaqueca e apatia, que o abatiam por dias.
Quando Nietzsche chorou é recheado de diálogos entre o doutor Bauer e o filósofo, entre o doutor e Freud. São conversas de uma riqueza filosófica e ao mesmo tempo de uma fluidez e adequação (porque tratam das mesmas questões do homem comum: as escolhas, o amor, as ambições, a ética) que tornam o livro imprescindível para qualquer leitor.
Outro mérito do livro é a tese de que o terapeuta também se cura quando trata. Ele também tem seus demônios e como qualquer outro mortal precisa da relação com o outro. O terapeuta não está acima do paciente porque também humano, aquilo que o distingue dos demais, o conhecimento acumulado não lhe é suficiente para autocurar-se. O que se tem então é a troca: esse outro que o terapeuta auxilia a curar-se é espelho e referência com que o curador se vê. Se todos os terapeutas comungam com essa tese é algo a se saber Mas é com certeza uma das que o Doutor Irvin Yalom acalenta. E que compartilha com seus leitores. Há uma série na tevê paga Chamada Em terapia, na qual vemos como é árduo o ofício do terapeuta, sempre às voltas com as mais densas doenças da mente e da emoção, dele e de seus pacientes. Após cada episódio é impossível não suspirar por ele e pelos seus pacientes. Terá sido a criação dessa série influenciada pelo sucesso dos livros do doutor Irvin Yalom. É quase certo que sim.
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Silmara 02/06/2012

Gostei muitoooooooo desse livro.

Mas talvez porque eu fiz psicologia, (assim como os livros do John Grisham deve ser muito mais interessantes para quem é formado em direito) esse livro fala sobre o nascimento da psicoterapia, mas ao mesmo tempo vai totalmente contra aquela coisa da pscicanálise, onde o psicanalista é totalmente passivo e o coitado do paciente acaba se virando sozinho, o livro traz questões filosóficas que nos fazem pensar na filosofia na prática, e só assim filosofia deixa de ser um negócio tãoooo chato rs

Vale a pena realmente.

E é um livro para ler com muita calma.
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Alessandra 05/04/2012

Sinopse - Quando Nietzsche Chorou - Irvin D. Yalom
Este livro tem como pano de fundo o fermento intelectual da Viena do século XIX às vésperas do nascimento da psicanálise. Friedrich Nietzsche, o maior filósofo da Europa... Josef Breuer, um dos pais da psicanálise... um pacto secreto... um jovem médico interno de hospital chamado Sigmund Freud - esses elementos se combinam para criar a saga de um relacionamento imaginário entre um extraordinário paciente e um terapeuta talentoso. Na abertura deste romance, a inatingível Lou Salomé roga a Breuer que ajude a tratar o desespero suicida de Nietzsche mediante sua experimental terapia através da conversa. Ao aceitar relutante a tarefa, o eminente médico realiza uma grande descoberta - somente encarando seus próprios demônios internos poderá começar a ajudar seu paciente. Assim, dois homens brilhantes e enigmáticos mergulham nas profundezas de suas próprias obsessões românticas e descobrem o poder redentor da amizade.
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Rodrigo 29/02/2012

Introspecção
Não apenas um livro, mas um monumento as grandes mentes que por essa terra viveram, que lutaram contra a corrente predominante, pisando em terrenos desconhecidos. Quando Nietzsche Chorou, um livro de completa introspecção pessoal, um guia que te acompanha o processo do pensar, do auto-conhecer. Não trata de apenas um livro, trata-se de uma maravilha, uma estrela que tenho certeza, poderá brilhar para mim em minhas noites mais escuras. Um livro feito não para pessoas que apenas contentam-se com que, no fim da história o moçinho acabe com a donzela, é um livro para quem quer conhecer a auto-superação, quem quer lidar e livrar-se de convenções, fazer-se consciente delas, para enfim conseguir observar o sol resplandecente da verdade.
Irvin D. Yalom, o autor que fez da essência do conhecimento filosófico de Nietzsche, uma gigante metáfora, tão poderosa que sempre poderá se fazer presente em nossas vidas, pois trata de nossos íntimos, de tudo o que nos motiva, nossos medos e angústias. É um livro poderoso, que me trouxe poderosas sentenças, as quais admito, ter demorado ser capaz de absorver, mais de três meses, para concluir e superar essa viagem de introspecção pelos medos e obsessões do Dr. Breuer e Nietzsche, medos e obsessões que acabaram personificando também, meus próprios questionamentos, meus ideais, me fazendo pensar e questionar fundo e realmente, filosofar sobre questões a cerca da psique humana. Quando Nietzsche Chorou - um monumento a um grande filósofo.
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Leticia Muniz 26/02/2012

Revirando no túmulo
Não serve como boa ficção, pois a história é bem fraca, incluindo reviravolta, final feliz e "ufa, foi só um sonho". E não serve como introdução à filosofia do Nietzsche, pois apresenta apenas trechos bem conhecidos, sem discutí-los muito. Eu tenho um pouco de preconceito com ficção com personagens tirados da realidade, que nem sequer se conheceram, e o livro não ajudou a amenizá-lo, embora o autor diga em nota que algumas cartas são reais etc. O livro é fácil de ler. Enfim, não gostei, e li até o fim pra poder falar isso!
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LetIcia 25/02/2012

Fantástico! A cada livro que leio do Yalom eu adoro mais este escritor! A tradução está bem escrita e sem furos...ótima leitura!
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Eliane 01/01/2012

Um livro que nos faz refletir do início ao fim,nos mantendo concentrados mostrando como nossa mente é incrível, que podemos resolver as dificuldades do dia a dia aplicando frases lidas.

Com personagens instigantes e bem trabalhados, com angústias e desejos. Nos mostra que as vezes ficamos obcecados por certas idéias e muitas vezes só chegamos a dar valor a algo que realmente importa quando perdemos.

Bela obra filosófica...recomendo!
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Anne 29/12/2011

.....
Irvin D. Yalon ao colocar personagens como Freud, Breuer e Nietzsche, em uma história de ficção que retrata alguns aspectos do nascimento da psicanálise e alguns pontos da filosofia de Nietzsche, estimula o leitor ao estudo mais aprofundado tanto da psicanálise quando da filosofia de Nietzsche.


"Disseque suas motivações mais profundamente! Achará que jamais alguém fez algo totalmente para os outros. Todas as ações são autodirigidas, todo serviço é auto-serviço, todo amor é amor próprio. E Nietzsche prossegui célere..."


"-Quero dizer que não conseguimos amar uma mulher sem nos cegarmos para a feiúra abaixo da bela pele: sangue, veias, gordura, muco, fezes... os horrores fisiológicos. O amante tem que arrancar seus próprios olhos, precisa renunciar a verdade."


"-Sim, o eterno retorno significa que, cada vez que vc escolhe uma ação, deve estar disposto a escolhê-la por toda eternidade. O mesmo de dá com cada ação não realizada, cada pensamento natimorto, cada escolha evitada. Toda a vida não vivida ficará latejando dentro de vc, invivida por toda a eternidade. A voz ignorada da sua consciência continuará clamando para sempre."
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juhhh 20/12/2011

Maravilhoso!!
E de repente você me deparo com Yalom, psicoterapeuta,professor e escritor me aprensenta .."Quando Nietzche chorou" romance fantástico que apresenta a filosofia e a psicologia de maneira clara e sucinta...
Com ênfases marcantes...por que não tenta aprender o que tenho a ensinarem vez de provar quanta coisa não sei?, ou ir além...aprender com ele, em vez de tentar derrotá-lo..aprecio convites, mas detesto ordens!
Enfim o livro apresenta com clareza a questão religiosa, as frustações humanas, a liberdade, os romances e o que o amor pode causar..não existe o caminho, que a única grande verdade é aquela que descobrimos nós mesmos..vale a pena!!!A dança certa com a melodia certa...
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Fabiola 03/11/2011

O que acontece quando a filosofia vai parar... no divã?
Não há dúvidas de que o estresse é o novo “mal do século”. Sobretudo nas grandes metrópoles, as pessoas têm cada vez mais afazeres e apenas 24 horas no dia para dar conta de tudo. Não é à toa que muita gente acaba indo parar em um consultório de psicanálise. Afinal, hoje fazer terapia não é mais visto como sinal de loucura. Pelo contrário, é uma maneira de tentar manter a mente sã. Mas e quando um filósofo precisa de terapia? Este é o ponto de partida do romance de Irvin D. Yalom, Quando Nietzsche Chorou.

O livro narra o relacionamento fictício entre Friedrich Nietzsche e o dr. Josef Breuer, mentor de Freud e amigo do filósofo na trama. Supostamente, Nietzsche estaria sofrendo de depressão/estresse/whatever e, atormentado por maus sonhos, resolve procurar a ajuda de Breuer. O médico resolve colocar em prática, então, o seu método de “terapia da conversa”, que nada mais é do que a terapia com que estamos acostumados hoje. Assim, o livro vai narrando o nascimento da psicanálise, entremeado pelos dramas pessoais de Nietzsche. Em meio às longas conversas entre os dois – sempre muito inteligentes, por sinal – o papel de terapeuta e paciente muitas vezes se confunde, e, em várias passagens, é Nietzsche que acaba “analisando” Breuer, sob a ótica da filosofia.


Continue lendo em: http://7em1.wordpress.com/2011/10/27/literatura-quando-nietzsche-chorou-o-que-acontece-quando-a-filosofia-vai-parar-no-diva/
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