As benevolentes

As benevolentes Jonathan Littell
Jonathan Littell




Resenhas - As Benevolentes


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Roberto 18/05/2020

Um mergulho nos dilemas humanos
A obra foge a qualquer rótulo, quando consegue, por meio dos diálogos dos personagens e pelos fluxos de pensamentos de Max (protagonista da estória) problematizar todos os viezes dos dramas humanos.

Também nos proporciona um agradável passeio -- através de citações e comentários -- pelos mais distintos campos artísticos; Música, Xadrez, Pintura, Literatura e etc. Há também profundos debates históricos, filosóficos, antropológicos e linguísticos.

Um livro, que de tão grande -- quase 1.000 (mil) páginas --, "fica em pé sozinho", sofre em alguns, RAROS, momentos na coesão, mas não chegando nunca a comprometer o todo da obra, essa biografia romanceada de oficial da SS surpreenderá a todos que buscarem nela uma narrativa cliché do dia-a-dia de um campo de concentração.

O autor, sabiamente, utiliza-se desse mote para dar mergulhos muito profundos e por vezes incômodos, mas muito NECESSÁRIOS aos leitores; uma vez que muitos dos conflitos, angústias e dilemas de Max é inerente à condição humana, a todos nós.
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Mariana Dal Chico 21/05/2020

As Benevolentes de Jonathan Littell foi ganhador do Prêmio Goncourt de 2006. Apesar de ser uma obra de ficção, o autor fez uma pesquisa extensa em documentos sobre a II Guerra Mundial.

O autor coloca o leitor dentro da ação, é possível sentir os cheiros, o frio, a fome, o medo; As descrições vívidas e detalhadas dos horrores da guerra geram desconforto extremo durante a leitura. Precisei de MUITAS pausas para respirar entre os capítulos e mais de 900 páginas.

É preciso ter muito cuidado com o protagonista, Max é um intelectual culto que tenta convencer o leitor, a todo custo, de que teria agido da mesma forma que ele se estivesse na mesma situação. O momento em que percebi isso, foi realmente assustador, por que em alguns momentos, Max é charmoso o suficiente para fazer com que o leitor cogite sentir simpatia/pena por ele. Lembrando que a narrativa é feita em primeira pessoa.

Max é complexo, muito humano em suas contradições, psicologicamente perturbado, narcisista e tem uma ideia doentia sobre o amor e relacionamentos sexuais. Um personagem muito bem construído, embasado e inesquecível.

Há uma discussão muito boa ( perto da pg 574) sobre o surgimento do sadismo nos oficiais da SS que eram diretamente responsáveis pela eliminação dos judeus e, mais para frente, vemos os desdobramentos desse debate e a “solução” encontrada.

Alguns sonhos do Max são detalhados ao extremo e foram um pouco enfadonhos para mim, mas tenho certeza que para os estudiosos da mente humana, é um prato cheio!

Leitura mais que indicada, mas é preciso escolher o momento certo porque é um livro que vai te marcar para sempre.

Ah! É interessante procurar a origem do título, que está ligada à mitologia grega e foi perfeitamente escolhido pelo autor.

site: https://www.instagram.com/p/CAYjw1HjP7x/
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Vanessa.Perin 27/04/2021

Indigesto
É um livro indigesto, mostra uma das piores épocas da humanidade de uma forma crua.
Leitura densa tanto pela história como pela diagramação
Em alguns momentos muito lento.
Não é um livro fácil de se ler.
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@gugugb 20/06/2020

Uma epopéia intensa sobre um ser humano desprezível entregue a estrutura nazista e às duas depravações. Intenso, estridente e repugnante!
Necessário para entendermos o porquê do nazismo ser ultrajante e asqueroso!
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Andrea.Salles 30/06/2020

Achei várias partes bem cansativas. A história de um soldado nazista que não se importa com nada, só consigo mesmo. E nutre uma única obsessão que o acompanha o livro inteiro.
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Valéria Ribeiro 15/09/2020

Absolutamente aterrador
Les bienveillantes é um romance escrito em francês pelo autor estado-unidense Jonathan Littell, que escreve principalmente em francês e atualmente mora em Barcelona. Conta a história de um ex-oficial da SS que ajudou a realizar massacres durante a Segunda Guerra Mundial. 
Wikpedia
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Jaciara44 16/09/2020

Frases marcantes:
"Mas. Se um dia nossa força fraquejasse, se nosso poder cedesse, teríamos que sofrer a justiça dos outros, por mais terrível que fosse. E isso também seria justo"
"Não sei por quê, aliás, talvez seja um velho fundo de moral filosófica, que me faz pensar que afinal de contas, não estamos aqui para nós divertir.para fazer o que então? Não tenho ideia.
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Alipio 30/10/2020

As Benevolentes
Na mitologia grega, as " Erínias", também chamadas de " Eumênides", que significa " Benevolentes", eram deusas que simbolizavam a personificações da vingança e tinham a incubência de castigar os mortais de crimes de sangue. O uso do eufemismo em lugar do verdadeiro nome era para que evitasse que atraísse sobre sí a sua ira.


É justamente com esse titulo " As Benevolentes" que Jonathan Littell deixa extasiado os leitores desse clássico da literatura contemporânea. 

Maximilien Aue, ex-oficial da SS (Schutzstaffel), faz um relato frio e cru de procedimentos praticados durante a Segunda Guerra Mundial, onde a banalização desenfreada ao ser humano é retrada de forma cruel e a personificação do mal é desnudada.
Infanticídio, incesto, violências e suas atrocidades durante a Guerra são narrados de forma bem explícita. A narrativa é feita em primeira pessoa
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No inicio da obra, o Narrador afirma:
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" (...) É bem verdade que se trata de uma história sombria, mas também edificante, um verdadeiro conto moral, garanto a vocês (...) "

Maximilien Aue, encerra a narrativa com as seguintes palavras.
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" Sozinho com o tempo e a tristeza e a dor da lembrança, a crueldade da minha existência e a minha morte ainda por vir. As Benevolentes haviam encontrado meu rastro".
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@livros.historia
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Sergio 04/02/2021

Um livro cru e difícil como a vida
Um ex-oficial da SS recorda seus dias na guerra narrando com frieza de sua inabalável fé nazista (a frieza dos homens comuns, como bem observou Arendt) e entremeando sua narrativa com seus delírios de sua trágica vida pessoal.

Comparado, exageradamente a meu ver, com Guerra e Paz,ganhou diversos prêmios.
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Zé Pedro 24/01/2009

Visão do carrasco
Este calhamaço mostra a visão de um oficial nazista sobre a guerra e suas atrocidades, sob o ponto de vista dos derrotados, sob o ponto de vista dos algozes, dos que mataram milhões de judeus como se estivesses fazendo algo natural, que era exterminar o 'inimigo'. Rico em detalhes, minucioso, o autor nos mostra bastidores e dramas de quem viveu o apogeu e o declínio de um império que Hitler queria construir.
Um livro extraordinário!
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Janaina 23/02/2021

Um monte de oportunidades desperdiçadas :(
Apesar do autor ter como mérito o fato de, em um livro sobre a Segunda Guerra Mundial, buscar nos oferecer a visão de um soldado nazista, acredito que ele tenha se perdido.

A sensação que eu tive foi que o autor realmente se dedicou à pesquisa histórica e estava firmemente decidido a utilizar cada centímetro dessa informação, ainda que muitas delas não trouxessem nenhum valor para obra em si.

Todas aquelas divagações, devaneios, digressões até um certo ponto são interessantes, mas o autor com certeza pesou a mão exagerou.

Outro ponto que me desagradou, pessoalmente, foi a quantidade de trechos escatológicos. Realmente desnecessário. Uma fixação peculiar com merda (palavra citada mais de 30 vezes), merda escorrendo pelas pernas, coprofagia, diarréia e coisas do tipo.

Uma curiosidade: o livro recebeu o  Bad Sex Awards (Prêmio Sexo Ruim, em tradução livre), criado por Auberon Waugh em 1993. Seu objetivo é chamar a atenção para "passagens de descrição sexual cruas, sem gosto e frequentemente negligentes nos romances contemporâneos", assim como desencorajá-las.

Finalmente a edição do livro também não colaborou. As notas de rodapé são inexistentes basicamente, e a preocupação maior do autor parece ser em utilizar o maior número possível de palavras em alemão (tive que parar inumeras vexes para pesquisar o significado) e a ênfase nas patentes dos nazistas é incrível, o que eu acho que além de dificultar a leitura, não agrega tanto quanto ele gostaria.

Realmente um mistério para mim que essa obra tenha recebido o Prêmio Goncourt em 2006. O livro foi escrito em francês e me consolo em imaginar que algo (MUITO!) tenha se perdido na tradução.
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Paula.Juca 06/03/2021

Difícil...
Não existe outro título a este livro do que chamá-lo de difícil. Fiquei quase um ano pra concluir não que seja ruim o livro mas por vezes a leitura se faz enfadonha e por vezes cruel. Mas valeu a pena ter ido até a última página e assim constatar que Maximiliam Aue não merece nem um pouco de misericórdia assim como nenhum daqueles que apertaram o gatilho contra milhares de judeus. Leitura difícil, mas necessária.
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